Extração de argila foi o principal desastre ecológico de Jataizinho
Frei Timóteo, um padre jesuíta que veio ao Paraná para fazer aldeamento indígena, foi quem plantou o primeiro pé de café do Norte do Estado. A partir deste momento se inicia a exploração da terra. Por volta de 1867 a Colônia contava com 30 casas, um olaria, fornos para fabricar tijolos e dois engenhos para moer cana. Era cultivado milho, feijão, cana de açúcar, mandioca, café e algodão. Porém no ano de 1871, após a discriminada desmatação, Jatay, como era chamada à cidade na época, sofre sua primeira geada, prejudicando várias plantações. O relatório de Frei Timóteo, sobre o clima, diz o seguinte: “O lugar que outrora era uma fornalha de calor, já mudou de clima, porque nimiamente foi descampado. Já tivemos esse ano, e no ano passado, geadas bem fortes e prejudiciais, que alias, gerou grandes prejuízos a mais Províncias”.
A maior parte das matas naturais de Jataizinho foi derrubada e no lugar delas estão as propriedades agropecuárias e agrícolas. Atualmente a cidade, tem nove mil hectares de pastagens, oito mil hectares de lavouras (soja, milho, trigo, etc), cento e vinte hectares de reflorestamento com madeira energética (eucalipto) e cinqüenta hectares de matas nativas. Segundo João Amaral, técnico agrícola da EMATER, Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, o desmatamento na cidade parou na década de 80, devido à conscientização do produtor e a punições impostas pelo Estado. Porém a área de matas era bem maior. Jataizinho conta com uma área total de 222 km², a 346 metros acima do nível do mar, composta por florestas tropicais sub – perenifólia e com uma cobertura de matas de 6%, (muito abaixo do 20 % exigido por lei). Localizada no terceiro planalto, a cidade é formada por uma sucessão de derrames basálticos empilhados uns sobre os outros. A erosão abriu no solo uma topografia escalonada sem pantanais. O mesmo tem a formação de laterístico plano ondulado, formado na rocha mater, comumente chamado de “Terra Roxa”. O solo apresenta duas qualidades: Terra Roxa Estruturada Eutrófica, com moderada textura argilosa; Latossolo Roxo Eutrófico, que apresenta textura argilosa com relevo ondulado e plano na parte baixa. O clima é composto por chuvas que ocorrem principalmente no verão, sendo nítida a existência de uma estação seca. A presença do inverno é nitidamente sentida, devido ao frio e as constantes geadas.
Segundo pesquisas sobre a edificação de Londrina, nos últimos 30 anos o crescimento vertical foi muito grande, ou seja, a quantidade de prédios cresceu muito. Todo o material utilizado, como argila e madeira foram extraídas da região. A conseqüência foi à devastação e o desastre ambiental.
Segundo Érica Mantovani Martins, estudante de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, no passado existia 67 olarias na cidade: “Esses locais eram conhecidos como barreiros, espécies de poços subterrâneos de argila. Ainda é possível encontrar barreiros na cidade”.
Porém a estagnação diminuiu o número de cerâmicas. Atualmente existem cinco em Jataizinho. Os ceramistas já tiveram várias complicações junto ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que tenta controlar a retirada do barro há dois anos. Numa fiscalização, decidiram que deve haver licença para as cerâmicas não fecharem. Uma associação tenta legalizar a extração do barro, além da procura por outro ponto de exploração. A cidade também busca alternativas. Existem projetos que visam a recuperação do barreiro, a criação de um parque e de um museu da cerâmica.
João Amaral lembra que a conscientização do produtor rural em relação ao meio ambiente está maior. Com muitos projetos de reflorestamento e educação ambiental, vários agricultores estão abandonando plantações que necessitam arar a terra, se utilizando agora, do plantio na palha. Esta forma utiliza menos agrotóxicos, além de evitar o assoreamento dos rios e a contaminação.
Muitos moradores das margens do rio, estão conscientes, plantando árvores nativas e deixando a vegetação crescer livremente. Segundo a EMATER, deve existir uma área de 30 metros de mata ciliar nas margens do rio. Ele ainda prevê o reflorestamento de 4 km², que vai da ponte de Jataizinho até Rancho Alegre. Porém está falta de vegetação nas margens dos rios pode gerar catástrofes.
Chuvas em Jataizinho, é algo que preocupa muito os moradores, pois são elas as responsáveis pelo aumento do nível do Tibagi. No inicio de 1997, centenas de pessoas ficaram desabrigadas devido a uma enchente que transbordou o rio em 15 metros. Na época, equipes do Corpo de Bombeiros de Londrina, Ibiporã e vários voluntários trabalharam no resgate das vitimas. Os desabrigados ultrapassaram o número de 300 pessoas. O Conjunto Costa e Silva, teve 80% de suas casas cobertas pela água. A linha férrea, quase foi encoberta pelas águas
Já em relação a problemas ambientais que venham a ser gerados por esgoto que venha a ser despejado no Tibagi, a cidade está despreocupada. Contando com sistema de esgoto, que compreende a coleta e tratamento de esgoto doméstico, a cobertura é de 90% da malha urbana, onde 100% do que é coletado é tratado em duas lagoas anaeróbicas e uma facultativa. Segundo a SAAE. Serviço Autônomo de Abastecimento e Esgoto, toda a água tratada que é despejada no rio tem um controle de qualidade, sendo este de excelente qualidade. O lixo domiciliar é recolhido de 2ª a 6ª feira em toda cidade. Todos os resíduos sólidos são transportados para o aterro sanitário municipal, sendo enterrados em trincheira com dreno para a coleta do chorume, que posteriormente é canalizado para um poço, aspergido quando enche.
Extraction of clay was the main ecological disaster of Jataizinho
Brother Timothy, a Jesuit priest who came to the village to do Parana native, who was first planted the foot of coffee in the North State. From this moment begins the exploitation of the earth. Around 1867 the colony had 30 houses, a pottery, kilns to produce bricks and two mills to grind cane. It was cultivated corn, beans, sugar cane, cassava, coffee and cotton. But in the year of 1871, after the breakdown deforestation, Jatay, as it was called the city at the time, suffering its first frost, damaging several plantations. The report of Brother Timothy, on the climate, says: "The place that once was a furnace heat because of climate change, because officer was Descampe. We have had this year and last year, frost and strong and harmful, that alias, has generated a great deal of damage to most provinces. "
Most of natural woods Jataizinho was dropped and place them are the rural and agricultural properties. Currently the city, has nine thousand hectares of pastures, eight thousand hectares of crops (soybeans, corn, wheat, etc), hundred and twenty hectares of reforestation with wood energy (eucalyptus) and fifty hectares of native forests. According Joao Amaral, agricultural technician EMATER, Empresa Paranaense Technical Assistance and Rural Extension, the deforestation in the city stopped in the 80s, due to awareness of the producer and punishments imposed by the state. But the area of forests was much higher. Jataizinho has a total area of 222 square kilometers, to 346 meters above sea level, made up of sub tropical forests - perenifólia and with a forest coverage of the 6% (well below the 20% required by law). Located on the third plateau, the city is formed by a succession of basaltic spills stacked one upon another. The soil erosion opened in a staggered topography without swamp. The same is the formation of wavy laterístico plan, formed in the rock mater, commonly called "Earth Purple." The ground has two qualities: Earth Purple Eutrophic structured, with moderate clay; Latosol Eutrophic Purple, which presents clay with relief and wavy in the lower level. The climate is composed of rains that occur mainly in summer and is clear that there is a dry season. The presence of winter is much felt, because of the constant cold and frost.
According to research on the construction of Londrina, in the last 30 years the vertical growth was very strong, that is, the amount of buildings has grown a lot. All the material used, such as clay and wood were extracted from the region. The result was the devastation and environmental disaster.
According to Mantovani Jennifer Martins, a student of geography at the State University of Londrina in the past 67 olarias existed in the city: "These places were known as clay, species of subterranean wells of clay. You can still find clay in the city. "
But the stagnation reduced the number of tiles. Currently there are five in Jataizinho. The potters have already had several complications with the IAP (Environmental Institute of Parana), which tries to monitor the withdrawal of clay two years ago. In a review, decided that there should be no license for the ceramic close. An association attempts to legalize the extraction of clay, in addition to looking for another point of exploitation. The city also seeking alternatives. There are projects aimed at restoring the Jhelum, the creation of a park and a museum of ceramics.
John Amaral recalls that the awareness of rural producers in relation to the environment is biggest. With many projects in reforestation and environmental education, many farmers are abandoning crops that need plowing the land, is using now, from planting in straw. This form uses fewer pesticides, and prevent the silting of rivers and contamination.
Many residents of the river, are aware, planting native trees and leaving the vegetation grow freely. According to EMATER there should be an area of 30 meters of riparian vegetation on the banks of the river. It also provides for the reforestation of 4 square kilometers, going from the bridge until Jataizinho Rancho Alegre. But is lack of vegetation on the banks of rivers can generate disasters.
Heavy rains in Jataizinho, is something that worries the residents too, because they are responsible for increasing the level of Tibagi. At the beginning of 1997, hundreds of people were displaced due to a flood that transhipment in the river 15 meters. At the time, teams of the Fire Department of Londrina, and various Heathridge volunteers worked in the rescue of victims. The homeless exceeded the number of 300 people. The Joint Costa e Silva, took 80% of their homes covered by water. The railway line, was almost hidden by the waters
Already in relation to environmental problems that may be generated by sewage that will be dumped in Tibagi, the city is care. With drainage system, which includes the collection and treatment of domestic sewage, the coverage is 90% of the urban area, where 100% of what is collected is treated in two anaerobic lagoons and an optional. According to SAAE. Autonomous Service of Supply and Sewage, all the treated water that is poured into the river has a quality control, which is of excellent quality. The household garbage is collected from 2nd to 6th fair across town. All solid wastes are transported to the municipal landfill and is buried in trench to drain for the collection of manure, which is then channeled into a well, when sprayed fills.
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