domingo, 14 de junho de 2015

Análise comparativa: Valor Econômico e Gazeta Mercantil.

Análise comparativa: Valor Econômico e Gazeta Mercantil.

Pré-projeto da Atividade Acadêmica
3 NIC 096-Trabalho de Conclusão de Curso
Discente Marcelo Souto Severino
Comunicação Social – Jornalismo


Sumário

1 - Tema
2 - Formulação do problema
3 - Introdução
4 - Justificativa
5 - Objetivos da pesquisa:
5.1 – Geral
5.2 - Específico
6 - Procedimentos Metodológicos
7 - Referenciais Teóricos
8 - Cronograma  
9 - Referências Bibliográficas    

1 – Tema
- Análise comparativa dos dois principais jornais de economia que circulam no Brasil: Valor Econômico e Gazeta Mercantil
- Área de Concentração: Jornalismo
- Linha de Pesquisa 1: Jornalismo Especializado – Mídias Impressas, audiovisuais e interativas
- Palavras-chave: Jornalismo e jornal.

2 – Formulação do problema
Qual é o interesse das matérias e temas abordadas pelos jornais?
O que isso representa para a sociedade e com eles podem ajudam na melhoria da mesma?
Quem são os leitores de Valor Econômico e Gazeta Mercantil e porque lêem estas publicações?
São importantes para seus negócios, desenvolvimento de emprego e capital?
Os jornais, como fonte de informação, ajudam o leitor a melhorar seus investimentos ou na concorrência com outras empresas?

3 - Introdução
“O jornalismo é essencialmente pragmático. Acima de nosso saber apriorístico e nossos juízos de valor, tão importantes para o jornalista, a verdade jornalística a ser trabalhada e transmitida em cada momento é sempre a verdade contingente, que decorre da verdade dos fatos, de cada nova observação e não de uma crença. A reportagem é o exercício de busca dessa verdade dos fatos e por isso ela é central no jornalismo. É preciso sempre ver o que há além da mera aparência desses fatos; contextualizar, interpretar e analisar os fatos. Para isso, quanto mais conhecimento melhor.” (Kucinski, 1996, p 21)

O jornalismo é peça fundamental na cobertura de negócios, empresas, finanças e tecnologias, pois usa o conhecimento para organizar mecanismos do capital. Quando o jornalista consegue deslindar esses mecanismos, ele passa a entender a mecânica do setor.

Na cobertura de políticas de governo e dos problemas macroeconômicos, é essencial o conhecimento das relações mais importantes entre as variáveis econômicas,. Deve-se saber, por exemplo, qual a relação entre taxa de câmbio e taxa de juros, ou entre taxa de juros e nível de atividade econômica. Saber por quê uma elevação da taxa de juros pode levar a uma valorização da moeda ou por que juros mais altos podem esfriar a atividade econômica. Cada uma dessas relações se desdobra em outras, de segunda ordem, com efeitos menores, em geral no sentido contrário.

4 - Justificativa
O Jornalismo Econômico ajuda os leitores a ter mais clareza sobre medidas do Governo; variação de preços; inflação e deflação; mercado de ações; moedas estrangeiras; juros e rendimentos da poupança; geração de emprego; etc. Enfim, várias situações que interferem e influenciam no “bolso” do consumidor podem ser explicados pelo Jornalismo Econômico e essas duas publicações são as que mais satisfazem por serem diárias e cobrirem especificamente a economia.

Vários jornalistas sentem deficiência nos currículos de seus cursos, que não trazem conhecimento sobre economia. Como resultado, o espaço do jornalismo econômico é ocupado por economistas e sociólogos, que não se referenciam pela ética do jornalismo, além de muitos jornalistas tornarem-se autodidatas para cumprir esta ocupação.

Ávidos por informação, muitas pessoas se conectam com redes de dados mundiais e buscam a informação nos veículos impressos, para que seus negócios tenham mais rentabilidade. No Brasil, o Valor Econômico e a Gazeta Mercantil, publicam diariamente, notícias que podem orientar a melhor forma de investimento e aplicação de capitais, além de cotações que ajudam tanto o empresário que trabalha com o dólar, ou o agricultor que irá vender sua colheita.

O jornalismo econômico cria vantagem aos mercados centrais em relação aos periféricos, pois o acesso ao grande volume de informações dá a investidores, agricultores e empresários, ganhos absolutos e predomínio dos fluxos e mercados financeiros. Um exemplo bem simples: Segundo o jornal Valor Econômico, de 20 de junho (página B12), o preço mínimo da arroba (15 kilos) do Boi Gordo, com pagamento a vista, estava cotado em R$ 53,01, em São José do Rio Preto/Barretos, no interior de São Paulo. A mesma arroba e forma de pagamento do produto Boi Gordo, é possível ser encontrada no dia 20 de junho, por R$ 46,99 em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. É uma diferença de R$ 6,02, que multiplicada por milhares de arroba, tem uma diferença significativa.

Segundo o site do Valor Econômico (www.valor.com.br), “a revolução causada pela Era da Informação e pelos jornais democratizou a informação, ao baratear produções, facilitar seu acesso e principalmente: gerar investimentos de expansão que criam novos empregos”.

Em relação aos motivos pessoais que levam o autor a desenvolver este trabalho, é pelo interesse no assunto jornalismo econômico e pela abordagem que os jornais trazem aos leitores. Esta afirmação é devido a análise do assunto ser de extrema importância no desenvolvimento do capital e da sociedade, pois sem o jornalismo, estaríamos fadados ao subdesenvolvimento e principalmente a não transmissão do conhecimento para as futuras gerações, além da informação ser essencial para existência da sociedade moderna.

Em relação ao jornalismo econômico, se espera que esta especialidade crie mais leitores, pois com a Era da Informação, existe a tendência cada vez maior de se criar meios para desenvolver a sociedade e a comunicação. A economia é uma delas. Devido ao desenvolvimento econômico, é possível maiores taxas de emprego, rendimento, salários, educação, e outros fins que dão ao jornalismo econômico assuntos que não interessam somente a quem está inserido neste mercado, mas aos que querem conhecer mais sobre futuras viabilidades do trabalho e o que se espera da industrialização e informatização dos meios.

Sobre o Valor Eonômico: O Valor Econômico S/A, recentemente completou cinco anos de existência se consolida como o mais influente jornal de economia do país, com mais cem jornalistas compondo a redação, que reúne uma das mais especializadas equipes de articulistas nacionais e internacionais, da imprensa brasileira. Lançado em 2000 pelos grupos Folha e Globo, o Valor pretendia ser um jornal moderno, dinâmico e de fácil compreensão, sem perder a profundidade e a precisão técnica que o seu público-alvo exigia. A proposta editorial e a seriedade no trato com as notícias também possibilitaram a conquista de diversos prêmios para o veículo e seus colaboradores. Nos cinco anos de história do Valor, já são cerca de 40 prêmios conquistados. Também foram vários os furos de reportagem com impacto nacional e internacional. Do ponto de vista publicitário, o jornal passa por um bom momento - sua receita deste ano deve superar em cerca de 30% a 40% a do principal concorrente. Como reflexo da boa penetração do Valor, as mais importantes companhias abertas do país o escolheram como o principal jornal para a veiculação de seus balanços e outros atos legais. A tiragem do jornal, atualmente, supera a casa dos 60 mil exemplares, dos quais 50 mil fazem parte da carteira de assinantes. Esses números são validados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC). Estimativas do Ibope apresentam um número de 200 mil leitores diários, considerando cerca de 3,6 leitores/edição. Com amplitude nacional, principalmente no eixo São Paulo/Rio de Janeiro/Brasília, o jornal já pode ser encontrado na Argentina desde o começo de 2005. O próximo passo é a entrada no Chile. (Fonte: www.valor.com.br).

Sobre a Gazeta Mercantil: Fundado em 1920 e publicado pela Editora JB S.A., se consolida no sistema extraindo do noticiário político cotidiano a informação econômica e de negócios voltada para o estímulo do desenvolvimento de uma economia capitalista de livre mercado. O aquecimento da economia e o grande volume de negócios e moeda estrangeira em, circulação abre um espaço no mercado editorial brasileiro para um jornal de negócios a exemplo do que ocorre nos países industrializados.

No princípio aparece como um jornal de negócios, com obrigação de prestar serviço ao empresário. A exemplo dos similares estrangeiros, a Gazeta institucionaliza a sub-setorização de matérias-primas, finanças, indústria, agricultura, etc. Consolidado como jornal de negócios, a Gazeta Mercantil passa a editar outras publicações especializadas na área de economia, como balanço financeiro dos bancos e do mercado de capitais, as maiores e melhores empresas da economia. (Fonte: CONSTANTINO,
Luciana Monte. Jornalismo Econômico no Brasil e Mercosul – p. 26 e 27).

