sexta-feira, 11 de março de 2011

Crescimento das religiões e do número de evangélicos propicia o surgimento de movimentos de cunho social


Crescimento da população e das denominações evangélicas pentecostais no Brasil. Ela é a segunda força religiosa, ficando atrás apenas do catolicismo.

O crescimento das igrejas se deve muito a orientação espiritual, afetiva e pessoal, além da sociabilidade presente em células e núcleos. Com isso, reconhecidamente a igreja assume uma parceria com o poder público, que muitas vezes não consegue identificar ou libertar pessoas usuárias de drogas, da prostituição, do alcoolismo ou problemas de cunho social. Elas ajudam na “reconstrução” de lares e na economia, ao retirar pessoas da rua ou ir aos presídios para aconselhamento espiritual.

Dentre as diversas organizações que representam os evangélicos e trabalham para ajudar a melhorar a sociedade, existe o Movimento Cristão Brasileiro, uma entidade que interpreta e defendes obreiros entre si, perante a opinião pública e vias de comunicação, além de divulgar ministérios. Segundo o atual presidente, Adilson Silva, O Movimento Cristão Brasileiro está em dez cidades do Paraná: Ibiporã, Cambé, Londrina, Rolândia, Arapongas, Ponta Grossa, Curitiba, Tibagi, Telêmaco Borba e Imbaú e nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. “A cada três evangélicos, dois são pentecostais devido aos cultos eloqüentes e avivados, onde o pastor e obreiros levam os fiéis a maior participação”, afirma o pastor Adilson, membro da denominação Brasil para Cristo.

Um dos projetos, de cunho social e sem fins lucrativos organizado pelo movimento, é o Ajudando o Próximo, existente há dois anos e formado de voluntários que se dispõe a doar uma parte do seu tempo em favor de pessoas menos favorecidas. “Em certa ocasião, visitando algumas famílias em assentamentos, observamos que muitos questionavam dizendo: Se Deus existe por quê eu e meu marido estamos desempregados? Ou, por que é que estamos passando fome e tantas outras necessidades? A partir de então começamos a buscar junto a colaboradores, doações para socorro a estas famílias, que além de mal assistidas vivem em condições de pobreza”, afirma o pastor. Ele ainda completa: “Hoje temos o sonho que é poder ajudar ainda mais outras famílias carentes, fornecendo-lhes não somente ajuda espiritual, mas também alimentos e outras necessidades básicas.”

A ajuda social e a parceira junto aos órgão públicos feita pelas igrejas é observada nos estudos contemporâneos das Ciências Sociais. O professor Fabio Lanza, doutor em Ciências Sociais pela PUC - SP e docente do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina afirma que na temática das religiões ou religiosidades é relevante compreender que não existe uma teoria social que dê conta de abarcar toda a complexidade e diversidade das questões envolvidas. No entanto, cada realidade religiosa é expressão do contexto social, econômico, histórico e político em que está imersa ou inserida. “É possível acatar que inúmeras instituições religiosas permitem aspectos positivos e valiosos aos seus membros e seguidores. Mas não podemos utilizar essa afirmação como algo generalizante, porque há também situações contrárias em que outras organizações religiosas "exploram a boa fé" dos seus participantes, alerta.

Nenhum comentário: