Na última sexta (29), o Nossa Terra foi ao Hospital Cristo Rei, o maior de Ibiporã, para tentar “diagnosticar” a saúde no município. Ao chegarmos à porta do pronto-socorro, não havia um paciente sequer aguardando para ser atendido. O motivo: a falta de plantonistas. A escassez de médicos também é vista nos plantões, quando o pequeno espaço da sala de espera, do pronto-socorro, que atende em torno de 4500 pacientes por mês, mal suporta o contingente de pessoas que buscam clinico geral, pediatra e ginecologista. Na fila de espera, o doente tem que aguardar quase seis horas para a consulta. Para os mais pobres e desfavorecidos, é difícil desembolsarem em torno de R$60,00 no clínico geral ou R$110,00 para especialistas, nos hospitais e clínicas particulares.
A cena precária e vergonhosa é comum e se repete com freqüência, segundo Aparecida Gouveia Teles, de 70 anos e moradora do Jardim Panorama. A aposentada diz que sofre muitos transtornos quando é obrigada a ir para Londrina fazer e buscar exames. “O atendimento está péssimo e faltam médicos”, lamenta. Aparecida relata que a morosidade da saúde, em Ibiporã, é causada pela baixa remuneração paga aos médicos e que não há estímulo para que os mesmos fiquem na cidade. Inconformada com a situação, ela disse que procurou um cardiologista, no Cristo Rei, e fez uma bateria de exames, mas, na data combinada para buscar o resultado, foi informada que o médico havia deixado à cidade, em busca de melhores salários. “Há mais de um mês estamos sem cardiologista e na época que temos o médico, as consultas são muito demoradas. O paciente aguarda melhoras da saúde, mas essa, infelizmente, apenas piora”.
O quadro que se agrava a cada dia é visto quando um médico é obrigado a consultar outra especialidade, como um pediatra ter que atender a clínica médica do pronto-socorro. Hoje, em Ibiporã, um médico atende mais de 120 pacientes num plantão. Com o congestionamento, as consultas são demoradas e a qualidade do atendimento fica péssima. “Você entra num estado e sai pior”, afirma Aparecida. Situações como essa ou como a do pronto-socorro lotado, chocam a todos. Imagine o que a falta de remédios pode piorar a situação? Ou pacientes com dor aguda ou poli traumatismo?
Segundo informações, existem dificuldades para contratar médicos devido o baixo piso salarial, que hoje está em torno de R$400,00 pelo plantão de doze horas. Por conseqüência, a vergonhosa falta de médicos é constante.
O problema existe e devemos buscar soluções para desafogar a saúde, como por exemplo as consultas nos postos de saúde para casos menos complexos. Ou trilhar pelo caminho da gestão pública, com a criação de Centros de Atendimento para clinica básica e consulta ambulatorial. Não podemos nos esquecer que há anos a cidade não possui o médico da família.
Com 100 leitos de enfermaria e 160 funcionários, o Cristo Rei é um hospital filantrópico, que recebe poucos investimentos da prefeitura e não tem caixa para contratar, através de concurso público, médicos. Em Ibiporã, o médico é autônomo e contratado por plantão. Com isso, ele não tem o vinculo empregatício e na sua ausência, cabe ao hospital substituí-lo. Vale citar: Hoje, o Cristo Rei não tem sequer, um médico concursado. Não caberia ao município adotar medidas como a abertura de concurso público para a área e ajudar a manter o corpo clínico do hospital? Cabe a você, leitor, dar a resposta.
domingo, 31 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Enquête - O que vamos fazer com o trem???
Ibiporã, como muitas cidades no Norte do Paraná, tem malha ferroviária que passa dentro da cidade. Os trens representaram glamour e principalmente o progresso. Mas, infelizmente, hoje traz apenas transtornos, acidentes, mortes e barulho. O que poderia ser feito para melhorar a situação?
- A cidade está crescendo e a linha impede o desenvolvimento, além de causar mortes. Retirar os trilhos é muito caro, deveriam sinalizar com um cancela e colocar guardas para vigiar as passagens de carros e pessoas. Com isso os acidentes diminuiriam drasticamente. – Alceu de Almeida, de 68 anos e morador do Jardim Pérola.
- Conhecia muita gente que morreu ou foi atropelada pelo trem. Não adianta porque ela não para. Ele deveria sair daqui, como em Londrina, e dar lugar a uma vistosa avenida. Fica até difícil para trabalhar de Ônibus. Quem mora abaixo da linha, tem que correr na frente do trem para não perder o coletivo. Imagine o risco? Com a construção do terminal nas proximidades será mais perigoso. – Judith Mota, 50 anos e moradora do Jardim Pérola.
- Esse trem é tão perigoso que arrastou um ônibus por centenas de metros. Tenho pena das crianças que tem dificuldades para dormir devido o barulho. Só quem mora próximo à linha sabe a angústia que passamos. Não é obrigação do município a retirada, mas da empresa que administra. Deviam ser mais sensíveis. – José Lair Teixeira Pontes, 63 anos e morador do Centro.
- Isso é um assunto muito polemico e que gera debates. Porém, a maioria da população é a favor da retirada. A linha desvaloriza os imóveis, as casas próximas têm muitas rachaduras e muitos amigos já morreram ao tentar atravessar a linha. Quando estou ao telefone, tenho que falar mais alto, pois algumas vezes são três locomotivas puxando oitenta vagões. – Jorge Henrique Silva, de 24 anos e morador do Conjunto Ciro Ibirá de Barros.
- A cidade está crescendo e a linha impede o desenvolvimento, além de causar mortes. Retirar os trilhos é muito caro, deveriam sinalizar com um cancela e colocar guardas para vigiar as passagens de carros e pessoas. Com isso os acidentes diminuiriam drasticamente. – Alceu de Almeida, de 68 anos e morador do Jardim Pérola.
- Conhecia muita gente que morreu ou foi atropelada pelo trem. Não adianta porque ela não para. Ele deveria sair daqui, como em Londrina, e dar lugar a uma vistosa avenida. Fica até difícil para trabalhar de Ônibus. Quem mora abaixo da linha, tem que correr na frente do trem para não perder o coletivo. Imagine o risco? Com a construção do terminal nas proximidades será mais perigoso. – Judith Mota, 50 anos e moradora do Jardim Pérola.
- Esse trem é tão perigoso que arrastou um ônibus por centenas de metros. Tenho pena das crianças que tem dificuldades para dormir devido o barulho. Só quem mora próximo à linha sabe a angústia que passamos. Não é obrigação do município a retirada, mas da empresa que administra. Deviam ser mais sensíveis. – José Lair Teixeira Pontes, 63 anos e morador do Centro.
- Isso é um assunto muito polemico e que gera debates. Porém, a maioria da população é a favor da retirada. A linha desvaloriza os imóveis, as casas próximas têm muitas rachaduras e muitos amigos já morreram ao tentar atravessar a linha. Quando estou ao telefone, tenho que falar mais alto, pois algumas vezes são três locomotivas puxando oitenta vagões. – Jorge Henrique Silva, de 24 anos e morador do Conjunto Ciro Ibirá de Barros.
Com apenas vinte meses, Escola de Futebol Ibiporã já revela talentos para o exterior
João Aparecido Gomes, de 50 anos e morador do Jardim Pinheiro, está à frente da Escola de Futebol Ibiporã há vinte meses. Gomes é técnico profissional, dirigiu times como o Grêmio São Carlense a jogou no Osasco. Natural de Ibiporã viveu em São Paulo e retornou a cidade para montar a escola. “Era um sonho antigo idealizado e planejado por mais de um ano”. Além de João a equipe é formada pelo coordenador João Geraldo Rocco Junior e Cláudio André Paixão Neli, preparador físico.
Não precisou muito tempo em campo para a equipe do Nossa Terra notar que o Ibiporã Futebol Clube é um celeiro de craques e talentos que serviram de base para quatro times que disputaram o Campeonato Paranaense nas categorias pré-mirim (sub 12), mirim (sub 13), infantil (sub 15) e juvenil (sub 17). Entre eles, Paulo Pacheco da Silva, de 16 anos, sondado pelo Feyenoord Rotterdan, da 1ª divisão do Campeonato Holandês. Na oportunidade que atuou pelo Feyenoord, Pacheco fez dois gols contra a Seleção Sub 17 da Holanda. “A diferença no jogo é muito grande. Lá é mais toque. Aqui é drible. Porém o atleta tem que se adaptar”. Com contrato fechado, o jogador afirma que todos devem se dedicar aos estudos. “Na Europa você é cobrado dentro e fora de campo,” diz o atleta que está aprendendo a falar inglês.
