domingo, 16 de fevereiro de 2020

De origem humilde, vereador Orlando Ferreira enaltece o trabalho e os valores morais


O vereador Orlando Ferreira é atuante na área de assistência social há mais de 40 anos, principalmente no auxílio aos dependentes de álcool e drogas. Aos 77 anos, ele é casado com Nicéia Assis, pai de Gislaine Ferreira (53), Orlando Júnior (51), Marcelo Ferreira (48) e Marcos Paulo (41), além de ter oito netos e dois bisnetos. Vereador por cinco mandatos (1977-1982/1983-1988/1989-1992/1996-2000/2013-2016), ele é pioneiro e chegou à cidade em meados de 1939 com um ano. Mas, com a morte do pai, logo começou a trabalhar na selaria da família, localizada na Avenida Paraná. “Tive uma infância difícil. Após a morte do meu pai ajudei no sustento da minha mãe e de mais doze irmãos. Éramos pobres, dependíamos da ajuda de outras famílias, amigos e parentes para sobreviver”, recorda Orlando, que mesmo perante as dificuldades sempre carregou valores morais, do trabalho e a fé cristã.                                     
Tendo o trabalho como um exercício da dignidade, aos dez anos ele fazia todas as atividades da selaria. “Na banqueta costurava a mão com duas agulhas grandes o couro para fazer arreio de montaria, de cavalo, para carroças, guaiaca e outros produtos”, recorda. Ao ficar um pouco mais velho, viu que a selaria era algo complicado e buscou uma oportunidade nas Pernambucanas como auxiliar de serviços gerais quando tinha 14 anos. Posteriormente atuou na Casa Lopes, um comércio de secos e molhados. “Disse ao José Lopes, dono da loja, que precisava trabalhar e que possuía experiência em medir tecido. Com sua aprovação comecei no mesmo dia de balconista, vendendo cereais e produtos alimentícios a granel. A loja também comercializava tecido, chapéu, calçados, bicicleta, rádio, bijuterias e demais itens. Fiquei cinco anos e posteriormente fui trabalhar nas Lojas Fuganti em Londrina”, relata. Ele cita que devido às dificuldades de transporte na época, havia um dormitório para os funcionários, próximo a Catedral, onde ficava a semana toda e retornava a Ibiporã aos fins de semana. “A Fuganti possuía vários departamentos e eu atuava na área masculina. Também havia setores de calçados, tecidos, feminino, artigos para crianças, relojoaria e até uma casa de chá, frequentada pela alta sociedade na época. Isto foi em meados de 1958 no auge no café”, diz.   
                                                                                                      
Com a saída da Fuganti ele retornou para as Pernambucanas de Ibiporã onde foi vendedor. Nesta época conheceu a esposa Nicéia Assis, que havia se mudado recentemente para a cidade. Com cinco anos de atuação na loja, ele resolveu sair e montou a Mercearia do Orlando na Rua Souza Naves. Posteriormente foi mascate e depois abriu três lojas, a Gigi, que atuava no ramo de confecções, aviamentos e presentes. Mesmo no ramo comercial, Orlando Ferreira sempre atuou nas causas sociais, tanto que em 1975 fundou um grupo destinado a recuperação de alcoólatras. “Nunca bebi, fumei ou arrumei briga. Sempre freqüentei a igreja e tenho valores morais e éticos, pois a perda do meu pai me obrigou a trabalhar para ajudar no sustento da família e também a economizar. Passei muitas dificuldades, mas sempre tive caráter e personalidade, algo importante na vida de qualquer pessoa”, pontua.

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