segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Do Homem Aranha a carta de baralho: Tiago Paulino viu nos desenhos em cortes de cabelo uma forma de renda

O apreço pelas artes, desenho e grafite deu a Tiago Paulino Oliveira (27) uma forma de sobreviver. Cabeleireiro desde 2009, o exímio desenhista de Sorocaba viu a possibilidade de expressar a arte cortando cabelo. “Fui a um salão afro e admirei a técnica dos desenhos. Tive interesse, aprendi a cortar e abri meu salão”, relata Tiago, que cobra 15 reais no corte e os desenhos variam entre dez a vinte reais. Os mais comuns para crianças são teias de aranha, Bob Esponja, Pica Pau, Mickey Mouse, Homem Aranha e estrela. Para adultos nomes, cartas de baralho e tribal. Ele recorda que a simpatia pelo grafite e desenho vem desde a infância. “No principio não gostava de cortar cabelo. Apenas rapava e desenhava. Mas vi um ramo promissor e aprendi varias técnicas”, diz o cabeleireiro que cativa as crianças que choram ao sentar-se em sua cadeira. 
                                                                                     
Tamanha a paixão pelas crianças, que o cabeleireiro, morador do Conjunto Antonio José Vieira em Jataizinho, atuou como voluntário na tradicional festa do Dia das Crianças, organizado pelo líder comunitário Valmir de Campos, o Cigano. “Todo ano o Cigano faz o evento com brincadeiras, distribuição de comidas e brinquedos. Voluntariamente faço corte em crianças de até doze anos. Nesta edição foram cerca de 40 cortes”, relata.                                               

Com o salão na Rua Orlando Salles Stricker 623 (Pombal em Jataizinho) e contato no telefone 991805635, interessados em fazer eventos e o levar para fazer cortes devem entrar em contato, além da possibilidade de haver preço diferenciado. 

domingo, 27 de novembro de 2016

Morador de Jataizinho há mais 60 anos, Valdomiro Faccio dedica a vida a religião e no amor ao próximo.

Foi em 1954 que Valdomiro Faccio (79) chegou ao Sitio dos Valini e após três anos, em 1957, casou-se com Maria de Sousa Faccio (78) numa cerimônia realizada pelo Padre Eduardo, conhecido por Brucutú. A união resultou nos filhos Aparecido e Alice Faccio, nos netos André, Bárbara e Ana Alice e nos bisnetos trigêmeos Pedro, João e Francisco.                                         
Hoje, estabelecido na área urbana, ele recorda que desejava morar na “cidade”, uma vez que trabalhava na roça. Assim, em 1960 começou a realizar o “sonho” quando arrumou um emprego de servente de pedreiro. Posteriormente atuou numa máquina de café, na estrada de ferro e na Anderson Clayton, em especifico na colheita do algodão e como operador de máquinas. Ele também atuou no comércio de Massamu Inoue e por vinte anos no balcão da Casa Cardin, um empório de secos e molhados. Em meio ao trabalho, Valdomiro conciliou a vida religiosa, onde desde a época da área rural vinha de bicicleta para a cidade participar das missas. “Em 1972 o Concílio do Vaticano liberou os ministros para ajudar os padres. Junto com Mário Inoue fui um dos primeiros ministros, cargo que estou até hoje e onde dirijo um grupo de reflexão. Semanalmente leio e reflito o evangelho para enfermos, além fazer orações e dar a eucaristia”, cita.    
                                                                                     
Esta religiosidade, segundo Valdomiro, tem haver com a educação na infância, quando fez catequese. “Aos doze anos cantava na missa e queria entrar na Congregação Mariana, algo que aconteceu e me motivou a participar das reuniões. Ninguém é santo, mas temos que fazer o certo. Quando morremos voltamos para Deus e devemos amar o próximo através da fé e das boas obras”, relata Valdomiro, que é aposentado há mais de vinte anos e há cerca de 15 apresenta na Rádio Nova Geração “A Hora do Ângelus”, onde reza o terço, abençoa a água e fala sobre o Evangelho. O programa vai ao ar na 2ª feira das 18hs às 19hs. 

Júnior Som atua no ramo de eventos há mais de 35 anos

Há 35 anos no ramo de eventos, Antonio Rodrigues Júnior, o Júnior Som, é pioneiro nos eventos de Jataizinho e responsável pelo som da festa junina desde a primeira edição, na Praça Frei Timóteo. Ele começou seu trabalho em escolas e festas de garagem. Hoje possui uma estrutura com dois caminhões, uma Kombi, uma Veraneio, aparelhagem de som e estúdio. “Viajamos para diversas localidades, damos apoio a bandas e produzo propagandas de rádio e para carros de som”, diz Antônio, que tem a ajuda dos filhos Giovane Valter Rodrigues, Cristiano Rodrigues e do funcionário Antônio Guerra Neto. “Fico antenado com as modernidades, mas o ramo de eventos encareceu devido à necessidade de investir em equipamentos, que tem uma rápida depreciação”, diz. Quanto à festa julina, Júnior Som cita que é tradicional e antigamente era feita por violeiros e bandas menos conhecidas. “Isto mudou. As bandas atuais tocam de igual para igual com grupos maiores”, pontua. 

Quadra coberta da Escola Municipal Mário de Menezes beneficia alunos do Bom Pastor, DER, Progresso, Canadá e demais localidades em Ibiporã.

O vereador Marcos da Ambulância acompanhou o Secretário de Obras, Alexandre Casagrande, no terreno onde será construída a quadra poliesportiva e coberta na Escola Municipal Mário de Menezes, localizada no Jardim Bom Pastor. “A quadra do Bom Pastor é uma reivindicação da comunidade e uma conquista da atual gestão. A nova estrutura dará melhores condições aos alunos para atividades esportivas e pedagógicas com conforto e segurança. Alunos do Bom Pastor, Jardim Progresso, DER, Canadá e demais localidades serão beneficiados. Construir a nova infraestrutura é uma preocupação com as crianças e a educação”, diz.                                                                               
Casagrande complementa que a atual gestão fez investimentos maciços na revitalização e ampliação dos Centros Municipais de Educação Infantil. “O futuro é agora e devemos investir nas crianças. A quadra poliesportiva para a Escola Municipal Mário de Menezes garante algo sadio. A comunidade do Bom Pastor, Progresso, DER, Canadá e demais localidades ficaram contentes e dignas com a oportunidade de melhorar seus estudos”, diz o secretário de Obras, que junto com a atual Administração assume o compromisso público com a obra.                                                                                                                                              
Além da construção da quadra coberta, Alexandre Casagrande parabeniza os funcionários da Secretaria de Obras, pois estão empenhados em diversas outras obras, como na duplicação da Avenida Ibrahim Prudente da Silva, pavimentação do final da Rua Primavera, a entrega do ginásio de esportes no Jardim Éden, a pavimentação da estrada da Taquara do Reino. Ele cita que foram construídas unidades básicas de saúde, como no Jardim Pedro Morelli. “A atual Administração transforma Ibiporã a cada dia tenho a agradecer a população quanto à compressão e respeito ao nosso trabalho”, diz. Ele pontua dizendo que em casos de duvidas, sugestões e reclamações, a comunidade deve procurar a Ouvidoria na Rua Padre Vitoriano Valente, 540, no telefone 3178-8406, no e-mail faleconosco@ibipora.pr.gov.br, ou mesmo na Secretaria de Obras. 

