domingo, 14 de junho de 2015

Pesquisas indicam que AIDS é um fator que gera a Exclusão Social. Segundo especialista da Saúde, exclusão gera discriminação e potencializa a gravidade da doença.

          O HIV/AIDS é responsável por favorecer estigmas e discriminações contra os portadores e suas famílias. Isso ocorre devido a fenômenos culturais e sócio-economicos. Os primeiros casos foram publicados por uma revista da Vigilância Sanitária Norte Americana, onde dizia que foi identificada uma nova epidemia em um grupo de jovens homossexuais, isto no ano de 1981. Atualmente a doença está espalhada por todo o mundo e traz conseqüências desastrosas para países da África, que em alguns casos tem mais de 1/3 da população contaminada e pode causar a destruição de toda uma cultura e também dos habitantes.

          Várias são as classes e segmentos que sofrem discriminação e exclusão devido a AIDS. Os homossexuais são um dos grupos que tendem a sofrem maior vulnerabilidade perante as pessoas, isso devido a fatores que levam ao preconceito, como escolha sexual. Além dos homossexuais, os desempregados, analfabetos, pessoas que estão na prostituição, são pessoas que já estão de certa formas excluídos, e com o agravante da AIDS, o problema tende a aumentar, fazendo com que o individuo fique a margem da sociedade.

          Segundo o Dr. Kenneth Camargo Jr. Que é médico do Instituto de medicina Social da UERJ, no Rio de Janeiro, a doença tende a se expandir dos grandes centros para as cidades do uinterior, sendo que a média atual é de 2 homens contaminados para 1 mulher. Está estatística já foi maior, sendo que nos anos 80 a media era de 13 homens infectados para 1 mulher. Este aumento significativo de mulheres se deu devido a condutas inadequadas do homem, fora do casamento, que ajudou a proliferar a doença.

          Outro portadores da doença, como usuários de drogas injetáveis, homossexuais e prostitutas, são os mais excluídos, pois no caso dos usuários de drogas, pois eles acabam sendo criminalizados, o que gera mais exclusão.Isso ocoore não somente na sociedade, mais entre os peroprios usuários. Este fator dificulta na hora de se fazer a prevenção, pois o uso de drogas é um crime e muitas vezes a pessoas não pode fazer tratamento, pois a possibilidade dele ser preso é muito alta. Já no casa das prostitutas, a exclusão também é muito grande, isso devido ao trabalho que elas fazem.

          Em Londrina, a Avenida Leste Oeste é um local muito frequentado por estas profissionais, sendo as 14:00 horas, muitas já estão nas ruas. Patrícia, de 19 anos, que trabalha como prostituta, afirmou que os riscos de se contaminar são muito grandes, isso devido a quatidade de parceiros, que é em torno de 4 por dias. Ela disse no período de 3 meses sempre vai ao médico ginecologista e expõe seus problemas. Ultimamente, está fazendo um tratamento nos seios, pois encontrou um caroço em um mamilo. Foi perguntado se era câncer, porém não soube responder. No mesmo local em que Patrícia estava, tinha outra mulher, que trabalhava na rua. Seu nome fictício era Silvia, tinha 32 anos e mora em Cambe. Silvia disse que já trabalha na prostituição há 11 anos e que só faz sexo com camisinha. Perguntado se possuía alguma doença ou se foi contaminada, ela afirmou que não, respondendo novamente que em todas as relações usava camisinha. Porém, Silvia disse que já conheceu uma moça que trabalhava na prostituição e que se contaminou e morreu com 28 anos. Segundo as duas, a concorrência com travestis é muito grande. A prioridade é criar grupos de pressão para construir organizações civis que diminuam os preconceitos. Estes organismos já forma criados nos Estados Unidos, tendo resultados positivos.

          Segundo pesquisas realizadas, os excluídos sabem quias são os fatores e os indicadores que apontam os problemas. Alguns escpecialistas, afirmam que devem ser criadas políticas de combate a exclusão, sendo que a principal delas é a criação de empregos. O peso da exclusão é enorme, sendo que no mundo o número pode variar entre 30 a 40 milhoes.

          Um agravante da exclusão é que a doença tende a piorar , sendo que o apressamento da morte é maior de preconceito, algo que pode ser contornado se os familiares cuidarem melhor do doente. Outras formas de exclusão, como o confinamento, devem ser combatidas. Isto é feitos através de ONG´S, o Programa Saúde da Família e através de outros projetos

          Em Londrina, o tratamento dos portadoras é feito pelo COAS, Centro de Orientação de Apoio Sorológico, pelo ambulatório do Centro da Saúde e Hospital das Clínicas, da UEL. Segundo Vanda Matias Gonçalves, Assistente Social, o problema do HIV está aumento em Londrina, isso devido a maior infecção de adolescentes que morma nas regiões mais carentes, segundo Vanda, o adolescente está mais preocupado em se proteger da violência, que acaba ficando vulnerável a doença. Outro fator que leva a exclusão dos mais carentes e o aumento da doença, é o machismo. 

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