segunda-feira, 25 de maio de 2009

APAE comemora 40 anos focada na capacitação profissional

A capacitação profissional é um dos requisitos aos trabalhadores que desejam se inserir no mercado de trabalho ou galgar melhores postos e salários. Pensando nisso, a APAE de Ibiporã, que recentemente comemorou 40 anos, propicia a seus alunos a participação em oficinas profissionalizantes. Conforme o pedagogo e diretor da entidade Paulo Silvério Pereira, a APAE de Ibiporã começou com um trabalho profissionalizante se preocupando para o deficiente ser inserido no mercado de trabalho, atendendo todas as necessidades básicas, que é estar apto e ter resistência para executar o trabalho. Outro ponto é a obediência a hierarquia e as regras, além do respeito aos outros funcionários. “Este modelo coloca a APAE a frente de outras instituições de trabalho”, afirma.

De acordo com Carolina Francieli Domingues Lino, professora e responsável pelo SECAP (Centro de Serviço e Encaminhamento, Colocação e Acompanhamento Profissional da Pessoa com Deficiência) o objetivo da entidade é encaminhar todos os alunos ao mercado de trabalho. Após a inserção faz-se o acompanhamento e todas as decisões tramita pelo Conselho de Trabalho, composto por psicólogos, assistentes sociais e diretoria. “Articulamos o direito a inclusão e cotas. A inclusão social é um direito do deficiente”, afirma.
Carolina ressalta que os alunos da APAE estudam o ensino fundamental na entidade e, concluído esta fase são direcionados a educação profissional. “A maior parte dos alunos foram matriculados quando crianças. Dentro da família a pessoa com deficiência é monitorada, porém deve-se acreditar no potencial para o deficiente adquirir a condição de eficiente”, diz. A professora ressalta a APAE faz um trabalho minucioso de pré-profissionalização e alfabetização. Constatado a existência do perfil para o mercado de trabalho, o aluno acima de 17 anos, é inserido no estágio onde desempenha as funções de atendente, recepcionista, serviços gerais, gráfica, cozinha e vendas na loja instalada na escola. O salário é equiparado, os valores variam conforme a empresa e hoje a APAE conta com 15 alunos no mercado de trabalho e mais 153 estão em processo de formação. “Mesmo quem possui deficiência severa ou grave são encaminhados”, ressalta a professora.
A professora da APAE, Lourdes Narciso, ressalta que para a colocação no mercado de trabalho é preciso alguns critérios, como estar preparado e apto para exercer a função de acordo com a educação especial. Outro ponto é a abertura de vagas, mas não apenas para o cumprimento da lei, mas com a intenção de contribuir para o desenvolvimento social e a inclusão. “Há um choque na família e no aluno referente ao rompimento e a ida para o mercado de trabalho. Ao se romper o paradigma da deficiência para a eficiência, percebe-se a felicidade, realização e satisfação dos alunos, além da família e da empresa acolhedora”, diz.
Esta quebra de paradigma é constatada nas palavras do Gerente de Produção da PVC Brasil, José Nésio Martins. “O deficiente é uma pessoa que precisa de oportunidades. Cabe isso aos empresários, pois a não inclusão levaria muitos a ficar na margem da sociedade. Todo deficiente é eficiente e o resultado se constata pela produção”, finaliza.

Cota para deficiente nas empresas
- Até 200 funcionários: 2%
- De 201 a 500: 3%
- De 501 a 1000: 4%
- + de 1001: 5%

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