Hoje a Gazeta adotou a estratégia de privilegiar matérias de marketing e negócios. Valoriza menos do que os outros a macroeconomia. Difere dos concorrentes, por exemplo, ao não publicar em manchete a decisão do Banco Central de reduzir juros. Quase sempre a manchete econômica dos outros jornais merece na Gazeta uma chamada menor. Em compensação, exige dos repórteres especialização e fontes de informação nos setores mais variados de economia. (Fonte: CALDAS, Suely. Jornalismo Econômico – p. 43 e 44)

5 – Objetivos da Pesquisa – Geral e Específico
5.1 – Geral: Mostrar a importância de cada jornal e as pautas abordadas diariamente. O trabalho será a análise comparativa das mesmas matérias publicadas por ambos, mas com ênfase na questão do desenvolvimento que eles podem ajudar a transformar. As amostras servirão para direcionar a pesquisa e como orientação para descobrir a relevância dos assuntos tratados e a importância para o leitor. Na conclusão deve se chegar a importância do que é abordado pelos mesmos. 5.2 – Específicos: Especificar e descobrir qual é o interesse das matérias e temas abordadas pelos jornais, pois devido ao seu público ser segmentado, os dois veículos tratam de assuntos específicos e de linguagem especializada. Há o interesse de mostrar como eles podem ajudar na melhoria da sociedade, pois as informações contidas, são de extrema importância para quem trabalha no meio econômico, como auditores, contadores, economistas, etc. A busca pelos leitores e o motivo que os levam a ler os jornais também são de grande importância, já que é visto que o conteúdo é importante para empresários e o crescimento do capital.

Explicar da forma mais concisa como o jornalismo econômico e a economia é abordada pelos jornais, pois são raras as análises de conteúdo destes jornais. Muitas vezes o jornalista, ou até mesmo o leitor, fica desorientado devido a quantidade de informações e o grau de dificuldade por elas apresentadas. Por isso, a ampliação do conhecimento sobre o assunto e maior embasamento através de análise comparativa, dão ao autor do trabalho maiores possibilidades de entendimento. Além da análise de conteúdo e redação de matérias relacionadas a economia, darem possibilidades de se chegar a conclusões sobre um assunto muito difícil, mais de muita importância para todos os segmentos sociais. É importante dizer que o conteúdo do jornalismo econômico, deve ser feito de forma simples, com discernimento para expressar melhor as informações no mundo globalizado. É importante dizer que os jornais, como fonte de informação, ajudam o leitor a melhorar seus investimentos e são fortes instrumentos na concorrência com outras empresas.

6 – Procedimentos Metodológicos
A pesquisa será baseada nos seguintes instrumentos:
- Bibliografia e sites relacionados a economia;
- Análise de conteúdo no período de uma semana (20 a 24 de junho), dos jornais Valor Econômico e Gazeta Mercantil;
- Entrevista com jornalistas especializados e busca de leitores para questionários.
A partir deste material, será feito um levantamento sobre a análise comparativa que constituirá o projeto e as possíveis respostas para as perguntas formuladas pelo problema.

7 – Referenciais teóricos
John Hohenberg, autor de “O Jornalista Profissional: Guia às práticas e aos princípios dos meios de comunicação de massa”, da Editora Interamericana, é professor Emeritus of Journalism na Columbia University Graduate School of Journalism, onde foi Meeman Distinguished. Professor de Journalism na University of Tennesse (1976-1977), Gannett Visiting professor of Journalism na University of Kansas (1977-1978) e conferiu o Pulitzer Prize durante 22 anos. Recebeu em 1974 o prêmio da Society of Professional Journalism/Sigma Delta Chin, por sua excepcional atuação como professor de jornalismo, tendo recebido também dois prêmios, da mesma sociedade, por dois livros que escreveu. Em 1976 foi agraciado com o Pulitzer Prize Special Award, pelos serviços que prestou ao jornalismo americano. Trabalhou como jornalista por mais de 20 anos em Nova York, Washington e em outros países.