Talentos em Ibiporã tem de sobra e os resultados aparecem quando a força e a determinação são virtudes nos atletas. O futebol resgata o ser humano, é um dos esportes que mais tiram as crianças das ruas pela integração social e é o preferido das classes menos favorecidas e da maioria da população por não ser caro. Quem um dia não sonhou em ser um jogador de futebol?
Mas, sem investimentos da esfera pública e dependendo de empresários, João reclama a falta de recursos para reforçar o treinamento. A verba que entrasse seria destinada à aquisição de alimentos, material esportivo e transporte. “Não sabemos se o aluno se alimentou bem antes de sair de casa. Se estiver, fica apto à atividade esportiva”, diz.
Entidade sem fins lucrativos, a escola de futebol tem mais de trezentos atletas cadastrados. Para integrar a equipe não é preciso dinheiro, mas disciplina, educação e freqüentar regularmente a escola com apresentação bimestral do boletim. O treino é no contra-turno escolar de segunda, quarta e sexta, das 8 ás 10 horas. Á tarde, todos os dias o treino é das 14 às 17 horas, com atividades táticas e preparação física e psicológica. “No psicológico pedimos a melhoria do rendimento escolar, que se respeite à família e a religião. O jogador deve estar preparado porque ele é visto por multidões.”
Em breve, João diz que viram a cidade, empresários de grandes times da capital, para marcar amistosos e se firmaram parcerias para que os talentos sejam revelados nesses times. E, no mês de setembro, a equipe estreará um novo uniforme.
Mesmo com o esforço, nem todos os jogadores entram em times grandes
Apesar do belo trabalho do professor João e da oportunidade recebida por Pacheco, nem todos os jogadores conseguem entrar em times grandes e muitos, até foram enganados e tem que pagar para ficar nos times, como diz Renan Henrique Terra. Aluno do ensino médio, em Jataizinho e atuando como volante e meio campo, Renan acredita que o futebol nasce e cresce no jogador devido o amor ao esporte. Praticando desde os seis anos, ele vê que os incentivos e as oportunidades são pequenas e cita nomes de jogadores daqui, que hoje estão no futebol brasileiro e internacional, como o goleiro Ney do Vitória ou Kléberson, que atuou pela Seleção.
Com experiência em diversas “peneiradas”, que selecionam jogadores para clubes maiores, ele reclama que muitas equipes não se interessam por talentos, mas sim pelo dinheiro. “Um time pediu R$400,00 por mês para que ficasse alojado e treinasse em seu Centro de Treinamento. Não tenho esse dinheiro todo, mas não podemos nos esquecer que esporte é saúde e diversão”, conclui.
Não precisou muito tempo em campo para a equipe do Nossa Terra notar que o Ibiporã Futebol Clube é um celeiro de craques e talentos que serviram de base para quatro times que disputaram o Campeonato Paranaense nas categorias pré-mirim (sub 12), mirim (sub 13), infantil (sub 15) e juvenil (sub 17). Entre eles, Paulo Pacheco da Silva, de 16 anos, sondado pelo Feyenoord Rotterdan, da 1ª divisão do Campeonato Holandês. Na oportunidade que atuou pelo Feyenoord, Pacheco fez dois gols contra a Seleção Sub 17 da Holanda. “A diferença no jogo é muito grande. Lá é mais toque. Aqui é drible. Porém o atleta tem que se adaptar”. Com contrato fechado, o jogador afirma que todos devem se dedicar aos estudos. “Na Europa você é cobrado dentro e fora de campo,” diz o atleta que está aprendendo a falar inglês.
Talentos em Ibiporã tem de sobra e os resultados aparecem quando a força e a determinação são virtudes nos atletas. O futebol resgata o ser humano, é um dos esportes que mais tiram as crianças das ruas pela integração social e é o preferido das classes menos favorecidas e da maioria da população por não ser caro. Quem um dia não sonhou em ser um jogador de futebol?
Mas, sem investimentos da esfera pública e dependendo de empresários, João reclama a falta de recursos para reforçar o treinamento. A verba que entrasse seria destinada à aquisição de alimentos, material esportivo e transporte. “Não sabemos se o aluno se alimentou bem antes de sair de casa. Se estiver, fica apto à atividade esportiva”, diz.
Entidade sem fins lucrativos, a escola de futebol tem mais de trezentos atletas cadastrados. Para integrar a equipe não é preciso dinheiro, mas disciplina, educação e freqüentar regularmente a escola com apresentação bimestral do boletim. O treino é no contra-turno escolar de segunda, quarta e sexta, das 8 ás 10 horas. Á tarde, todos os dias o treino é das 14 às 17 horas, com atividades táticas e preparação física e psicológica. “No psicológico pedimos a melhoria do rendimento escolar, que se respeite à família e a religião. O jogador deve estar preparado porque ele é visto por multidões.”
Em breve, João diz que viram a cidade, empresários de grandes times da capital, para marcar amistosos e se firmaram parcerias para que os talentos sejam revelados nesses times. E, no mês de setembro, a equipe estreará um novo uniforme.
Mesmo com o esforço, nem todos os jogadores entram em times grandes
Apesar do belo trabalho do professor João e da oportunidade recebida por Pacheco, nem todos os jogadores conseguem entrar em times grandes e muitos, até foram enganados e tem que pagar para ficar nos times, como diz Renan Henrique Terra. Aluno do ensino médio, em Jataizinho e atuando como volante e meio campo, Renan acredita que o futebol nasce e cresce no jogador devido o amor ao esporte. Praticando desde os seis anos, ele vê que os incentivos e as oportunidades são pequenas e cita nomes de jogadores daqui, que hoje estão no futebol brasileiro e internacional, como o goleiro Ney do Vitória ou Kléberson, que atuou pela Seleção.
Com experiência em diversas “peneiradas”, que selecionam jogadores para clubes maiores, ele reclama que muitas equipes não se interessam por talentos, mas sim pelo dinheiro. “Um time pediu R$400,00 por mês para que ficasse alojado e treinasse em seu Centro de Treinamento. Não tenho esse dinheiro todo, mas não podemos nos esquecer que esporte é saúde e diversão”, conclui.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Pastoral da Comunicação comemora dez anos levando o evangelho à casa dos fiéis.
A Igreja Matriz Pio XII, junto com as pastorais, desenvolvem atividades e eventos que precisam ser divulgados. Isso insere a igreja no cotidiano da população. Pensando nisso, foi criada há dez anos, a Pastoral da Comunicação e um programa no Canal 21, o “Anunciando Paz”, que vai ao ar todos os domingos, das 12hs30 às 13hs30. “A idéia surgiu com o Padre Antônio Palermo e o primeiro coordenador, por seis anos, foi Nei Carvalho. Nesse período muitos se envolveram”, relata Moisés Luis da Silva, que mora no Rino Nogarutu e atua como editor e câmera-man. Moisés lembra que na época do convite feito por Carvalho, não sabia operar as câmeras, mas revela que hoje assiste TV para captar ângulos, além de estudar livros e revistas específicas do assunto.
No total são três editores e uma equipe com câmeras, apresentadores e auxiliares. São divulgadas atividades das pastorais, que são mais de 70 e abrangem crianças, saúde, carcerárias e outros. Dividido em três blocos, o “Anunciando Paz” é composto por entrevistas, mensagens de reflexão, atividades da igreja e o evangelho da missa de domingo. “O que mais toca o coração dos telespectadores é o testemunho”, diz o coordenador Jefferson Eccard, do Residencial Tupy.
Rodrigo Ferreira, de 36 anos, diz que ninguém ganha salário ou benefícios para atuar na Pastoral da Comunicação, devido o voluntariado. Morador da Vila Romana e no grupo há três meses ele afirma que o objetivo é divulgar as ações da Igreja Católica em Ibiporã. Membro da Pio XII e com dois filhos matriculados na catequese, Rodrigo foi convidado a participar da pastoral e atua como entrevistador. “O voluntariado ajuda a servir a Jesus, além das atividades lhe darem crescimento espiritual.”
