domingo, 14 de junho de 2015

O índio na política.

          O povo indígena, historicamente manejou os recursos naturais, provocando poucas perturbações ambientais até a chegada dos conquistadores europeus. Reduzidos em população e sempre sujeitos a frentes de expansão econômica seguem em busca de um lugar nos projetos de futuro nos países onde sobrevivem. Estima-se que na época do descobrimento cinco milhões de índios habitavam o território brasileiro. Hoje, o número gira em torno de 350 mil índios. No dia 3 de outubro se realiza as eleições para eleger candidatos a vereadores e a prefeito, muitos indígenas que vivem em aldeias na região de Londrina, como em Tamarana, Santa Amélia e São Jerônimo da Serra, irão se candidatar ao cargo de vereador para aumentar sua representatividade junto ao legislativo e lutar por melhores condições para suas aldeias. 


          Um pensamento comum entre os indígenas é que, na de ocracia, ninguém melhor que o índio para representar sua comunidade. Na Colômbia, existe uma lei que diz que deve haver um número limitado de vagas para o Senado e a Câmara para os não-índios, isso para que os indígenas alcancem, um maior grau de representatividade. Mario Juruna foi exemplo para o povo indígena. Filho do cacique Xavante Apoenã, nasceu na aldeia próxima a Barra do Garças (MT) em 1942. Seis anos depois, sua tribo foi contatada pela primeira vez, pela expedição do sertanista Chico Meirelles. Após viajar por boa parte do Brasil, na década de 70, passou a percorrer os gabinetes da Funai em Brasília, lutando pela demarcação xavante. Foi então que se tornou famoso: jamais era visto sem seu gravador, "para registrar tudo o que o branco diz". Juruna foi eleito deputado federal pelo PDT (1983-1987). Sua presença no Congresso Nacional teve uma repercussão enorme no país e no mundo. Ele foi responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, uma das poucas comissões da Câmara Federal, o que significou a elevação do problema indígena ao reconhecimento formal.

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