Hohenberg diz que o jornalismo econômico causa impacto em um considerável número de pessoas, baseando-se em princípios como o aumento no custo de vida, nova estatística de desemprego, inesperada flutuação nos impostos e mudança dramática em indicadores econômicos. A grande importância disto, é que estas mudanças são acompanhadas por colunistas econômicos e interpretes de negócios e finanças, que ajudam na divulgação da economia e dão lugar ao jornalismo econômico nos jornais.

Mário Erbolato, autor de “Jornalismo Especializado – Emissão de textos no jornalismo impresso”, é jornalista e professor titular de Introdução às técnicas de jornalismo e jornalismo comparado do curso de Comunicação Social da Pontifícia Universidade de Campinas. Atuou como redator de “O Estado de São Paulo”, em Campinas e publicou diversos livros, como: Técnicas de Codificação em Jornalismo (Redação, captação e edição no jornal diário); Jornalismo Gráfico: Técnicas de Produção e Jornalismo Especializado: Emissão de textos no jornalismo Impresso. Autor de extrema importância no jornalismo, Erbolato diz que a transmissão do conhecimento no jornalismo não é tarefa atribuída a profissionais experimentados, exige-se que haja experiência aliada ao magistério, atributos que não lhe faltam. Além disso, seus livros falam sobre como abordar assuntos que figuram na imprensa diária e a ética profissional que deve predominar em cada terminologia, formas recomendáveis para texto final e o conhecimento para redigir sobre diversos assuntos. O 13 capítulo, que aborda Economia e Finanças, Erbolato afirma que “o papel do jornalismo econômico não é meramente informativo, mas contribui para impulsionar o progresso, fazendo análises e emitindo sugestões”. O autor vai mais longe ao dizer que ”o jornalismo econômico é o que mais se amplia, já que declarações de integrantes do Congresso Nacional ou das Assembléias Legislativas, a respeito dos fatos ou medidas oficiais que atinjam o comércio, a indústria ou a agricultura e mesmo alterações nos sistemas de poupança, que sejam proferidas nas tribunas parlamentares ou externadas em entrevistas, não são mais entregues a editoria de política, mas ficam entremeados aos demais textos das páginas econômicas”. Em relação às regras do jornalismo econômico, o autor nos dá a idéia de que o jornalista deve reduzir qualquer assunto técnico à altura da compreensão do leitor comum e manter a explicação, se possível com exemplos ou hipóteses.

Elcias Lustosa, autor de “O texto da notícia”, nasceu em Sobral, no Ceará, em 1947, é jornalista e professor de jornalismo com passagens pelo rádio, TV e assessorias de imprensa. Trabalhou na Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio Brasiliense e Voz do Brasil. Hoje é supervisor do Espaço Cultural da Câmara dos Deputados. O livro “O texto da notícia”, foi feito depois de seis anos de pesquisa e baseado em textos de sala de aula. Ultrapassando os velhos e repetidos chavões de objetividade absoluta e imparcialidade total da imprensa, o autor parte do pressuposto que a informação é um bem de consumo sujeito às leis e ao regime do mercado que a faz circular, condicionando, deste modo, a história e as formas dos meios de comunicação.

Sobre a “Notícia Econômica”, abordada no 20 capítulo, Lustosa é claro, igual a alguns autores já citados, em afirmar que o texto econômico causa enorme dificuldade de entendimento, sendo o principal problema enfrentado pelo redator de economia. Esta afirmação se baseia devido a utilização excessiva de números no esforço de traduzir fenômenos econômicos. Outra idéia importante, é que os fatos econômicos sempre indicam situações que afetam a vida das pessoas, pois divulgam fenômenos ou medidas governamentais relacionadas com bens ou ganhos de uma parcela ponderável de pessoas. Por exemplo: o aumento do imposto de renda, representa redução nos ganhos dos assalariados, assim como o aumento da gasolina, que gera mais gastos em transportes e reduz indiretamente os salários.
Nilson Lage, autor de “A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística” é jornalista, professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina desde 1992. Trabalhou no Diário Carioca, Jornal do Brasil, Última Hora, O Globo, Bloch Editores e na Televisão Educativa do Rio de Janeiro, entre outros. Também trabalhou nas assessorias de comunicação da Estrada de Ferro Central do Brasil, Caixa Econômica Federal e Eletrobrás. Foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense e de instituições particulares. Lecionou, na UFSC, nos cursos de pós-graduação em Lingüística (do qual se afastou em 2002) e em Engenharia de Produção (área de Mídia e Conhecimento), nos cursos de graduação em Jornalismo e em Comunicação e Expressão Visual.

