domingo, 16 de fevereiro de 2020

Castração de animais já mostra resultados em Ibiporã


Um problema que se agrava devido à crise econômica é o abandono de cães. Conforme o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Tomáz Falkowski, para impedir o avanço de doenças causadas por estes animais o município desenvolveu métodos de controle populacional como a castração. “As mazelas com os animais abandonados está em aceleramento devido à crise econômica. Por isto, as famílias mais carentes descartam o que é supérfluo, sendo os cães os primeiros da lista. Soltos, eles perambulam e com o tempo se observa que há o contágio por leptospirose, raiva, carrapatos e sarna, sendo também a mordedura uma reação natural de defesa. Tudo isto coloca em risco o ser humano”, relata. Falkowski afirma que se deve tomar cuidado com esporos de doenças transmitidas pela água ou contato físico com os animais. Quanto a raiva, não existe registros há muito tempo, no entanto ela pode aparecer a qualquer momento.                                                                                                      
O secretário afirma que cabe ao poder público o controle da situação, mas o fator sentimental deve ser observado no trato e cuidado dos animais abandonados e semi albergados. A partir disto há práticas a serem cumpridas no processo de castração e se constata que muitos não querem albergar cães em casa, cabendo a ONG´s e a comunidade participar do processo. “Infelizmente a prefeitura não tem condições de montar uma equipe para cuidar exclusivamente do problema. Mas ao implementarmos o programa de castração, a população que se dedica a cuidar dos animais está consciente e já observa a diminuição dos filhotes e dos problemas, além de criar mais expectativa de vida aos mesmos. A legislação condena o abandono e mal trato a animais”, ressalta.                                                                                                             
Além dos cães de rua, o programa atende famílias inseridas em programas sociais e no Cadastro Único, uma vez que elas possuem mais animais e não tem condições financeiras de contratar um veterinário. A proposta da Administração Municipal também abrange o controle de doenças e há um grupo organizado que incentiva a adoção. “Quando o animal é levado para a clínica, a fim de ser castrado, após o procedimento é feito curativo, desvermificação e limpeza, tornando a adoção mais fácil. Grande parte deles não está mais na rua”, ressalta o secretário. Ele complementa que machos e fêmeas podem ser castrados e isto acontece numa clínica escolhida por licitação e com valores de mercado. Até o momento 108 fêmeas e 32 machos passaram pelo procedimento, onde não houve óbitos e mostrando um processo tranqüilo. “Devemos pensar no controle da população e a política adotada pela Administração Municipal já surte efeitos na rua, como a diminuição dos cães e a limpeza urbana, uma vez que eles já não reviram o lixo. O programa de Ibiporã é referência para Londrina, Assai e cidades praianas do nordeste, que viram o trabalho na mídia. Além disso, o Conselho de Veterinária acompanha o processo e há relatos das atividades. É importante ressaltar que a população deve se engajar e entrar em contato com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente para se ampliar o projeto”, finaliza.




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