segunda-feira, 18 de agosto de 2008

- O uso de ferramentas de comunicação para fins políticos (democracia digital) traz a tona tensões sociais -

Em 2000, o Estado do Arizona, nos EUA, engajou-se na votação on-line. Era a eleição no partido democrata e houve a participação e patrocínio da Electron.com, uma empresa de internet sem fins lucrativos. O sucesso da votação foi tal, que 86.907 democratas votaram. Em contrapartida, as primárias de 1992 e 1996, tiveram 36.072 e 12.844 eleitores. Destes, 46.028 votos foram on-line;

Questiona-se, devido à exclusão digital, se votos de grupos específicos, como hispânicos e indígenas, foram diluídos no Universo Geral e se a maior participação foi resultado da tecnologia ou da mobilização dos eleitores pela novidade do processo;

O voto on-line facilita o exercício político dos que tem acesso. Mas, quando se analisa o acesso de grupos, é obvio que muitos não tiveram oportunidades de participar do processo. Isso demonstra a falta de representação e desigualdades em termos de oportunidades de participação nos processos políticos. Além da distribuição desigual da internet diluir votos de grupos minoritários;

A solução das dificuldades está no investimento para o acesso a web por iniciativas públicas e privadas, para implantação do serviço nas escolas, bibliotecas e associações comunitárias. Assim, as camadas excluídas terão acesso e aprendizagem a respeito das novas tecnologias.

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