Os serviços de esgoto, coleta de lixo e pavimentação não atendem a demanda da ZN. A população está descontente e pede solução imediata.
Os buracos no asfalto da Saul Elkind são motivos para reclamações de moradores e comerciantes da ZN. Domingos Alves de Almeida, 76, mora na Saul desde 1977 e afirma que o problema não está presente apenas na avenida, mas em toda a cidade. “Não adianta recapear. Quando chove a enxurrada leva os pedriscos e os buracos voltam, piores ainda”, diz o aposentado. Não é apenas o estado da via que preocupa os moradores. Motoristas e motociclistas são afetados diretamente. “Os buracos são terríveis. Estragam o alinhamento e o balanceamento dos carros”, diz o taxista José Nunes dos Santos, 53, que mora no Sebastião de Melo. Segundo o cabo Heraldo, da 4ª Companhia do Batalhão da Policia Militar, os buracos causam problemas de risco público. “Uma ocorrência, que envolve acidente, pode envolver até seis viaturas”. O cabo afirma que a insatisfação da população é vista quando procuram a Companhia para resolver problemas de sinalização. O resultado direto, desta falta de conservação, se vê presente em algumas residências. Edilson Ramos, 42, mora na Rua Garça Real, no Violin. Em meados de novembro de 2007, Edilson e sua família perderam todos os móveis após uma grande enxurrada que destruiu um muro e a dependência que ficava nos fundos de sua casa. “Foi acionada a Prefeitura, os Bombeiros e a Defesa Civil. Mas nada de concreto foi resolvido. Quem está no Poder Público é muito frio e não analisa as questões do povo com sensibilidade”, diz revoltado o morador que tem uma filha de dois anos e diariamente convive com ratazanas e cobras oriundas de uma fossa em seu quintal. “Tenho medo da dengue”, confessa Edilson. O ZN verificou que a família, na última conta de água, de R$92,14, paga R$38,56 de esgoto. “Pagamos impostos, mas não há nenhuma providencia do poder público”, diz Edilson. Quem trafega na Saul, esquina com a Rua Avinhado, percebe que não há calçamento adequado no local. Segundo o comerciante Paulo Barros, é comum, pedestres escorregarem nessa esquina, torcer o pé e se machucarem. “Estamos mal representados”, diz Paulo, que também critica a coleta de lixo, que ocorre a cada dois dias. Paulo diz que isso prejudica a paisagem, gera odores ruins e o acúmulo de cachorros que rasgam os sacos de lixo. “A cada dia que passa a região da Saul Elkind se fortalece comercialmente. Porém, os recursos de infra-estrutura não são aplicados de forma correta para atender a demanda”, completa. Procurado em seu escritório, o atual secretário de Obras, Aloysio de Freitas, disse que, em relação ao asfalto, o que pode ser feito, como medida paliativa, é o cidadão ligar para o setor de obras e solicitar a pavimentação da via afetada. “Temos três equipes e 45 homens para atender a cidade”. O telefone de contato é 33724194. Quanto ao serviço da SANEPAR, que fora executado de forma irregular, a assessora de imprensa da Companhia, Carina Paccola, afirma que, quando a SANEPAR não cumpre o prazo da reconstrução das calçadas, os moradores devem ligar para o 115. A redação do ZN fez esse contato e ficou mais de cinco esperando para ser atendida. Após isso, foi informado que o usuário deve ter em mãos o número da matricula e o prazo de solução é de 1 a 10 dias úteis. No caso da coleta seletiva, Valdir Roberto, fiscal da CMTU, diz que os moradores e comerciantes da Saul devem se reunir e requerer, junto à companhia, um pedido para coleta diária. “Deve existir um documento que explique a situação. Um representante da comunidade deve ser destacado e protocolar um pedido na CMTU, com diversas assinaturas. O prazo de análise pode chegar até trinta dias úteis”. Conforme o fiscal é gerado um protocolo e o pedido é analisado pelo diretor da área, onde será deferido ou indeferido. “Provas materiais como fotografias de lixo, agilizam o processo”, completa.
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