quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Quando vereador, Sebastião Bernardo dava todo o salário para o povo

Foi com seis anos que Sebastião Bernardo (71) veio de Itajubá (MG) para trabalhar no Distrito do Pirolo, que hoje pertence a Rancho Alegre. Era a lavoura de milho, café e feijão, vendidas nos armazéns de Urai. Mas, a vida de Sebastião Bernardo não se resumiu ao campo e se enveredou no comércio e na política, onde atuou como presidente de bairro e vereador. “Minha luta foi grande por conta do desejo de vencer. Para isto fiz muitos cursos e ao sair da lavoura atuei como vendedor na loja de tecidos Marisol de Cambé, que tinha José Fernandes como proprietário”, recorda Sebastião Bernardo, que posteriormente foi para Apucarana e depois Marechal Cândido Rondon, onde trabalhou um ano na antiga SUCAN no combate a esquistossomose, a popular “barriga d água”. Ao retornar, o prefeito Evilásio Rangel o chamou para ser fiscal de rua. “Com o fim do mandato, fui trabalhar de saqueiro, na colheita do algodão e na Branorte como Supervisor de Vendas. Após dois anos, em 1986 fui convidado por Sadao Hoshino para montar um comércio de materiais elétricos e hidráulicos. Ele entrou com espaço e madeira para fazer as prateleiras. Emprestei 50 mil cruzados e comprei a mercadoria. Estou no ramo há 25 anos”, relata.                                 

Mas a verdadeira paixão de sua vida, a política, começou em 1982, quando foi presidente do conjunto José Correia Lacerda e depois presidente do Rotary por nove gestões, o qual participa há mais de 25 anos. Nesta época tornou-se vereador pelo PMDB e a Doutora Terezinha Sanches ganhou para Prefeitura. “Fui eleito com 250 votos. Com o salário ajudava as famílias necessitadas, doava cesta básica, comprava remédios para enfermos, dava passagem de ônibus e óculos. Devido o trabalho, recebi em Brasília o reconhecimento como um dos melhores vereadores do Brasil. Sempre fui rotariano e tenho amizade com os governadores de Rotary.
                      
Foi numa destas gestões que ele criou o forró na Casa da Amizade. Com a verba reformou o espaço e comprou móveis novos. O baile acontece até hoje. Ele foi presidente do movimento do Concílio e outras federações da igreja. Atualmente ajuda a organizar festas religiosas, como a Junina e da Padroeira. No dia a dia fica no comércio de materiais elétricos e hidráulicos, ponto de distribuição da Folha de Jataizinho, que segundo o comerciante, é o melhor da cidade e tem boa procura. “A Banca São Bernardo solta vários jornais e ajuda a desenvolver a comunicação. A Folha de Jataizinho tem identidade e integra o grupo da Rádio Nova Geração, algo fundamental em Jataizinho, que mantém a história do município e é a ferramenta que amplia a voz de diversos grupos locais”, pontua. 

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