terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Cadeia Pública está impedida de receber presos (Publicado em agosto de 2015 no Jornal Nossa Terra de Ibiporã)

A cadeia de Ibiporã foi parcialmente interditada pelo Judiciário devido à superlotação. O local pode abrigar 65 homens e 25 mulheres, mas está com 130 homens e 20 mulheres. O delegado Roberto Fernandes de Lima, que atende Ibiporã e Jataizinho, relata que a juíza Camila Colovo Carvalho determinou ao Comitê de Transferência de Presos, em Londrina, o encaminhamento dos detentos as penitenciarias. Para amenizar a situação apenas presos em flagrante e mandados de prisão estão sendo recolhidos, além do Ministério Público e Judiciário concederam trinta tornozeleiras eletrônicas aos presos do regime aberto e semi-aberto. Outra medida são estudos para implantar Audiências de Custódia, onde o juiz analisa a prisão sob o aspecto da legalidade, necessidade e adequação da sua continuidade ou a eventual concessão de liberdade com ou sem a imposição de medidas cautelares.      
O delegado cita que a superlotação gera riscos de rebelião, fugas e ameaça a saúde aos presos. A situação está sob controle, mas ele ressalta que para isto é necessário tempo e atenção de policiais e agentes de carceragem. “O ideal é não existir presos na delegacia e eles devem ser encaminhados ao regime prisional, o que está longe de acontecer. Por isto a juíza interditou parcialmente a delegacia. Ela tem ciência que é impossível retirar os presos de uma só vez e nos desdobramos para evitar conseqüências piores, como a rebelião. A população deve ficar tranqüila, visto que as policias civil e militar fazem trabalhos efetivos como vistorias estruturais nas celas de duas a três vezes por semana. Observa-se grades serradas, armas ou túneis estão sendo construídos”, afirma.                                                                                       
Roberto Fernandes de Lima ressalta que a criminalidade tem subido no Brasil, mas cabe as policias controlar a situação através de patrulhamento nas ruas e investigações. “Estamos de olho na bandidagem e caso a população saiba o destino de algum criminoso, foragido, ou observar algo suspeito, pode denunciar anonimamente pelo telefone 197”, pontua.  

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