sábado, 27 de junho de 2009

No Rio de Janeiro, uma polícia para os ricos, outra para os pobres

Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que a Polícia Militar do Rio de Janeiro tem atuação diferente em instituições ricas e pobres. O estudo “Segregação Territorial e Violência”, das pesquisadoras Patrícia Rivero e Rute Imanish, revela índices de homicídio por parte da polícia carioca muito mais frequentes nas zonas oeste e norte, enquanto na zona sul prevalecem as prisões.

Para verificar essa distinção, pode-se tomar por base os registros de autos de resistência - aqueles usados quando o policial alega que matou porque o criminoso teria reagido com violência. A taxa de autos de resistência na região que vai do Rio Comprido a São Cristóvão é de cerca de 24,5 por 100 mil habitantes.

Esse índice é sete vezes maior do que nos bairros de Copacabana e Leme, bem como da região que vai do Catete a Botafogo, ambas de classe média alta. E 61 vezes maior que na área da Varra da Tijuca e arredores, de poder aquisitivo ainda mais elevado. Quando se analisam os dados de prisão, a relação se inverte.

Com informações do Brasil de Fato

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