sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Pedro Stocchero: um exemplo de vida aos filhos e netos


A vida de Pedro David Stocchero na região começou em meados de 1946. Nascido em Curitiba ele chegou a Jataizinho aos 12 anos, quando os pais Pedro Stocchero e Amélia Stocchero vieram administrar a Madeireira Jatay Ltda. “A viagem de trem era a recomendada, pois as rodovias não tinham boas condições e má sinalização. Quando chovia havia lama e os riscos de acidente aumentavam”, recorda. Ele cita que a madeira, como a peroba, era obtida na região e comercializada em São Paulo. Ela funcionou onde hoje é o museu e os donos eram Leôncio Oliveira Cunha, Bortolo Stocchero e João Scheffer, este último também acionista do Banco Mercantil de São Paulo. A família, que viveu em Jataizinho de 1946 a 1952, em 1950 viu o patriarca tornar-se vereador na gestão de Manoel Novinski.                                                                                                         
Pedro David Stocchero, que tem mais de 82 anos, recorda que a casa não era nova, mas estava conservada. “Na frente havia o açougue da família Pansardi. Ao lado direito a Cerâmica Domingos Diana e nas imediações as cerâmicas de Dionísio Sticker e Medardo Galli, o qual ainda tem muitos familiares no município”, recorda.     
Entre as recordações dos 12 aos 18 anos, está o trabalho de embarcar madeira para São Paulo nos vagões de trem, além da decadência da peroba, fazendo a serraria mudar-se para Assai. De lá vinham os caminhões para embarcar a madeira em Jataizinho com destino a São Paulo. “Na época existia a maleita, como se fosse a malaria e provocada por um mosquito. Quando o trem ia em direção a Londrina recomendava-se fechar as janelas devido o risco do mosquito entrar nos vagões. Era assustador, mas com as medidas sanitárias o mosquito desapareceu”, recorda.                                                                                               
A eleição para vereador de Pedro Stocchero, segundo o filho, se deu graças à atuação como Juiz de Paz no município. Ele foi nomeado pela Comarca de Assai, uma vez que Jataizinho era distrito daquele município. “O juiz nomeava uma pessoa de bem para atuar de conselheiro e intermediar conflitos de pequenas causas como brigas de casal. Hoje a função não existe mais”, recorda.                                 
Com o fim mandato a família mudou-se para Paraíso do Norte com o intuito de administrar a filial da madeireira. Com três anos de trabalho e o sucesso da empresa, que estava prestes a falir, seu pai se candidatou e venceu a eleição, tornando-se o primeiro prefeito do município. Nesta época Pedro David começou a trabalhar na Copel, indo posteriormente viver em Curitiba, local onde se aposentou por esta empresa.  
Hoje morando em Ibiporã, ele tem saudades dos amigos e da casa que viveu em Jataizinho. “Devido o tempo perdi o contato com muitas pessoas. Mas tenho vontade de andar pela cidade e rever lugares antigos que ainda permanecem na minha memória”, pontua.

Nenhum comentário: