quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Milton Rsom7 cria em sua residência 28 espécies de pássaros.


Atualmente Cambé possui cerca de 300 criadores de pássaros que se reúnem para torneios de canto. Um deles é o técnico de som José Hamilton Alexandre (60), o popular Milton Rsom7. Em sua casa há um viveiro e gaiolas que abrigam 28 espécies como bico de pimenta, sabiá coleira, sabiá vermelho, trinca ferro, bigodinho, sanhaço, canário, tico-tico, caboclinho, trinca ferro de Macapá, cardeal, patativa chorona, patativa verdadeira, corrupião e azulão. Há também os mais raros como o caboclinho do nordeste, trinca ferro cinza e o gaturamo, este último originário de mata virgem.                                                                    
Desde a infância, quando morava no campo, ele gostava de pássaros mas não sabia como criar. Vindo para a área urbana viu mais dificuldades e, para ir de acordo com a lei, fez um viveiro na Rua Riacho Fundo, no Jardim Alvorada, onde morava. “Mudei para um apartamento e os pássaros ficaram no imóvel. Ia duas vezes por dia tratá-los”, recorda. Com o tempo ele alugou o apartamento e construiu uma casa, um viveiro e o pomar com manga, café, canelinha, banana, abacate e pitanga, frutas que alimentam os pássaros. O viveiro possui cascata e piscina para as aves se banharem. Ali, os pássaros silvestres se adaptaram para criar, pois espécies como tico-tico, sabiá, cardeal e azulão não se reproduzem em gaiolas. Apesar de não as comercializar, ele cita que os preços são variados, como o cardeal, que pode valer dois mil reais, sendo isto atribuído a raridade, beleza e canto. “Se o pássaro vence um torneio, seu valor ultrapassa 150 mil reais”, declara.                                                    
Com freqüência os criadores se reúnem para treinar o canto das aves ou realizar torneios. “Aos domingos pessoas de Cambé, Londrina, Rolândia e Arapongas vão a minha casa e temos a Associação dos Pássaros de Cambé, que ajuda na documentação”, diz. Cadastrado no IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) há doze anos, ele ressalta que para carregar as aves é preciso ter a Guia de Transporte emitida pelos institutos. 

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