terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Está nervoso: come alface que acalma.


Quando Osni Carlos de Oliveira anda pelas ruas com sua Belina, as pessoas apontam em sua direção e falam: Lá vem o chifrudo. Morador do Conjunto José Antônio Vieira, ele tem o apelido por adornar seu veiculo com chifres de bois. Além de “chifrudinho”, como gosta de ser chamado, ele é verdureiro e comercializa alface, cebolinha, salsinha e adubo orgânico. “Vendo o pé de alface a dois reais. Salsinha e a cebolinha a cinqüenta centavos o maço. Cultivo duas variedades de alface: crespa e americana, esta última crocante. Saio de casa às seis horas e vou de porta a porta, comercializando de 100 a 150 unidades por dia até as dez horas”, afirma. Tamanha é a fidelidade dos clientes, que até ligam no celular para entregas a domicilio.       
Foi a Belina, adornada de chifres, que o tornou conhecido e popular. Osni de Oliveira cita que tudo começou numa brincadeira, quando instalou chifres num Fiat 147, usado para vender alfaces. “Perguntaram se o chifre é porque sou corno. Digo que não, mas às vezes tenho dúvidas”, responde aos risos o comerciante. O carro possui três pares de chifres e mais um num capacete, no qual usa com freqüência. “Hoje não fico mais sem o chifre”, declara.                                                                                                                   
Quanto à alface, ele cultiva numa chácara de quatro mil metros e também adquire de outros produtores. A planta nasce durante o ano, tem mais qualidade no inverno por reter água e está bom para consumo entre 40 a 45 dias. “Ele precisa de muita água, é cultivado no adubo orgânico e sem agrotóxicos. Além de verde é calmante e todos devem comer”, diz. Osni de Oliveira ressalta que para a mulher emagrecer e ficar bonita recomenda-se o suco de alface, que é batido no liquidificador com caldo de limão, abacaxi e três copos de água. Ele acalma, elimina gorduras e melhora o sono.


FUNCAC está com matriculas abertas para as atividades de 2016.


Nos últimos anos o teatro em Cambé cresceu muito. Isto se deve ao trabalho do Secretário de Cultura Márcio Berguio Martin, ao oficineiro Valdir Rodrigues e pelo aumento dos espaços de cultura, como a Praça CEU no Jardim Tarobá. “Recebi a proposta de criar um teatro que destaque a interpretação, exercícios e que incentive os alunos a formarem grupos multiplicadores onde mantenham e aumentem a classe artística local. O teatro não é apenas com fins de interpretação e palco, mas ajuda na vida pessoal criando desenvoltura, como por exemplo, numa entrevista de emprego ou em sala de aula”, declara Valdir Rodrigues.                                                             
Márcio Berguio Martin ressalta que 140 alunos participam das oficinas, não havendo idade mínima ou máxima para aprender. Com aulas no Espaço Cultural da FUNCAC, Praça CEU, Ponto de Cultura no Jardim Silvino e Centro da Juventude do Castelo Branco, há perspectivas de se criar mais um Ponto de Cultura no Ana Rosa e aumentar o número de oficineiros. “A cultura é aliada da educação, abre horizontes e traz qualidade de vida social ao tirar jovens e adolescentes da rua, dando a eles a chance de se tornarem grandes cidadãos. Isto é uma forma do Poder Público ajudar a comunidade, onde pais e professores e reconhecem o trabalho do gestor cultural”, diz.                                              
Além do teatro a FUNCAC tem projetos como a informática, onde idosos aprendem a usar computador, smartphone e geram contas nas redes socais, inserindo-se no mundo digital. Na Praça CEU são disponibilizadas oficinas de literatura, balé, taekondo, contação de estórias, capoeira, skate, criação de estórias em quadrinhos, street dance, pintura digital e oficina de máscaras. Quanto à biblioteca, ela possui um acervo com clássicos da literatura brasileira, universal e material de pesquisa acadêmico. “Os livros estão à disposição para ler no espaço ou levar para casa. No entanto, muitas crianças preferem a Praça CEU. Acontecendo isto ela é inserida em algum projeto ou oficina e acompanhada por uma assistente social”, cita.                                                                    
Interessados nas oficinas para o ano de 2016 devem procurar a Fundação Cultural de Cambé (FUNCAC), na Rua Pará, 161. O telefone de contato é o 3174-0283. As atividades começam em fevereiro. 

A estrutura pedagógica, clínica e esportiva da APAE de Cambé possibilita a formação de atletas com alto rendimento.

No último dia 10 os alunos da APAE realizaram uma apresentação para encerrar as atividades de 2015. Vestidos com roupas tradicionais de vários países, eles dançaram e mostraram diversas culturas. Esta ação, segundo a professora e Diretora Pedagógica Daniela Lopes Sola, está inserida no currículo e contribui na formação intelectual.                                                       

Atualmente a APAE de Cambé oferece Educação Infantil, Ensino Médio e o EJA (Ensino para Jovens e Adultos), num total de 267 alunos divididos em dois turnos. “Diferenciamos-nos da escola comum por ser da modalidade educação especial. As regras da escola normal são cumpridas, mas devido o aluno ser especial temos menos pessoas em sala de aula, que varia de 4 a 5 no fundamental, entre onze no Ensino Médio e 22 no EJA”, relata a diretora. A APAE possui atendentes, pedagogos, neurologista, psiquiatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e assistente social, sendo que o médico atende semanalmente e as famílias utilizam o trabalho da assistente social. O trabalho é integrado e os médicos avaliam desde o comportamento a problemas relacionados à convulsão. Quanto à estrutura física, a escola tem quadra poliesportiva, sala de artes, informática, biblioteca, ludoteca e piscina para hidroterapia e natação. “A equipe pedagógica dispõe atenção especial ao aluno no ensino para inseri-lo no mercado de trabalho. O encaminhamento ajuda na sociabilização e aumento da estima. Empresários ligados a empresas de costura e supermercado, para atender a exigência da lei contratam nossos alunos”, ressalta.                                                                                                              
O reflexo da estrutura física, pedagógica e clínica é visto nos resultados obtidos em competições esportivas. Segundo o professor de Educação Física, Rodolfo Lara Moscardi (36), que atua há treze anos na APAE, o trabalho em conjunto possibilita a formação de atletas de alto rendimento e nível internacional no futsal, capoeira, vôlei, basquete e atletismo, sendo os dois últimos o grande foco das aulas e que renderam muitos títulos para Cambé. A capoeira, em especifico, possibilitou o estadual e o 3º lugar no Brasileiro, ficando atrás da Bahia e do Mato Grosso do Sul. “O esporte, principalmente o de alto rendimento, ajuda no sustento de muitas famílias. Há alunos que recebem bolsa atleta superior a R$ 925,00. Isto é uma forma de ganhar a vida, além muitos viajarem com freqüência, dando-lhes autonomia para se trocar, tomar banho, arrumar o quarto e demais atividades”, cita.                                                    

Campeã Brasileira no basquete, a aluna Claudinéia de Sousa (38) já conheceu o México, a República Tcheca, Polônia, Turquia, Grécia e demais países, onde representou o município. Jogadora de basquete e praticante de atletismo nas modalidades do lançamento de disco, dardo e peso, ela também representa a UNIFIL de Londrina, onde ganha bolsa e salário. “A Claudinéia dá muito orgulho para os professores, familiares e ao municipio”, pontua Rodolfo Lara Moscardi.   


Marginal da BR 369, em Ibiporã, é alargada para melhorar o fluxo viário.

No intuito de otimizar o trânsito na marginal da BR 369, no Jardim Santa Paula, a Secretaria de Obras está alargando a via de oito para treze metros. Conforme o titular da pasta, Alexandre Casagrande, isto é uma readequação da infra-estrutura nas imediações do Condomínio Empresarial. A primeira fase do projeto é da Tupperware até a AMBEV. “Na via há um grande fluxo de veículos, principalmente caminhões, devido o transporte da AMBEV, Novel e Furgões Ibiporã, por exemplo. Agora existe mais espaço, conforto e segurança. Alargaremos a marginal até o município e estudos serão feitos a fim de não derrubar árvores”, pontua.                                     ‘                                                           

O secretário de Obras cita que a obra é fundamental e compõe o planejamento logístico e de transporte, uma vez que a cidade é progressista e os parques industriais que surgem geram renda, emprego e arrecadam impostos. “No mês passado dez indústrias se instalaram no Condomínio Empresarial. A mobilidade urbana é crucial e precisamos disto para o futuro”, diz.                                                                                                                                              
O próximo passo será alargar a via nas imediações da Serv Festa, Ibimóveis, Hayamax e Sucatão, onde há grande fluxo viário e é preciso adequações. “A cidade mudou nesta gestão. Ruas foram ampliadas, empresas chegaram, fizemos rotatórias, assumimos a iluminação pública, além de outras ações. Ibiporã se prepara para o futuro através da mobilidade urbana”, finaliza. 

Em Ibiporã, caminhão hidrovácuo é contratado para desentupir bueiros e redes pluviais.

A Administração Municipal contratou um caminhão hidrovácuo para desobstruir bueiros e redes pluviais. A pequena equipe tinha dificuldades em atender a demanda e há mais de 500 bueiros entupidos, causando transtornos como dengue, infiltrações, deterioração e má conservação do asfalto. O Secretário de Obras Alexandre Casagrande, afirma que foram traçadas metas para este ano. A limpeza dos bueiros e redes pluviais é uma delas. “Por licitação contratamos um caminhão hidrovácuo que remove e armazena detritos. A cada duas horas eles são conduzidos ao aterro sanitário”.                      
As ruas Santa Catarina, Clotário Portugal, João Barreto e Saldanha arinho já foram contempladas. As ruas serão atendidas conforme o número de bueiros e de acordo com a logística do caminhão, que depende de um carro pipa abastecendo-o. O contrato de 12 meses prevê mil horas de atividade e o trabalho será executado do Jardim Bom Pastor ao Terra Bonita.                
Alexandre Casagrande ressalta que o trabalho da Prefeitura não é válido se a população despejar lixo na rua. “Não pode varrer folhas, latas, reciclados, pedras, entulho de construção e outros itens para o bueiro. Estes objetos causam entupimento e vão para os rios, causando poluição e prejudicando o meio ambiente. Cabe ao cidadão ser crítico e cívico para conter tais ações. O poder publico faz seu trabalho, mas se a população fizer da rua um ‘canteiro de obras’, o trabalho será em vão”, ressalta.                                                                                  
O servente de pedreiro Mauricio Timóteo acompanhava o trabalho do caminhão. Ele afirma que na época das chuvas a água fica parada, criando transtornos. “Os gestores da prefeitura mostram excelência e preocupação com a infra-estrutura ao executar esta ação”, ressalta.                                                                       
O comerciante Geraldo Carvalho também afirma que em épocas de chuva, com a rua inundada, os riscos de acidente no trânsito aumentam. “O morador deve ter consciência, preservar as redes pluviais e o meio ambiente”.                      
Caso o cidadão observe bueiros e redes pluviais entupidas e mesmo que o serviço não esteja na programação, é possível ligar na secretaria de obras e solicitar o atendimento. A prefeitura é um canal aberto a população e o contato é através do telefone 31788620, em horário comercial. 

Papai Noel de Cambé alegra a vida das crianças doando presentes no Natal.

O amor ao próximo e o voluntariado à causa vicentina incentivou Lourival Batista dos Santos (66) a ajudar famílias através de um personagem bem popular: o Papai Noel. Todos os anos, no Natal, ele distribui doces, balas pirulitos e brinquedos as crianças, além de cestas básicas as famílias. “A criança, pobre ou rica, acredita no Papai Noel. As crianças com problemas de saúde também acreditam e depositam fé no personagem”, relata.                                       
O trabalho voluntário surgiu em 2006 quando ao se aposentar foi a São Paulo e, com ajuda de amigos adquiriu 500 brinquedos. Para 2015 foram comprados cinco mil pirulitos, dez mil balas e 1600 brinquedos, distribuídos em vários bairros. “São nestas atitudes simples que recebemos a graça de Deus, devido à oportunidade de servir as pessoas”, diz Lourival, que desfila pelas ruas de Cambé com um MP Life, réplica do veiculo francês MG.                                                
Interessados em contratar os trabalhos do Papai Noel Lourival Batista dos Santos para eventos em geral, como festas e divulgação de propaganda, devem entrar em contato pelos telefones 99126499 ou 30351600.


Tradicional “Festa da Fé” é celebrada no Parque Manella.

Antônia Maria foi criada rezando terços e há mais de trinta anos, junto com o esposo Nilton Penido e familiares, organiza a tradicional “Festa da Fé”. Tudo começou quando seu pai ficou cego e paralitico em cima de uma cama e sua mãe foi obrigada a trabalhar na lavoura para sustentar a família. Tamanha era a fé da progenitora, que ela se ajoelhou e pediu a São João que tirasse o esposo da cama, pois sozinha não poderia cuidar dos filhos. Na outra semana ele foi curado. Em agradecimento, durante um ano ela pediu esmolas para organizar uma festa junina em homenagem ao santo. A comemoração se mantém até hoje com a ajuda de voluntários.                                                                 
O local que abriga a festividade é uma chácara no Parque Manella, onde Nilton Penido construiu uma capela em homenagem a São João, posteriormente doada à igreja São Francisco Xavier, localizada no Santo Amaro. Reconhecida pela Arquidiocese de Londrina, o espaço abriga 22 pessoas e no último sábado de cada mês, às 19hs30, é celebrada a missa aberta ao público.                                                                                                                
Ele relata que as famílias da comunidade participam da festa religiosa para manter tradições. “A dinâmica atual da sociedade faz valores e conceitos se perderem. A “Festa da Fé” é um elo que guarda tradição familiar e fé. Confeccionamos mais de 500 rosas, feitas com amor e carinho, além de trabalharmos louvando a Deus. Sei que há bênçãos em nossas vidas e o maior exemplo são as inúmeras doações de bolo, quentão, pães, pipoca, salgados e carne moída, posteriormente compartilhadas com a população”, afirma.                          
A festa, celebrada no último sábado de junho, gira em torno de Santo Antônio, São João e São Pedro, onde crianças se caracterizam de santos e consagram um símbolo ao padre: Santo Antônio entrega um pão, representando a fartura; São João conduz uma pomba em alusão ao Espírito Santo; São Pedro entrega as “chaves do céu”, em referência a ele ser o “guardião das portas do céu”. “Praticar a religião e ensinar valores as crianças é algo relevante que influenciará na educação”, finaliza Nilton.


domingo, 20 de dezembro de 2015

Com preço acessível, Queijo Canastra está disponível na Feira da Souza Naves, em Ibiporã, aos domingos.


