No último dia 10 os alunos da APAE realizaram uma apresentação
para encerrar as atividades de 2015. Vestidos com roupas tradicionais de vários
países, eles dançaram e mostraram diversas culturas. Esta ação, segundo a
professora e Diretora Pedagógica Daniela Lopes Sola, está inserida no currículo
e contribui na formação intelectual.
Atualmente a APAE de
Cambé oferece Educação Infantil, Ensino Médio e o EJA (Ensino para Jovens e
Adultos), num total de 267 alunos divididos em dois turnos. “Diferenciamos-nos da
escola comum por ser da modalidade educação especial. As regras da escola
normal são cumpridas, mas devido o aluno ser especial temos menos pessoas em
sala de aula, que varia de 4 a 5 no fundamental, entre onze no Ensino Médio e
22 no EJA”, relata a diretora. A APAE possui atendentes, pedagogos, neurologista,
psiquiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e
assistente social, sendo que o médico atende semanalmente e as famílias
utilizam o trabalho da assistente social. O trabalho é integrado e os médicos
avaliam desde o comportamento a problemas relacionados à convulsão. Quanto à
estrutura física, a escola tem quadra poliesportiva, sala de artes,
informática, biblioteca, ludoteca e piscina para hidroterapia e natação. “A
equipe pedagógica dispõe atenção especial ao aluno no ensino para inseri-lo no
mercado de trabalho. O encaminhamento ajuda na sociabilização e aumento da
estima. Empresários ligados a empresas de costura e supermercado, para atender
a exigência da lei contratam nossos alunos”, ressalta.
O
reflexo da estrutura física, pedagógica e clínica é visto nos resultados
obtidos em competições esportivas. Segundo o professor de Educação Física,
Rodolfo Lara Moscardi (36), que atua há treze anos na APAE, o trabalho em
conjunto possibilita a formação de atletas de alto rendimento e nível
internacional no futsal, capoeira, vôlei, basquete e atletismo, sendo os dois
últimos o grande foco das aulas e que renderam muitos títulos para Cambé. A capoeira,
em especifico, possibilitou o estadual e o 3º lugar no Brasileiro, ficando
atrás da Bahia e do Mato Grosso do Sul. “O esporte, principalmente o de alto rendimento,
ajuda no sustento de muitas famílias. Há alunos que recebem bolsa atleta
superior a R$ 925,00. Isto é uma forma de ganhar a vida, além muitos viajarem
com freqüência, dando-lhes autonomia para se trocar, tomar banho, arrumar o quarto
e demais atividades”, cita.
Campeã Brasileira no basquete, a
aluna Claudinéia de Sousa (38) já conheceu o México, a República Tcheca,
Polônia, Turquia, Grécia e demais países, onde representou o município. Jogadora
de basquete e praticante de atletismo nas modalidades do lançamento de disco,
dardo e peso, ela também representa a UNIFIL de Londrina, onde ganha bolsa e
salário. “A Claudinéia dá muito orgulho para os professores, familiares e ao
municipio”, pontua Rodolfo Lara Moscardi.
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