O vendedor Agnaldo dos Santos (42) mora na Vila Rural João
Inocêncio desde sua fundação. São 36 chácaras de cinco mil metros, 62 famílias
e cerca de 210 habitantes, onde a maioria optou viver no campo, trabalhar no
cultivo variado e ter pequenas criações. Agnaldo é o atual presidente da
Associação de Moradores e afirma que os beneficiados com lotes tinham que ser
originários da área rural. “Nasci na Fazenda Santa Lina, em Santa Dalmácia. Por
sorteio meu pai foi contemplado com a chácara e há três anos adquiri um lote.
Mesmo trabalhando na cidade preservo as raízes”, afirma.
Ele
assumiu a associação após observar a necessidade de haver atividades locais.
Mesmo existindo espaço físico, as crianças iam à área urbana para desenvolver
projetos educacionais e esportivos. Após dialogar com o Tiago Manabú, do Muay
Thai, firmou-se uma parceria no intuito de ministrar a arte marcial. O projeto
funciona há quatro meses e engloba mulheres, no total de 21 alunos. Além do
espaço da associação, a Vila Rural usa a escola municipal, que funciona no
prédio do colégio estadual doado ao município pelo Governo do Estado para
desenvolver atividades diversas. Devido à cessão os estudantes do ensino médio frequentam
o Colégio Érico Veríssimo, onde são levados de transporte público gratuito.
Uma
conquista recente da associação foi o cascalho na estrada rural. Quando chovia,
o trajeto de um quilometro possuía risco de acidentes, principalmente com ônibus
e caminhões. Outra benfeitoria solicitada à prefeitura foi é o aperfeiçoamento
da luz elétrica, pois as instalações são antigas e suportam apenas eletrodomésticos.
O desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida aumentaram o número de
utensílios domésticos e eletrônicos como ar condicionado, micro-ondas e
computadores. A instalação de equipamentos como triturador, prensa de
reciclagem, serra para madeireira e confeitaria é inviável. A Administração
Municipal encaminhou a Copel um projeto elétrico para analisar a ampliação da
rede. “O município sinalizou financeiramente que pode executar, porém falta à
aprovação do projeto”, cita.
Outra
demanda a ser atendida é a construção de um poço artesiano para reserva. A
quantidade de moradores aumentou e com eles o consumo. Além disso, quando
estraga a bomba que envia água a superfície, a comunidade fica de quatro a
cinco dias sem abastecimento. “Há 18 anos existia a média de cem pessoas, sem
haver perspectivas de crescimento. Além disso, para empreender é preciso ter
água. Imagina o dono da granja sem isto? A construção não tem valores elevados,
porém necessita de autorização da prefeitura, a qual encaminhamos o projeto”,
finaliza.
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