Um problema que se
agrava devido à crise econômica é o abandono de cães. Conforme o secretário de
Agricultura e Meio Ambiente, Tomáz Falkowski, para impedir o avanço de doenças
causadas por estes animais o município desenvolveu métodos de controle
populacional como a castração. “As mazelas com os animais abandonados está em
aceleramento devido à crise econômica. Por isto, as famílias mais carentes
descartam o que é supérfluo, sendo os cães os primeiros da lista. Soltos, eles
perambulam e com o tempo se observa que há o contágio por leptospirose, raiva,
carrapatos e sarna, sendo também a mordedura uma reação natural de defesa. Tudo
isto coloca em risco o ser humano”, relata. Falkowski afirma que se deve tomar cuidado
com esporos de doenças transmitidas pela água ou contato físico com os animais.
Quanto a raiva, não existe registros há muito tempo, no entanto ela pode
aparecer a qualquer momento.
O secretário afirma que cabe ao
poder público o controle da situação, mas o fator sentimental deve ser
observado no trato e cuidado dos animais abandonados e semi albergados. A
partir disto há práticas a serem cumpridas no processo de castração e se
constata que muitos não querem albergar cães em casa, cabendo a ONG´s e a
comunidade participar do processo. “Infelizmente a prefeitura não tem condições
de montar uma equipe para cuidar exclusivamente do problema. Mas ao
implementarmos o programa de castração, a população que se dedica a cuidar dos
animais está consciente e já observa a diminuição dos filhotes e dos problemas,
além de criar mais expectativa de vida aos mesmos. A legislação condena o
abandono e mal trato a animais”, ressalta.
Além
dos cães de rua, o programa atende famílias inseridas em programas sociais e no
Cadastro Único, uma vez que elas possuem mais animais e não tem condições
financeiras de contratar um veterinário. A proposta da Administração Municipal
também abrange o controle de doenças e há um grupo organizado que incentiva a
adoção. “Quando o animal é levado para a clínica, a fim de ser castrado, após o
procedimento é feito curativo, desvermificação e limpeza, tornando a adoção
mais fácil. Grande parte deles não está mais na rua”, ressalta o secretário.
Ele complementa que machos e fêmeas podem ser castrados e isto acontece numa
clínica escolhida por licitação e com valores de mercado. Até o momento 108
fêmeas e 32 machos passaram pelo procedimento, onde não houve óbitos e
mostrando um processo tranqüilo. “Devemos pensar no controle da população e a
política adotada pela Administração Municipal já surte efeitos na rua, como a
diminuição dos cães e a limpeza urbana, uma vez que eles já não reviram o lixo.
O programa de Ibiporã é referência para Londrina, Assai e cidades praianas do
nordeste, que viram o trabalho na mídia. Além disso, o Conselho de Veterinária
acompanha o processo e há relatos das atividades. É importante ressaltar que a
população deve se engajar e entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e
Meio Ambiente para se ampliar o projeto”, finaliza.
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