segunda-feira, 6 de outubro de 2008

O Código Icônico

O Código Icônico baseia-se na percepção visual (figurativa ou icônica: perceberei outras formas já conhecidas se a primeira possuir elementos estruturais homólogos à segunda).
Este Código se divide em subcódigos que são;
a) Iconológicos: certas imagens conotam alguma coisa por tradição. Ex.: um velhinho que corre ao encontro de uma criança, conota “vovô”;
b) Estético: fruto da tradição do gosto, certa configuração é tradicionalmente bela - o clássico rosto grego;
c) Erótico: uma pessoa magra (homem ou mulher) afigura-nos bela e desejável, uma pessoa gorda não. Estes dois tipos de avaliação fundem-se em convenções, isto é, num assentamento histórico-sociológico reconhecido;

d) Montagem: aqui está a articulação - estabelece regras combinatórias, sintagmas prefixados segundo regras televisuais, tanto na ordem do enquadramento, como na da sequência. Ex. com base no subcódigo iconológico compreende-se a relação “avô-neto”.

Além destas classificações, para que se possa fazer uma boa imagem para a televisão é importante que se preste atenção no posicionamento do elemento dentro do vídeo. Cada cena deve ser arranjada de maneira a dirigir a atenção do telespectador a um objetivo determinado, para que sinta uma emoção específica. Para isto existem as chamadas Técnicas de Composição de Imagem.

A Composição da Imagem

Arranjar os elementos dentro da cena significa, em termos televisuais, “compor a imagem”. Para compor a imagem, devemos considerar a existência, dentro do quadro televisual, de elementos que podem ser identificados e classificados e através da visão.
São eles:
a) Massa
b) Linha
c) Tom
d) Profundidade
Estes elementos combinados, segundo Donnis A. Dondis, formam a chamada “sintaxe da imagem”. É justamente o jogo de seleção, combinação, esquematização, condesação e transformação, enfim, da manipulação destes elementos que são codificadas as mensagens televisuais.
Conceito
Composição da Imagem é, portanto, uma técnica que significa escolher e arranjar os elementos em cena, intencionalmente, para que provoque determinado efeito.

Definição
Pode ser definida como: a arte de arranjar os elementos visuais de tal maneira que a atenção do telespectador se concentre no centro de interesse da cena.
Se baseia: no estudo da maneira pela qual o homem é movido, subconscientemente, a formar modelos e a relacionar o que vê com a sua experiência de símbolos generalizados.

Elementos da Composição da Imagem
Os elementos da composição são essencialmente os elementos da imagem, ou seja:
Massa: composta por artistas, cenários, móveis;
Linha: são as linhas visíveis em cena, agrupamentos de pessoas, a direção do movimento;
Tom e Cores: é o emprego da variação dos tons e das cores, a luminosidade e a crominância.
Profundidade: é a profundidade real ou aparente na qual os princípios de ilusão de perspectiva tomam a maior parte.
Estes elementos podem ser controlados pelo cinegrafista, pelo cenógrafo e também pelo iluminador, bem como, é claro, pelos “Videográficos”.

Composição de Massa
Uma imagem raramente envolve apenas um elemento de Massa, mesmo a simples tomada de um apresentador conta com o indivíduo, uma mesa, um cenário no segundo plano e um símbolo do telejornal.
Quanto maior o número de elementos de massa que estão em uma imagem, mais complexo o problema de arranjá-los para obter uma tomada bem composta. Como a imagem da TV é pequena, é melhor manter o detalhe com o mínimo de destaque possível.
As principais técnicas de composição em Massa são;
Simetria: procurar nunca colocar os elementos de Massa numa mesma linha; a simetria torna a tomada bastante rígida. Procure quebrar a simetria reajustando os elementos. A imagem ficará mais balanceada.
Intersecção de Terceiros: a imagem no centro do vídeo não é o melhor lugar para o centro de interesse. Para isto, a imagem deve ser dividida em três, tanto horizontal, como verticalmente: os pontos de intersecção das linhas são os locais mais indicados para a colocação do centro de interesse. Este princípio está ligado à teoria do “ponto ouro”, dos antigos gregos: eles alegavam que os centros de interesse deveriam ser colocados a 5/8 de distância para dentro de qualquer dos lados da moldura.
Triangulação: esta é, provavelmente, a mais conhecida técnica de composição. Se o centro de interesse for colocado no topo de um triângulo cuja base se apoia na borda inferior do vídeo, o resultado será uma composição estável, com um centro de interesse bem definido. Isto significa que os objetos devem ser arranjados para formarem uma pirâmide exatamente como ela é.
Se o arranjo geral dos elementos sugerir uma triangulação, o resultado será uma imagem bem composta e balanceada. P. ex.: um close de um artista, incluindo seus ombros, é mais sugestivo com uma triangulação: os ombros formam a base do triângulo e seu centro de interesse - a face, fica sobre esta base de maneira agradavelmente estável. A composição triangular é ainda mais óbvia se incluir os cotovelos do apresentador, que se apoiam sobre a mesa; detalhe importante é que o centro de interesse deve estar suportado pelos outros elementos da cena.
Balanço: para que a imagem fique equilibrada, podemos efetuar a disposição dos elementos do vídeo, seguindo a aplicação do princípio da alavanca, ou seja, um elementos importante colocado ligeiramente à esquerda do vídeo, deverá ser compensado por outro elemento de menor importância, situado à direita e um pouco mais afastado do centro do vídeo.
Linhas
As linhas da imagem são as linhas visíveis na cena, como o agrupamento dos objetos, artistas e cenários ou a direção do movimento dentro do vídeo.
Sempre que uma linha for introduzida numa tomada, sua forma e direção são importantes. A linha pode definir a atmosfera da cena e pode aumentar a atenção do centro de interesse dirigindo o olho, inevitavelmente, para ele.

2 comentários:

Anônimo disse...

Artigo legal, cara. Em muito me foi útil quanto a uma pesquisa sobre o código icônico.

=D

Anônimo disse...

Thanks :)
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