segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Movimento Negro de Londrina se articula para lançar a Campanha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra

É conhecido por todos no Brasil, que o negro e sua história foi construída através do sofrimento, desde os tempos da escravidão. Apesar da liberdade conquistada, o negro ainda sofre preconceitos e os jovens são as principais vítimas. Privados de educação e oportunidades, muitos são condenados à marginalidade, desemprego e baixos salários.

Procurando ampliar o debate acerca do tema, o Movimento Negro de Londrina começou a articulação para lançar a Campanha Nacional Contra o Genocídio da Juventude Negra. De acordo com José Evaristo Silvério Netto, 27 anos e mestrando em Educação Física na Universidade Estadual de Londrina, constata-se, por números oficiais, que muitos negros, devido à violência, tráfico de drogas e falta de oportunidades de emprego e renda, morrem antes dos 25 anos, principalmente os da periferia. “O que provoca isso é o racismo institucional, as dificuldades de entrar na universidade e o desemprego”, lamenta.

Para o mestrando, o século XXI não poderia abrigar tais desigualdades e deve haver uma análise histórica abordada desde a colonização européia, onde aos negros nunca foi garantida a cidadania. “A discriminação existe e devemos combate-lá pelo reconhecimento do racismo dentro de nós”, afirma.

O negro foi e é muito importante não apenas na cultura brasileira, mas também no caráter tecnológico, como as redes de esgotos (presentes nas cidades antigas da África), na literatura, matemática, culinária, ciências exatas, esporte e cultura.

A sociedade deve enfileirar-se, contribuir, debater e participar das questões negras e integrar esta luta pelos direitos humanos.

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