Em
tempos de iPOD, redes sociais e caça a Pokémon virtual, a força da expressão
cultural das cidades reflete sua formação e a capacidade criativa do povo. O
Paraná, por exemplo, é destaque nacional por sua culinária, seus poetas,
romancistas e músicos que retratam a paisagem das cidades e festas típicas. Em
nossa região, observamos forte tendência em integrar aspectos de religiosidade,
expressões indígenas e a ligação da comida com hábitos culturais. É o caso de
Ibiporã, cujo nome vem do tupi e remete a terra bonita. A
beleza da arte, arquitetura e o apego ao patrimônio se conectam ao mundo
religioso através de igrejas e capelas, o que inclusive gerou o projeto Circuito
das Capelas. Isso faz com que fé, cultura e festa estejam juntas no cotidiano
da cidade, traduzidas em eventos como as festas juninas e a Rota do Café ou em
obras da mais alta importância histórica e cultural, como em Henrique Aragão.
Segundo
o Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena (de Clóvis Chiaradia),
Cambé tem origem nos idiomas kaingang e tupi guarani. Os registros
arqueológicos citam a presença de indígenas nos anos 30, juntamente com
europeus, japoneses, paulistas e nordestinos.
A encenação teatral da Paixão de Cristo é um acontecimento que leva milhares de
pessoas às ruas e junto com a Festa das Nações, mostra a força dos eventos
sintonizados com a fé e a cultura do povo.
São festas que juntam culinária, religiosidade, artesanato, música e
aspectos folclóricos da Europa, dos indígenas e dos negros naturalmente
assimilados pela miscigenação brasileira.
Londrina
recebeu grande contribuição de paulistas, baianos, mineiros e ingleses (de onde
vem o nome da cidade) e aconteceu para o Brasil como a Terra do Eldorado
através do café. Ao longo dos anos, o café se infiltrou na arte, economia e
cotidiano da região, dimensionando seu auge em romances, poemas, peças de
teatro, documentários e em nomes de logradouros públicos. Londrina teve grande
agitação popular em festas, carnavais, procissões religiosas, vida noturna e
universitária. Isso trouxe forte impacto em toda a região e também no
surgimento de festivais culturais e de nomes nacionais como Arrigo Barnabé
(música), Domingos Pellegrini (literatura) e Márcio Américo (humor).
O
fortalecimento de uma cultura própria e do enraizamento de costumes populares
advindos da formação e da fusão dos povos pioneiros tornam a região norte do
Paraná um grande celeiro de idéias e soluções criativas para nossos desafios. Sua
conexão com a tecnologia e o mundo moderno não anulam seus aspectos regionais,
ao contrário, tem a capacidade de ampliar sua estética e história. Isso é
exemplo cultural e histórico para o Paraná e para o Brasil!
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