Há quase 40 anos, o humanista norte-americano Richard
Bach, que se imortalizou com a história de Fernão Capelo Gaivota, lançou o
livro "Longe é um lugar que não existe". O escritor é um visionário
das potencialidades do ser humano e acredita que a verdadeira comunicação
depende da dedicação e do empenho que geram resultados inesperados e grandiosos
quando se envolve confiança e paixão, sendo que isto não depende de tempo e
espaço.
Hoje
com a internet e as redes sociais, o mundo está unificado e aproximado muito
mais pelas afinidades que pelo espaço geográfico. Um garoto na China que gosta
de samba vai se aproximar de um professor brasileiro e com ele ter uma amizade
e intercâmbio muito mais intenso que com um mestre de música oriental, por
exemplo.
O
cacique Almir, da aldeia Suruí foi eleito pela Fox Company um dos homens mais
criativos do mundo. Embora não saiba manipular o computador, entendeu o valor
da tecnologia e colocou a selva brasileira em contato com pessoas idealistas em
todo o globo numa parceria com o Google. Ele quer salvar a cultura do seu povo
e os benefícios que a selva traz para o mundo. E os idealistas, a maioria dos
quais nunca esteve pessoalmente com ele, quer colaborar com ações e recursos financeiros
para que o projeto do cacique seja ampliado.
Por
fim, a Revista Time deu o título de Personalidade 2011 aos jovens que se
mobilizam pelas redes sociais para que o mundo se torne um lugar melhor para
todos através de ações ambientais, políticas e culturais. Os
grandes jornais e revistas do país têm hoje o leitor como um colaborador ativo
e estimula sua interferência e críticas que melhorem a qualidade da sua
comunicação. A distância geográfica é um mito do passado e as informações circulam
nas mãos e mentes daqueles que enxergam o novo mundo que já começou!
Assim, a expressão de nossas ações e
pensamentos depende do quando visualizamos deste novo mundo e do quanto
acreditamos que longe é um lugar que nunca mais vai existir...
Aldo Moraes estudou música e fez
cursos livres de literatura. Como compositor de temas instrumentais, teve
trabalhos premiados e apresentados no Brasil, Suíça, Áustria, EUA, França e
Itália. Escreveu a trilha para o filme “Quando eu morrer, quem vai chorar por
mim?” e para a peça teatral “Máscaras”. Como escritor foi premiado em diversos
concursos nacionais e organiza recitais de música e poesia por todo o Paraná.
Foi Secretário de Cultura de Londrina e criador do programa cultural “Batuque
na caixa”. Seus livros são lançados pela editora paulista Clube de Autores.
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