segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Projeto Batuque transforma e ressocializa

Desenvolvido para menores carentes, objetivo é a busca da cidadania pela música

O Batuque é um projeto sócio-cultural desenvolvido desde 1999 pelo Instituto Cultural Arte Brasil, tendo o pedagógico-musical como proposta para crianças e adolescentes de comunidades carentes de Londrina. Com apoio do Instituto Junia Rabello, o projeto completou o número de 4700 alunos atendidos gratuitamente nas escolas São José (Sta. Rita), Professora Ubedulha de Oliveira (Cinco Conjuntos), Barão do Rio Branco (Centro), além do Grupo de Escotismo e Guarda Mirim.
Com ênfase no 3º Setor, o Batuque faz coisas que o Governo não consegue e não tem capacidade de desenvolver devido ao inchamento da máquina estatal, onde 2º e 3º escalão tomam vício pelo poder e distorcem os objetivos a serem cumpridos.
Sobre 3º Setor, se entende que é a sociedade civil organizada, que se capacita e não tem caráter assistencialista, conseguindo avanços por promover o ser humano na valorização da cultura e da cidadania através da participação de encontros que vê a representação na sociedade formas de se criar profissões. Fica evidente que a promoção disso se dá pela incompetência do estado, que muitas vezes se apega ao assistencialismo devido a fatores políticos que se apóiam no continuísmo, associado a acordos e conchavos que não vão de acordo com a ética.
Consciente ao trabalho social que realiza, Aldo diz que em muitas regiões pobres de Londrina, grande parte das famílias tem problemas com drogas e bebidas, causando a baixa estima e disseminando o conceito de violência. Por isso, ele afirma que o projeto não tem seleção (aceita a todos) e procura a inserção social de toda as formas, seja através de passeios culturais (ao Lago Igapó, Pq. Arthur Thomas, Museu), confraternizações e viagens. Além é claro de um tratamento conservador como forma de reestruturação social através da volta a escola, o convívio com a comunidade, a igreja e principalmente a família. Os exemplos são vários. Muitos professores de música, que já foram alunos, conseguiram superar a exposição ä violência e criaram perspectivas de vida. Ele afirma que “a exposição a violência é prejudicial e acaba na incompreesão, pois somente através do diálogo e do apoio que este mal pode acabar”.
No mais, o projeto Batuque, afirma a possibilidade de transformação social pela cultura, que tem o poder de conscientização e análise crítica. Com isso, se criam células, como exemplo o Kaire, no Cinco Conjuntos, onde os moradores da região montaram estrutura social e mostram os resultados alcançados através da musicalização.
Planos para o futuro: Em breve, o Batuque terá novos parceiros: O Colégio Adélia Dionísia Barbosa, no Parigot de Souza e o Centro Cultural da Zona Norte, que fica na Saul Elkind. Outra proposta do Batuque, será a atenção a leitura e a interpretação de textos, isto porque o projeto recebe livros de todo Brasil, desde a literatura até poesia, sendo distribuído gratuitamente aos alunos. Recentemente, o grupo foi a Salvador, na Escola Criativa Olodum, para se apresentarem, no 25 Festival de Música e Artes Olodum, em comemoração do aniversário da Fundação Olodum. O evento atraiu cerca de 6000 pessoas por noite, que na ocasião foram escolhidas as músicas para o repertório do Olodum.

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