Muitos acordam bem cedo para consumir o pastel da Banca do
Alcides, levar para casa ou saborear junto com os amigos do trabalho. É na
feira que encontramos as pimentas afrodisíacas de Vicente Forte ou os cereais
de Pedro Naves. Mais que isso, a feira valoriza o produtor, oferece produtos não
encontrados em mercados, além de ter mais qualidade e menos agrotóxicos. Ela é
fundamental ao município e viveu muitos períodos, onde aumentou e diminuiu.
Agora ela está maior, pois a clientela dos mercados viram que seus produtos são
mais em conta, frescos e de qualidade.
Antônio Massuda (62) é de Rolândia e vende ovos, mandioca, chuchu,
rúcula, cebolinha, alface, rabanete e hortaliças, todos cultivados na
propriedade familiar da Barra Grande. “Meu pai foi um dos primeiros feirantes
de Cambé em meados dos anos 70. Durante o dia cultivamos e colhemos os produtos
para comercializar no dia seguinte. De madrugada, às cinco da manhã a banca já
está montada”, relata. Ele observa que a feira está aumentando e o local
possibilita a venda direta ao cliente, sem intermediários.
Donizete Ventura (49) é feirante em Cambé e Rolândia. Ele vende
alface, abobrinha, tomate, chuchu, cenoura e legumes variados. Há 20 anos no
ramo, ele começou com uma banca de dois metros, oferecendo produtos de cultivo
próprio. “A feira é tradicional e fundamental ao município. Foram vários períodos,
onde ela aumentou e diminuiu. Agora está maior, pois a clientela dos mercados
viram que os produtos da feira são mais em conta, frescos e de qualidade”,
relata.
Com a família no ramo de pasteis há 32 anos e banca em Cambé há
18, Alcides Andrian Júnior (36) cita que sua rotina começa às 4 da manhã, onde
carrega a Kombi e prepara o café. “Chego à feira às cinco horas e monto a
barraca em 40 minutos. Muitas pessoas acordam cedo para consumir nossos
produtos, além de levar para casa. Há quem está a caminho do trabalho e vem
aqui”, declara. Com a banca ele gera sete empregos e o sustento de três
famílias. “A feira valoriza o produtor, oferece produtos não encontrados em
mercados, além de ter mais qualidade e menos agrotóxicos”.
Vicente Forte está na feira há três anos e comercializa pimenta
malagueta, dedo de moça, mexicana, jurubeba, gengibre, alho em conserva e mostarda.
“A feira tem mercadorias variadas e pequenas lembranças. A pimenta é de
produção própria e tenho clientes antigos. Com inúmeros benefícios, ela queima
calorias, aumenta a circulação e é afrodisíaca”, relata.
Pedro Vicente Naves está na feira há mais de 20 anos, após assumir
o lugar de outro cerealista. Ele vende arroz, feijão, café, linhaça, quinoua,
lichia, amaranto, aveia, milho, arroz integral, grão de bico, amendoim e
castanha do Pará. “A alimentação natural e o uso adequado de grãos é excelente
para a saúde”, declara.
Apesar do sucesso da feira, ele diz que
os feirantes vão se organizar e pretendem implantar melhorias como energia
elétrica própria, banheiro para feirantes e clientes, cadastro próprio e
segurança particular. “A Secretaria de Agricultura nos ajuda em diversos
aspectos, porém temos que se organizar para melhor atender Cambé”, finaliza.
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