Aspectos da formação da cultura local - Por Aldo Moraes

Em tempos de iPOD, redes sociais e caça a Pokémon virtual, a força da expressão cultural das cidades reflete sua formação e a capacidade criativa do povo. O Paraná, por exemplo, é destaque nacional por sua culinária, seus poetas, romancistas e músicos que retratam a paisagem das cidades e festas típicas. Em nossa região, observamos forte tendência em integrar aspectos de religiosidade, expressões indígenas e a ligação da comida com hábitos culturais. É o caso de Ibiporã, cujo nome vem do tupi e remete a terra bonita.     

A beleza da arte, arquitetura e o apego ao patrimônio se conectam ao mundo religioso através de igrejas e capelas, o que inclusive gerou o projeto Circuito das Capelas. Isso faz com que fé, cultura e festa estejam juntas no cotidiano da cidade, traduzidas em eventos como as festas juninas e a Rota do Café ou em obras da mais alta importância histórica e cultural, como em Henrique Aragão.    
                                                                                                                     
Segundo o Dicionário de Palavras Brasileiras de Origem Indígena (de Clóvis Chiaradia), Cambé tem origem nos idiomas kaingang e tupi guarani. Os registros arqueológicos citam a presença de indígenas nos anos 30, juntamente com europeus, japoneses, paulistas e nordestinos.                                              

A encenação teatral da Paixão de Cristo é um acontecimento que leva milhares de pessoas às ruas e junto com a Festa das Nações, mostra a força dos eventos sintonizados com a fé e a cultura do povo.  São festas que juntam culinária, religiosidade, artesanato, música e aspectos folclóricos da Europa, dos indígenas e dos negros naturalmente assimilados pela miscigenação brasileira.                                                                                                                                            
Londrina recebeu grande contribuição de paulistas, baianos, mineiros e ingleses (de onde vem o nome da cidade) e aconteceu para o Brasil como a Terra do Eldorado através do café. Ao longo dos anos, o café se infiltrou na arte, economia e cotidiano da região, dimensionando seu auge em romances, poemas, peças de teatro, documentários e em nomes de logradouros públicos. Londrina teve grande agitação popular em festas, carnavais, procissões religiosas, vida noturna e universitária. Isso trouxe forte impacto em toda a região e também no surgimento de festivais culturais e de nomes nacionais como Arrigo Barnabé (música), Domingos Pellegrini (literatura) e Márcio Américo (humor).                                                                                                                               

O fortalecimento de uma cultura própria e do enraizamento de costumes populares advindos da formação e da fusão dos povos pioneiros tornam a região norte do Paraná um grande celeiro de idéias e soluções criativas para nossos desafios. Sua conexão com a tecnologia e o mundo moderno não anulam seus aspectos regionais, ao contrário, tem a capacidade de ampliar sua estética e história. Isso é exemplo cultural e histórico para o Paraná e para o Brasil!

sábado, 26 de novembro de 2016

Em entrevista a Rádio Nova Geração, prefeito eleito de Ibiporã, João Colonieze, aborda perspectivas da nova gestão

A Rádio Nova Geração recebeu no último dia 4 o prefeito eleito de Ibiporã João Colonieze, que concedeu uma entrevista e citou alguns aspectos intrínsecos a Ibiporã e Jataizinho. Aos 57 anos, funcionário público da Caixa Econômica Federal há 32 anos e exercendo cinco mandatos de vereador, João Colonieze afirma que a preocupação dos políticos eleitos para o próximo mandato é a diminuição do repasse de verbas da União e Estado. Em busca de uma solução para aumentar a arrecadação, ele afirma que se devem criar mecanismos e parcerias. Uma alternativa é atrair empresas e construir parques industriais como o que é feito na saída para Sertanópolis e receberá benefícios de água, esgoto e iluminação, além de outros investimentos. Nesta linha desenvolvimentista, ele diz que o aumento da arrecadação é necessário para melhorar a infra estrutura viária e recuperação da malha asfaltica em bairros como John Kennedy, Vila Esperança, Tupi, Balneário Tibagi e demais localidades.
                                                                                                                                  
Outro tema abordado foi a saúde pública, assunto que interessa moradores de Jataizinho que usam o Cristo Rei e a UPA. Ele cita que as portas da saúde jamais serão fechadas aos jatainhenses. No entanto é preciso estudar mecanismos e parcerias junto aos seis municípios da região que dependem da saúde de Ibiporã. Quanto ao risco do Cristo Rei fechar as portas, João foi categórico: não deixará isto acontecer e buscará soluções para mantê-lo. “Vamos nos reunir com os prefeitos e discutir a ajuda mútua entre as populações. Quem sabe até criar um consórcio de saúde, onde os municípios garantam o pagamento de plantões, insumos, materiais hospitalares, médicos, de limpeza e alimentícios. Estes municípios também não possuem maternidade e as crianças nascem no Cristo Rei. Além disso, não há UTI em Ibiporã, causando o deslocamento de pacientes a Londrina, Arapongas e até Ivaiporã. É uma grande responsabilidade e muitos não resistem, morrendo no caminho. O consórcio pode viabilizar a UTI”, diz. O novo prefeito ressalta que a UTI custa em média um milhão e 200 mil reais e pode beneficiar mais de 120 mil pessoas. “Isto não é promessa de campanha, mas o povo cobra este tipo de ação”, diz João, que comemora o valor de 150 mil reais por mês para o Cristo Rei, obtidos junto ao Governo do Estado e que ajudará a folha de pagamento.                