A cidade de Ibiporã produz uma iguaria alimentícia muito conhecida em todo país: o Queijo Canastra. Feito artesanalmente por José Maurílio Leite, ele o define por ter “um sabor azedinho que permanece por muito tempo na boca”.  Atualmente, a variedade está cada vez mais valorizada e conforme José Maurílio, conhecido como Mineiro, o queijo Canastra deve ser consumido curado ou meio curado, com pelo menos uma semana de maturação. Com o passar dos dias, ele adquire uma bela cor dourada e vai enrijecendo de fora para dentro. “É boa companhia para uma cerveja gelada, cachaça ou vinho tinto. Também é consumido fresco, com até quatro dias, ao se mostrar branco e parecido com o tradicional queijo Minas industrializado”, diz.                                          

O consumidor que o levar para casa deve mantê-lo sempre em local fresco e ventilado, para a maturação ser perfeita. O queijo deve descansar sobre um prato ou uma tábua de madeira e ser virado uma vez por dia. “Antigamente, devido à precariedade dos transportes, o queijo ficava até 40 dias nas prateleiras dos produtores para depois sair em carros de bois ou no lombo de burros e cavalos para a distribuição. Hoje, o consumo é mais rápido e por isso pouca gente chega a apreciá-lo no ponto certo de maturação”, pontua.             

José Maurílio cita que para produzir um queijo do tamanho tradicional, com peso de cerca de 1 quilo e 300 gramas, são utilizados aproximadamente dez litros de leite. Depois da ordenha, o leite é colocado em tanques, onde recebe o coalho e o “pingo”, uma espécie de fermento líquido, extraído da produção do dia anterior. Depois de algum tempo, o leite talha e é retirado em porções de massa que são espremidas manualmente e colocadas em moldes redondos. Por cima da massa cuidadosamente compactada, vai o sal grosso. Por baixo da forma, o soro escorre finalizando um processo que dura 24 horas. Só então o queijo sai dos moldes e vai para uma prateleira arejada. Com exceção da ordenha, todo o ritual acontece na chamada “casa de queijo”.                  

Além do queijo, ele produz artesanalmente, pó de queijo e o queijo ralado, excelente para o tempero de variados alimentos. Além disso, faz requeijão, pão de queijo, queijo palha, doce de leite, manteiga, cural e pamonha de queijo. Tamanha experiência se deve ao fato de ter aprendido o ofício aos oito anos de idade e aperfeiçoou as técnicas após ingressar no Colégio Agrícola e estudar Laticínios, além de freqüentar os cursos de café e cooperativismo, cursos que até hoje o auxilia nos trabalhos e negócios. “O Queijo Canastra pode ser consumido de várias formas. Diferente do Paraná, em Minas Gerais ele é ralado para comer com massas, misturado no arroz com feijão, em cima de carnes, doces e nos mais variados tipos de alimentos. Os mineiros produzem os melhores queijos e um dos segredos do Queijo Canastra, é que ele deve ser feito com leite não industrializado, além de não misturar o leite de vacas de raças diferentes”, afirma.                                                 
Os interessados em conhecer os produtos “Serra da Canastra”, podem entrar em contato com o Mineiro, através do 3268-1870. Seu endereço é na Avenida Mário de Menezes, 1985. Ou então ir a feira de domingo, na Souza Naves, onde tem uma barraca e expõe seus produtos. 

Uma história que emociona: Após acidente, pequena Débora vê esperanças em tratamento ortopédico no Pequeno Príncipe de Curitiba.

Quando a equipe do Nossa Terra foi a casa de Lina Laura Célere, de 55 anos, no Jardim Miguel Antico, inesperadamente fomos abraçados pela pequena Débora Alana Célere, de 12 anos. Portadora da Síndrome de Down, em 2012 ela foi atropelada e teve trauma de crânio e fêmur, ficando entubada por 35 dias. Após a desentubação teve dificuldades para respirar e fez uma traqueostomia, onde apenas se alimentava por sonda e usava fraldas. “Na época fiquei com poucas esperanças que Débora melhorasse. Ela entrou em estado vegetativo e perdeu a voz”, cita a mãe. Mesmo com as dificuldades, Lina procurou atendimento junto a APAE para contornar as sequelas, que era a coordenação motora e o desenvolvimento de pneumonia e traqueobronquite, ocasionando nove internações no Hospital Cristo Rei.


                                                                                                                                
Ao completar doze anos, as dificuldades para a pequena Débora aumentaram devido à complexidade do seu caso e por não poder mais se tratar com pediatras. Foi ai que surgiu a figura heróica do vereador Marcos da Ambulância, que colocou à disposição o seu gabinete. “O Marcos da Ambulância ama demais as crianças da APAE. É ele que as leva para tratar em Londrina. Pela Débora há um carinho especial e, vendo sua alegria, mesmo diante das adversidades, ofereceu ajuda para tratamento contra a pneumonia em Londrina (Cismepar) e Campo Largo (Hospital Waldemar Monastier), relata Lina.                      

Com a solicitação de vários exames, receitas médicas e um bronco dilatador, Débora teve uma melhora significativa. O exemplo está na diminuição da quantidade de antibióticos. Outra melhora se deu pelo encaminhamento do Hospital Waldemar Monastier ao ortopedista do Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba. Com recursos provenientes da Prefeitura de Ibiporã e da Secretaria de Saúde, que cede transporte e acomodação, ela se trata na capital desde outubro de 2014. “Após o tratamento em Campo Largo e Curitiba, a parte ortopédica e respiratória melhorou. Já não há necessidade de internações. No próximo dia 23 a médica do Pequeno Príncipe irá avaliar os exames e determinar o tratamento adequado”, finaliza.


Escola “Shew Wu” ensina artes marciais chinesas em Ibiporã.