Uma das apresentadoras do “Anunciando Paz” é Marilza Ribeiro Longui, que mora no centro. Ela cursou jornalismo e sempre quis trabalhar num jornal. Em 1999 foi convidada para assistir um bloco sobre Maria de Nazaré em que os participantes cantavam e davam testemunhos. Gostou da experiência, pediu para entrar no grupo e continua até hoje. “O retorno é visto quando nos param na rua para comentar a respeito do programa”.
Independente do cargo, todos exercem uma função na pastoral. Seja filmar, entrevistar, tirar fotografias, apresentar ou arrumar cabos. Todo o arquivo desses dez anos está guardado em VHS ou DVD e já aconteceram transmissões ao vivo, como à posse do Bispo Dom Pedro Zilli, natural de Ibiporã e bispo em Guiné Bissau.
O padre Severino Crimella, de 78 anos e há três na Paróquia, diz que pastoral sem comunicação é deficiente e com os instrumentos modernos é obrigação do evangelizador ter serviços de rádio, TV e jornais a sua disposição. “Estamos no ano Paulino, que remete a Paulo. O apóstolo prega que o evangelho deve ser divulgado. Se Paulo fosse vivo nos dias atuais seria um grande comunicador. Não podemos nos esquecer que para comunicar a palavra de Deus, a pessoa deve ter uma vida cristã”, afirma. Lembrando Jesus, Severino fala que durante sua vida ele ensina o grande mandamento: Ide e anunciai meu evangelho a todas as criaturas. “Proclamar é fundamental”, diz o padre, defendendo o papel da igreja no meio social.
Severino acredita que a animação missionária deve ser levada a frente pelos meios de comunicação. Com espaço no programa “Anunciando Paz”, todos os domingos o padre lê o evangelho da missa. “Anunciamos com educação e não com gestos emotivos. Isso é superficial. A igreja educa para a vida cristã. É uma catequese que leva o patrimônio cultural adiante. A igreja ajuda a estruturar a sociedade e as bases da família, mas muita coisa da TV não tem relação com Deus”.
Moisés diz que uma Pastoral bem feita é preparada de conteúdos que buscam a evangelização como cultura, onde os instrumentos de comunicação são fundamentais. A isso se deve aliar a técnica com religião, política e moral, não bastando apenas orar, mas ter a cultura religiosa nos aspectos sociais da vida humana.
Nesses dez anos, Moisés relata que a tanto a pastoral, quanto a audiência do programa estão crescendo. “A evangelização pelos meios eletrônicos alcança um numero maior de pessoas”. Com perfil na internet, o “Anunciando Paz” conta com mais de 160 membros e as visitas chegam a mais de 1600 por mês. “Abrangemos até cidades vizinhas, como Sertanópolis, Jataizinho, Bela Vista do Paraíso e outras. Muitos sintonizam o programa para saber o que acontece em Ibiporã”, finaliza.
No total são três editores e uma equipe com câmeras, apresentadores e auxiliares. São divulgadas atividades das pastorais, que são mais de 70 e abrangem crianças, saúde, carcerárias e outros. Dividido em três blocos, o “Anunciando Paz” é composto por entrevistas, mensagens de reflexão, atividades da igreja e o evangelho da missa de domingo. “O que mais toca o coração dos telespectadores é o testemunho”, diz o coordenador Jefferson Eccard, do Residencial Tupy.
Rodrigo Ferreira, de 36 anos, diz que ninguém ganha salário ou benefícios para atuar na Pastoral da Comunicação, devido o voluntariado. Morador da Vila Romana e no grupo há três meses ele afirma que o objetivo é divulgar as ações da Igreja Católica em Ibiporã. Membro da Pio XII e com dois filhos matriculados na catequese, Rodrigo foi convidado a participar da pastoral e atua como entrevistador. “O voluntariado ajuda a servir a Jesus, além das atividades lhe darem crescimento espiritual.”
Uma das apresentadoras do “Anunciando Paz” é Marilza Ribeiro Longui, que mora no centro. Ela cursou jornalismo e sempre quis trabalhar num jornal. Em 1999 foi convidada para assistir um bloco sobre Maria de Nazaré em que os participantes cantavam e davam testemunhos. Gostou da experiência, pediu para entrar no grupo e continua até hoje. “O retorno é visto quando nos param na rua para comentar a respeito do programa”.
Independente do cargo, todos exercem uma função na pastoral. Seja filmar, entrevistar, tirar fotografias, apresentar ou arrumar cabos. Todo o arquivo desses dez anos está guardado em VHS ou DVD e já aconteceram transmissões ao vivo, como à posse do Bispo Dom Pedro Zilli, natural de Ibiporã e bispo em Guiné Bissau.
O padre Severino Crimella, de 78 anos e há três na Paróquia, diz que pastoral sem comunicação é deficiente e com os instrumentos modernos é obrigação do evangelizador ter serviços de rádio, TV e jornais a sua disposição. “Estamos no ano Paulino, que remete a Paulo. O apóstolo prega que o evangelho deve ser divulgado. Se Paulo fosse vivo nos dias atuais seria um grande comunicador. Não podemos nos esquecer que para comunicar a palavra de Deus, a pessoa deve ter uma vida cristã”, afirma. Lembrando Jesus, Severino fala que durante sua vida ele ensina o grande mandamento: Ide e anunciai meu evangelho a todas as criaturas. “Proclamar é fundamental”, diz o padre, defendendo o papel da igreja no meio social.
Severino acredita que a animação missionária deve ser levada a frente pelos meios de comunicação. Com espaço no programa “Anunciando Paz”, todos os domingos o padre lê o evangelho da missa. “Anunciamos com educação e não com gestos emotivos. Isso é superficial. A igreja educa para a vida cristã. É uma catequese que leva o patrimônio cultural adiante. A igreja ajuda a estruturar a sociedade e as bases da família, mas muita coisa da TV não tem relação com Deus”.
Moisés diz que uma Pastoral bem feita é preparada de conteúdos que buscam a evangelização como cultura, onde os instrumentos de comunicação são fundamentais. A isso se deve aliar a técnica com religião, política e moral, não bastando apenas orar, mas ter a cultura religiosa nos aspectos sociais da vida humana.
Nesses dez anos, Moisés relata que a tanto a pastoral, quanto a audiência do programa estão crescendo. “A evangelização pelos meios eletrônicos alcança um numero maior de pessoas”. Com perfil na internet, o “Anunciando Paz” conta com mais de 160 membros e as visitas chegam a mais de 1600 por mês. “Abrangemos até cidades vizinhas, como Sertanópolis, Jataizinho, Bela Vista do Paraíso e outras. Muitos sintonizam o programa para saber o que acontece em Ibiporã”, finaliza.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Ofício nº. 001/08
Londrina, 26 de agosto de 2008.
A Sua Senhoria
Regina de Melo Rosa
Promotora Eleitoral de Londrina / 190ª
Assunto: Pedido de fiscalização e cumprimento da Resolução 22.712/2008, expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral, que dispõe sobre os atos preparatórios, a recepção de votos, as garantias eleitorais, a totalização dos resultados e a justificativa eleitoral.
Senhora Promotora,
Com fulcro no art. 23, inciso IX, do Código Eleitoral e o artigo 105 da Lei nº. 3.931, de 30 de setembro de 1997, venho a público solicitar a Vossa Senhoria, a fiscalização e impedimento da entrada de eleitores, nos locais de votação, munidos de aparelhos eletrônicos que possam reproduzir e captar imagens.
A solicitação se baseia em denúncias feitas por agentes eleitorais. Eles afirmam que o pagamento, pelo dia de trabalho na eleição, será executado mediante apenas a comprovação fotográfica do voto na urna eletrônica. A compra de voto configura-se crime eleitoral, conforme a lei 9.504, de 30 de setembro de 1997. O artigo 41 esclarece que: “Constitui a captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observada o procedimento previsto no art.22 da Lei Complementar nº. 64, de 18 de maio de 1990.”.
