terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Longe? Um lugar que não existe mais

Há quase 40 anos, o humanista norte-americano Richard Bach, que se imortalizou com a história de Fernão Capelo Gaivota, lançou o livro "Longe é um lugar que não existe". O escritor é um visionário das potencialidades do ser humano e acredita que a verdadeira comunicação depende da dedicação e do empenho que geram resultados inesperados e grandiosos quando se envolve confiança e paixão, sendo que isto não depende de tempo e espaço.              
                
Hoje com a internet e as redes sociais, o mundo está unificado e aproximado muito mais pelas afinidades que pelo espaço geográfico. Um garoto na China que gosta de samba vai se aproximar de um professor brasileiro e com ele ter uma amizade e intercâmbio muito mais intenso que com um mestre de música oriental, por exemplo.
                                                                           O cacique Almir, da aldeia Suruí foi eleito pela Fox Company um dos homens mais criativos do mundo. Embora não saiba manipular o computador, entendeu o valor da tecnologia e colocou a selva brasileira em contato com pessoas idealistas em todo o globo numa parceria com o Google. Ele quer salvar a cultura do seu povo e os benefícios que a selva traz para o mundo. E os idealistas, a maioria dos quais nunca esteve pessoalmente com ele, quer colaborar com ações e recursos financeiros para que o projeto do cacique seja ampliado.      
                                                                                                                                    Por fim, a Revista Time deu o título de Personalidade 2011 aos jovens que se mobilizam pelas redes sociais para que o mundo se torne um lugar melhor para todos através de ações ambientais, políticas e culturais. Os grandes jornais e revistas do país têm hoje o leitor como um colaborador ativo e estimula sua interferência e críticas que melhorem a qualidade da sua comunicação. A distância geográfica é um mito do passado e as informações circulam nas mãos e mentes daqueles que enxergam o novo mundo que já começou!
            Assim, a expressão de nossas ações e pensamentos depende do quando visualizamos deste novo mundo e do quanto acreditamos que longe é um lugar que nunca mais vai existir...


Aldo Moraes estudou música e fez cursos livres de literatura. Como compositor de temas instrumentais, teve trabalhos premiados e apresentados no Brasil, Suíça, Áustria, EUA, França e Itália. Escreveu a trilha para o filme “Quando eu morrer, quem vai chorar por mim?” e para a peça teatral “Máscaras”. Como escritor foi premiado em diversos concursos nacionais e organiza recitais de música e poesia por todo o Paraná. Foi Secretário de Cultura de Londrina e criador do programa cultural “Batuque na caixa”. Seus livros são lançados pela editora paulista Clube de Autores.


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