A cadeia de Ibiporã foi
parcialmente interditada pelo Judiciário devido à superlotação. O local pode abrigar 65 homens e 25 mulheres, mas está com
130 homens e 20 mulheres. O delegado Roberto Fernandes de Lima, que atende Ibiporã
e Jataizinho, relata que a juíza Camila Colovo Carvalho determinou ao Comitê de
Transferência de Presos, em Londrina, o encaminhamento dos detentos as
penitenciarias. Para amenizar a situação apenas presos em flagrante e mandados
de prisão estão sendo recolhidos, além do Ministério Público e Judiciário concederam
trinta tornozeleiras eletrônicas aos presos do regime aberto e semi-aberto.
Outra medida são estudos para implantar Audiências de Custódia, onde o juiz
analisa a prisão sob o aspecto da legalidade, necessidade e adequação da sua continuidade
ou a eventual concessão de liberdade com ou sem a imposição de medidas
cautelares.
O
delegado cita que a superlotação gera riscos de rebelião, fugas e ameaça a saúde
aos presos. A situação está sob controle, mas ele ressalta que para isto é
necessário tempo e atenção de policiais e agentes de carceragem. “O ideal é não
existir presos na delegacia e eles devem ser encaminhados ao regime prisional,
o que está longe de acontecer. Por isto a juíza interditou parcialmente a
delegacia. Ela tem ciência que é impossível retirar os presos de uma só vez e
nos desdobramos para evitar conseqüências piores, como a rebelião. A população deve
ficar tranqüila, visto que as policias civil e militar fazem trabalhos efetivos
como vistorias estruturais nas celas de duas a três vezes por semana. Observa-se
grades serradas, armas ou túneis estão sendo construídos”, afirma.
Roberto Fernandes de Lima ressalta
que a criminalidade tem subido no Brasil, mas cabe as policias controlar a
situação através de patrulhamento nas ruas e investigações. “Estamos de olho na
bandidagem e caso a população saiba o destino de algum criminoso, foragido, ou observar
algo suspeito, pode denunciar anonimamente pelo telefone 197”, pontua.
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