O novo pároco afirma que o sacerdócio é uma vocação e que Ibiporã atende as necessidades dos pobres e doentes
A igreja matriz de Ibiporã ganhou um novo pároco há cerca de três semanas: o Padre João Carlos Vecchiato, que nasceu no dia 26/2/1943, em Veneza, na Itália.
Ligado ao Pontífice Instituto de Missões no Exterior (PIME), Vecchiato entrou no Seminário de Treviso aos doze anos. "Minha família era contrária devido o temor de que se tornasse um missionário e que nunca mais voltasse para casa. Porém, viram que este era meu caminho", recorda-se com emoção.
Três anos após a ordenação, que ocorreu em 1970, Vecchiato se encontrava no Amapá, onde trabalhou até 1995 com diversas comunidades amazônicas. Isso lhe trouxe conhecimento sobre a malária e a dengue, doenças comuns na região e que combateu nos hospitais. Com formação superior em Enfermagem, voltou para Itália, onde por cinco anos ficou inserido em comunidades vocacionais.
Após este período, o padre voltou para o Brasil e foi morar no Mato Grosso do Sul, em Porto Murtinho, cidade que faz divisa com o Paraguai. "Em Porto Murtinho, 80% da população é de origem paraguaia, vindos para o Brasil na década de 80, quando o Grande Chaco se esvaziou por causa das enchentes", diz. Próximo ao Pantanal, Vecchiato relata que Porto Murtinho tem uma realidade totalmente diferente do Paraná, pela escassa falta de infra-estrutura econômica, social e na área da saúde.
Pregador de que o sacerdócio é vocação, ele conta que Ibiporã é conhecida fora do Brasil, devido o PIME e pela sua prestação de serviço no atendimento aos mais pobres, doentes e idosos. "Aqui existe um povo acolhedor, de fé e ligados ao social", afirma o padre. Tamanha certeza existe na afirmação, que ele logo se maravilhou com a participação dos fiéis nos movimentos das pastorais, no dízimo e na catequese. "Em vários bairros há uma capela com catequese. O esforço da catequese para crianças, jovens e adultos abre horizontes e cria mentalidades que os levam a assumir responsabilidades à justiça social, onde todos somos filhos do mesmo pai, tornando-a um elo profundo e exigente", comenta. Contra preconceitos e a exclusão social, o pároco notou que em Ibiporã existe o incentivo e a sensibilidade política para a concessão pública de terrenos para a construção de empresas e, por conseqüência, a geração de empregos. "São grandes empreendimentos e alguns de caráter familiar. Nunca vi isso em outros municípios", exalta.
O padre, que nos recebeu lendo o livro que conta a história paroquial de Ibiporã, nos últimos quarenta anos, deixa a seguinte mensagem para as crianças: "Vivam felizes e alegres, aproveitando todas as ocasiões que a vida oferece para crescer sadias, felizes e boas de coração". Ele também convida a todos para um jantar beneficente, no dia 14 de fevereiro, em prol da reforma da Catedral de Bafatá, em Guiné Bissau. Já no dia 15, será inaugurado o Centro de Catequese da Igreja Matriz. Em ambas as oportunidades haverá a presença de Dom Pedro Zilli.
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