Articulado, Colonieze cita que a campanha política e a coligação de nove partidos lhe aproximou de alguns deputados estaduais e federais, aumentando a representatividade junto ao Estado e União, além de facilitar o trabalho como prefeito. No entanto, para a administração fruir deve haver a elaboração de projetos e a busca de recursos. “Se não houver projetos não há verba”, ressalta. Nesta perspectiva, ele afirma que há propostas na área da educação, como por exemplo, a implantação de mais um colégio de ensino médio na região do CAIC. “Não cabe ao município a construção de colégios. Mas é papel do prefeito buscar recursos. Aquela região tem mais de oito mil habitantes. Construir um colégio garante um futuro melhor a todos, além de evitar o deslocamento de três a quatro quilômetros diários aos alunos. Há interesse da nova administração em construir e ampliar centros de educação infantil em locais variados, como no Terra Bonita, que atenderá a população em volta do Jardim San Rafael”, diz. Em relação ao turismo, ele vê o potencial do Rio Tibagi, algo a ser explorado através de investidores particulares. O futuro prefeito diz ser inviável a construção de um balneário ou parque devido o grande investimento e o pouco retorno. Porém a prefeitura deve incentivar empreendedores que desejam, por exemplo, fazer um rancho ou restaurante nas imediações do rio, algo que tiraria as famílias das cidades e as atrairia para almoçar aos fins de semana e nas margens do Tibagi.
                                                        
Sem previsão de aumento do repasse de impostos, o futuro prefeito conterá gastos, usará a criatividade, além de envolver população e associação de bairros junto ao poder público municipal, como por exemplo, a limpeza urbana, onde os moradores devem ser conscientes na destinação correta do lixo. “O desemprego é crescente e negativo aos governos. Devemos ter o pé no chão e mudar a cobrança de impostos, como a planta de valores do IPTU para findar desigualdades e desinflacionar o contribuinte. É injusto o cidadão que ganha salário mínimo e mora numa residência menor pagar imposto com mesmo parâmetro de casas maiores. Faremos um levantamento para avaliar se há imóveis com metragem diferente. Além disso a inadimplência é grande e cabe ao município parcelar dívidas para ajudar a população”, ressalta. João diz que os cidadãos devem participar mais da vida política e saber quais recursos são disponibilizados para áreas como indústria, emprego e educação. “Os municípios estão em situação de penúria e a população deve ser parceira da Administração Pública. Para gerir uma cidade é preciso a participação popular e de conselhos variados”.                                                                                                        
A entrevista teve a participação de ouvintes, onde Marcos Prado questionou o futuro prefeito acerca de PEC 241, que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. João respondeu que a medida foi proposta devido a falta de recurso e pela crise atual ser causada em boa parte por desvios de verbas públicas, falta de credibilidade e investimentos externos. No entanto ele foi categórico e afirmou que se país “entrar no rumo” daqui alguns anos pode ser elaborada uma nova lei que cancele a PEC 241. “A lei não é eterna. Se der certo vai ter reflexo na sociedade”, diz.                                                                               
Quanto ao vinculo empregatício na Caixa Econômica Federal, João cita que ainda deseja trabalhar por muitos anos no banco, porém a nova condição de prefeito lhe abriu a perspectiva de aposentadoria para liberar sua vaga a um novo funcionário. Caso a aposentadoria não se viabilize, ele já pediu o afastamento das funções sem remuneração. Em relação ao vice Beto Bacarin, o mesmo já foi prefeito e vice. É bem relacionado, engenheiro ambiental e fará uma boa parceria onde não haverá disputadas internas de grupo políticos.  

Pequenos retoques no veículo ajudar a aumentar o valor de venda, conforme o funileiro Orídes da Silva.

Há 16 anos no ramo de funilaria, Orides Figueira da Silva (32) começou na profissão em São Paulo, onde atuou por dez anos. A experiência lhe deu capacidade para abrir o próprio negócio no Pombal, em Jataizinho. Ele oferece funilaria, pintura, cobertura de riscos, amassados e trocas (frente, traseira e lateral). Dependendo do carro o serviço dura de quatro a trinta dias, como no caso da pintura completa, a partir de dois mil e quinhentos reais e deixa o carro em estado de novo. Outro ramo atendido por Orides Figueira é a restauração de carros antigos, algo em moda hoje em dia.                                                                              
Apesar da crise financeira que assola o país, o funileiro tem muitos clientes e observa que ao invés de trocar o carro que tem boa mecânica, a clientela retoca a pintura ou faz polimento, que consiste em lixar o veiculo, polir com massa específica e passar alto brilho com algodão. O procedimento dura 2 dias e remove cerca de 90% dos riscos. Outro serviço bem procurado é para tirar amassados, onde se bate a lata para depois retocar com tinta. “Quem for vender o carro e dar um retoque antes, fará um bom negócio”, pontua. A funilaria do Orídes Figueira está na rua Euzébio Monteiro, 65, no Pombal. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

SAAE de Jataizinho tem uma nova gestora: a vice prefeita Mirian Tarosso.

Vereadora entre 2009 e 2012, Mirian Tarosso exerceu a presidência da casa e traz experiência política, representativa e administrativa. Uma das responsáveis pela implantação da Comissão de Ética, ela observa que a medida transformou a estrutura da Câmara e interferiu diretamente em aspectos ligados a população; falta de decoro parlamentar na Casa Legislativa; além de critérios mais rigorosos em relação a hierarquia e respeito entre vereadores. Miriam Tarosso, que ficará dois meses no cargo, acumula a função de Diretora Presidente do SAAE com a de vice prefeita para economizar recursos públicos, recebendo apenas o subsídio do executivo.                      
Com muita abertura na empresa, ela teve boa recepção dos funcionários e apoio dos setores administrativo e operacional. Mesmo com o curto período de dois meses que servira como aprendizado na área de saneamento, a nova gestora declara que os serviços básicos e essenciais de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto ficam ininterruptos.                                                           
O município é contemplado com 100% de água, mas não atingiu este percentual quanto a coleta e tratamento de esgoto. Para isto, ela cita que o próximo gestor deve buscar recursos junto ao Estado e União. “Projetos relacionados a esgoto tem um custo elevado e o SAAE não tem condições de arcar. Outro projeto a ser desenvolvido é a substituição e deslocamento da rede coletora de esgoto (hoje de manilha) por PVC. Atualmente ela se encontra no meio da rua e o correto é o deslocamento para a calçada. Isto evita, no caso de abertura e manutenção, transtornos referentes ao transito de veículos e pedestres. Para todas estas situações buscaremos financiamento em outras esferas do poder público”, diz.                                                                             
Comprometida junto ao município e aos servidores municipais, Miriam recorda que na gestão como vereadora foi aprovado o Plano de Cargos e Carreira, algo estudado onde os servidores foram consultados. Ela também cita que o SAAE é bem estruturado, independente e oferece em contrapartida ao município o fornecimento gratuito de água para órgãos e prédios públicos, além de tapa buracos, manutenção e reposição de asfalto, uma vez que a empresa tem acesso ao produto cor um preço mais baixo.
                                                                       
Outra contrapartida da empresa ao município é a assistência fornecida em situações de enchentes que gera entupimento de esgoto. Devido a isto, Miriam pede cuidado na destinação do lixo e estuda a possibilidade de retornar o projeto, em parceria e com subsídio da Associação Comercial, que trocava dois litros óleo de cozinha por mini cheques de um real. “O óleo jogado na pia, em estado liquido, com as temperaturas mais baixas tende a solidificação e entope a rede coletora de esgoto. Ainda há muitos litros de óleo guardado e é possível fazer itens de limpeza, como sabão e que podem ser destinados a órgãos públicos, como escolas e demais entidades, representando economia aos cofres públicos, além da iniciativa contribuir diretamente com o meio ambiente”, relata. Ela ressalta que o projeto não é caro e viável, além de estimular o desenvolvimento do comercio local e promoções como o do Dia das Crianças, Natal, Dias das Mães, dos Pais e outras datas.