Entretanto, Lage passa bem longe do didatismo nas 183 páginas de “A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, que são diretas e claras como uma matéria bem escrita, e não deixam nenhum dos pontos principais escaparem à atenção do leitor. Está tudo lá, desde uma breve viagem pelos primórdios da profissão de repórter até os tempos do computador e da internet, passando por tópicos como elaboração de pautas, fontes de informação e teorias da comunicação, técnicas de entrevista e a ética na profissão.

Lage diz que “no momento em que a reportagem se transforma e se amplia, com a entrada em cena dos computadores, da internet e bancos de dados, é conveniente a reflexão sobre a atividade do jornalista”. O autor também diz que “pretende mostrar numa progressão didática, as técnicas básicas da reportagem, comentá-las, revelar alguns recursos eficientes na busca da verdade”. No capítulo que trata a “Reportagem especializada”, Lage afirma que ciência e tecnologia são forças produtivas fundamentais e por isso, há ligação constante e necessária entre jornalismo científico e jornalismo econômico: “A tecnologia é o conhecimento desenvolvido para materializar-se em módulos: dominar a tecnologia de um produto significa conhecer seu processo de produção”. concorrência entre unidades produtivas obriga ao emprego de tecnologia, que Tanto que, a permite o acréscimo de produtividade, criando handcap positivo na concorrência. Dispor de tecnologia mais eficaz significa ter condições competitivas melhores. Esse tipo de fenômeno (envolvendo tecnologia, trabalho e produto) é normalmente coberto pelas editorias econômicas. Com isso, a área de cobertura econômica se ampliou, que por tradição, estava centrada nos setores oficiais de planejamento e economia, nos mercados de capitais e de commodities e nas entidades de empresários. Hoje isso mudou e a cobertura econômica é mais abrangente.

Bernardo Kucinski autor de O “Jornalismo Econômico”, nasceu em São Paulo em 1937, é professor de jornalismo na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. O livro, publicado pela Edusp, recebeu o prêmio Jabuti em 1997 e aborda temas como desemprego, inflação, ética no jornalismo econômico, assuntos relacionados à economia do país e conceitos básicos de linguagem acessível e correta. Dedicado especialmente a estudantes de jornalismo, pode ser útil também a estudantes de economia e a jornalistas inseridos no mercado de trabalho. O texto é fruto de revisão crítica do autor, de muitos anos de cobertura e análise da economia e política brasileira, e também de sua experiência como professor de Jornalismo Econômico da USP. Além de sugestões para leitura nessa área, no fim de cada capítulo, o livro traz, no final, um guia de acesso a informações econômicas na internet.

Após a análise de Jornalismo Econômico, chega-se a conclusão que os problemas do jornalista de economia é a precariedade do seu conhecimento quanto as teorias econômicas. O jornalista se move devido a cultura e se desconhece as relações econômicas, tende a tirar conclusões sem fundamentos. Para isso, o antídoto contra essas deficiências é a busca pela informação. Por isso, o jornalismo econômico obriga à aquisição contínua do conhecimento.

Sidnei Basile, autor de “Elementos de Jornalismo Econômico”, é professor de Jornalismo Econômico da Faculdade Cásper Líbero desde 2000. Advogado, cientista social e diretor-superintendente das revistas Exame e Você S.A., além de professor de Jornalismo Econômico da Fundação Cásper Líbero, Basile trabalhou quatro anos na Folha de São Paulo e 18 anos na Gazeta Mercantil, entre outras empresas, em 34 anos de profissão.