As artes marciais chinesas se originaram da antiga cultura tradicional e derivam do taoísmo, intimamente relacionado ao cultivo pessoal e autoaperfeiçoamento. Seus componentes básicos são o cultivo da virtude, a técnica artística, cuidar da saúde e longevidade, melhorar o desenvolvimento físico, a autodefesa e a prevenção da violência. O primeiro caractere na palavra “arte marcial” é “Wu”, formado pela combinação dos caracteres “parar” e “guerra”.                
Divididas em internas e externas, as artes marciais chinesas enfatizam o desenvolvimento pessoal, com ênfase em formas físicas e a formação do corpo, mente e espírito juntos. Foi com esta filosofia que Josenildo Ferreira da Silva, de 37 anos, casado com Sueli Mitie Miwa Silva e pai de Pedro Kenji Miwa Silva de 13 anos, montou há sete meses a Escola de Artes Marciais Chinesa “Shen Wu”. Formado em Educação Física pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR); Professor pela Associação Japonesa de Arte Marcial Chinesa em 2008; curso na Shanghai Gymnastics Training Center, em 2007 na China; curso de Técnico Internacional pela IWUF, em 2012 na UNICAMP; professor diplomado pela CBKW em 2013 e; atual Diretor Técnico em Wushu Moderno, pela Federação Paranaense de Kung Fu Wushu, Josenildo Ferreiradestaca que o profissional deste ramo deve ter seriedade e dedicação. “No início das atividades foi difícil. Mas adoro desafios. Isto faz parte do meu trabalho, onde obtenho conquistas”, afirma. 
O professor cita que o Kung Fu Wushu, ensinado na Escola de Artes Marciais Chinesa “Shen Wu”, se baseia nos princípios da filosofia chinesa e no Budismo, onde a busca pelo equilíbrio entre homem, céu, Terra, corpo, mente e espirito, formam uma constante sintonia universal. “A Palavra Shen Wu significa: SHEN= Espirito, mente, alma, Deus, divindade, ser sobrenatural; WU= militar, marcial, guerreiro. Assim, Shen Wu equivale a espirito guerreiro, brilhante ou espirito marcial. 
A Escola de Artes Marciais Chinesa “Shen Wu” está localizada na rua Massatoshi Ronden, 22. O telefone de contato é o 9606-8273 ou 8831-8201.


Vereador Hugo Furrier, de Ibiporã, requere informações para as secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e;Obras, Serviços Públicos e Viação.

O vereador Hugo Furrier, visando dar mais transparência as ações do Executivo e, na forma autorizada pelo Regimento Interno do Legislativo Municipal, por intermédio da Presidência da Casa, requereu junto a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente as seguintes informações: Se já teve início as castrações programadas para 2015, que de acordo com a Administração Municipal seriam em torno de 1200; Se o serviço estiver em andamento, o mesmo é realizado pelo município ou terceirizado?; Quantas castrações foram realizadas até o momento?; Qual o valor dos procedimentos?                                    Para a Secretaria de Obras, Serviços Públicos e Viação, o vereador solicita informações a respeito do valor pago pelo novo equipamento de pintura de sinalização viária adquirido pela Prefeitura; Qual a média de produção executada diariamente e; Se há cronograma elaborado para utilização do mesmo. 

Aos 74 anos, Zezão está prestes a realizar o sonho de ter uma prótese.

Foi aos 17 anos em Minas Gerais, que José André Rodrigues, o popular Zezão sofreu um acidente, ocasionando a amputação de uma perna. “Ao correr atrás de um animal, este caiu num buraco de tatu e sobre a minha perna”, recorda.
          
Não se deixando abalar e reconhecendo que tem uma vida difícil, Zezão encontrou pela vida diversas barreiras devido à deficiência. “Vim para o Norte do Paraná para colher café. Depois trabalhei em cerâmicas e olarias. Aposentei-me e hoje passo os dias no Centro de Idosos, onde ajudo pessoas que estão mais fracas e doentes. Ajudando ao próximo, planto algo”, diz o aposentado, que hoje vive com a filha.
          
Tendo o auxilio de uma muleta, o sonho de usar a prótese se aproxima, pois em breve fará testes, exames e medidas para ver qual o equipamento que se adapta a sua necessidade. Com a mudança, espera melhorar a vida. “O deficiente físico encontra dificuldades em todos os lugares”, cita, em referencia a barreiras arquitetônicas e a falta de acessibilidade.


Aos 88 anos, Maria Lopes Morales tem saúde e boa memória.

A aposentada Maria Lopes Morales, era criança quando veio de Catanduva (SP) morar no Paraná. Hoje, aos 88 anos, ela se recorda que o Paraná era coberto de matas virgens, quando seu pai comprou 15 alqueires de terras para o cultivo variado. “Viemos em quatro caminhões e fomos morar em Londrina, as margens Ribeirão dos Apertados. Para ir da zona rural à cidade, era preciso caminhar 23 quilômetros”, recorda.
Com uma cultura não muito diferente de hoje, eles plantavam milho, feijão e café. “Eu abria covas e meus irmãos plantavam milho. Na colheita juntávamos tudo e transportávamos em carroças ao celeiro. Trabalhávamos na lavoura de sol a sol”, cita. Mesmo com o trabalho árduo, Maria Lopes sonhava em ler e escrever, porém, como o pai era bravo, teve dificuldades. “Meu pai ensinava as pessoas a ler e a escrever, sob a luz de lamparina. Pedi que me ensinasse. Com uma cartilha em mãos, mas sem conhecer nada, aquilo era uma novidade. No entanto, devido ele gritar muito comigo, tive dificuldades e não me interessei mais pela leitura e escrita”, lamenta.
Além de trabalhar no campo, Maria Lopes vendeu produtos agrícolas e alimentos diversificados em feiras livres de Londrina. Ela acordava às 4 horas da manhã. Atualmente confecciona e vende bordados.

Morando em Jataizinho há 14 anos, vive com a filha Rosa Rodrigues de Oliveira e o genro Milton Firmino de Oliveira, proprietários de uma padaria no centro de Jataizinho. 

Retratando a história: Noel de Oliveira fez mais de dez mil fotografias em Jataizinho.

          O aposentado Noel de Oliveira é uma lenda viva em Jataizinho. Nascido em 1945 e hoje, aos 68 anos, se dedica a venda de caldo de cana. Porém, no passado era conhecido pelas fotografias. “Meu irmão tinha uma máquina fotográfica e sempre admirei seu trabalho. Quando se mudou para São Paulo, comprei a máquina e fazia fotos em pequenos binóculos, algo popular na época, mas raro hoje em dia. Com a digitalização e maior acesso as novas tecnologias, a atividade caiu, me obrigando a mudar de ramo”, lamenta.
Aos 23 anos, em 1968, Noel trabalhava num frigorifico, conciliando com a atividade de fotógrafo ambulante, de casa em casa, vendendo binóculos. Ele fazia a foto, revelava o filme em Londrina e cortava os internegativospara colocar nos binóculos. “Muitos ainda têm e as fotos são as mais variadas possíveis. Os jovens e adolescentes nem imaginam como se fazia, pois hoje as imagens são digitais e instantâneas, obtidas a partir do celular”. Tamanha era a popularidade do binóculo, que nas festas da igreja, Noel cobrava para as pessoas olharem nele. “A era digital findou os fotógrafos tradicionais, pois os trabalhos estão concentrados na internet. Não existe glamour, mas o celular faz uma foto de excelente qualidade. Não se contrata fotógrafos como antigamente, pois muitos têm seus meios e recursos. Estamos na Era Digital”, diz.
Mesmo com a Era Digital pujante Noel é remanescente da “Era Analógica” e ainda oferece seu trabalho pelas ruas de Jataizinho, atuando como fotógrafo ambulante. Em sua bolsa, carrega a máquina fotográfica analógica. É uma Zênite 300 com flash, onde os filmes revelados em Londrina. “Com a Zênite 300 registrei aniversários, casamentos, batizados e as mais variadas festas, que viraram álbuns de excelente qualidade. A foto antiga era de menor qualidade. Mas, os laboratórios melhoravam o trabalho”, conta.
Noel diz que não foi o primeiro fotografo da cidade. Antes dele havia um japonês, chamado Maeda, que trabalhava na praça central, com imagens em preto e branco. “Nunca fiz foto 3x4, usadas em documentos. O comum são os tamanhos 9x13 e 10x15. As ocasiões que motivavam as pessoas a tirarem fotografias, eram diversas, como crianças que vestiam roupa nova, ou uma formatura. Fiz mais de dez mil fotografias e tenho muitas em casa. Mas, devido o tempo, elas estragaram”, relata.

Entre as curiosidades relatadas, está a dos que após anos, vêm a sua procura afim de resgatar fotografias antigas, algumas com mais de 40 anos. Outra curiosidade são os clientes que solicitavam a retirada de centenas de fotos, mas no momento de pagar não tinham dinheiro, ou pediam fiado. 

A historia do Bartoldo de Jataizinho: o sucesso se dá pelo trabalho.

Bartoldo Bernal Martins conta a Folha de Jataizinho que sua família chegou ao Paraná em meados de 1959, vindos de Cafelândia (SP). Primeiramente foram morar em Florai, onde ficaram três anos e teve a oportunidade de estudar o primário. “Em 1963, devido uma forte geada, meu pai vendeu o sitio que morávamos e mudamos para uma fazenda no Taquari, de propriedade de seu primo, dono da Moval em Arapongas. Trabalhamos como empregados e aos doze anos de idade trabalhei com ardor para ajudar o sustento da família. Por conta disto, conseguimos montar uma olaria de tijolos e com o dinheiro ganho meu pai possibilitou que minhas três irmãs se formassem professoras, ofício que exercem até hoje em Jataizinho”, recorda.               

Com a luta diária, junto ao pai, aos 18 anos Bartoldo começou a trabalhar na olaria, agora dirigindo um caminhão. “Entre 1966 e 1967 entregava tijolos em Londrina. A olaria se chamava São Luís e em 1971 meu pai trocou o nome para Cerâmica Palmeira, empresa que mantém o nome até hoje, localizada no Parque Industrial Garrastazu Médici. Naquela época, a Zona Norte de Londrinaera apenas o Conjunto Milton Gavetti. Londrina cresceu e onde é a Gleba Palhano, havia apenas mato e eucalipto. Jataizinho era composta pela Vila Lucaresci, conhecida por Vila Frederico. Só tinha Jatay e a Vila, com umas 40 casas e cinco olarias”, pontua.                               

Aos 63 anos, Bartoldo Bernal Martins é pai de três filhas e trabalha com o irmão. “Nestes 50 anos a produção do tijolo se transformou. O trabalho braçal deu lugar à mecanização de 80% do processo de fabricação. E, devido àsleis ambientais, a argila não pode ser extraída dos rios. Ela é comprada em Curiúva ou Sapopema e a trago de caminhão”, diz.                                                                                                        

Com uma empresa que gera cerca de 40 empregos, Bartoldo lembra que trabalhou muito na vida, em jornadas que chegavam a 18 horas, produzindo tijolos dia e noite. “Carreguei muito barro com pá, além de puxar argila e tijolos no caminhão. Hoje está mais fácil devido os instrumentos como pá carregadeira e, por conta da idade, trabalho na administração da olaria”, afirma.                                                           

Mesmo sendo um empresário de sucesso, que trabalhou muito para chegar onde está e que acompanha o vigor da construção civil, visto que seus produtos são vendidos para oito construtoras de Londrina, Bartoldo não esquece os amigos e sempre que pode os encontra no Restaurante Casarão para bater um papo e recordar as lembranças passadas e atuais de Jataizinho. “Só tenho amigos e onde passo todos me cumprimentam. O tempo e a vida na cidade mudaram as coisas. Com sete anos trabalhei na roça. Diferente da cidade, hoje se começa a trabalhar com idades superiores”, diz. 
                                                                                                           
Gerando cerca de 400 empregos, Bartoldo cita que as cerâmicas existentes em Jataizinho não fecham, pois são estruturadas. Mesmo que os donos e fundadores venham a falecer, seus filhos darão continuidade aos trabalhos.

Maria Madalena da Costa Bueno, hoje com 90 anos, nasceu em 16 de agosto de 1924 em Itaporanga (SP), onde seu pai era fazendeiro e engordava porcos. Aos 17 anos se casou com Benedito Silva Bueno. Ambos trabalhavam no campo, ele na lavoura e ela numa chácara com horta, engenho de garapa e pequenas criações. “Era em torno de 1944 e trabalhávamos em 35 alqueires de terra. Infelizmente naquele ano,perdemos quase tudo devido uma grande geada”, recorda. Deixaram as terras e vieram ao Paraná em 25 de abril de 1945, onde desembarcaram na antiga estação ferroviária de Jataizinho. “Arrendamos um bar em Assaí, que na época tinha muitas pessoas vindas do Japão e seus descendentes”. No mesmo ano vieram morar em Jataizinho, alugaram a casa do senhor José Zaninni e montaram um bar na atual Rua Antônio Brandão de Oliveira, onde hoje se localiza o Depósito Santa Mônica. Ela recorda que ao ir comprar produtos em Londrina, obteve dez caixas de banha e dez sacos de açúcar. A banha era vendida em pacotes vindos de Ponta Grossa. “A gordura utilizada na época provinha diretamente do porco e não era industrializada. A banha foi vendida rapidamente e o capital começou a crescer. Devido a isto o ponto comercial se valorizou e o vendemos em 1950. Meu esposo investiu cerca de 58 mil cruzeiros (da época) para montar uma casa de secos e molhados, ferragens e roupas. Com o comércio dando lucro, meu pai ficou doente e passou um telegrama para dar a notícia. Sabendo disto, Benedito cortou o cabelo e fez a barba para ir à missa, pedir rezar pela melhora do sogro. Mas, por conta dum temporal, perdemos tudo, o que não deixou ele abalado”, recorda Maria Madalena, ainda lúcida e com saúde. “Uma cerâmica doou tijolos e telhas para um novo prédio. Mas como era demorado para construir, fomos a Ibiporã e compramos madeira. Fizemos uma casa com a frente de tijolos e o restante de madeira. Abrimos um novo comercio, mas com o falecimento do esposo, em 1953, vendi tudo”, cita.                                                                                                
Após isto, ela trabalhou como cabeleireira e nos meados dos anos 60 montou umapensão, frequentada por diversas pessoas, como o professor Dídimo; a senhora Maria Capucho; o farmacêutico Gilson Beloni;o cartorário Jesuíno;o gerente da antiga Pernambucanas, Osvaldo de Lima, conhecido como Vaca; Evilásio Rangel Cordeiro, um dentista prático que viera do Rio de Janeiro; e a família Lacerda, composta por JoséCorreia de Lacerda, Cícero Correia de Lacerda, Osvaldo Correia de Lacerda e Pedro Correia, que vieram montar uma fábrica de fumo. “Tinha por inquilino numa casa de onze quartos, o delegado Avelino Alves Pereira, que não pagava aluguel. Com seu despejomontei a pensão, na RuaBrandão de Oliveira. Na época um clube em Jataizinho e o trem passava em dois horários: dez horas o misto, com cargas e quatro vagões de passageiros e o das 16 horas com passageiros da 1ª e 2ª classe, vindos de Maringá com destino a Ourinhos. Na pensão servíamos almoço e janta para cerca de 18 pessoas quem vinham trabalhar em lojas e bancos de Jataizinho”, revela.           Se estivesse vivo, o esposo Benedito da Silva Bueno estaria com 96 anos. Seus filhos, ainda vivos, são a Maria de Lourdes, professora de português e inglês, que faz 70 anos setembro; o advogado Joaquim Carlos Bueno, de 67 anos; e a professora Maria Inês, de 62 e casada com Nivaes Pereira Pardim. Os três filhos lhe deram doze netos.                                                                                                                        
Viúva desde os 27 anos, Maria Madalena da Costa Bueno não casou novamente por ser conservadora e hoje, entre as memórias que se misturam ao presente, estão o cinema de Jataizinho, um balcão e uma cristaleira com mais de 70 anos, móveis da época que se casou.

