Foi realizado no último dia 17, na propriedade do
agricultor Paulo Caus Neto, a “Tarde de Campo”, cujo objetivo foi demonstrar os
efeitos positivos que o consórcio milho/braquiária traz sobre a cultura da
soja. O engenheiro agrônomo Iolder Antônio Colombo, extensionista da EMATER
Ibiporã, cita que foram abertas trincheiras no solo para verificar o
desenvolvimento radicular da braquiária. A demonstração de resultados ficou a
cargo dos pesquisadores Henrique de Biasi, da Embrapa Soja e Ivan Bordin, do
Iapar.
O
consórcio Milho/Braquiária estrutura e permeabiliza o solo, permitindo que a
soja, cultivada em sucessão, tenha melhor desenvolvimento radicular,
possibilitando maior exploração do perfil profundo do solo, resultando na maior
absorção de água e nutrientes pelas raízes profundas das plantas. “A presença
das raízes de braquiária em decomposição durante o cultivo da soja permite a
liberação gradual de nutrientes e favorece o desenvolvimento de suas raízes no
solo, minimizando o estresse hídrico em período de estiagem”, diz Iolder.
O aumento considerado de formação
de massa seca (palhada) favorece a conservação do solo, manutenção da umidade,
melhora na estrutura física, química e biológica do solo e maior acúmulo de
matéria orgânica ao reduzir perdas de solo e água pela erosão. Ela impede o
desenvolvimento de plantas daninhas (invasoras), reduzindo aplicações de
produtos químicos na lavoura. “A pureza e a germinação das sementes de
braquiária devem ser observadas pelo agricultor, pois evitam o surgimento de
espécies indesejáveis e pragas na lavoura. Além disso, o agricultor tem que se
preocupar com a proteção e recuperação do solo em sua propriedade, sendo a braquiária
e o terraceamento boas alternativas”, finaliza o engenheiro agrônomo.
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