Em 1976, o MDB, partido de oposição ao governo militar, cumpria o papel, junto com a OAB, CNBB, SBPC e comunidade acadêmica, de exercer pressão sobre o governo na caminhada pelo fim da ditadura.
Em 1979 aconteceram fatos importantes no cenário político nacional, como o fim do AI-5 e a lei da Anistia. Nesse cenário, o MDB se fortaleceu como oposição ao regime autoritário militar.
Em 1980, o governo cria a nova lei Orgânica dos partidos e extingue a ARENA e MDB. Veio então o pluripartidarismo e nasce o PMDB.
O quadro da saúde no Brasil não era das melhores e o dinheiro destinado a mesma, era muito pouco. Entre todos os países americanos, o Brasil era um dos que menos investia em saúde. Lembra do INPS? Calculava-se na época que 80% da população deveria ser atendida por este instituto. Porém, 40 milhões de brasileiros não dispunham de qualquer serviço de saúde por falta de médicos e de leitos hospitalares.
O índice de mortalidade infantil era assustador. Em 1980, em São Paulo, de cada 1000 crianças nascidas vivas, havia a taxa de mortalidade infantil de 65,8. Nos Estados Unidos o índice era de 10,5.
Doenças como verminose, desnutrição, doença de chagas, esquistossomose, hanseníase, tuberculose e poliomielite infestavam milhões de brasileiros. Diante desse cenário, o PMDB começa a ganhar prefeituras e abrir espaço de luta pela democratização da saúde. Foram três prefeituras (Campinas, Londrina e Niterói), administradas pelo MDB, que iniciaram os serviços municipais de saúde com implantação de postos de saúde.
Ibiporã, administrada na época pelo Dr. Chiquito (MDB), participou e contribuiu para a construção de um novo modelo de assistência, voltado para a atenção básica de saúde.
Em 1979, a administração municipal investiu na área da saúde, implantando o primeiro Posto de Saúde no Centro Social Urbano. O trabalho continuou, pois a administração do Dr. Chiquito era comprometida com as necessidades da população. Em pouco tempo foram implantados os postos de saúde da Vila Bom Pastor e Jardim Pérola. Dr. Chiquito deixou um exemplo de comprometimento e seriedade na administração do bem público, que foi seguido pelos seus companheiros do PMBD.
Hoje temos o Sistema Único de Saúde (SUS), fruto desta luta pela democratização da saúde, que envolve os departamentos de medicina preventiva das universidades, movimentos populares, Igrejas e partidos políticos.
A saúde foi municipalizada, porém não mudou o modelo assistencial que é centrado no hospital de emergência. O grande desafio, hoje, no processo construtivo do Sistema de Saúde, é avançar na qualificação, atenção básica e primária, além de formar profissionais adequados a essa prática.
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