Neste último dia 13, o Studio Fish
Tattoo comemorou dez anos de funcionamento. O empresário e tatuador Jonatha
Pereira Barboza, de 30 anos, casado, pai de um filho de oito anos e morador do
centro, lembra que no início foi difícil conseguir espaço devido o preconceito.
Mas, pelo reconhecimento do trabalho bem feito, conquistou a confiança dos
clientes. “Em dez anos aprendi muito e aperfeiçoei técnicas que evoluíram meu
trabalho”, afirma.
A experiência profissional cresceu com
sua ida a outras cidades do litoral do Paraná e São Paulo, onde participa de
convenções e workshops. “As convenções e workshops duram um fim de semana e lá
se apresentam vários artistas, onde é possível absorver experiências e trocar
conhecimentos com outros tatuadores”, afirma Jonatha, que recentemente
participou de um evento em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo e pôde
fazer tatuagens em surfistas e skatistas.
Sempre procurando se atualizar com as tendências,
Jonatha afirma que a última moda em tatuagem são desenhos de máscaras de
guerreiros e tribos Maori do Taiti e Polinésia, onde cada imagem traduz mensagens
relacionadas ao mar e aos animais marinhos. Além das tatuagens, piercings e
alongadores tem muita aceitação em todas as faixas etárias, mas ele cita que
para colocar alongador, tem que gostar muito do estilo. “O piercingé feito em
mulheres de todas as idades, varia dos 15 aos 65 anos. Um exemplo recente foi a
cliente de 65 anos, que colocou piercing e tatuou o nome dos filhos,
demonstrando um sentimento de amor e carinho pela família”, declara.
Além do crescimento profissional,
nestes dez anos Jonatha afirma que cresceu pessoalmente e espiritualmente. “Há
uma paz continua em mim e mantenho o foco nisto. Reflito sobre a vida, o
trabalho e o dia a dia. Tento evoluir, persisto e busco resultados”, diz o
tatuador, que ainda na adolescência se interessou pelo assunto. “Comecei meu
trabalho na adolescência com uma máquina caseira e a observar técnicas que
desenvolveram minhas ideias. As coisas eram difíceis na época. Mas, conheci um
tatuador experiente e tive a oportunidade de aprender mais. Foi na minha cidade
natal, Boiçucanga. Ele montou um estúdio e comecei a frequentar o local. Era
algo profissional e me deixou encantado. Trabalhamos por dois anos e pude
absorver e aprender bastante, sempre vendo a tatuagem como um futuro. Hoje, quem
conhece meu trabalho, o reconhece ao ver numa pessoa. Isto se leva pela vida
toda e é o reconhecimento de um artista que faz uma pintura sobre o corpo”.

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