Aos 90 anos, Vicente Pereira é a memória viva das olarias.


“Quando o oleiro vê o barraco, ele se inspira para fazer tijolos. Sua vida se restringe à olaria”. Nesta frase, Vicente Pereira define a vida do oleiro. Aos 90 anos, ele não recorda a época que chegou a Jataizinho e, após se estabelecer não retornou à terra natal, Muriaé, em Minas Gerais. Vindo direto para a Água Branca, na antiga Maria Fumaça, ele é mais um mineiro que colonizou o Norte do Paraná. Exibindo saúde e lucidez, sua única reclamação é a diabetes e dores nas pernas, decorrentes da idade. Mesmo assim ainda roça e capina o mato da propriedade.                                                                       
Hospedado na casa de parentes, seu primeiro trabalho foi com o saudoso Sebastião Corsino e logo após, foi para a Fazenda São José, onde lidou sete anos com gado. Após isso se casou e montou a olaria V.P. em Frei Timóteo com o sogro Artur Damásio. Vivendo no local há 58 anos, Vicente Pereira recorda que a idéia de montar a olaria se deu da seguinte maneira: Sempre que passava na Estrada de Frei Timóteo, às margens do Tibagi, via um barranco de barro. “Chamei o dono das terras, o fazendeiro Severino Félix, para montar o negócio. Com o passar dos anos a propriedade foi vendida e em comum acordo entre vendedor e comprador foi decidido que eu ficaria na propriedade”, recorda. Mesmo com o bom rendimento financeiro, Vicente Pereira perdeu diversos animais como burros, vacas e bois, investidos no negócio. “Com a decadência das cerâmicas perdi quatro burros e vendi as vacas para manter o empreendimento”, recorda Vicente Pereira, que ao mesmo tempo se orgulha de ter ajudado a construir grandes cidades e se entristece por não ter construído sua casa.               
Casado com Benedita Damásio Pereira, de 74 anos, e pai de Florizia Pereira Damásio Leite, Neuma Aparecida Risique e Celso Pereira Damásio, o oleiro cita que a marca V.P. é vista em construções antigas, nos tijolos maciços e comuns. “Começamos a produção em meados de 1955, com fabricação artesanal e diária de 1500 unidades, feitas por cinco pessoas. Os produtos V.P. são vistos em diversas cidades e a Cerâmica Jacutinga foi um grande comprador, chegando a adquirir 30 mil tijolos de uma única vez”, pontua.                                                                                                                
Quanto à passagem do tempo muito se transformou, principalmente a Estrada de Frei Timóteo. Bem movimentada, é a única barreira que separa a antiga olaria do Tibagi, local de onde Vicente Pereira tirou muito barro. “Fiz uma passagem por cima da linha do trem e usava carroças para puxar barro. Era um sacrifício. E, nestes quase 60 anos, houve declínio na quantidade de peixes do rio. Nos tempos áureos, o número de peixes era tamanho, que após as pescarias minha esposa não agüentava ver tanto peixe e mandava devolver ou doar. Os mais antigos se recordam do período como a Época do Barbado. Infelizmente hoje tem pouco peixe e muito pescador”, pontua.                                                                       
Foi nesta época que se desenvolveram diversas olarias de famílias tradicionais, como Galli, Risique, Perti, Odovaldo, Dionisio Stricker, Zé Mineiro, Bialta, Furlan, Olivio Tini, Domingos Diana, Angelin Causa, Alberto Negro, Augusto Lourenço, João Dib, Paulo e Moacir Contierio, São Chapina e a do José Luis, popularmente conhecido como “Cachorro Louco”. Onde hoje é o Clube de Campo havia uma cerâmica. Às margens do Tibagi, após um levantamento, há vinte anos, numa extensão de vinte quilômetros contou-se mais de oitenta olarias entre Ibiporã e Jataizinho.                                              
Vicente Pereira recorda com saudosismo de Mauro Pierro, ex-prefeito de Ibiporã e também contador em Jataizinho. Ele cuidava dos negócios de várias cerâmicas. O escritório, que ainda existe, hoje é administrado pelo filho, Mauro Pierro Filho.                                               
Na história de Jataizinho, as cerâmicas e olarias foram de extrema importância para o crescimento de várias cidades, além de trazer dinheiro de fora para aplicar aqui. O desenvolvimento imobiliário e da construção civil se deve a este profissional: o oleiro.

Fundado no ano 2000, Conselho de Segurança Comunitário busca ações efetivas e tem amplo apoio dos comerciantes.

O Conselho de Segurança Comunitário foi criado no ano 2000 e tem como presidente Milton Firmino de Oliveira, de 73 anos. Um dos fundadores, ele afirma que o conselhoé um elemento que auxilia na segurança da comunidade. “Ajudei na constituição do Estatuto e no registro da entidade junto ao Ministério Público do Estado e União. O Conselho tem por finalidade corrigir falhas de segurança que possam existir. Ele estáem contato com a polícia, observando o que há de errado, para levar ao conhecimento da lei”, diz.                                                            
Milton Firmino cita que o maior problema relacionado a segurança de Jataizinho é a defasagem relacionada a recursos, equipamentos e material. Porém, os profissionais da área de segurança pública são competentes e comprometidos, não medindo esforços para levar tranquilidade aos moradores. Em relação as ocorrências, ele enfatiza que a cidade já foi violenta, mas devido o trabalho da Polícia Militar, que ampliou o efetivo e veículos, hoje pode se dizer que a situação mudou bastante. “Isto se deve a influência direta e ações do Conselho de Segurança e principalmente ao trabalho da Polícia Militar. Quando vemos que algo não tem resolutividade, procuramos o sargento, discutimos e chegamos a um consenso para dar o melhor a comunidade”, pontua.                                 
Composto por seis membros, o Conselho de Segurança Comunitário tem reuniões mensais e não abertas ao público. A participação popular ocorre em situações específicas, geralmente quando há um problema e cabe aos munícipesopinar a respeito de possíveis soluções. Milton Firmino ressalta que entre as ações efetivas está a cobrança para que as viaturas funcionem plenamente, não podendo faltar combustível e manutenção. “No período que havia a Delegacia da Policia Civil no município, solicitamos ao Governo do Paraná a troca das viaturas que estavam precárias, pedido que foi atendido. A falta da mesma (delegacia) torna algumas áreas ineficientes, pois diversos casos são resolvidos em Ibiporã. Falta uma atenção especial para Jataizinho e ativar a delegacia seria um passo importante”, afirma.                                                                                   
Com amplo conhecimento em segurança, Milton Firmino se empenha no que faz e parabeniza os habitantes de Jataizinho, pois como citado anteriormente, são eles que fazem a cidade ser tranquila e segura, onde o morador pode sair à noite e não presenciar ou ser vítima de violência ou aborrecimentos. Quanto aocomercio, o conselheiro ressalta que não há ocorrência de furtos e roubos. “O comércio apoia piamente o conselho, uma vez que ele reforça nosso trabalho e nos dá força e autonomia para exigirmos melhorias”, finaliza.



