De
família de pioneiros de Cambé, a gerente regional da SANEPAR, Mara LuciaCesário
Pereira Calinosk, começou a atuar na empresa como estagiária em 1977 e ao se formar
em engenharia, em 1980, foi para Curitiba. Anos depois, com a ampliação da rede
de esgoto na região, ele retornou a Londrina e desde 2011 atua como gerente da empresa.
Com
vasta experiência na área de coleta e tratamento de esgoto, ela cita que um dos
maiores problemas detectados pela SANEPAR é a destinação irregular de lixo
domestico nas redes coletoras. Isto causa entupimentos, poluição e transtornos
aos usuários, por conta do refluxo nos imóveis e vias públicas. “Com a
espessura de 15 centímetros, a rede não comporta lixo, mas apenas esgoto doméstico.
A população gosta muito da SANEPAR, fato revelado em pesquisas de satisfação ao
cliente. Assim, cabe à mesmase conscientizar do que pode ou não ser destinado no
esgoto. Materiais recicláveis, não recicláveis e biodegradáveis, ou seja, o
lixo em geral, jamais podem ser jogados na rede, vasos sanitários e tubulação”,
afirma a gerente. Ela cita que entre os objetos achados estão papel higiênico,
absorventes, fraldas, camisinhas, cotonetes, tubos e escovas de dente e até
fetos.
Outro
problema sofrido pela SANEPAR são as ligações irregulares de água pluvial nos
esgotos, causando inundações e transbordo. “Água da chuva tem galeria
especifica. Com a ligação irregular e uma chuva mais forte, o encanamento (de
15 centímetros) não suporta a força e tende a se romper ou carregar resíduos
sólidos. Quando o esgotoda refluxo no imóvel, uma das causas pode ser a ligação
ou o acúmulo de lixo na rede, causado pelo comodismo de jogar lixo na rede”,
destaca. Também é comum a população abrir os tampões da SANEPAR, localizados nas
ruas, para destinar objetos como pedras, garrafas pets e até monitores de TV.Isto
danifica a rede e causa prejuízos com inundações e contaminação dos imóveis.
Mara
Lucia Cesário Pereira Calinoskcita que os casos de refluxo e entupimento devem
ser comunicados a SANEPAR pelo telefone 115, site (www.sanepar.com.br) ou
escritórios regionais, para a execução duma vistoria técnica ambiental, onde são
realizados testes com corantes e verificada se as saídas de água do imóvel
estão interligadas corretamente. Se constatada irregularidade, há uma
notificação e um prazo é dado para se regularizar. “Muitas vezes não existe má
fé, mas comodidade para não quebrar o quintal. Assim, a saída da água da chuva
é ligada no esgoto. O imóvel não é apenas vistoriado pela SANEPAR e o caso pode
ser levado a Vigilância Sanitária. E, se o problema não for resolvido,
Vigilância e Promotoria do Meio Ambiente podem aplicar sanções”, afirma.
A
gerente cita que uma solução para diminuir o entupimento dos esgotos é a
instalação de caixas de gordura no imóvel. Esta não pode ser lacrada e deve ter
fácil acesso. “A gordura acumulada deve ser retirada e destinada ao lixo comum,
como rejeito. Isto faz o esgoto funcionar melhor. Com a variação de temperatura
no frio, a gordura endurece e se solidifica, causando obstruções. Por isto não
devemos jogar óleo ou gordura na pia. Ele (óleo) polui o meio ambiente e
contamina a rede. Uma solução é reciclar, doando a empresas que o reutilizam na
obtenção de sabão”, afirma.
Devido
a excelente parceira da SANEPAR com a Prefeitura de Cambé, muito está sendo
investido na ampliação da rede de esgoto e abastecimento de água. E, em breve,
será implantado esgoto a custo zero nos bairros Santo André, Monte Catine e
Golden Park. “Cambé é coberta com 87% de rede de esgoto e 100% de água tratada.
Nosso objetivo é chegar a 100% e levar mais qualidade de vida ao município”,
finaliza.
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