Em 4 anos de mandato, Élio Batista reajustou salário dos servidores, mas teve dificuldades devido as enchentes

Nos quatro anos que o prefeito Élio Batista conduziu a administração municipal de Jataizinho, no mesmo tempo que teve dificuldades orçamentárias e problemas com enchentes, seu mandato também foi marcado com avanços, como a ampliação do centro de educação infantil Ieda Garcia Tanaka; construção de cinco salas e a quadra coberta da Escola Princesa Izabel; obteve a concessão do Estado para o município da Escola Dom Pedro II, que também teve a quadra coberta; melhorias no Estádio Dionísio Stricker; a obtenção de verbas para compra de terreno e construção de uma creche; construiu parte do Conjunto Habitacional Maria Júlia e duas pontes que foram destruídas pelas chuvas; fez o posto de saúde Jesuino Salinet; reformou a rodoviária e o cemitério; além de obras que estão com verba na conta do município, mas devido a problemas com empresas licitantes não foi possível dar continuidade. O prefeito cita que houve corte de verbas da União e do Estado e há dificuldades quanto à arrecadação de impostos, que varia em torno de um milhão e setecentos mil por mês, mas a folha de pagamento dos funcionários ultrapassa um milhão e trezentos mil. Quanto ao funcionalismo ele cita que os avanços também foram grandes. “Implantei a cesta básica de cento e quarenta reais, sanei a defasagem de oito anos, dei 30% para os funcionários e professores, além dos 11% referentes à inflação. Equiparei o salário dos pedagogos com o dos professores por exercerem a mesma função em sala de aula”, diz. Segundo o mesmo, em algumas categorias foi acordado os 30% em seis anos (reajuste de 5% ao ano), mais a correção anual da inflação. Na esfera privada o município atraiu uma marmoraria que irá gerar cerca de 60 empregos; a metalúrgica KGB com a previsão de 200 empregos e; a Agroterra, que montará silos e terá cerca de trinta colaboradores. Juntas, elas mudarão a questão dos empregos e o perfil da cidade.                                                                

Neste curto histórico, ele cita que outra dificuldade foram as enchentes: cinco em seu mandato. Destas, duas foram este ano: uma do Tibagi, que alagou cerca de 200 imóveis e outra em 11 de março no Rio Jataizinho, que destruiu pontes e estradas rurais. Mesmo com a destruição das estradas, seu governo agiu rápido e as reconstruiu, tornando-as uma das melhores na região. “Representantes do SEAB (Secretaria do Estado de Abastecimento) andaram pelas estradas rurais e as aprovaram. Tamanho cuidado é necessário devido o município ser agrícola e precisar da logística para destinar a lavoura”, diz. Ele ressalta que o próximo gestor deve ter uma equipe montada para tais situações, uma vez que há muitas ocupações as margens dos rios; a geografia local é cercada de rios e; a grande quantidade de chuvas prevê que se fique atento a situação.                                                                                                                          

Mesmo com os avanços, Élio Batista preferiu não se candidatar a reeleição por conta das dificuldades de arrecadação e a crise que atinge o setor público. “2013 e 2014 foram bons para Jataizinho. Mas em 2015 a economia piorou e tive desgaste político. Não me candidatei e assim não prometi algo que não pode ser cumprido. Saio de cabeça erguida. Fiz o que pude e ajudarei o próximo prefeito a fazer uma boa administração”, ressalta Élio, que não está fora da política e com o fim do mandato descansará alguns dias e manterá compromisso com o deputado estadual Alexandre Curi. Quanto a uma futura candidatura a prefeito, ele ainda não cogita a idéia e atualmente ajuda na transição para o futuro prefeito Dirceu Urbano.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Com grande conhecimento intelectual, Leonel Bacinello escreveu peças teatrais, narrou rodeio e futebol.


A vida do comerciante Leonel Bacinello não se resume apenas aos negócios imobiliários da Bacinello Imóveis e da Lotear Loteadora. Aos 53 anos e auxiliado pelos filhos Ben Hur Bacinello e Leonela Bacinello, sua história é ligada ao movimento artístico e cultural. Apaixonado por Shakespeare e influenciado por Bertold Brecht, o qual mantém um livro em seu escritório, Bacinello também é um exímio locutor. Ele recorda que tudo isto começou em meados de 1969, quando sua família veio de Londrina para Cambé. “Os cafezais dominavam a paisagem e meu pai, Militino Bacinello, casado com Zilda Bacinello, veio ser operador da máquina beneficiadora de café. Tamanho era o volume da produção que havia cerca de oito comércios do gênero na cidade. O agricultor trazia o grão e a beneficiadora colocava o produto no mercado, na maioria das vezes destinado a exportação. Da mesma forma que vivi o auge do café, fui testemunha do seu declínio em 1975 após a grande geada negra e cheguei à conclusão, após anos, que os governos da época não estavam preparados para a catástrofe que tirou os colonos do campo. Mesmo com as dificuldades, meu pai continuou no ramo e se aperfeiçoou indo a locais onde a geada não afetou, como no Espírito Santo e em Vitória da Conquista, na Bahia”, diz                                                                                                         
Formado em Contabilidade pelo Olavo Bilac e com a profissão de torneiro mecânico, ele também trabalhou na multinacional GSZ, no ramo de GLP e em 1982 atuou na prefeitura e paralelamente na área de comunicação. Foi na área pública que ele desenvolveu trabalhos de grande importância nas artes, junto com o ex-secretário de Cultura José Júlio de Azevedo. “Havia o reconhecimento do meu trabalho, uma vez que dirigi por treze anos o grupo teatral Águia de Haia, numa referencia a Rui Barbosa. Escrevi peças que abordavam os problemas sociais da época, como o êxodo rural. Elas eram interpretadas por atores como Antônio Guilherme Lopes, Marlene Miranda, Marcos Guebara e Tânia Pascoeto. Eu tinha cerca de 21 anos e a Divisão de Cultura estava na Rua França 345, posteriormente mudando de endereço”, declara Leonel, que através do grupo teatral recebeu muitos prêmios e realizava quatro mostras estaduais por ano no município. Além do teatro, ele escreveu poesias, literatura de cordel e musicais. “Fazíamos teatro de maneira informal e aos poucos amadurecemos a idéia de montar uma peça de nome ‘Fé, esperança e sofrimento’, que passou pela censura dos militares e foi liberada para maiores de 14 anos. Vivi o período e sabia que não se fazia nada sem autorização”, recorda Leonel, que também foi presidente da Federação de Teatro Amador no Paraná por um longo período na ditadura. Outro trabalho de grande reconhecimento foi o musical “Álibi”, interpretado por José Vitor (bateria), Ademar Bacinello (guitarra base), Paulo Cesar (guitarra solo), Valdecir Comar (baixo) e pela cantora Ângela.                                                                   
Com o passar dos anos, em meados de 1995 ele foi nomeado Diretor do Departamento de Promoções Culturais no município, onde fazia carnaval de rua, rodas de viola, festivais de teatro, shows nos bairros e projetos como o “Criança na Praça” e “Voz e Canção”, algo intenso e que atendia as comunidades. Neste período algo inusitado lhe acontecia: a Associação dos Operários montou um espaço para rodeios no intuito de arrecadar fundos e não havia ninguém para narrar. A título de diversão ele assumiu a responsabilidade e tamanho foi o sucesso e popularidade de Leonel Bacinello, que em pouco tempo ele foi convidado pela Companhia de Rodeio Esporas de Ouro, de Guarapuava, para narrar eventos em exposições e feiras agropecuárias.                  
A fase do rodeio foi até 2003 e a partir de 2005, quando o Clube Atlético Cambé (CAC) retornou a 2ª Divisão do Campeonato Paranaense, ele foi convidado para narrar os jogos pela Rádio Cidade de Cambé (AM 770), onde criou jargões e um estilo próprio. Mesmo após o CAC sair de Cambé, ele permaneceu no rádio e junto com o Ismael Catóia, Valdecir Mendes, João Marcos Silveira, Juan Piazza e Rafael Ribeiro, transmite os diversos campeonatos. “Transmitir futebol é uma grande emoção e muitos gostam do meu estilo único de narrar. Tanto que os ouvintes vêm na rádio me cumprimentar e tirar fotos na cabine. Não faço isto no intuito de ficar rico, mas sim por hobby e paixão”, relata. Quanto as artes, ele afirma que pode se recuperar a efervescência dos movimentos culturais no município através da construção de um espaço público para abrigar apresentações de teatro, circo, balé, dança, shows de musicas variados e assim por diante, pontua Leonel, que em 1992 foi candidato a vereador.


