A Colônia Z3 de Pescadores abrange 28 municípios entre Itambaracá,
Alvorada do Sul e Telêmaco Borba e integra a Confederação de Pescadores de
Paranaguá. Segundo o tesoureiro Júlio Francisco Daniel e o presidente Natal
Ferreira, a sede em Jataizinho tem dez anos e engloba os rios Tibagi, Paranapanema
e afluentes. Ela fornece documentos que legalizam a profissão através da Carteira
de Pesca, manutenção do INSS e defende garantias e benefícios sociais. A
colônia vende redes e barcos a preços acessíveis, onde a rede completa custa 200
reais. Barcos de madeira são comercializados a oitocentos reais e de alumínio a
partir de 2300 reais.
Por
ser de corredeiras, há locais que a pesca foi interditada no Tibagi. Segundo
Júlio Daniel isto porque ali o peixe é “indefeso” e assegura-se pescar 500
metros abaixo ou acima delas, conforme manda o IBAMA e o IAP.
Devido à imposição, um
dos melhores locais para a atividade é a represa da Usina Hidrelétrica de Mauá,
onde há pintado, piapara, barbado e pacu. “Peguei um pintado de 13 quilos na
represa. Há pacus que variam entre 14 a 22 quilos e o maior peixe capturado ali
e com registro fotográfico é um pintado de 45 quilos”, relata Júlio, que pesca
desde 1984. Antes de ser pescador ele trabalhou em três frigoríficos por 26
anos, com doze anos na profissão criou cinco filhos e se aposentou pelo INSS.
Na
atividade desde os anos 60, Natal já morou entre Sertanópolis e Primeiro de
Maio na Água do Biguá e criou a família pescando. Ele revela que a última enchente
aumentou a quantidade da pesca, mas estacionou as vendas devido a maior oferta,
propiciando que os freezers dos pescadores estejam repletos da mercadoria. Foi em
1968 no Tibagi que ele fisgou um pintado de 35 quilos e na mesma época viu um peixe
da mesma espécie com 45 quilos. “A Colônia Z3 é fundamental aos trabalhadores humildes
e sem instrução que são os pescadores. Os defendemos através da emissão de
documentos e a proteção de garantias e direitos que os legalizam perante o
Estatuto da Pesca, além de os colocarmos em igualdade com trabalhadores de
outros segmentos”, pontua.
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