segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lenda Urbana: O corno viu o chufrudo - (Parte III - Fim)



O desespero tomou conta de todo mundo. Alguns se deitaram no chão do salão, que começou a girar, até que Joana dá um grito, que faz todos se calarem! Com a voz exaltada disse a besta fera:

- O que você deseja aqui. Não lhe fiz mal sequer.
- Quero o pensamento daqueles que não respeitaram a quaresma. Levarei todos para o mundo da escuridão, onde pagaram seus pecados.
- Não faça isso. Ajude-nos Pai!

O Coronel se levanta e diz ao inimigo:

- Saia daqui capeta! Ninguém o convidou!

O homem há pouco tempo um grã-fino cavalheiro educado, transformou-se num animal monstruoso e horripilante. A fera com chifres dirigiu-se ao chifrudo e disse:

- Muito bem! O senhor, um homem safado e pecador que comete maldades, não tem direito de falar contra mim. Você é um chifrudo e sua esposa deixa a lhe desejar. Vossa Senhoria que não trate bem seus empregados, então terá que pagar pela iniqüidade. Além do mais, as pessoas na cidade lhe avisaram o que podia acontecer caso desrespeitasse a quaresma.

Nisso, a besta-fera desfere um muro que acerta sua cabeça, no qual perde a razão e os sentidos.

De manhã, O Coronel acorda com a cabeça doendo e uma ressaca horrível. Estava estirado ao chão com um cheiro ruim de cachaça. Joana, na porta do salão, varia o chão e recolhia as garrafas e cacos de vidro. O Coronel, com o pensamento na cabeça lhe pergunta o que aconteceu naquela noite. Ela disse que ele bebeu tanto, que desmaiou no chão e não se lembrava de mais nada. Perguntando sobre o rapaz da capa preta, ela disse que o mesmo era um forasteiro de terras longínquas e estava de passagem. O Coronel, confuso, não sabia o que aconteceu na noite passada.

- Foi uma alucinação causada cachaça ou a visita do demo?

Percebendo que o fato o marcou, o Coronel, após o episódio largou o vício da bebida e do jogo. Conversou com a esposa para haver um relacionamento familiar e tradicional, onde a amizade e confiança fossem o segredo da estabilidade no casamento. As fazendas pagavam seus funcionários em dia e davam atenção aos que estavam doentes e precisavam de ajuda. O Coronel, há pouco tempo desfazia e maltratava, recorda a toda quaresma vai à missa e não desrespeita a crendice do povo.

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