domingo, 20 de novembro de 2016

Por uma adversidade, Zé Brás criou sozinho quatro filhos


A história de José Resende Moreira em Jataizinho, o popular Zé Brás, se inicia em meados de 1959, quando veio de Ibiporã, da Água do Sabão. Lá ele era construtor, na época em que as casas eram feitas de peroba, madeira ainda vista em muitos imóveis e conhecida pela resistência ao tempo. “Com peroba fiz escolas, pontes e outras edificações. Não havia energia elétrica e ela se obtinha por motores a diesel e gasolina. As ruas eram de terra e com a vinda do asfalto, o município se desenvolveu. Vim para cá devido uma febre e a impossibilidade de trabalhar no ramo da construção”, afirma.                                       
Por conta das adversidades, Zé Brás, que é marceneiro, foi esfaqueado numa briga e viu a primeira mulher adoecer devido o câncer. Com parcos recursos, gastou o que tinha com remédios. Na época, o prefeito de Jataizinho, Dionízio Striquer, lhe doou um terreno de 800 metros para a instalação duma fábrica de charretes e carrocerias de caminhão. Como a prefeitura da época não tinha veículos, ele doou uma charrete para o recolhimento e transporte de lixo. “O terreno, desde 1920 era duma família de turcos, mas não era legalizado. O Atanásio Belo, dono de um hotel em Londrina, deu aprocuração e a escritura do terreno”, lembra José Braz, hoje com 85 anos.                                              
Apesar de conquistar o terreno, uma adversidade dificultaria sua vida: a morte da esposa Rosalina Farias, em 1960. Por conta disto, criou “na marra” os quatro filhos: Vanda Resende Moreira (agricultora), Irineu Moreira (soldador), Lúcio Moreira (já falecido) e Beatriz Moreira, uma artista plástica de renome internacional. Com os filhos maiores, Zé Brás se casou com Nereide Farias Moreira, funcionária pública estadual que atuava no posto de saúde. “Criei as crianças com ajuda dos vizinhos e na lei da natureza”, cita.                            
Quanto à marcenaria, ele aprendeu a fazer tudo sozinho e hoje constrói e reforma cadeiras, mesas e carrocerias. “Aprendi o que sei quando jovem ao trabalhar de ferreiro numa usina em São Paulo. Mesmo aposentado, continuo no ramo e na juventude era especialista em rodas de carroça fundida a ferro quente”. Católico praticante, ele vê com alegria os domingos, pois vai à missa e há 40 anos senta no mesmo lugar, acompanhado de José Carlos de Lima, o Zezinho Mineiro, hoje com 63 anos.
                                                            
Nestes 55 anos, Zé Brás viveu muitas histórias. Uma dela foi quando chegou a televisão, em 1964. “Havia apenas dois aparelhos de televisão na cidade e um era meu. As pessoas se reuniam no terreiro de casa para assistir filmes e atrações como o Rim TimTim e Bonanza”, recorda.Outro fato marcante foi quando ao vir de Assai, com o caminhão carregado de toras e o mesmo quebrou na estrada. “Sinalizei a via com um lampião, mas veio um ônibus e bateu contra ele. A batida destruiu parcialmente ambos os veículos e a empresa de ônibus moveu uma ação judicial contra mim. Na audiência, juiz e promotor questionaram o porquêde ter deixado o caminhão quebrado na rodovia, com uma tora de quatro metros para trás. Ele afirmou que devia existir uma sinalização com pano vermelho. Indignado, respondi: Se o motorista não viu a tora, como ia ver um pano vermelho? Ao mover outra ação contra a empresa de ônibus, ganhei a causa, no entanto, a empresa não o pagou e para minha tristeza perdi o caminhão”, lamenta. 

Caminhão hidrovácuo é contratado para desentupir bueiros e redes pluviais em Ibiporã.

