O Cemitério São Lucas espera receber
cerca de 50 mil visitantes no próximo dia 2 de novembro, Dia de Finados. A
segurança será reforçada e funcionários orientarão os visitantes sobre a
localização dos quase cinco mil jazigos e 20 mil sepultamento. O funcionamento
será das 7 às 19 horas.
A reforma de túmulos será permitida
até 28 de outubro. Para isso é necessário comparecer ao escritório do cemitério
e pedir autorização. Não há taxa, mas o construtor, ao gerar entulhos, deve
fazer o descarte, uma vez que equipes fiscalizam as obras. O município não
cobra taxa de manutenção das famílias que possuem a concessão dos túmulos,
apenas taxa de sepultamento. A administração do espaço também realiza
empréstimo das gavetas por três anos. Após o período os restos mortais são
remanejados para o ossuário. "A Prefeitura cuida da manutenção geral do
cemitério, mas dos túmulos é inviável. Não cobramos taxa de manutenção, mas
solicitamos que os familiares cuidem dos jazigos de seus entes queridos",
ressalta o chefe da Divisão de Cemitérios, Paulo Ribeiro. Já a limpeza será
permitida até dia 1º, das 7 às 14 horas. A orientação é que os visitantes
utilizem apenas baldes. Não será permitida a entrada com mangueira.
"Permitiremos a entrada de vasos com flores artificiais e naturais, sem o
plástico que as envolve, devido acumular água e ajudar na proliferação do
mosquito da dengue", orienta Paulo Ribeiro.
O São Lucas é referencia em termos de
cemitério bem cuidado e limpo. Nestes mais de 70 anos de funcionamento, um
período ele foi terceirizado. Em 2009 o espaço foi municipalizado,
possibilitando maior qualidade nos serviços e por consequencia elogios da
população. Por ser da Prefeitura, foi construído um complexo com área destinada
a escritório, administração, refeitório e vestiário. Era um sonho dos
funcionários realizado nesta gestão e a inauguração, segundo o prefeito João
Coloniese, será em 1º de novembro.
Apesar de todo o trabalho, existe uma
situação preocupante: no último vendaval mais de cem placas de granito e
mármore, onde ficam placas de fotos de falecidos, quebraram-se com a força da
tempestade. As famílias devem ir ao cemitério para consertar os estragos. Outra
situação são as construções irregulares e despadronizadas que necessitam de
readequações.
A data marcante, que leva centenas de
pessoas para visitar túmulos, marca algo inusitado: o túmulo da pequena Leocira
Vanessa Stercio, falecida em 1990. Segundo os funcionáios do São Lucas, é o
túmulo mais visitado devido também estar sepultado o papagaio Menino. A
criança, doente e internada no hospital, não estava com a família há algum
tempo. Sentindo saudades, o papagaio faleceu. Após alguns dias, a pequena
Leocira também faleceu. Tanto familiares, quanto adultos e principalmente
crianças, vão ao túmulo rezar pela criança e pelo papagaio.
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