quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O papel da mídia nas eleições

A mídia exerce o papel de informar o receptor através de mensagens que possam chegar da forma mais simplificada possível. O marketing como músicas, propagandas e materiais alusivos a campanha ajudam a construir a imagem política do candidato. O horário gratuito é outra arma que dá força e ajuda a alavancar campanhas. Porém horário eleitoral gratuito e marketing são distintos.
Nos últimos anos o marketing avança. Os políticos são vendidos como produto e treinados para convencer o eleitor. O marketing constrói e muda a imagem dos candidatos através de produtoras de televisão, sendo péssimo aos candidatos pobres. Não há como restringir os partidos progressistas que aderem ao marketing. A campanha publicitária é ruim para democracia, pois pode eleger pela propaganda muitos candidatos que constroem mentiras.
Muitas emissoras de televisão são contra a campanha eleitoral, achando que deveria ser extinto e no local apresentar debates, que são mais explicativos e custam menos. Por outro lado, é possível afirmar que se não existisse o horário gratuito muitos eleitores não conheceriam os candidatos que tem pouco dinheiro para investir em campanhas.
Segundo o professor Ayoub Hanna Ayoub, de Ética, Jornalismo e Eleições, muitos comunicadores conseguiram se eleger através da imprensa, seja no rádio, jornal impresso ou televisão. Exemplos como o ex-prefeito cassado Antônio Belinati (ver box), Álvaro Dias, Barbosa Neto, Antenor Ribeiro, José Makiolke são fenômenos que não são restritos a Londrina. Outros candidatos, como Moisés Leônidas e Sidnei Souza, entraram na televisão após conseguir mandato. A legislação brasileira indica que o comunicador deve sair da emissora antes das eleições. Pelo senso comum, esses candidatos-apresentadores tem a vantagem de conseguir mais votos devido a exposição na mídia.
Entretanto, muitos candidatos-apresentadores não se reelegeram, como José Makiolke, Paulo Sérgio e Moisés Leônidas, isso por ter uma postura “assistencialista”. Não desmerecendo a profissão, já que outros profissionais, como médicos e advogados conseguiram se eleger, levando em consideração postura e conduta política.
Poucos elementos indicam a imparcialidade da mídia, porém é claro que a mesma manipula e segue o que dita empresários da elite capitalista ou associados a eles. Por isso deve-se prestar muita atenção e ter desconfiança. A população amadureceu contra este tipo de político e há movimentos de jornalistas e da sociedade civil que quer a mídia mais imparcial.


A manipulação da informação

A parcialidade é observada em muitos veículos e se percebe algo mais ou menos evidente. O jornalista e sociólogo Perseu Abramo, afirma que uma das principais características do jornalismo no Brasil, é a manipulação da informação. Isso é feito através da não amostragem da verdade para o receptor e pelo artificialismo do não real através do irreal. Segundo Abramo, existem quatro formas de manipulação da imprensa e mais um no rádio e telejornalismo. A ocultação refere-se à ausência ou a presença real dos fatos na produção da imprensa onde o fato jornalístico é ocultado, desconhecido e não é levado a público. A fragmentação é o real estilhaçado, despedaçado ou reconectado e reivinculado de forma arbitrária que não corresponde aos vínculos reais. A inversão é o reordenamento da mensagem com a troca das informações de forma desordenada e incorreta. A realidade original é destruída, se criando um fato que não é. A indução ocorre para que o receptor veja o mundo da forma que convenha com os interesses do veiculo de comunicação. Isso é resultante da articulação combinada de outros padrões de manipulação. Por último o Padrão Global ou Específico do rádio e televisão, é quando a imprensa tenta criar realidades sobre fatos sensacionalistas. Para Abramo, a distorção da realidade pela manipulação da informação é deliberada, tendo significado e propósito, com explicação na economia e política.
O jornalista Ciro Marcondes, autor de Quem manipula quem, afirma que a manipulação apresenta vários artifícios para controlar a ideologia e as formas de comunicação, onde o Imperialismo é o grande vilão das culturas locais, impondo comportamentos e formas de pensar na relação das massas. A censura utilizada como forma de manipulação é muito discutida. O Estado, junto com os conglomerados de comunicação é um dos maiores responsáveis pelas ações da censura, impondo ações culturais condizentes a interesses capitalistas e políticos.
Fica evidente que o caradurismo está presente. Bernardo Kucinski, autor do livro “Síndrome da Antena Parabólica” e “Cartas Àcidas”, afirma que em 1989 a mídia apoiou Collor de Melo e em 1994 e 1998 FHC, sendo a mesma responsável por manipulações através de fotos, textos e manchetes, não existindo isenção ideológica por parte da imprensa.
Deve haver por parte da população, conscientização e críticas sobre a manipulação. Os movimentos organizados devem mostrar o erro. A sociedade novamente deve brigar contra a manipulação.


Porque Belinati foi cassado?: Segundo livro, Belinati pagava, mas não cortava a grama

Muito conturbada, a eleição de Londrina neste ano está sendo marcada por acusações de ambas as partes. Mas qual é a verdade sobre Belinati? Segundo Fábio Silveira, 34 anos, autor do livro “Imprensa e Política: O Caso Belinati”, a ex-vereadora e atual deputada estadual Elza Correia fez denuncias sobre um processo superfaturado na roçagem de mato em fevereiro de 1999, quando Belinati era prefeito. Segundo Elza Correia, “havia desproporção do tamanho do mato”. Pelo faturamento, dava para cortar o mato da cidade toda.
Na época, a Câmara dos Vereadores teve dificuldades para investigar. Elza começou sozinha, mas depois recebeu apoio do vereador Tercílio Turini, até que no mês de outubro foi aberta a Comissão de Investigação. Comprovada a fraude e feita a cassação, outra comissão investigou a privatização da Sercomtel. Em abril de 2000 outra comissão processante investiga a propaganda do PAI. Até que o Ministério Público pede processo de ressarcimento de 30 licitações na justiça cível e criminal.
A cassação dos direitos políticos de Belinati durou três anos e venceu em dezembro de 2003. Hoje Belinati tem uma condenação no Tribunal de Justiça por ter dois salários: em 1994, por receber como deputado e ao mesmo tempo como Conselheiro da extinta Comurb.


