segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Com 36 chácaras, Vila Rural de Cambé cresce e organiza infra-estrutura para melhor atender os moradores

O vendedor Agnaldo dos Santos (42) mora na Vila Rural João Inocêncio desde sua fundação. São 36 chácaras de cinco mil metros, 62 famílias e cerca de 210 habitantes, onde a maioria optou viver no campo, trabalhar no cultivo variado e ter pequenas criações. Agnaldo é o atual presidente da Associação de Moradores e afirma que os beneficiados com lotes tinham que ser originários da área rural. “Nasci na Fazenda Santa Lina, em Santa Dalmácia. Por sorteio meu pai foi contemplado com a chácara e há três anos adquiri um lote. Mesmo trabalhando na cidade preservo as raízes”, afirma.                         
Ele assumiu a associação após observar a necessidade de haver atividades locais. Mesmo existindo espaço físico, as crianças iam à área urbana para desenvolver projetos educacionais e esportivos. Após dialogar com o Tiago Manabú, do Muay Thai, firmou-se uma parceria no intuito de ministrar a arte marcial. O projeto funciona há quatro meses e engloba mulheres, no total de 21 alunos. Além do espaço da associação, a Vila Rural usa a escola municipal, que funciona no prédio do colégio estadual doado ao município pelo Governo do Estado para desenvolver atividades diversas. Devido à cessão os estudantes do ensino médio frequentam o Colégio Érico Veríssimo, onde são levados de transporte público gratuito.                                   
Uma conquista recente da associação foi o cascalho na estrada rural. Quando chovia, o trajeto de um quilometro possuía risco de acidentes, principalmente com ônibus e caminhões. Outra benfeitoria solicitada à prefeitura foi é o aperfeiçoamento da luz elétrica, pois as instalações são antigas e suportam apenas eletrodomésticos. O desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida aumentaram o número de utensílios domésticos e eletrônicos como ar condicionado, micro-ondas e computadores. A instalação de equipamentos como triturador, prensa de reciclagem, serra para madeireira e confeitaria é inviável. A Administração Municipal encaminhou a Copel um projeto elétrico para analisar a ampliação da rede. “O município sinalizou financeiramente que pode executar, porém falta à aprovação do projeto”, cita.                
Outra demanda a ser atendida é a construção de um poço artesiano para reserva. A quantidade de moradores aumentou e com eles o consumo. Além disso, quando estraga a bomba que envia água a superfície, a comunidade fica de quatro a cinco dias sem abastecimento. “Há 18 anos existia a média de cem pessoas, sem haver perspectivas de crescimento. Além disso, para empreender é preciso ter água. Imagina o dono da granja sem isto? A construção não tem valores elevados, porém necessita de autorização da prefeitura, a qual encaminhamos o projeto”, finaliza.

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