O
vereador Orlando Ferreira tem um grande trabalho social ligado a recuperação de
pessoas com problemas relacionados a álcool e drogas. Ele afirma que tem o
perfil de ajudar e orientar as pessoas, além de levar a palavra de Deus,
independente da religião. Este trabalho começou em 1975, quando ele ainda não
era vereador. “Descobri em Londrina a ARA (Associação de Recuperação de Alcoólatras)
e fui conhecer o trabalho. Eu tinha um Fusca 62 e levava as pessoas para se
tratarem. Com o tempo e aumento dos problemas relacionados à bebida, o trabalho
começou a ser realizado em Ibiporã num espaço que funcionou por 30 anos, onde por
um longo período atuei como presidente de honra e tive muitas
responsabilidades, como o chamamento das reuniões e visitas aos lares das
pessoas com dificuldades”, relata.
Orlando
ressalta que as drogas ilícitas se tornaram uma epidemia e caso de saúde
pública. Para contornar a situação ele começou a ser mais ativo nas comunidades
e formar reuniões de trabalho com pessoas envolvidas nestas condições. Com o
decorrer dos anos criou-se locais como chácaras e sanatórios que atendem estes
problemas e devido o reconhecimento do trabalho, ele tornou-se referencia no encaminhamento
dos tratamentos. Com a transformação da mentalidade no tratamento, há também chácaras
de recuperação particulares que cedem vagas sociais, como o Credequia, Meprovi,
Morada de Deus e a Fazenda Esperança. No entanto muitos ficam apenas um mês. Um
período curto que até cura o corpo, mas não a alma, uma vez que não demora
muito para a pessoa se envolver novamente no vicio. Cabe um trabalho espiritual
mais profundo e focado. Além disso, Orlando ressalta que a recuperação se torna
difícil porque muitas famílias são desajustadas. “Visito famílias, as levo na
igreja e peço que freqüentem as reuniões. Elas tem baixa estima e por isto as
acompanho e procuro as valorizar mostrando que há algo mais importante, que é
Deus, além Dele ter um projeto de vida para elas. O que falta para quem usa
drogas é um ombro amigo de verdade. Conheço muitos que se recuperaram,
constituíram família e não retornaram ao vício, tornando-se pessoas
equilibradas”, diz.
O
vereador observa que o número de viciados e a quantidade de drogas lícitas e
ilícitas aumentaram, além do número de alcoólatras. Isto causa uma série de
problemas espirituais, de relacionamento e depressão. Nestes casos ele atua em
seu gabinete e encarna a figura do padre, pastor, delegado e do psicólogo.
“Recebo pessoas com problemas variados e tenho sabedoria e paciência para
ajudar o próximo. Tanto é o empenho que já internei uma pessoa cinco vezes e
nunca desisti. O ser humano precisa de apoio e cada um tem um chamado. Isto é
uma missão e não posso desistir”, diz. Ele também afirma que o jovem muitas
vezes entra no mundo das drogas e das bebidas por falta de uma família
estruturada e sem valores éticos e morais, além da falta da “palavra de Deus” no
lar. “Os pais são referências e devem cuidar para que os filhos não se envolvam
em situações como festas regradas a bebidas, drogas e sexo. Na minha família
foram estabelecidos valores e comportamentos, onde não bebemos e fumamos, além
de evitarmos determinados ambientes. Seguimos os ensinamentos do apóstolo
Paulo, onde ele afirma que “todas as coisas me
são lícitas, mas nem todas
me convêm”. Infelizmente o mundo não é como o de 40 anos atrás
e cabe aos pais moldar e ensinar valores”, declara. Ele
ressalta que os envolvidos em problemas com álcool e drogas que desejam se
libertar disto, se quiser aconselhamento devem o procurar no seu gabinete na
Câmara dos Vereadores.
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