sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O fim da filosofia

No século XIX, o otimismo positivista levou a filosofia a supor que, no futuro só haveria ciências. Assim, a própria filosofia poderia desaparecer, não tendo motivo para existir. Ela passou a mostrar que as ciências não possuem princípios totalmente certo, seguros e rigorosos para as investigações, e que, uma ciência desconhece até onde pode ir e quando está entrando no campo de investigação de uma outra.
Foram preocupações com a falta de rigor das ciências que levaram o filósofo alemão Husserl a propor que a filosofia fosse o estudo e o conhecimento rigoroso da possibilidade do próprio conhecimento cientifico. Foram também preocupações como essa que levaram filósofos como Bertrand Russel e Quine a estudar a linguagem cientifica, e a mostrar os paradoxos e os limites do conhecimento cientifico.

A MAIORIDADE DA RAZÃO

No século XIX, o otimismo filosófico levava a filosofia a afirmar que, enfim os seres humanos haviam alcançado a maioridade racional, e que a razão desenvolvia o conhecimento.
Marx no final do século XIX, e Freud, no início do século XX, puseram em questão esse otimismo racionalista.
Marx, voltado para a economia e a política.
Freud voltado para as perturbações e os sofrimentos psíquicos. Que descobriram eles?
Marx descobriu que temos a ilusão de estarmos pensando e agindo com nossa própria cabeça e por nossa própria vontade, racional e livremente, a isso ele deu o nome de ideologia.
Freud, mostrou que os seres humanos têm a ilusão de que tudo quanto pensam, fazem ,sentem e desejam, tudo quanto dizem ou calam estaria sob o controle de nossa consciência porque desconhecemos a existência de uma força invisível, de um poder – que é psíquico e social – que atua sobre nossa consciência sem que ela o saiba, ele deu o nome de insconsciente.
Diante dessas duas descobertas, a filosofia se viu forçada a reabrir a discussão sobre o que é e o que pode a razão. Teve que reabrir as discussões éticas e morais: O homem é realmente livre ou é inteiramente condicionado pela sua situação psíquica e histórica?

INFINITO E FINITO

O século XIX prosseguiu uma tradição filosófica que veio desde a Antiguidade e que foi muito alimentada pelo pensamento cristão. Nessa tradição, o mais importante sempre foi a idéia do infinito, isto é, da natureza eterna (dos gregos), do Deus eterno (dos cristãos). Prevalecia a idéia de todo ou de totalidade, da qual os humanos fazem parte e na qual os humanos participam.
A filosofia do século XX tendeu a dar maior importância ao finito, isto é, ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites.
Uma corrente filosófica, chamada existencialismo, definiu o humano ou o homem como “um ser para a morte”, isto é, um ser que sabe que termina e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua existência.

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