domingo, 20 de novembro de 2016

Autoral, Polêmik vem conquistando espaço na cena underground de Londrina

O símbolo da banda Polêmik é um coturno, que numa manobra radical quebra o skate. Isto representa o som ácido, forte, pesado e agressivo do punk rock e hardcore. Assim é interpretada a banda autoral, que tem Elisandro Gomes na voz e guitarra, André Gonçalves (Titanic) no baixo e Gustavo na bateria. Ela surgiu em meados de 1993, quando Elisandro morou em Sombrio, Santa Catarina. “A cena underground punk e hardcore é forte em Sombrio. Influenciado por isto juntei um grupo de amigos da escola e montamos a banda”, diz. Quanto ao nome, foi devido ao baixista, um alemão que preservava o idioma. “Iniciamos três apresentações, mas não deu certo. Nos primeiros acordes o público se empolgava e logo voavam mesas e cadeiras. Nisso o alemão dizia que o dono do bar mandava parar as musicas porque eram polêmicas”, lembra aos risos Elisandro.          


                                                                         
Reagrupada em Londrina, os músicos se reúnem as quintas para ensaiar e discutir projetos. “Em 2017 faremos um som ainda mais forte. As letras em português trazem mensagens claras e de fácil entendimento. Há criticas e protestos refletindo o descontentamento com a política”, diz Elisandro, também influenciado por bandas californianas e grunges dos anos 90.                    
Entusiasta da nova cena do rock londrinense e do modelo autoral das bandas, Elisandro observa que há muitos grupos na região, mas falta espaço característico para apresentações e divulgação. “Há pessoas e locais que nos apóiam, como o produtor Marcelo Sapão, a Cristiane Vianna da Vila Cultural Cemitério de Automóveis, além do Júnior Carvalho e Bruno Marconato, ambos do Bar Bearia. Não apenas o punk e hardcore. Estas pessoas dão espaço para estilos como Heavy Metal e Psychobilly. Outra forma de divulgar é a internet, através de blogs, Facebook e Youtube, no entanto tenho cautela para não sermos criticados e mal interpretados em relação a letras, que são polemicas”, ressalta o guitarrista, que busca viver a cultura através da musica, uma forma de expressão que ajuda a desenvolver a cena underground local.



Bem relacionada com moto clubes, a Polêmik já participou de eventos do gênero e há projetos de apresentações beneficentes em praças. O intuito é arrecadar mantimentos para creches, como a do Jardim Tókio, em Londrina, por exemplo. Outro projeto relevante é fazer uma grade de apresentações na periferia, aos domingos à tarde. Os eventos levariam entretenimento e skate como opção de cultura e estilo de vida. 
Interessados em conhecer mais o trabalho da banda Polêmik, podem visualizar o perfil no Facebook, trabalhos no Youtube ou ligar no telefone 98428 3920. Com o demo “Todo tosco” produzida e projeto de uma segunda, a apresentação da Polêmik dura cerca de uma hora e tem quinze musicas no repertório.

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