Aos 87 anos, Joaquim Leiteiro foi tropeiro, domador de cavalos selvagens e tem lembranças das boiadas cruzando as ruas de Jataizinho.


Personagem da história de Jataizinho, Joaquim Felisberto Nogueira, o popular “Joaquim Leiteiro” é natural de Campestre, Minas Gerais. Antes de chegar ao Paraná foi morar em São Pedro do Turvo, em São Paulo, onde laborou na pecuária. Á trabalho, veio para Uraí ainda solteiro e conheceu Maria Loyola, hoje com 92 anos. Desta união resultou-se cinco filhos, treze netos e dezesseis bisnetos. “Cheguei em São Pedro do Turvo aos 18 anos e comecei a trabalhar como leiteiro. Também fui tropeiro, onde conduzia mais de 60 cabeças de gado entre São Paulo e Paraná, vindo os comercializar em Uraí e Jataizinho, especificamente na Serra Morena. Éramos três cavaleiros: um conduzia o rebanho pela frente. Os outros vinham atrás. Isto foi nos fins dos anos 40 e início dos anos 50. A viagem durava seis dias, dormíamos ao relento e comíamos a ‘bóia’. Hoje mudou. Os animais são transportados de caminhão”, recorda Joaquim Nogueira. 
                                                                                                                     
Foi numa destas viagens que ele chegou a região e não o deixaram mais voltar, devido o reconhecimento de seu trabalho. Vindo morar na Serra Morena, no Sítio Alto Alegre, Joaquim Nogueira começou a trabalhar com gado e porcos, sendo que seu interesse maior era a atividade de leiteiro, função que exercia desde o retiro a venda de porta em porta. “Comecei com uma vaca e conforme trabalhava aumentava a quantidade de animais. Além do leite, fabriquei e vendi queijo. A princípio as entregas eram a burro e a cavalo, onde colocava dois alforjes, com um galão de cada lado e passava de casa em casa. Com o tempo o transporte era feito em carroças e depois numa caminhonete”, lembra. Vendendo leite em canecas de meio litro ele chegou a ter mais de cem vacas e uma rotina que se iniciava pela manhã com o retiro e que terminava as 11 horas, quando o produto estava nas casas de Jataizinho. “A pessoa ainda dormia e lá estava o leite na sua porta”, recorda.                                                                

Atuando como pecuarista e agricultor, com o passar do tempo ele adquiriu terras em Jataizinho e Campina da Lagoa, onde aluga o pasto. E neste período, a grande lembrança foi a compra em Londrina, na Jabur, de uma caminhonete zero quilometro: uma Toyota Bandeirantes 1972. O veículo, pago em duas parcelas com a venda de leite, está em perfeitas condições e ainda hoje é usado. “A Toyota mudou radicalmente a forma de trabalhar. Com ela eu entregava cerca de 300 litros de leite na cidade pela manhã. Á tarde, comprava leite nas fazendas, como a do Doutor Justino Alves Pereira, para entregar no Laticínio Estrela, em Ibiporã. Transportava mais de mil litros e fazia duas viagens”, diz.             
Curtindo a aposentadoria, tendo formados os filhos e netos como professores, comerciantes, empresários e engenheiros, além dos familiares administram seus negócios, ainda hoje Joaquim Nogueira é reconhecido na rua por Joaquim Leiteiro. “As pessoas guardam na memória os dias que eu andava de burro e à cavalo nas ruas de terra entregando leite. Vinha da Água das Flores até o Restaurante São Paulo. Passava na Avenida Antônio Brandao de Oliveira, onde moro há mais de 50 anos, na época que nem havia asfalto. Era nesta avenida que também passavam as boiadas com mais de 200 animais que iam para os frigoríficos ou fazendas da região”, recorda.                                                                
Aos 87 anos, há apenas dois anos ele deixou de montar a cavalo e carroça, quando vinha da área rural para a cidade. Mas, em oportunidades especiais, como cavalgadas e encontros de cavaleiros, faz questão de participar. Outro fato marcante foi quando os transportes como carro e ônibus não eram tão populares. Quando trafegava pela estrada, seja de carroça ou caminhonete, era comum os vizinhospedir carona. “Isto acontecia a quem ia trabalhar, estudar ou mesmo trazer compras”, recorda.                                 

Grande domador de cavalos, Joaquim Leiteiro teve a oportunidade de ganhar dinheiro com esta atividade, uma vez que comprava animais selvagens a preços baixos e após os domar, vendia para carroceiros. Outra atividade que lhe deu retorno foi a engorda e venda de porcos aos frigoríficos. “Isto era feito com leite, soroe queijo que sobrava, muitas vezes misturados com sangue de boi, vindos dos frigoríficos”, finaliza. 

Pioneiro da rua Benjamin Giavarina, Manoel Salomão é o único sobrevivente de um incêndio na antiga Indústria de Óleo Tibagi.

É numa casa de perobada cor azul localizada na Rua Benjamin Giavarina que reside o casal Manoel Vicente Salomão e Rosa Salomão. Aos 83, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele chegou ao Paraná em 1950 para trabalhar na Fazenda Monte Belo, de Potiguara Medeiros, em Frei Timóteo. Ele era administrador e lidava com gado e café. Um de seus patrões, na propriedade, foi Sebastião Toledo. Segundo Manoel Salomão, posteriormente a fazenda foi vendida para Augustinho Ducci, de Cornélio Procópio. “Guardo lembranças de quando vivia na Fazenda Monte Belo e lembro do rosto de cada pessoa que conheci, como o João Moya, onde ia à sua venda e trazia as compras na carroça ou à cavalo. Ou mesmo quando Potiguara Medeiros comprou um caminhão da 2ª Guerra Mundial que nos levava à cidade, ou das viagens no trem misto, que partia da Estação de Frei Timóteo”, recorda.                                                                                