Quanto à fiscalização, a Seção II da Resolução 22.712/2008, normaliza as atribuições dos Membros da Mesa Receptora. O artigo 44, explica que: Compete ao presidente da mesa receptora de votos e da mesa receptora de justificativas, no que couber. VI – manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária; VII – comunicar ao juiz eleitoral as ocorrências cujas soluções dele dependerem.
Na Seção III, da mesma resolução, é determinado que: VIII – no recinto da mesa receptora de votos, o eleitor não poderá fazer uso de telefone celular, equipamento de radiocomunicação ou outro equipamento que possa comprometer o sigilo do voto.
Desde já agradeço a atenção e peço que tal solicitação seja levada a público para a coibição de crimes eleitorais com a fiscalização e cumprimento das leis.
Atenciosamente,
Marcelo Souto Severino
RG: 7544366-8
A Sua Senhoria
Regina de Melo Rosa
Promotora Eleitoral de Londrina / 190ª
Assunto: Pedido de fiscalização e cumprimento da Resolução 22.712/2008, expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral, que dispõe sobre os atos preparatórios, a recepção de votos, as garantias eleitorais, a totalização dos resultados e a justificativa eleitoral.
Senhora Promotora,
Com fulcro no art. 23, inciso IX, do Código Eleitoral e o artigo 105 da Lei nº. 3.931, de 30 de setembro de 1997, venho a público solicitar a Vossa Senhoria, a fiscalização e impedimento da entrada de eleitores, nos locais de votação, munidos de aparelhos eletrônicos que possam reproduzir e captar imagens.
A solicitação se baseia em denúncias feitas por agentes eleitorais. Eles afirmam que o pagamento, pelo dia de trabalho na eleição, será executado mediante apenas a comprovação fotográfica do voto na urna eletrônica. A compra de voto configura-se crime eleitoral, conforme a lei 9.504, de 30 de setembro de 1997. O artigo 41 esclarece que: “Constitui a captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinqüenta mil Ufir, e cassação do registro ou do diploma, observada o procedimento previsto no art.22 da Lei Complementar nº. 64, de 18 de maio de 1990.”.
Quanto à fiscalização, a Seção II da Resolução 22.712/2008, normaliza as atribuições dos Membros da Mesa Receptora. O artigo 44, explica que: Compete ao presidente da mesa receptora de votos e da mesa receptora de justificativas, no que couber. VI – manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária; VII – comunicar ao juiz eleitoral as ocorrências cujas soluções dele dependerem.
Na Seção III, da mesma resolução, é determinado que: VIII – no recinto da mesa receptora de votos, o eleitor não poderá fazer uso de telefone celular, equipamento de radiocomunicação ou outro equipamento que possa comprometer o sigilo do voto.
Desde já agradeço a atenção e peço que tal solicitação seja levada a público para a coibição de crimes eleitorais com a fiscalização e cumprimento das leis.
Atenciosamente,
Marcelo Souto Severino
RG: 7544366-8
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Concessionárias de transporte coletivo intermunicipal têm até o dia cinco de setembro para apresentarem propostas para a melhoria dos pontos de ônibus
O objetivo é melhorar o conforto aos passageiros.
Quem utiliza o transporte coletivo intermunicipal, que liga Ibiporã a outros municípios da Região Metropolitana de Londrina, deverão, em breve, utilizar-se de pontos de ônibus com maior conforto e segurança. Essa é uma das solicitações da Comel (Coordenadoria da Região Metropolitana de Londrina) às concessionárias Viação Garcia, Francovig, Ouro Branco e TIL (Transportes Intermunicipais de Londrina). As empresas se comprometeram em apresentar um plano de melhorias até o dia cinco.
Um levantamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) mostrou que existem, na região metropolitana, 224 paradas de ônibus. Muitas são precárias, de má qualidade e diversas não tem cobertura de proteção aos passageiros contra sol e chuva. A falta de bancos também foi constatada em algumas paradas e idosos, crianças e pacientes que vêm a Londrina em busca de atendimento médico passam até uma hora em condições inadequadas, como a aposentada Germana da Silva, de 68 anos. Ela mora no San Rafael e sempre vai a Londrina em busca de consultas médicas e exames. “É horrível. A dignidade é perdida quando ficamos em baixo de chuva esperando o ônibus que demora uma hora. Isso sem contar o risco de assaltos”, reclama. Ela cita que as cidades crescem e que os serviços básicos devem acompanhar o desenvolvimento econômico. O não acompanhamento gera problemas e afoga serviços de saúde, transporte coletivo ou educação.
Adriana Jorge, de 32 anos e moradora do Ana Rosa, em Cambé, estuda e trabalha em Londrina. Para ela, deveriam ser adotadas soluções quanto à integração da região metropolitana. A entrada dos ônibus no Terminal de Londrina, seria uma delas. “Tenho um custo alto devido o transporte coletivo. Os gestores públicos e a sociedade devem discutir e estudar a possibilidade da implantação de cartão nos ônibus metropolitanos para que possamos baldear”, diz.
A coordenadora da Comel, Elza Correia, afirma que contratualmente a responsabilidade pela melhoria nos pontos de ônibus cabe às empresas. Se as concessionárias não tomarem providências, segundo ela, pode ser decretada a quebra de contrato com o Estado. Mas, segundo Elza Correia, as obras já começaram.
Quem utiliza o transporte coletivo intermunicipal, que liga Ibiporã a outros municípios da Região Metropolitana de Londrina, deverão, em breve, utilizar-se de pontos de ônibus com maior conforto e segurança. Essa é uma das solicitações da Comel (Coordenadoria da Região Metropolitana de Londrina) às concessionárias Viação Garcia, Francovig, Ouro Branco e TIL (Transportes Intermunicipais de Londrina). As empresas se comprometeram em apresentar um plano de melhorias até o dia cinco.
Um levantamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) mostrou que existem, na região metropolitana, 224 paradas de ônibus. Muitas são precárias, de má qualidade e diversas não tem cobertura de proteção aos passageiros contra sol e chuva. A falta de bancos também foi constatada em algumas paradas e idosos, crianças e pacientes que vêm a Londrina em busca de atendimento médico passam até uma hora em condições inadequadas, como a aposentada Germana da Silva, de 68 anos. Ela mora no San Rafael e sempre vai a Londrina em busca de consultas médicas e exames. “É horrível. A dignidade é perdida quando ficamos em baixo de chuva esperando o ônibus que demora uma hora. Isso sem contar o risco de assaltos”, reclama. Ela cita que as cidades crescem e que os serviços básicos devem acompanhar o desenvolvimento econômico. O não acompanhamento gera problemas e afoga serviços de saúde, transporte coletivo ou educação.
Adriana Jorge, de 32 anos e moradora do Ana Rosa, em Cambé, estuda e trabalha em Londrina. Para ela, deveriam ser adotadas soluções quanto à integração da região metropolitana. A entrada dos ônibus no Terminal de Londrina, seria uma delas. “Tenho um custo alto devido o transporte coletivo. Os gestores públicos e a sociedade devem discutir e estudar a possibilidade da implantação de cartão nos ônibus metropolitanos para que possamos baldear”, diz.
A coordenadora da Comel, Elza Correia, afirma que contratualmente a responsabilidade pela melhoria nos pontos de ônibus cabe às empresas. Se as concessionárias não tomarem providências, segundo ela, pode ser decretada a quebra de contrato com o Estado. Mas, segundo Elza Correia, as obras já começaram.
Contratar funcionários com deficiência é uma questão de Responsabilidade Social
A inclusão de deficientes no mercado de trabalho é pratica comum e que mostra bons resultados. Roseli Lima de Carvalho Gonçalves atua como psicóloga na Agência do Trabalhador de Ibiporã (SINE) e intermédia às contratações. “Segundo a lei de amparo ao deficiente, às empresas que possuem de 100 a 200 funcionários, dever destinar uma cota de 2% para deficientes. De 500 a 1000 funcionários a cota é de 4% e acima disso, 5%”, relata.
