domingo, 20 de dezembro de 2015

Aos 80 anos, Benício Pereira já foi dono de açougue e matadouro.

“Tenho lembranças de Guaxupé, quando possuía seis anos”, diz Benício Pereira, que aos 80 anos passa os dias sentados em frente à sua casa observando o movimento e conversando com as pessoas que transitam pela Avenida Getúlio Vargas. O aposentado foi açougueiro durante 40 anos, sendo que sua família chegou aqui para exercer atividades comerciais diversificadas. “Viemos de trem e me recordo da viagem com saudades. Daquele período aos dias atuais muito se transformou”, afirma.
Entre as atividades exercidas por Benício Pereira, a que mais se destacou foi o açougue instalado na Avenida Caetano Munhoz da Rocha, próximo a antiga rodoviária. No estabelecimento a carne vendida era procedente de um matadouro próprio. “Para abastecer o açougue era preciso muito trabalho no matadouro. Os bois vinham de sítios e fazendas próximas. A mim cabia matar os animais e os transportar. Nesta época possuía 42 anos e os principais meios de transporte que ajudavam na locomoção eram as caminhonetes. A desossa também era feita no açougue”, pontua.
Ao custo de muita dedicação e trabalho, Benício Pereira sustentou a esposa e criou três filhos: Maria Angélica Pereira Coleto, Mário Célio Pereira e Benício Pereira Filho. “Vendi o açougue e me aposentei, pois trabalhei muito na vida. Minha esposa freqüenta a Igreja Católica e ajuda na assistência social”, declara. Com saudades de Guaxupé, local a qual ele não retornou, Benício Pereira diz que um de seus desejos é ir à cidade natal para rever amigos e recordar lembranças da infância.


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