A Administração Municipal contratou um caminhão hidrovácuo para desobstruir bueiros e redes pluviais. A pequena equipe tinha dificuldades em atender a demanda e há mais de 500 bueiros entupidos, causando transtornos como dengue, infiltrações, deterioração e má conservação do asfalto. O Secretário de Obras Alexandre Casagrande, afirma que foram traçadas metas para este ano. A limpeza dos bueiros e redes pluviais é uma delas. “Por licitação contratamos um caminhão hidrovácuo que remove e armazena detritos. A cada duas horas eles são conduzidos ao aterro sanitário”.                      
As ruas Santa Catarina, Clotário Portugal, João Barreto e Saldanha arinho já foram contempladas. As ruas serão atendidas conforme o número de bueiros e de acordo com a logística do caminhão, que depende de um carro pipa abastecendo-o. O contrato de 12 meses prevê mil horas de atividade e o trabalho será executado do Jardim Bom Pastor ao Terra Bonita.                
Alexandre Casagrande ressalta que o trabalho da Prefeitura não é válido se a população despejar lixo na rua. “Não pode varrer folhas, latas, reciclados, pedras, entulho de construção e outros itens para o bueiro. Estes objetos causam entupimento e vão para os rios, causando poluição e prejudicando o meio ambiente. Cabe ao cidadão ser crítico e cívico para conter tais ações. O poder publico faz seu trabalho, mas se a população fizer da rua um ‘canteiro de obras’, o trabalho será em vão”, ressalta.                                                                                  
O servente de pedreiro Mauricio Timóteo acompanhava o trabalho do caminhão. Ele afirma que na época das chuvas a água fica parada, criando transtornos. “Os gestores da prefeitura mostram excelência e preocupação com a infra-estrutura ao executar esta ação”, ressalta.                                                                       
O comerciante Geraldo Carvalho também afirma que em épocas de chuva, com a rua inundada, os riscos de acidente no trânsito aumentam. “O morador deve ter consciência, preservar as redes pluviais e o meio ambiente”.                      
Caso o cidadão observe bueiros e redes pluviais entupidas e mesmo que o serviço não esteja na programação, é possível ligar na secretaria de obras e solicitar o atendimento. A prefeitura é um canal aberto a população e o contato é através do telefone 31788620, em horário comercial. 

Projeto Batuque na caixa comemora 16 anos


O projeto Batuque na caixa nasceu como forma de democratizar a cultura para crianças, adolescentes e jovens através de oficinas gratuitas de música (cordas, flauta, percussão, canto e composição), teatro e literatura. Desde o início atendeu 5.750 alunos em Londrina, Maringá, Rolândia, Prado Ferreira e Cambé. Foram diversas apresentações para mais de 300 mil pessoas no Paraná e São Paulo, além de 15 capitais brasileiras. O grupo de música do Batuque na caixa já esteve em Córdoba (Argentina) e o de teatro em Portugal, com a peça “Quando eu morrer, quem vai chorar por mim”, escrita por Valdir Rodrigues. O projeto já dividiu o palco com Alcione, Caetano Veloso, Hermeto Paschoal, Palavra Cantada, Naná Vasconcelos, Olodum e banda Espíritos Zombeteiros. 
                                                                                                
A trajetória do Batuque na caixa contou sua trajetória em livro e realizou oficinas de música e literatura em Cambé e Londrina, divulgando seu trabalho com cartazes e exposições de fotos. Em Cambé as atividades se concentraram na Praça CEU e teve shows de percussão com ritmos brasileiros e de MPB, no comando do músico Aldo Moraes e recitais de poema e teatro com supervisão de Valdir Rodrigues.                                                                                                    
Aldo Moraes, coordenador do projeto, cita que o Batuque na caixa obteve prêmios nacionais por sua abrangência social e cultural, como o Prêmio Itaú UNICEF 2011 e 2013; Prêmio Nacional de Educação Fiscal 2014; Menção Honrosa no II Prêmio Londrina Cidadania e o Prêmio Leitura para todos, do Ministério da Cultura. “Incentivamos a leitura e promovemos a cidadania entre os alunos. Em 2015 obtivemos apoio da Fundação Itaú Social, CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço) e Rock in Rio (Projeto por um mundo melhor)”, declara Aldo Moraes.                                                                                                        
O e-mail do Batuque na caixa é projetobatuque@bol.com.br e o endereço virtual é www.batuquenacaixa.blogspot.com.



Colônia Z3 protege direitos e garantias de pescadores em 28 municípios do Paraná


A Colônia Z3 de Pescadores abrange 28 municípios entre Itambaracá, Alvorada do Sul e Telêmaco Borba e integra a Confederação de Pescadores de Paranaguá. Segundo o tesoureiro Júlio Francisco Daniel e o presidente Natal Ferreira, a sede em Jataizinho tem dez anos e engloba os rios Tibagi, Paranapanema e afluentes. Ela fornece documentos que legalizam a profissão através da Carteira de Pesca, manutenção do INSS e defende garantias e benefícios sociais. A colônia vende redes e barcos a preços acessíveis, onde a rede completa custa 200 reais. Barcos de madeira são comercializados a oitocentos reais e de alumínio a partir de 2300 reais.                                                            
Por ser de corredeiras, há locais que a pesca foi interditada no Tibagi. Segundo Júlio Daniel isto porque ali o peixe é “indefeso” e assegura-se pescar 500 metros abaixo ou acima delas, conforme manda o IBAMA e o IAP.                         
Devido à imposição, um dos melhores locais para a atividade é a represa da Usina Hidrelétrica de Mauá, onde há pintado, piapara, barbado e pacu. “Peguei um pintado de 13 quilos na represa. Há pacus que variam entre 14 a 22 quilos e o maior peixe capturado ali e com registro fotográfico é um pintado de 45 quilos”, relata Júlio, que pesca desde 1984. Antes de ser pescador ele trabalhou em três frigoríficos por 26 anos, com doze anos na profissão criou cinco filhos e se aposentou pelo INSS.                                                 
Na atividade desde os anos 60, Natal já morou entre Sertanópolis e Primeiro de Maio na Água do Biguá e criou a família pescando. Ele revela que a última enchente aumentou a quantidade da pesca, mas estacionou as vendas devido a maior oferta, propiciando que os freezers dos pescadores estejam repletos da mercadoria. Foi em 1968 no Tibagi que ele fisgou um pintado de 35 quilos e na mesma época viu um peixe da mesma espécie com 45 quilos. “A Colônia Z3 é fundamental aos trabalhadores humildes e sem instrução que são os pescadores. Os defendemos através da emissão de documentos e a proteção de garantias e direitos que os legalizam perante o Estatuto da Pesca, além de os colocarmos em igualdade com trabalhadores de outros segmentos”, pontua.


Há 15 anos no ramo, Léo Pastéis se consolidou pelo ambiente familiar.


O pastel mais tradicional de Ibiporã é na Léo Pastéis, localizado na Rua Souza Naves. Durante a semana ele funciona como lanchonete e aos domingos na feira. Dono do estabelecimento há 15 anos, Silvio Beniven entrou no ramo após trocar um Chevette 84 pela barraca e em 2006 alugou o ponto comercial. São 36 pastéis e coxinhas com massa de mandioca. O pastel mais vendido é o “Especial” de presunto, queijo, frango, catupiry e azeitona. Ele também comercializa pastéis doces e o mais apreciado pelas mulheres são os de Chocolate, Amor a dois, Sensação e Prestígio.    

Consolidado como ambiente familiar, entre terça a quinta seis pessoas trabalham no local e aos fins de semana dez colaboradores atuam no estabelecimento. Ele ressalta que o maior fluxo ocorre na feira, onde vinte e três pessoas trabalham e se comercializam mais de três mil unidades. Tamanho o empenho de Silvio Beniven, que ele fecha a lanchonete à meia noite e às duas da manhã a barraca já funciona, aonde clientes que vêm de festas, casamentos ou confraternizações freqüentam o local.                                     

Com preços acessíveis, a Léo Pastéis aceita cartões de crédito e débito além de fazer entregas a domicilio com a máquina de cartão. O estabelecimento vende cem salgados fritos, entre coxinhas e bolinhos de queijo, carne e frango (com massa de mandioca) e quibe a R$ 24,90. Em vinte minutos o pedido é entregue e são excelentes a quem faz reuniões, confraternizações e eventos. Maiores informações no telefone 3158 0872.

Autoral, Polêmik vem conquistando espaço na cena underground de Londrina

O símbolo da banda Polêmik é um coturno, que numa manobra radical quebra o skate. Isto representa o som ácido, forte, pesado e agressivo do punk rock e hardcore. Assim é interpretada a banda autoral, que tem Elisandro Gomes na voz e guitarra, André Gonçalves (Titanic) no baixo e Gustavo na bateria. Ela surgiu em meados de 1993, quando Elisandro morou em Sombrio, Santa Catarina. “A cena underground punk e hardcore é forte em Sombrio. Influenciado por isto juntei um grupo de amigos da escola e montamos a banda”, diz. Quanto ao nome, foi devido ao baixista, um alemão que preservava o idioma. “Iniciamos três apresentações, mas não deu certo. Nos primeiros acordes o público se empolgava e logo voavam mesas e cadeiras. Nisso o alemão dizia que o dono do bar mandava parar as musicas porque eram polêmicas”, lembra aos risos Elisandro.          


                                                                         
Reagrupada em Londrina, os músicos se reúnem as quintas para ensaiar e discutir projetos. “Em 2017 faremos um som ainda mais forte. As letras em português trazem mensagens claras e de fácil entendimento. Há criticas e protestos refletindo o descontentamento com a política”, diz Elisandro, também influenciado por bandas californianas e grunges dos anos 90.                    
Entusiasta da nova cena do rock londrinense e do modelo autoral das bandas, Elisandro observa que há muitos grupos na região, mas falta espaço característico para apresentações e divulgação. “Há pessoas e locais que nos apóiam, como o produtor Marcelo Sapão, a Cristiane Vianna da Vila Cultural Cemitério de Automóveis, além do Júnior Carvalho e Bruno Marconato, ambos do Bar Bearia. Não apenas o punk e hardcore. Estas pessoas dão espaço para estilos como Heavy Metal e Psychobilly. Outra forma de divulgar é a internet, através de blogs, Facebook e Youtube, no entanto tenho cautela para não sermos criticados e mal interpretados em relação a letras, que são polemicas”, ressalta o guitarrista, que busca viver a cultura através da musica, uma forma de expressão que ajuda a desenvolver a cena underground local.



Bem relacionada com moto clubes, a Polêmik já participou de eventos do gênero e há projetos de apresentações beneficentes em praças. O intuito é arrecadar mantimentos para creches, como a do Jardim Tókio, em Londrina, por exemplo. Outro projeto relevante é fazer uma grade de apresentações na periferia, aos domingos à tarde. Os eventos levariam entretenimento e skate como opção de cultura e estilo de vida. 
Interessados em conhecer mais o trabalho da banda Polêmik, podem visualizar o perfil no Facebook, trabalhos no Youtube ou ligar no telefone 98428 3920. Com o demo “Todo tosco” produzida e projeto de uma segunda, a apresentação da Polêmik dura cerca de uma hora e tem quinze musicas no repertório.

sábado, 19 de novembro de 2016

Tijolo para casa na roça e prédio da Gleba Palhano.

Tijolo para casa na roça e prédio da Gleba Palhano: Benedicto Furlan diversificou e mostrou desenvoltura em vários ramos, numa vida empreendedora.

           

Pai, avô e bisavô. Benedicto Furlanaos 80 anos é a lenda viva da construção civil. Nascido em 1934 em Assis (SP), especificamente na Água do Servo, tinha o pai como agricultor e a mãe do lar, numa época que arroz era socado no pilão e não havia facilidades como estradas e atendimento médico. Não demorou muito e em 1938 a família Furlan atravessou o mato e chegou ao distrito de Taquaripara iniciar a lavoura. Saudosista, Benedicto recorda que foram dez anos para um caminhão atravessar a estrada. Ele cortava a picada de terra carregando toras de árvores centenárias.
Na infância marcada com parcos recursos, perdeu dois irmãos: Máximo e João, sendo estevítima de difteria. Ficou apenas Maria, já falecida. Benedicto é o único filho ainda vivo. Apesar de tudo, foi nas dificuldades que teve a oportunidade de atuar como lavrador, plantar milho e criar porcos. Não se deixando abater, aos 17 anos montou uma olaria. Cortou madeira, plantou sapê e fez um barracãoonde começou a produzir tijolos. Isto foi em 1951. Com o sucesso do negócio, num mercado que hoje é um dos mais lucrativos, o da construção civil, comprou uma venda na Taquari e em 1960 construiu um armazém de secos e molhados, existente até hoje e que passa por reformas. “Na época havia bons fregueses. O país era rural. Existiam diversos moradores, farmácia, mercearia, armazéns, açougue e igreja. Mas, com o inesperado êxodo rural, por conta do enfraquecimento da agricultura, muitos migraram para as cidades e infelizmente constituíram favelas. O êxodo rural mudou a agricultura. As lavouras deram lugar a mecanização com a soja e o trigo. A mão de obra já não era necessária. Com a perda dos fregueses, vim para a cidade e comprei três terrenos. Toquei uma loja de secos e molhados até 1975, comprei uma chácara e montei uma olaria. Hoje, onde havia a “venda”funciona uma oficina de motos”, diz.
Apesar de Jataizinho ser desenvolvida em 1975, ele recorda que ela ia até a Rua Nicola Paissade e ao Hospital Santa Teresinha. O resto era lavoura e onde fica o Parigot de Souza, havia uma plantação de eucalipto.Na época, Benedicto Furlan era o vice-prefeito. “A prefeitura comprou o terreno para construir o bairro e o colégio. Estavam presentes autoridades que homenagearam o governador e o prefeito da época, Orlando Salles Stricker, além dos vereadores”, afirma.
Atual vice-presidente do diretório municipal do PMDB, sua entrada na politica foi pela vontade de ver a situação melhorar. “Atuei como vice-prefeito entre 1972 a 1976. Havia pouco maquinário. Compramos uma motoniveladora e dois caminhões, além de carros menores. Demos um embalo para Jataizinho”, afirma. Este legado político influenciou tanto a família, que neto e genro chegaram ao cargo de vereador, além de filhas e netos serem advogados, comerciantes e professores.
A vida politica não impediu a Benedicto diversificar os negócios. Aos poucos, com dedicação, vontade e trabalho, além de acordar cedo e fechar a “venda” tarde, viu que era o momento de expandir. Investiu no ramo da cerâmica e começou a produzir tijolo maciço. Os negócios funcionam até hoje e sua marca compõe o depósito e olaria Santa Mônica. “O tijolo maciço é vendido para oito grandes construtoras de Londrina e região. Mesmo o ramo da cerâmica é passível de crise financeira e, para não padecermos é importante a diversificação dos negócios”, declara.
Aos oitenta anos e saudável, Benedicto viu a evolução, o passar do século e as transformações devido a tecnologia. No entanto, o tijolo fabricado há 60 anos é feito da mesma forma e mantém boa aceitação. “Bases de prédios, garagens, subterrâneos e construções próximas as vigas são de tijolo maciço. Vivo desde a época que se fazia casas na área rural de Jataizinho ao tempo dos edifícios modernos e luxuosos. Cerca de 80% prédios da Gleba Palhano, em Londrina, são feitos com tijolos Santa Mônica. Diversificando a economia, não há crise. Desde os 17 anos sou comerciante e hoje emprego cerca de trinta pessoas. As cerâmicas são os maiores sucessos da cidade, pois daqui saem cerca de 200 mil tijolos por dia, que tem o dinheiro como retorno”, afirma.
Outra atividade exercida por Benedicto Furlan foram os portos de areia. Porém não investiu muito devido a areia extraída do Tibagiser contaminada. “Abaixo da captação de água, em Londrina, há um córrego que vem do Limoeiro. Ele traz impurezas como óleos, graxas, detergentes e resíduos de petróleo. Na tentativa de montaroporto, finquei uma vara de bambu, com um ferro na ponta para achar areia. Em três metros abaixo há muita graxa que se juntou no rio. A draga extraia areia e junto vinha graxa. Isto é recente. Deve haver mais fiscalização dos órgãos de meio ambiente para não existir tamanha poluição. Um dos prejudicados são os peixes, que não se desenvolvem plenamente na região”, afirma.