Para existir a contratação, o candidato à vaga deve comparecer no SINE com o RG, CPF, Carteira de Trabalho e laudo médico que comprove a deficiência. O processo de seleção é igual e o candidato é contratado como um trabalhador normal, com os mesmos salários e garantias. Ele exerce as mais diferenciadas funções, conforme a capacitação e a deficiência. São encaminhados deficientes auditivos, visuais e cadeirantes. Conforme Roseli, mesmo o candidato que não tenham nenhum tipo de experiência ele é colocado no mercado de trabalho, pois há vagas, mas não há demanda de mão-de-obra para preenchê-las. “A escolaridade é exigida como em qualquer outro trabalho. O que cabe ao deficiente é se qualificar”.
Outro caminho para que o deficiente possa se colocar no mercado de trabalho é pela APAE. Paulo Silvério Pereira, Diretor do Centro Educacional João XXIII, diz que muitos alunos são encaminhados para a Agência do Trabalhador, mas que muitos empresários procuram à escola. “A APAE sensibiliza o empresário”, relata.
Ele explica que a entidade visita à empresa para observar as condições de trabalho relacionadas à segurança. Após é assinado um termo de compromisso de estágio que isenta o empresário de taxas e impostos. “Para o aluno é uma oportunidade de estágio”, diz. O período probatório é de três meses, podendo ser renovado por mais seis meses. No estágio os coordenadores da escola acompanham o aluno por uma semana, fazendo o trabalho de adaptação e garantindo o sucesso do empregado e do empregador. Após o processo de contratação a APAE acompanha o empregado para que haja suporte. “O deficiente muitas vezes não tem problemas físicos, mas de ordem cognitiva, que o torna mais sensível e influência na personalidade. Isso deve ser acompanhado pela vida toda”, afirma. Como educador, Silvério observa que esse conselho constante, feito por um representante da APAE, que se dirige aos locais de trabalho, dá apoio e fortalece a parceria entre escola e empresa.
Vale citar que a APAE qualifica seus alunos através de três etapas, na qual os alunos acima dos 16 anos passam pela Educação Profissionalizante. A 1ª etapa é a preparação para o trabalho e pré-profissionalização. A 2ª etapa é a qualificação com cursos e estágios e por fim, a última fase é a de encaminhamento e colocação no mercado de trabalho.
O diretor diz que a APAE está aberta a empresários que desejem conhecer suas oficinas e trabalhos desenvolvidos. “Quando uma empresa contrata um deficiente, isso é Responsabilidade Social”, finaliza.
Um dos empresários que aderiram a essa idéia, foi Wilson Mendonça, proprietário do Supermercado Super Sul. Ela diz que sua empresa sempre teve uma relação de cooperação com a APAE e quando há vagas, existe uma parcela aos deficientes. “Contribuímos prestando um serviço à comunidade. O mercado dá oportunidades e os alunos são excelentes e competentes profissionais. Isso é Responsabilidade Social. Deveria existir uma política de governo para que diversos empresários a seguisse”, finaliza.
Entre as pessoas com deficiência, não é raro encontrar aquelas que têm uma excelente qualificação profissional, como Patrícia Augusto Moreno de 31 anos. Ela é formada em Psicologia, Pós-Graduada em Recursos Humanos e trabalha na Universidade Norte de Paraná (UNOPAR), em Londrina. Entre as atividades estão o recrutamento de pessoas com deficiência, menores aprendizes e a execução do projeto “Desenvolvendo competências em funcionários com deficiência”, que capacita pessoas com deficiências para o mercado de trabalho.
Com problemas de visão, Patrícia diz que a oportunidade é excelente e iniciativas como essa serve como exemplo e deveriam ser seguidas por diversos segmentos empresariais. “A inserção no mercado de trabalho se mostra através da competência”, diz. Hoje, a UNOPAR tem 42 funcionários que são deficientes e, entre as funções, as mais variadas possíveis, como por exemplo as de auxiliar administrativo e docente. “A deficiência é um fator que não impede a inserção. Devem existir adaptações nos computadores ou sinalizações em escadas. Isso varia conforme a deficiência”, relata.
A psicóloga finaliza dizendo que a oportunidade resultou em crescimento por estar inserida em outra realidade. “O trabalho traz a pessoa à socialização e ao convívio social, onde as diferenças são amenizadas”.
Para existir a contratação, o candidato à vaga deve comparecer no SINE com o RG, CPF, Carteira de Trabalho e laudo médico que comprove a deficiência. O processo de seleção é igual e o candidato é contratado como um trabalhador normal, com os mesmos salários e garantias. Ele exerce as mais diferenciadas funções, conforme a capacitação e a deficiência. São encaminhados deficientes auditivos, visuais e cadeirantes. Conforme Roseli, mesmo o candidato que não tenham nenhum tipo de experiência ele é colocado no mercado de trabalho, pois há vagas, mas não há demanda de mão-de-obra para preenchê-las. “A escolaridade é exigida como em qualquer outro trabalho. O que cabe ao deficiente é se qualificar”.
Outro caminho para que o deficiente possa se colocar no mercado de trabalho é pela APAE. Paulo Silvério Pereira, Diretor do Centro Educacional João XXIII, diz que muitos alunos são encaminhados para a Agência do Trabalhador, mas que muitos empresários procuram à escola. “A APAE sensibiliza o empresário”, relata.
Ele explica que a entidade visita à empresa para observar as condições de trabalho relacionadas à segurança. Após é assinado um termo de compromisso de estágio que isenta o empresário de taxas e impostos. “Para o aluno é uma oportunidade de estágio”, diz. O período probatório é de três meses, podendo ser renovado por mais seis meses. No estágio os coordenadores da escola acompanham o aluno por uma semana, fazendo o trabalho de adaptação e garantindo o sucesso do empregado e do empregador. Após o processo de contratação a APAE acompanha o empregado para que haja suporte. “O deficiente muitas vezes não tem problemas físicos, mas de ordem cognitiva, que o torna mais sensível e influência na personalidade. Isso deve ser acompanhado pela vida toda”, afirma. Como educador, Silvério observa que esse conselho constante, feito por um representante da APAE, que se dirige aos locais de trabalho, dá apoio e fortalece a parceria entre escola e empresa.
Vale citar que a APAE qualifica seus alunos através de três etapas, na qual os alunos acima dos 16 anos passam pela Educação Profissionalizante. A 1ª etapa é a preparação para o trabalho e pré-profissionalização. A 2ª etapa é a qualificação com cursos e estágios e por fim, a última fase é a de encaminhamento e colocação no mercado de trabalho.
O diretor diz que a APAE está aberta a empresários que desejem conhecer suas oficinas e trabalhos desenvolvidos. “Quando uma empresa contrata um deficiente, isso é Responsabilidade Social”, finaliza.
Um dos empresários que aderiram a essa idéia, foi Wilson Mendonça, proprietário do Supermercado Super Sul. Ela diz que sua empresa sempre teve uma relação de cooperação com a APAE e quando há vagas, existe uma parcela aos deficientes. “Contribuímos prestando um serviço à comunidade. O mercado dá oportunidades e os alunos são excelentes e competentes profissionais. Isso é Responsabilidade Social. Deveria existir uma política de governo para que diversos empresários a seguisse”, finaliza.
Entre as pessoas com deficiência, não é raro encontrar aquelas que têm uma excelente qualificação profissional, como Patrícia Augusto Moreno de 31 anos. Ela é formada em Psicologia, Pós-Graduada em Recursos Humanos e trabalha na Universidade Norte de Paraná (UNOPAR), em Londrina. Entre as atividades estão o recrutamento de pessoas com deficiência, menores aprendizes e a execução do projeto “Desenvolvendo competências em funcionários com deficiência”, que capacita pessoas com deficiências para o mercado de trabalho.
Com problemas de visão, Patrícia diz que a oportunidade é excelente e iniciativas como essa serve como exemplo e deveriam ser seguidas por diversos segmentos empresariais. “A inserção no mercado de trabalho se mostra através da competência”, diz. Hoje, a UNOPAR tem 42 funcionários que são deficientes e, entre as funções, as mais variadas possíveis, como por exemplo as de auxiliar administrativo e docente. “A deficiência é um fator que não impede a inserção. Devem existir adaptações nos computadores ou sinalizações em escadas. Isso varia conforme a deficiência”, relata.