O livro surgiu quando o autor foi convidado para lecionar, assim foi obrigado a preparar suas aulas. Para facilitar, ele as escrevia e enviava por e-mail aos alunos. O livro “Elementos de Jornalismo Econômico" está dividido em três partes: os valores e a relevância do jornalismo econômico para a sociedade; as técnicas deste tipo de jornalismo; e o futuro das atividades na área.
Temas polêmicos também são abordados no livro, como é o caso da abertura da mídia ao capital estrangeiro e a ética na cobertura de economia. No capítulo "Jornalismo para o mercado ou para a cidadania", Basile trata da importância de um jornalismo voltado para a utilidade pública. Tanto que para o autor, o fato de não se ter noção sobre fatores que influenciam a vida das pessoas acaba gerando crises sociais. Nesse contexto, o valor da informação é dar significado a notícia econômica.
Suely Caldas, autora de “Jornalismo Econômico”, da Editora Contexto, é diretora da sucursal de O Estado de São Paulo no Rio de Janeiro. Vencedora de dois prêmios Esso, já trabalhou em O Globo, Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil, Exame e Visão. No Estadão, assina uma coluna de economia aos domingos. Lecionou jornalismo na PUC-RJ nos anos 80. Ex-presa política nos anos 70 integrou a direção do Comitê Brasileiro pela Anistia. Caldas mostra no livro a rotina, a apuração dos fatos, a relação com as fontes, os indicadores macroeconômicos e a difícil tarefa de conseguir explicar ao leitor como as decisões do Banco Central têm influência sobre o preço do pão. Caldas também aborda algumas reportagens célebres, como a da falência do Banco Nacional e faz uma breve história do jornalismo econômico, desde a época do getulismo, até os nossos dias, com o crescimento do mercado financeiro. A autora dá respostas a dúvidas sobre o jornalismo econômico e ajuda a entender a notícia não como algo abstrato e técnico, mas como um produto fabricado por um grupo de profissionais. Critica a pauta dos assuntos econômicos, ela descreve a importância da relação de confiança que o repórter deve ter com suas fontes e aponta os perigos dos exageros, quando jornalistas esquentam as notícias, para aumentar a repercussão.

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, autor de “O Jornalismo Econômico no Brasil depois de 1964”, é graduado em Jornalismo, História e Política e fez mestrado em Comunicação na Universidade de Brasília. Foi correspondente em Londres durante dois anos, onde se ocupou essencialmente da cobertura do mercado econômico e financeiro. Com a Nova República, Salassié foi convidado para exercer o cargo de Coordenador de Comunicação do Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário, cargo que ocupou até o final da gestão do ex-Ministro Nélson Ribeiro.
O livro “O Jornalismo Econômico no Brasil depois de 1964”, propõe-se a estudar o desenvolvimento do Jornalismo Econômico no Brasil, a sua consolidação na década de 70 e o seu papel ideológico.

José Paschoal Rossetti, faz em “Introdução à economia”, uma síntese didática do conhecimento econômico. Através de sua acurada percepção, ele reconhece e destaca s grandes desafios econômicos da atualidade que, se equacionados, levarão a um mundo substancialmente modificado. Com a primeira edição publicada em 1969, “Introdução a Economia” está na 17 edição e conta com a atualização necessária para quem estuda economia. Quanto a Rossetti, ele é pesquisador e professor da Fundação Dom Cabral, instituição associada a PUC-MG. É consultor de empresas para análise prospectiva do ambiente internacional e do país. Foi professor titular dos Departamentos de Economia das Universidades Mackenzie, PUC-SP, PUC-Campinas e da FAESP-FGV. É autor e co-autor de diversas obras sobre economia e política econômica.

8 – Cronograma
O cronograma da Atividade Acadêmica Obrigatória 3 NIC 096 (Trabalho de conclusão de curso) está planejada assim:
- 30/06/05 – Entrega do projeto;
- 08/08/05 a 09/09/05 – Leitura da bibliografia apresentada e orientação;
- 12/09/05 a 04/11/05 – Elaboração e análise comparada de conteúdo dos jornais Valor Econômico e Gazeta Mercantil;
- 10 a 19/11 – Entrega do TCC na secretaria.

9 – Referências
HOHENBERG, John. O jornalista profissional: guia às práticas e aos princípios dos meios de comunicação de massa. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1981
ERBOLATO, Mário. Jornalismo Especializado: Emissão de textos no jornalismo impresso. São Paulo: Editora Atlas, 1981
LUSTOSA, Elcias. O texto da notícia. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1996
LAGE, Nilson. A reportagem: Teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Editora Record, 2003
KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo Econômico. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996
BASILE, Sidnei. Elementos do jornalismo econômico. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002
CALDAS, Suely. Jornalismo Econômico. São Paulo: Editora Contexto, 2003
QUINTÃO, Aylê-Salassié Filgueiras. O Jornalismo Econômico no Brasil depois de 1964. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1987
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Editora Atlas, 1997

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