“Tenho lembranças de
Guaxupé, quando possuía seis anos”, diz Benício Pereira, que aos 80 anos passa
os dias sentados em frente à sua casa observando o movimento e conversando com
as pessoas que transitam pela Avenida Getúlio Vargas. O aposentado foi
açougueiro durante 40 anos, sendo que sua família chegou aqui para exercer
atividades comerciais diversificadas. “Viemos de trem e me recordo da viagem
com saudades. Daquele período aos dias atuais muito se transformou”, afirma.
Entre as atividades
exercidas por Benício Pereira, a que mais se destacou foi o açougue instalado
na Avenida Caetano Munhoz da Rocha, próximo a antiga rodoviária. No
estabelecimento a carne vendida era procedente de um matadouro próprio. “Para
abastecer o açougue era preciso muito trabalho no matadouro. Os bois vinham de
sítios e fazendas próximas. A mim cabia matar os animais e os transportar. Nesta
época possuía 42 anos e os principais meios de transporte que ajudavam na
locomoção eram as caminhonetes. A desossa também era feita no açougue”, pontua.
Ao custo de muita
dedicação e trabalho, Benício Pereira sustentou a esposa e criou três filhos:
Maria Angélica Pereira Coleto, Mário Célio Pereira e Benício Pereira Filho. “Vendi
o açougue e me aposentei, pois trabalhei muito na vida. Minha esposa freqüenta
a Igreja Católica e ajuda na assistência social”, declara. Com saudades de
Guaxupé, local a qual ele não retornou, Benício Pereira diz que um de seus
desejos é ir à cidade natal para rever amigos e recordar lembranças da
infância.
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