A psicóloga finaliza dizendo que a oportunidade resultou em crescimento por estar inserida em outra realidade. “O trabalho traz a pessoa à socialização e ao convívio social, onde as diferenças são amenizadas”.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Projeto Batuque transforma e ressocializa
Desenvolvido para menores carentes, objetivo é a busca da cidadania pela música
O Batuque é um projeto sócio-cultural desenvolvido desde 1999 pelo Instituto Cultural Arte Brasil, tendo o pedagógico-musical como proposta para crianças e adolescentes de comunidades carentes de Londrina. Com apoio do Instituto Junia Rabello, o projeto completou o número de 4700 alunos atendidos gratuitamente nas escolas São José (Sta. Rita), Professora Ubedulha de Oliveira (Cinco Conjuntos), Barão do Rio Branco (Centro), além do Grupo de Escotismo e Guarda Mirim.
Com ênfase no 3º Setor, o Batuque faz coisas que o Governo não consegue e não tem capacidade de desenvolver devido ao inchamento da máquina estatal, onde 2º e 3º escalão tomam vício pelo poder e distorcem os objetivos a serem cumpridos.
Sobre 3º Setor, se entende que é a sociedade civil organizada, que se capacita e não tem caráter assistencialista, conseguindo avanços por promover o ser humano na valorização da cultura e da cidadania através da participação de encontros que vê a representação na sociedade formas de se criar profissões. Fica evidente que a promoção disso se dá pela incompetência do estado, que muitas vezes se apega ao assistencialismo devido a fatores políticos que se apóiam no continuísmo, associado a acordos e conchavos que não vão de acordo com a ética.
Consciente ao trabalho social que realiza, Aldo diz que em muitas regiões pobres de Londrina, grande parte das famílias tem problemas com drogas e bebidas, causando a baixa estima e disseminando o conceito de violência. Por isso, ele afirma que o projeto não tem seleção (aceita a todos) e procura a inserção social de toda as formas, seja através de passeios culturais (ao Lago Igapó, Pq. Arthur Thomas, Museu), confraternizações e viagens. Além é claro de um tratamento conservador como forma de reestruturação social através da volta a escola, o convívio com a comunidade, a igreja e principalmente a família. Os exemplos são vários. Muitos professores de música, que já foram alunos, conseguiram superar a exposição ä violência e criaram perspectivas de vida. Ele afirma que “a exposição a violência é prejudicial e acaba na incompreesão, pois somente através do diálogo e do apoio que este mal pode acabar”.
No mais, o projeto Batuque, afirma a possibilidade de transformação social pela cultura, que tem o poder de conscientização e análise crítica. Com isso, se criam células, como exemplo o Kaire, no Cinco Conjuntos, onde os moradores da região montaram estrutura social e mostram os resultados alcançados através da musicalização.
Planos para o futuro: Em breve, o Batuque terá novos parceiros: O Colégio Adélia Dionísia Barbosa, no Parigot de Souza e o Centro Cultural da Zona Norte, que fica na Saul Elkind. Outra proposta do Batuque, será a atenção a leitura e a interpretação de textos, isto porque o projeto recebe livros de todo Brasil, desde a literatura até poesia, sendo distribuído gratuitamente aos alunos. Recentemente, o grupo foi a Salvador, na Escola Criativa Olodum, para se apresentarem, no 25 Festival de Música e Artes Olodum, em comemoração do aniversário da Fundação Olodum. O evento atraiu cerca de 6000 pessoas por noite, que na ocasião foram escolhidas as músicas para o repertório do Olodum.
O Batuque é um projeto sócio-cultural desenvolvido desde 1999 pelo Instituto Cultural Arte Brasil, tendo o pedagógico-musical como proposta para crianças e adolescentes de comunidades carentes de Londrina. Com apoio do Instituto Junia Rabello, o projeto completou o número de 4700 alunos atendidos gratuitamente nas escolas São José (Sta. Rita), Professora Ubedulha de Oliveira (Cinco Conjuntos), Barão do Rio Branco (Centro), além do Grupo de Escotismo e Guarda Mirim.
Com ênfase no 3º Setor, o Batuque faz coisas que o Governo não consegue e não tem capacidade de desenvolver devido ao inchamento da máquina estatal, onde 2º e 3º escalão tomam vício pelo poder e distorcem os objetivos a serem cumpridos.
Sobre 3º Setor, se entende que é a sociedade civil organizada, que se capacita e não tem caráter assistencialista, conseguindo avanços por promover o ser humano na valorização da cultura e da cidadania através da participação de encontros que vê a representação na sociedade formas de se criar profissões. Fica evidente que a promoção disso se dá pela incompetência do estado, que muitas vezes se apega ao assistencialismo devido a fatores políticos que se apóiam no continuísmo, associado a acordos e conchavos que não vão de acordo com a ética.
Consciente ao trabalho social que realiza, Aldo diz que em muitas regiões pobres de Londrina, grande parte das famílias tem problemas com drogas e bebidas, causando a baixa estima e disseminando o conceito de violência. Por isso, ele afirma que o projeto não tem seleção (aceita a todos) e procura a inserção social de toda as formas, seja através de passeios culturais (ao Lago Igapó, Pq. Arthur Thomas, Museu), confraternizações e viagens. Além é claro de um tratamento conservador como forma de reestruturação social através da volta a escola, o convívio com a comunidade, a igreja e principalmente a família. Os exemplos são vários. Muitos professores de música, que já foram alunos, conseguiram superar a exposição ä violência e criaram perspectivas de vida. Ele afirma que “a exposição a violência é prejudicial e acaba na incompreesão, pois somente através do diálogo e do apoio que este mal pode acabar”.
No mais, o projeto Batuque, afirma a possibilidade de transformação social pela cultura, que tem o poder de conscientização e análise crítica. Com isso, se criam células, como exemplo o Kaire, no Cinco Conjuntos, onde os moradores da região montaram estrutura social e mostram os resultados alcançados através da musicalização.
Planos para o futuro: Em breve, o Batuque terá novos parceiros: O Colégio Adélia Dionísia Barbosa, no Parigot de Souza e o Centro Cultural da Zona Norte, que fica na Saul Elkind. Outra proposta do Batuque, será a atenção a leitura e a interpretação de textos, isto porque o projeto recebe livros de todo Brasil, desde a literatura até poesia, sendo distribuído gratuitamente aos alunos. Recentemente, o grupo foi a Salvador, na Escola Criativa Olodum, para se apresentarem, no 25 Festival de Música e Artes Olodum, em comemoração do aniversário da Fundação Olodum. O evento atraiu cerca de 6000 pessoas por noite, que na ocasião foram escolhidas as músicas para o repertório do Olodum.
domingo, 24 de agosto de 2008
A ordem capitalista
No atual contexto político e econômico, o mundo sofre mudanças que contribuem para a desestruturação da paz e a quebra da harmonia no sistema. Os recentes atentados terroristas causados por questões religiosas e principalmente por conflitos de territórios no Oriente Médio, faz com que as potências do eixo norte criem terror com invasões de soldados e bombardeios que causam mortes.
Enquanto isso na América, os Estados Unidos, criam foguetes que passam dos 10.000 kilometros por hora, que infelizmente não parecem serem construídos para avançar os estudos tecnológicos, mas sim para disseminar o medo com a revelação de uma potente arma de guerra. Enquanto, aqui na América Latina, acordos comerciais que preservam a Lei de Biosegurança, junto à China, trazem a ética para o centro da discussão, permeada pelo tratado antiatômicos com a Alemanha e o fechamento da barreira com o Paraguai. Porque esses problemas causam tanta agitação que compromete a paz?
O que se entende é que o mundo sofre a ação contundente do capitalismo, que vem para devastar e destruir as possibilidades no avanço tecnológico e da modernidade. Conflitos no Iraque não podem ficar resumidos somente a questões ligadas ao terrorismo, que só gera a morte e a destruição, mas, a verdade é que os rebeldes devem ser ouvidos para a iniciação do processo de paz e a estruturação de um povo que sofre com doenças e principalmente pela pobreza.
A América Latina, junto à Ásia cria acordos comerciais que dão forças na construção destas sociedades, consideradas atrasadas pelo eixo do norte, mas que buscam através de acordos, a melhoria do seu povo, através de cunho social.
