domingo, 11 de janeiro de 2009
"Um dia quero encontrar meus filhos"
Apesar de ser um lar que abriga em sua maioria idosos desamparados pela família, alguns moradores exercem atividades lúdicas, feitas por voluntários, trabalham na cozinha ou na limpeza e manutenção do lar. A irmã Lina Dusi, diz que isso dá estima e melhora as condições de saúde e moral de quem está no abrigo. "Cada um tem uma história e precisa de carinho e atenção", diz a irmã. Esse é o caso de Leonilda Ferreira de Souza Dionísia, que tem 47 anos e morava com o esposo, que faleceu a pouco mais de uma ano. "Catávamos papel na rua e com a morte do meu companheiro fiquei abalada. Virei moradora de rua e sentia-me sozinha. Isso foi uma experiência ruim e psicologicamente traumática", recorda-se com tristeza. Internada por depressão abalada fisicamente, onde pesava pouco mais de trinta quilos, uma assistente social a encaminhou para o lar. Hoje, com 50 quilos e a saúde quase restabelecida, Leonilda se dedica as amizades e ao trabalho na limpeza, mostrando que gosta de ser útil e de ajudar onde puder. Com dois crucifixos adornados ao pescoço, ela reza todos os dias e só pede uma coisa a Deus: "Saio desta casa por apenas um motivo: visitar meus quatro filhos que moram em Mandaguari com minha sogra", diz emocionada.
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