Hoje, vivendo com a comerciante Maria José Justo e tendo como filhas a professora Celina Furlan; a advogada e administradora Alba Furlan; a professora Dilmara Furlan e; a dona de casa Silmara Furlan, Benedicto se orgulha dos netos Jason (advogado) e Diego Furlan, que exerceu dois mandatos de vereador. Além dele, o genro Alex Faria está no terceiro mandato como vereador e é o atual presidente da Câmara. Ainda compõem a família sete netos e quatro bisnetos. 

Arlindo Nunes, um desbravador dos esportes.


Quem conhece Arlindo Contato Nunes sabe que sua vida é dedicada aos esportes. Natural de Jataizinho, ele se iniciou nos esportes aos oito anos no karatê e aos doze partiu para o tae kon do. Lutando muay thai há oito anos, ele é ponta preta, instrutor e proprietário da Academia Team Fight. “Trabalho com crianças e adolescentes a partir de cinco anos e, ministro aulas para adultos”.O foco da academia é a disciplina, coordenação motora, parte física, eliminação de peso e condicionamento físico. São fatores que trazem benefícios a saúde. A academia tem atletas profissionais que estão competindo e que já foram para a academia Team Nogueira. Num evento recente trouxeram medalhas e hoje, Jataizinho possui quatro atletas com destaque no muya thay.
Além de professor, Arlindo Nunes luta MMA, participa de campeonatos e está no ranking. Apesar disso tudo, seu foco é preparar atletas e realizar eventos promocionais. “O maior intuito é ajudar as pessoas a ter uma vida diferente. Acima de 12 anos deixamos o aluno focado nos treinos para ter uma vida saudável como adulto. O foco é treinar e não abrir espaço para coisas relacionadas ao álcool e as drogas, presentes no cotidiano. Esta atividade é inédita na cidade e me empenho para que cresça”, declara.
Com uma rotina que não permite extravagancias, devido à necessidade da preparação e condicionamento físico, Arlindo Nunes treina três por dia, do meio dia as 15hs30, a parte física e sparing (socos) e à noite praticamusculação. A parte física é aeróbica, com polichinelo, corda e trabalhos de explosão para adquirir resistência, além de técnica de chutes em aparadores e sacos de pancada. “O MMA, se chama assim por ser artes marciais mistas ou Mixer Marcial Artes e leva o atleta a conhecer outros esportes. No inicio, colocaram um judoca e um carateca para lutar, por exemplo. Mas, alguns esportes se favoreciam, como o jiu jitsu. Houve a mesclagem e os competidores aprenderam outras modalidades, tornando o atleta completo. Ele conhece técnicas de boxe, muay thay, karate, tae kon do, capoeira e assim por diante”, afirma.
Com mais de 50 alunos, de todas as classes sociais e, saindo da cidade para competir, Arlindo Nunes vê isto como um mérito, pois obteve a confiança dos pais, que deixam seus filhos sob responsabilidade sua. “Levamos Jataizinho para fora com o MMA e artes marciais”, cita. No entanto, o custo não é baixo, pois envolve treinos, deslocamento, hospedagem, alimentação e pesagem. “Há competições que o aluno tem que eliminar de cinco a doze quilos num período muito curto. Para isto se aplica treinos e dieta rigorosa, além de desidratação, onde a disciplina é fundamental”, declara.
Quanto à disciplina, Arlindo Nunes ressalta ser essencial, pois é inadmissível um atleta brigar. Caso aconteça ele é demitido ou tem o contrato rescindido. “Caso veja um aluno em briga ou confusão, ele será advertido e convidado a se retirar da academia. No meio profissional, caso ocorra a situação, contrato e bolsa são cancelados. Não há preconceito, mas admiração, onde as pessoas querem fazer o que você faz. Mas, os treinos não são fáceis”, diz.
Nos treinos da academia Team Fight não há contato físico e são feitos em equipamentos. “Não há agressão, mas respeito com os amigos do tatame, que se aplica na rua, em casa e na escola. Os pais me elogiam devido a mudança de comportamento dos filhos, através da disciplina imposta. Além disso, observamos notas na escola, que influenciam na graduação das artes marciais”, ressalta.
Natural de Jataizinho, Arlindo Contato Nunes é filho da professora do ensino fundamental, Maria Helena Contato e do comerciante Arlindo Carneiro Nunes. Seu avô era dono da Cerâmica Contato, Guido Contato, oriundo da Itália. Seus avós paternos, já falecidos, se chamavam Aparecida Nunes e José Joventino Nunes. Mesmo no ramo das artes marciais, Arlindo Nunes é um jovem empresário, formado em Técnico em Agricultura. Foi atleta profissional de motocross por oito anos e possui diversos títulos paranaenses.