Fica ao leitor, a consciência de que a paz no mundo pode estar ameaçada por questões que confrontam os interesses humanos e que partam para ilógica do capitalismo. A América Latina e a Ásia são as bases dos países em desenvolvimento e por isso não se podem deixar intimidar pelos Estados Unidos, que impossibilita o crescimento, sendo mais cabível e diplomático a criação de medidas bilaterais, como situações que levem ao desarmamento e a permanência da paz permanente.
Universidade Estadual de Londrina
Técnicas de Reportagem, Pesquisa e Entrevista III
Docente: Osmani Costa
Discente: Marcelo Souto Severino
Enquanto isso na América, os Estados Unidos, criam foguetes que passam dos 10.000 kilometros por hora, que infelizmente não parecem serem construídos para avançar os estudos tecnológicos, mas sim para disseminar o medo com a revelação de uma potente arma de guerra. Enquanto, aqui na América Latina, acordos comerciais que preservam a Lei de Biosegurança, junto à China, trazem a ética para o centro da discussão, permeada pelo tratado antiatômicos com a Alemanha e o fechamento da barreira com o Paraguai. Porque esses problemas causam tanta agitação que compromete a paz?
O que se entende é que o mundo sofre a ação contundente do capitalismo, que vem para devastar e destruir as possibilidades no avanço tecnológico e da modernidade. Conflitos no Iraque não podem ficar resumidos somente a questões ligadas ao terrorismo, que só gera a morte e a destruição, mas, a verdade é que os rebeldes devem ser ouvidos para a iniciação do processo de paz e a estruturação de um povo que sofre com doenças e principalmente pela pobreza.
A América Latina, junto à Ásia cria acordos comerciais que dão forças na construção destas sociedades, consideradas atrasadas pelo eixo do norte, mas que buscam através de acordos, a melhoria do seu povo, através de cunho social.
Fica ao leitor, a consciência de que a paz no mundo pode estar ameaçada por questões que confrontam os interesses humanos e que partam para ilógica do capitalismo. A América Latina e a Ásia são as bases dos países em desenvolvimento e por isso não se podem deixar intimidar pelos Estados Unidos, que impossibilita o crescimento, sendo mais cabível e diplomático a criação de medidas bilaterais, como situações que levem ao desarmamento e a permanência da paz permanente.
Universidade Estadual de Londrina
Técnicas de Reportagem, Pesquisa e Entrevista III
Docente: Osmani Costa
Discente: Marcelo Souto Severino
sábado, 23 de agosto de 2008
Artigo: A falta de moral que dilapida a segurança
Nos últimos tempos, a sociedade civil organizada, junto com nossos governantes, se preocupa, discute e planeja ações na área de segurança pública. O brasileiro, a cada dia, se sente como refém de criminosos organizados em “sindicatos e organizações” altamente aparelhadas e financiadas pelo dinheiro sujo do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro, que compram, de forma ilícita, armamentos mais potentes que os da polícia. Tamanha corrupção se reflete na organização de ações terroristas contra policias, civis e rebeliões em presídios.
A violência não escolhe suas vítimas. Faz a classe média sofrer os horrores dos seqüestro, assaltos e se esconder em condomínios fechados. Esta inserida nas classes sociais mais baixas, onde jovens passam preciosos anos de suas vidas nas cadeias ou abreviam-na no crime e tráfico de drogas.
Milhões de reais são investidos para criar soluções plausíveis afim de conter a violência, combater o crime e estabelecer a paz. Medidas socioculturais e educacionais aplicadas a presos, visam sua reinserção na sociedade, no entanto, muitas não levam em conta que o indivíduo, após cumprir uma árdua pena, não encontra trabalho e atraído pelo crime, reincide ou comete piores crimes depois da “pós graduação” que fez na cadeia.
A solução para tais problemas. não se encontra apenas na mão de Estado, mas nas condutas morais a qual o cidadão deve servir de exemplo aqueles que se encontram marginalizados e excluídos financeiramente de todo processo capitalista. A sociedade deve repensar suas condutas e considerar que passamos por uma transformação negativa de valores e conceitos morais.
A família, base da estrutura da educação dos cidadãos e seio conservador da sociedade, aos poucos vai se desfragmentando e se dilapidando pela valorização de conceitos burgueses que pouco refletem conceitos morais dentro de um lar e essenciais para a boa educação. Enquanto pregam moralidade na política, não fazem juz aos seus discursos e direcionam a educação de seus filhos, para um caminho obscuro, devido a falta mínima de moral no lar.
É preciso que todos adquiram novos hábitos e valorizem a instituição familiar, além de valorizar o próximo, esquecendo o individualismo que os tornam inacessíveis. Se essas idéias fossem colocadas em prática, não teríamos grande índices de violência e com o aumento da compreensão e valorização das pessoas mais simples, os potências bandidos e marginais, teriam mais piedade e pensariam antes de cometer seus crimes.
A violência não escolhe suas vítimas. Faz a classe média sofrer os horrores dos seqüestro, assaltos e se esconder em condomínios fechados. Esta inserida nas classes sociais mais baixas, onde jovens passam preciosos anos de suas vidas nas cadeias ou abreviam-na no crime e tráfico de drogas.
Milhões de reais são investidos para criar soluções plausíveis afim de conter a violência, combater o crime e estabelecer a paz. Medidas socioculturais e educacionais aplicadas a presos, visam sua reinserção na sociedade, no entanto, muitas não levam em conta que o indivíduo, após cumprir uma árdua pena, não encontra trabalho e atraído pelo crime, reincide ou comete piores crimes depois da “pós graduação” que fez na cadeia.
A solução para tais problemas. não se encontra apenas na mão de Estado, mas nas condutas morais a qual o cidadão deve servir de exemplo aqueles que se encontram marginalizados e excluídos financeiramente de todo processo capitalista. A sociedade deve repensar suas condutas e considerar que passamos por uma transformação negativa de valores e conceitos morais.
A família, base da estrutura da educação dos cidadãos e seio conservador da sociedade, aos poucos vai se desfragmentando e se dilapidando pela valorização de conceitos burgueses que pouco refletem conceitos morais dentro de um lar e essenciais para a boa educação. Enquanto pregam moralidade na política, não fazem juz aos seus discursos e direcionam a educação de seus filhos, para um caminho obscuro, devido a falta mínima de moral no lar.
É preciso que todos adquiram novos hábitos e valorizem a instituição familiar, além de valorizar o próximo, esquecendo o individualismo que os tornam inacessíveis. Se essas idéias fossem colocadas em prática, não teríamos grande índices de violência e com o aumento da compreensão e valorização das pessoas mais simples, os potências bandidos e marginais, teriam mais piedade e pensariam antes de cometer seus crimes.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Opinião a respeito da Folha de Londrina
A Folha de Londrina se consolida, a cada dia, como o melhor jornal do Paraná. São 60 anos de história e transformações no aspecto gráfico e editorial. Fatores que geram respeito e credibilidade. A isso, soma-se a participação ativa nos processos de transformação dos fatos políticos, históricos e sociais de Londrina e do Paraná. Ultimamente, o veículo traz o caráter vanguardista e combativo quando se refere aos interesses comuns. A demonstração é vista nas capas e nas manchetes, que são polêmicas e, recentemente, com senso popular. Isso instiga a sociedade civil a pensar e articular ações de interesse coletivo. Não são pautas fundadas em discursos político ideológicos, mas na formulação do senso crítico e argumentos para debates. A esse ponto, a Folha preza pela imparcialidade, apuração dos fatos e a busca de um consenso.
As críticas contundentes se encontram no conteúdo político. Curitiba é muito focada. Não que a Folha não trate as questões locais. Isso é feito e com muita responsabilidade através de investigações e quando leva e explica ao leitor situações que envolvam corrupção ou irregularidades no âmbito da administração pública ou privada. Tal relação não deve ser censurada e a critica não pode ser considerada como “bairrista”. O jornal tem circulação no Estado, é de Curitiba que emana muita das decisões políticas e lá se encontra o Palácio de Iguaçu e a Assembléia Legislativa. Quanto mais próxima for à relação de uma cidade com a capital, com maior atenção serão atendidos seus interesses.
Os cadernos de Cidades e Economia são atrativos a parte. O caderno de Economia, por exemplo, é uma das engrenagens que auxilia a transformação de renda em investimentos, dá confiança e informa a muitos setores índices econômicos atualizados e fatos que envolvam investidores. No caderno de Cidades o leitor é orientado quanto a cursos e eventos e tem espaço para críticas pela via da participação, quando leva ao jornal algum problema de sua região. Isso não acontece em outros jornais. Quanto maior for o grau de envolvimento do leitor, maior será sua representatividade. As expectativas e anseios são enormes quando relacionados ao que o atinge. Essa posição de referencial, que envolve o cidadão, seus direitos, deveres e participação na tomada das decisões, é o reflexo do jornalismo feito de forma séria, com responsabilidade e ética.
As críticas contundentes se encontram no conteúdo político. Curitiba é muito focada. Não que a Folha não trate as questões locais. Isso é feito e com muita responsabilidade através de investigações e quando leva e explica ao leitor situações que envolvam corrupção ou irregularidades no âmbito da administração pública ou privada. Tal relação não deve ser censurada e a critica não pode ser considerada como “bairrista”. O jornal tem circulação no Estado, é de Curitiba que emana muita das decisões políticas e lá se encontra o Palácio de Iguaçu e a Assembléia Legislativa. Quanto mais próxima for à relação de uma cidade com a capital, com maior atenção serão atendidos seus interesses.
Os cadernos de Cidades e Economia são atrativos a parte. O caderno de Economia, por exemplo, é uma das engrenagens que auxilia a transformação de renda em investimentos, dá confiança e informa a muitos setores índices econômicos atualizados e fatos que envolvam investidores. No caderno de Cidades o leitor é orientado quanto a cursos e eventos e tem espaço para críticas pela via da participação, quando leva ao jornal algum problema de sua região. Isso não acontece em outros jornais. Quanto maior for o grau de envolvimento do leitor, maior será sua representatividade. As expectativas e anseios são enormes quando relacionados ao que o atinge. Essa posição de referencial, que envolve o cidadão, seus direitos, deveres e participação na tomada das decisões, é o reflexo do jornalismo feito de forma séria, com responsabilidade e ética.
Sugestão: Aquecedor Solar gera economia e ensina estudantes sobre o valor da energia
O tema energia renovável é muito discutido no contexto político e econômico. Diversas são os projetos e alternativas para diminuir o custo da geração e fontes de energia. Em Londrina, o professor de Química e Educação Ambiental do Colégio Olympia Tormenta, Márcio Adriano Medina, desenvolve, junto com alunos, na creche do Maria Cecília, um aquecedor solar feito com material reciclado. Para a construção do artefato são necessárias garrafas pet cristal, caixas de leite, tubos e conexões. Para captura da energia, os raios solares incidem no painel e causam o efeito estufa. A água, em constante circulação pelos tubos, aumenta a temperatura, podendo chegar a 60 graus. Mesmo no compartimento único, água quente e fria não se misturam. O mecanismo influencia nos custos da creche por diminuir o uso da eletricidade e também gera conforto. Mesmo com o tempo nublado, o aquecedor funciona e uma família de cinco pessoas economiza até R$50,00 por mês.
Professor Márcio: 91124471
- O que é preciso para ter acesso ao projeto?
- O custo e a manutenção são altos?
- Se quiser instalar na minha comunidade, o que devo fazer?
- Como é visto o retorno pelos alunos?
Geraldo Leão, aluno do curso de Técnico em Meio Ambiente, participa da elaboração do aquecedor. Para ele, o aprendizado técnico ajuda no conhecimento, mas a conscientização de que o aquecedor pode diminuir os custos, no fim do mês, é de grande valia.
Aluno Geraldo Leão: 99470158/33360169
- O que você aprendeu, não apenas na área técnica, mas quanto a sua criticidade e conscientização quanto às energias renováveis?
- isso pode ser levado a outros alunos?
Você faria um aquecedor em sua casa?
Na creche, as coordenadoras sabem que o aquecedor pode gerar mais conforto e economia. A entidade, que recebe muitas doações, pode dinamizar suas contas e economia, pelo sistema, além de poder levar conforto e melhores condições as crianças que atende.
Laura/Cida (coordenadoras): 99440169
- O que o aquecedor pode mudar?
- Isso é um exemplo a ser seguido por outras entidades? Por quê?
Professor Márcio: 91124471
- O que é preciso para ter acesso ao projeto?
- O custo e a manutenção são altos?
- Se quiser instalar na minha comunidade, o que devo fazer?
- Como é visto o retorno pelos alunos?
Geraldo Leão, aluno do curso de Técnico em Meio Ambiente, participa da elaboração do aquecedor. Para ele, o aprendizado técnico ajuda no conhecimento, mas a conscientização de que o aquecedor pode diminuir os custos, no fim do mês, é de grande valia.
Aluno Geraldo Leão: 99470158/33360169
- O que você aprendeu, não apenas na área técnica, mas quanto a sua criticidade e conscientização quanto às energias renováveis?
- isso pode ser levado a outros alunos?
Você faria um aquecedor em sua casa?
Na creche, as coordenadoras sabem que o aquecedor pode gerar mais conforto e economia. A entidade, que recebe muitas doações, pode dinamizar suas contas e economia, pelo sistema, além de poder levar conforto e melhores condições as crianças que atende.
Laura/Cida (coordenadoras): 99440169
- O que o aquecedor pode mudar?
- Isso é um exemplo a ser seguido por outras entidades? Por quê?
Sugestões de Pauta
Lei Municipal que institui o Serviço de Atendimento Emergencial no Terminal Urbano não está sendo cumprida
A Lei municipal 8660, de 19/12/2001, que autoriza o Executivo Municipal a instituir o serviço de Pronto Atendimento Emergencial no Terminal Urbano de Londrina não está sendo cumprida. Isso gera problemas aos usuários de transporte coletivo. Segundo Celso Melchiades, usuário do serviço e presidente da Força Comunitária de Londrina são em torno de 155.000 usuários que circulam diariamente pelo Terminal e são 40, o número de pessoas, que precisam de atendimento. Sônia Nery, da Secretaria de Saúde, confirma que a Lei Municipal não está sendo exercida e não existe nenhum projeto para instalação. Nery diz que à existência do SAMU (Serviço Atendimento Móvel de Urgência), supre as necessidades. Deve se levar em consideração que o artigo 5° informa que cabe a Autarquia do Serviço Municipal de Saúde a supervisão, avaliação e acompanhamento do serviço de Atendimento Emergencial. Carmem Marcelino, moradora da Zona Norte de Londrina é um exemplo de que a falta de atendimento pode prejudicar os usuários. Há dois meses, Carmem passou mal num ônibus e foi levada ao terminal. Ela pediu ajuda a um fiscal, mas nada foi feito. Após 30 minutos de espera e ser informada que não havia ambulâncias do SAMU a disposição, populares a levaram o PAM (Pronto Atendimento Médico). Cláudio dos Santos, do Conselho de Saúde, afirma que a Lei 8660 de 19/12/2001, obriga que os locais onde haja circulação expressiva, contenha estrutura para atendimento. “Na aprovação da lei, foi doado um desfibrilador ao Terminal. Porém não foi instalado o serviço”.
Fontes
- Sonia Nery (Secretaria de Saúde): 33761942
- Cláudio dos Santos (Conselho de Saúde): 30295095/33217993/99653225
- Carmem Marcelino (usuária): 33285124
- Celso Melchiades (Força Comunitária): 99150756
Obs: A pauta é polêmica e traz uma discussão a respeito da prestação de serviço em Londrina.
Perguntas:
Sonia:
- Porque o serviço não funciona no Terminal?
- O que pode ser feito para regulamentar? Falta verba ou estrutura física?
- E se o SAMU não tiver ambulâncias disponíveis, o que pode ser feito?
Celso:
- O que implica a não aplicação da lei?
- Há uma solução cabível?
A Lei municipal 8660, de 19/12/2001, que autoriza o Executivo Municipal a instituir o serviço de Pronto Atendimento Emergencial no Terminal Urbano de Londrina não está sendo cumprida. Isso gera problemas aos usuários de transporte coletivo. Segundo Celso Melchiades, usuário do serviço e presidente da Força Comunitária de Londrina são em torno de 155.000 usuários que circulam diariamente pelo Terminal e são 40, o número de pessoas, que precisam de atendimento. