As práticas de golpes
se difundem a cada dia, devido a ganância pelo “dinheiro rápido e fácil”. Para
ter alguma noção, vou citar os mais comuns:
- Bilhete premiado: Este é um golpe tradicional e antigo no
Brasil. Os primeiros casos remontam os anos quarenta.Funciona assim:O golpista,
com jeito humilde, pede informações sobre a agência da Caixa Econômica, dizendo
que irá receber o prêmio de um sorteio.As vítimas, é mostrado o falso bilhete
premiado, junto com um documento do banco, também falso, constando o número do
bilhete e o valor do prêmio.A caminho do banco e após muita conversa, o
golpista propõe à vítima vender o bilhete por um valor menor do prêmio, como alternativa
para resolver problemas.
- Golpe do Sequestro: Este faz parte da safra de
"novos" golpes tipicamente brasileiros, que desfrutam peculiaridades
sociais e econômicas do país. Funciona assim: criminosos ligam para a vítima
contando que um familiar foi sequestrado e, caso não for depositada uma
quantia, ela será ferida ou morta.A performance teatral inclui gritos e
fornecimento de detalhes do suposto sequestrado. Na realidade, o membro da
família não foi seqüestrado, mas provavelmente recebeu um telefonema com alguma
desculpa (participação em concurso ou programa de TV, sorteio, cadastro de
algum tipo, suposta clonagem de cartões de crédito ou celular), usadas para convencer
parentes que a pessoa foi sequestrada.
- Recarga de Celular: O objetivo é fazer que a
vítima compre recarga de celular e passe o código ao golpista.Entre as histórias
mais utilizadas, vale mencionar: Falsas promoções e concursos de
companhias telefônicas (TIM, Oi, Claro, Vivo); Falsos concursos e sorteios de
empresas como Nestlé, Coca-Cola, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica, Volkswagen,
Ford. Neste caso, o suposto prêmio é um carro. Para ter direito ao prêmio a
vítima deve fornecer números de cartões pré-pagos.
- Golpe espiritual: Vários estelionatos exploram
necessidades espirituais, crenças e superstições para obter ganhos ilícitos. Se
trata de um campo delicado, pois diz respeito as liberdades e necessidades individuais
inalienáveis, como a religião, crença e fé. Mas, que por outro lado oferece
oportunidades para estelionatários as explorem no intuito de se enriquecer de
forma ilícita. Exemplos: Falsos curandeiros que cobram altos valores para
ministrar curas inexistentes as doenças de vários tipos; Pais e mães de santos,
verdadeiras ou falsas, e outros operadores espirituais que pedem dinheiro em
quantidades excessivas (bem além das custas e de uma remuneração razoável pelo
tempo empregado) para supostamente fazer ou desfazer “trabalhos”, macumbas ou
similares; Ciganos, médiuns, operadores do oculto, magos e astrólogos, todos
cobrando, adiantados, valores excessivos para os serviços e prometendo em troca
resultados maravilhosos; Pastores/igrejasque arrecadam dinheiro alegando ser
para obras de bem ou para a sustentação da igreja ou ministério e, depois usam o
dinheiro em proveito pessoal.Geralmente as vítimas
se encontram fragilizadas e com problemas de saúde, econômicos,afetivos
(separações) ou de ordem pessoal (depressão).
Segundo o
investigador da Policia Civil de Ibiporã, Aparecido Donizete Lima, estes golpes
são aplicados por oportunistas que se aproveitam e lubridiam, através de
conversa, para obter vantagens. “Se você não conhece a pessoa que lhe oferece a
vantagem, entre em contato com a polícia. Outra recomendação é que ao ir ao
banco receber, sendo valor médio ou alto, o bom é ir acompanhado,
principalmente se tratando de idosos. Dependendo das circunstancias, o golpista
pode ser autuado pelo crime de estelionato. Caso haja agressão será
classificado como furto ou roubo”, declara.
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