terça-feira, 28 de julho de 2009

A espiral do silêncio - O silêncio nas eleições

Nesta eleição municipal ficou claro que a participação de Antônio Belinati, candidato à prefeitura, ficou nos moldes da Espiral do Silêncio, teoria política sobre os meios de comunicação criada pela estudiosa alemã Elisabeth Noelle-Neumann. Belinati, ao ser criticado, não respondia a imprensa, além de se fazer ausente nos debates, mostrando o exemplo do isolamento e desprezo as opiniões omitidas pela sociedade organizada. A relação se mostrou mais presente no decorrer da campanha, que por falta de comunicação perdeu a credibilidade.

A partir daí, se criou a idéia de uma pessoa subversiva, sendo seu silêncio o causador de críticas irreversíveis que distorciam a realidade. Isso remeteu os eleitores ao efeito causa triunfante, ou segundo Neumann, band-wagon, onde Nedson Micheletti, o oponente a Belinati, ganhou votos e credibilidade.

Belinati, na condição de isolamento era o maior combatente da situação suspeita em que se encontrava o quadro político a partir dos meios de comunicação, quando sua assessoria, por dificultar contatos, mostrou que o isolamento era mais importante do que a amostragem de sua opinião sobre as críticas, baseado na observação das pessoas ao seu redor e pelo comportamento da mídia, fato totalmente errôneo. Entretanto, a opinião pública muitas vezes não era igual à demonstrada por alguns veículos de comunicação, afetando a eleição e ajudando a vitória de Nedson. É importante dizer que o fato de Belinati responder processo reforçou através da mídia a idéia da opinião pública em combate-lo.

Portanto, a Espiral do Silêncio afirma que o jornalista e os meios de comunicação são influentes e podem até decidir uma eleição, desde que tenham responsabilidade e variedades de opiniões. O caso de Belinati mostrou que o silêncio e o isolamento, não são bons aos políticos.

Publicado em 2004

Universidade Estadual de Londrina - Teoria do Jornalismo
Docente Severino Tavares
Discente Marcelo Souto - 3º Jornalismo – Noturno

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