Atualmente Cambé possui cerca de 300 criadores de pássaros que se
reúnem para torneios de canto. Um deles é o técnico de som José Hamilton Alexandre
(60), o popular Milton Rsom7. Em sua casa há um viveiro e gaiolas que abrigam
28 espécies como bico de pimenta, sabiá coleira, sabiá vermelho, trinca ferro,
bigodinho, sanhaço, canário, tico-tico, caboclinho, trinca ferro de Macapá,
cardeal, patativa chorona, patativa verdadeira, corrupião e azulão. Há também os
mais raros como o caboclinho do nordeste, trinca ferro cinza e o gaturamo, este
último originário de mata virgem.
Desde
a infância, quando morava no campo, ele gostava de pássaros mas não sabia como
criar. Vindo para a área urbana viu mais dificuldades e, para ir de acordo com
a lei, fez um viveiro na Rua Riacho Fundo, no Jardim Alvorada, onde morava.
“Mudei para um apartamento e os pássaros ficaram no imóvel. Ia duas vezes por dia tratá-los”, recorda. Com o tempo
ele alugou o apartamento e construiu uma casa, um viveiro e o pomar com manga, café, canelinha, banana, abacate e pitanga, frutas que alimentam
os pássaros. O viveiro possui cascata e piscina para as aves se banharem. Ali, os
pássaros silvestres se adaptaram para criar, pois espécies como tico-tico,
sabiá, cardeal e azulão não se reproduzem em gaiolas. Apesar de não as comercializar,
ele cita que os preços são variados, como o cardeal, que pode valer dois mil
reais, sendo isto atribuído a raridade, beleza e canto. “Se o pássaro vence um torneio,
seu valor ultrapassa 150 mil reais”, declara.
Com
freqüência os criadores se reúnem para treinar o canto das aves ou realizar
torneios. “Aos domingos pessoas de Cambé, Londrina, Rolândia e Arapongas vão a
minha casa e temos a Associação dos Pássaros de Cambé, que ajuda na documentação”,
diz. Cadastrado no IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) há doze anos, ele
ressalta que para carregar as aves é preciso ter a Guia de Transporte emitida
pelos institutos.
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