Vindo morar em 1964 na área urbana, na casa de peroba que vive até hoje, ele criou dez filhos. Na cidade pôde trabalhar na Irpasa, a antiga Indústria de Óleo Tibagi, em Ibiporã e depois na Anderson Clayton, em Londrina, como ensacador de algodão. Foi na Irpasa que ele presenciou uma grande tragédia que lhe causou deficiência auditiva e a morte de oito companheiros no qual recorda o nome de alguns: Vicente de Paula, Osvaldo Fernandes, Expedito de Andrade e José Pereira. “Havia um vazamento de gás no armazém que trabalhávamos. Ele permaneceu assim por vários dias e mesmo cientes do problema, nenhuma atitude foi tomada. Num determinado dia um parafuso caiu na hélice do moinho, gerando uma faísca, posteriormente um ciclone de fogo e um grande incêndio. Como o ambiente estava repleto de gás e as pessoas o inalavam, eles morreram por queimaduras internas”, afirma. Manoel Salomão foi o único sobrevivente porque fazia tratamento médico e se ausentou do armazém, não respirando o gás. Em sua lembrança, era desesperadora a cena dos amigos se debaterem em chamas junto aos vagões de trem.                 
Nesta época ele já era um dos moradores mais antigos da rua Benjamin Giavarina e fez diversos amigos, como Joaquim e Madalena Lopes, onde os filhos das duas famílias foram criados juntos, num período que não havia asfalto eenergia elétrica. Com a tragédia Manoel Salomão se acomodou. Mas antes disso era reconhecido por ser um homem trabalhador e que gostava de lidar com animais, especificamente no retiro de leite e em domar cavalos. “Sempre fui carroceiro. Pegava animais brutos e os colocava na carroça para os amansá-los. Os domava no próprio trabalho, onde os levava num carrinho e o outro na carroça, os ensinando a puxar o veículo”, recorda.                                                                        
Da rua Benjamim Giavarina as lembranças afloram a cada palavra, como a imagem do comerciante Climax Chaves e do saudoso José Oliveira Lima, o Zé Mineiro. “São muitos que não estão entre nós, como o Antônio Loci, que era da Folia de Reis e do Cedilho, que vendia galinhas até para São Paulo, onde um caminhão vinha buscar os animais vivos. Numa destas empreitadas, como tinha carroça que transportava umas 50 galinhas, fui com o Joaquim Lopes comprar os animais no atual Clube de Campo. Inesperadamente fomos assaltados no caminho e levaram todas as galinhas”, pontua.                                                                        
A custo do trabalho Manoel Salomão comprou várias casas e hoje vive de aluguel. “Com a graça de Deus criei filhos e netos. Nesta vida posso me orgulhar de um dia ter sido retireiro de leite, saqueiro, além de carroceiro”.

Aos 80 anos, Benício Pereira já foi dono de açougue e matadouro.

“Tenho lembranças de Guaxupé, quando possuía seis anos”, diz Benício Pereira, que aos 80 anos passa os dias sentados em frente à sua casa observando o movimento e conversando com as pessoas que transitam pela Avenida Getúlio Vargas. O aposentado foi açougueiro durante 40 anos, sendo que sua família chegou aqui para exercer atividades comerciais diversificadas. “Viemos de trem e me recordo da viagem com saudades. Daquele período aos dias atuais muito se transformou”, afirma.
Entre as atividades exercidas por Benício Pereira, a que mais se destacou foi o açougue instalado na Avenida Caetano Munhoz da Rocha, próximo a antiga rodoviária. No estabelecimento a carne vendida era procedente de um matadouro próprio. “Para abastecer o açougue era preciso muito trabalho no matadouro. Os bois vinham de sítios e fazendas próximas. A mim cabia matar os animais e os transportar. Nesta época possuía 42 anos e os principais meios de transporte que ajudavam na locomoção eram as caminhonetes. A desossa também era feita no açougue”, pontua.
Ao custo de muita dedicação e trabalho, Benício Pereira sustentou a esposa e criou três filhos: Maria Angélica Pereira Coleto, Mário Célio Pereira e Benício Pereira Filho. “Vendi o açougue e me aposentei, pois trabalhei muito na vida. Minha esposa freqüenta a Igreja Católica e ajuda na assistência social”, declara. Com saudades de Guaxupé, local a qual ele não retornou, Benício Pereira diz que um de seus desejos é ir à cidade natal para rever amigos e recordar lembranças da infância.


Tonil: o autentico caipira que representa a história Norte Paranaense.

A representação da cultura norte paranaense de manifesta pela música. Um dos expoentes da cultura Pé Vermelho é o músico e compositor Ermiliano Costa Domingues, de 72 anos, conhecido por Tonil, da dupla Tonil e Tonel. Vindo de Guaraí (SP), ele aprendeu a tocar viola aos 10 anos com o tio Gumercindo Costa Rodrigues, que o viu como um futuro violeiro. “Daqui a 50 anos você será o Rei da Viola”, recorda as palavras do tio.                                        

Sendo um violeiro tradicional, nascido e criado no campo, Ermiliano ensinou o irmão a tocar e cantar, formando a dupla Tonil e Tonel em meados de 1956. Com autoria de várias músicas de raiz, gravou LP´s, CD´s, tem composições na internet e se apresentou por todo país, como parques, cinemas, caminhões, circos, palanques políticos e rodeios. “Íamos ao circo da Água das Flores, que tinha a igreja e a escola cercada por poucas casas, mas com muita gente da área rural. O circo lotava”, diz. Entre as músicas conhecidas está “Rainha Boiadeira”, que relata a história verídica de um circo, onde havia um boi bravo. Foi aí que chegou uma moça e solicitou montar o animal. Com facilidade ela o dominou. Ao perguntarem seu nome, disse que viera de Andradina e era filha do Rei do Gado”, pontua o cantor, emocionado com o relato.                                                                                                                        
A vida artística de Ermiliano Domingues não se resume apenas aos palcos. Ele se apresentou em emissoras de TV, além de por mais de vinte anos ter programas no rádio, como a Marajoara de Ibiporã, Metropolitana de Cambé, Rádio Norte e Brasil Sul em Londrina, além da Nova Geração. “Na Metropolitana obtive o diploma de locutor e na Nova Geração apresentei o programa A voz de Tonil e Tonel”, recorda.                                                                    

Com vários aparelhos de som em casa, como amplificadores e microfones, ele ensaia no estúdio caseiro e os mesmos são transmitidos por alto falantes localizados em cima do imóvel, na Vila Frederico. Outra atividade é a gravação do trabalho de outros artistas. “Ao gravarmos, o artista chega às 4 horas da manhã. Tomamos um café bem forte, entramos no estúdio e gravamos cerca de doze músicas, tocadas diretas e sem usar computador. Por ser artesanal é diferente da gravadora profissional, onde eles preparam os músicos. No meu caso, sou um artista popular”, diz.                                                       
Se engana quem acha que Ermiliano Domingues é apenas um artista. Durante a vida conciliou o palco com o trabalho de Operador de Trator de Esteira na Codapar, o antigo Café do Paraná e atual Secretaria de Agricultura do Paraná. Com a vida de aposentado, se dedica a reforma de um caminhão antigo. “Tenho saudade do circo e do cinema. Nestes locais o povo nos abraçava e como violeiros éramos a autêntica figura do caipira, expressa no palco. Vou levar a vida cantando”, finaliza Tonil, que representa e preserva a história do Norte do Paraná, ao ser o caipira que tem na música de raiz, temas de boiadeiro, café, agricultor e a roça.