É só chegar o período eleitoral para que as obras comecem a pipocar pela cidade. Não que a construção e reforma de bens públicos e de uso comum são negativas, mas o que implica, é a época na qual são executadas. Em Ibiporã temos dois exemplos de construções que estão totalmente paralisadas e que popularmente são conhecidas por "elefante branco".
A primeira, que não traz impactos negativos para a cidade, é a construção do Terminal Urbano, que há muitos meses não se vê nenhum funcionário se dedicando à obra. Outro "elefante branco" que está causando transtorno, sujeira e caos, justamente no centro da cidade, é a reforma da Praça Pio XII. Segundo comerciantes da região e freqüentadores do local, há mais de três semanas que não se vê ninguém na execução do projeto.
Ronei Weber, 18 anos, mora no San Rafael e trabalha no centro. Para ele e muitos outros comerciários, a reforma, que deveria ser planejada e executada antes do período eleitoral, está causando prejuízos ao comércio e atrapalhando quem gosta de andar pela Avenida Paraná. "Quando as pessoas vêem ao centro para fazer suas compras, encontram uma paisagem desolada. O cliente se afasta e vai para outro local. Além disso, muitos se reuniam no horário de almoço para conversar. Não temos um local para descansar. Além disso, com o estado atual a segurança da praça piorou muito", lamenta Ronei com a desvalorização do comércio.
Antônio Cardoso, de 60 anos, trabalha há 21 anos no local como vendedor. Morador do centro, para ele não é o momento de mexer na Pio XII devido o período das eleições, a época de chuvas e da cidade ter outras prioridades mais urgentes ligadas à saúde e educação. "A praça estava boa. Se havia necessidade da obra, porque somente agora, na época da eleição? Isso me deixa desconfiado quanto às intenções", diz. Revoltado com a situação, que diminuiu em muito o movimento do seu comércio, devido à poeira e o barro, Cardoso afirma que não é único a reclamar. "O correto seria a poda e erradicação de árvores condenadas. Mas muitas, sem necessidade, foram arrancadas. Acabou a sombra e os bancos, que fazem parte da história de Ibiporã, foram retirados e destruídos", diz. Presente todos os dias no local, Cardoso revelou que há mais de três semanas não se vê ninguém trabalhando na execução das obras.
Mesmo com a obra, o repositor Luciano Costa de Souza, 26 anos, do Santa Paula, acredita que falta algo essencial: a reforma e ampliação dos banheiros. "A praça é um dos cartões postais de Ibiporã. Imagine quando vir alguém de fora para nos visitar e encontrar o banheiro todo sujo. É uma vergonha para todos", finaliza.
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