quinta-feira, 23 de julho de 2009

FENAJ rejeita alternativas de rebaixar qualidade da formação em Jornalismo

O debate sobre a revisão das diretrizes curriculares de Jornalismo não está concluído. Mas após a decisão do Supremo Tribunal Federal de extinguir a exigência do diploma para o exercício da profissão, crescem as especulações sobre alternativas como cursos de curta duração para capacitar os interessados em ingressar na atividade. A FENAJ rechaça qualquer opção de formação de novos profissionais que não a maior qualificação dos cursos de graduação.

Os trabalhos da Comissão de Especialistas do MEC encarregada da revisão das diretrizes curriculares ainda não foram concluídos. “Não temos notícia de que o relatório final tenha sido encaminhado ao MEC”, registra a diretora do Departamento de Educação da FENAJ, Valci Zuculoto, lembrando que posteriormente qualquer proposta precisará da aprovação do Conselho Federal de Educação.

Sobre a perspectiva dos cursos de Jornalismo se desmembrarem da Comunicação Social, Valci aponta que esta proposta é defendida pela Federação e outras entidades do campo do Jornalismo – que defendem a graduação específica -, bem como a proposta de ampliação da carga horária mínima dos cursos. “Mas estas propostas precisarão ser apreciadas pelo CFE, para posteriormente produzirem efeitos”, diz a diretora da FENAJ.

Para a Federação, qualquer perspectiva de antecipação aos fatos é precipitada, pois, além da revisão das diretrizes ainda estar inacabada, sequer foi publicado o acórdão da decisão do STF, persistindo dúvidas sobre o alcance e efeitos de tal decisão sobre o exercício e regulamentação da profissão. “Opções que não os cursos de graduação não servem para formar profissionais nem para qualificar o jornalismo”, diz Valci. Para ela, as instituições de ensino não devem se preocupar em modificar os cursos de Jornalismo sem que o debate sobre as diretrizes curriculares no âmbito do MEC e CFE seja concluído.

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