The role of media in elections

The media performs the role of informing the receiver through messages that can reach the most simplified possible. The songs as marketing, advertising, and materials depicting the campaign to help build the image of political candidates. The free time is another weapon that gives strength and helps to leverage campaigns. But time free election and marketing are separate.
In recent years the marketing moves. The politicians are sold as a product and trained to convince the voters. The marketing builds and changes the image of the candidates by producing television, and bad candidates poor. There is no way to restrict the progressive parties that adhere to marketing. The advertising campaign is bad for democracy, can elect as many candidates for propaganda that build lies.
Many television stations are against the election campaign, thinking they should be phased out and make on-site discussions, which are more explanatory and cost less. It is also possible to say that in the absence of the free time many voters do not know the candidates who have little money to spend on campaigns.
According to Professor Hanna Ayoub Ayoub, the Ethics, Journalism and Politics, many communicators are able to vote through the press, whether on the radio, newspaper print or television. Examples such as former mayor Antonio revoked Belinati (see box), Alvaro Dias, Barbosa Neto, Antenor Ribeiro, Jose Makiolke are phenomena that are not restricted to Leicester. Other candidates, such as Moses and Leonidas Sydney Souza, came on television after achieving mandate. Brazilian law states that the communicator must leave the station before the elections. By common sense, the candidate-presenters has the advantage of achieving more votes due to exposure in the media.
However, many candidates do not re-elect-presenters, as Makiolke Jose, Paulo Sergio and Moses Leonidas, for having an attitude that "supporting". Does not diminish the profession, as other professionals such as doctors and lawyers are able to elect, taking into account posture and political behavior.
Little evidence indicates the impartiality of the media, but it is clear that it handles and follows the dictates of the elite capitalist entrepreneurs or associated with them. So you should pay close attention and take mistrust. The people against this kind of matured and there are political movements of journalists and civil society that wants to be more impartial media.


The manipulation of information

The bias is observed in many vehicles and realizes something is more or less evident. The Perseus Abramo journalist and sociologist, says that one of the main features of journalism in Brazil, is the manipulation of information. This is done through non-sampling of truth to the receiver and the sophistication of no real through the unreal. According Abramo, there are four ways to manipulate the press and another on the radio and television. The concealment refers to the absence or presence of actual facts in the production of the press where the journalistic fact is hidden, unknown and not be taken public. Fragmentation is the real shatter, torn or reconnected and reivinculado in an arbitrary manner that does not correspond to the real links. The reversal is the redevelopment of the message with the exchange of information in a disorderly and incorrect. The original reality is destroyed, is creating a fact that is not. The induction occurs so that the receiver see the world the way that suits the interests of vehicle of communication. This is a result of combined articulation of other patterns of manipulation. Finally the global standard or specific to radio and television, is when the press tries to create realities on facts sensationalist. For Abramo, the distortion of reality by the manipulation of information is deliberate, with meaning and purpose, with explanation in the economy and politics.
The journalist Ciro Marcondes, author of Who handles who asserts that the manipulation has several tricks to control the ideology and forms of communication, where imperialism is the great villain of local cultures by imposing behaviors and ways of thinking in respect of the masses. The censure used as a form of manipulation is much discussed. The state, along with clusters of communication is one of the most responsible for the actions of censorship, imposing cultural actions consistent to capitalist interests and politicians.
It is evident that the caradurismo is present. Bernardo Kucinski, author of the book "Parabolic Antenna Syndrome" and "Letters acid," says that in 1989 the media supported Collor de Mello and Fernando Henrique Cardoso in 1994 and 1998 and is responsible for handling the same through pictures, text and headlines, not there is ideological exemption from the press.
There must be a part of the population, and critical awareness on the overridden. The movement organized to show the error. The company must fight back against tampering.


Because Belinati was revoked?: Second book, Belinati paid, but not cut the grass

Very troubled, the election of Londrina this year is being marked by accusations from both sides. But what is the truth about Belinati? According Fabio Silveira, 34 years, author of the book "Press and Politics: The Case Belinati," the former councilwoman and current state senate Elza Correia gave reports on a case of overpricing in roçagem bush in February 1999 when Belinati was mayor. According to Elza Correia, "there was disparity in the size of the bush." For billing, was to cut the weeds throughout the city.
At the time, the House of Councilors had difficulties to investigate. Elza began alone, but then received support from the alderman Tercílio Turini, until the month of October was opened by the committee of inquiry. Proven fraud and made a cassation, other commissions investigated the privatization of Sercomtel. In April 2000 another committee processante investigates the propaganda of the PAI. Until the procedure for prosecutors seeking redress of 30 bids in civil and criminal justice.
The appeal of political rights for Belinati lasted three years and expired in December 2003. Today Belinati has a conviction in the Court of Justice for having dual earner: in 1994, to receive as a parliamentarian and at the same time as Director of Comurb extinguished.

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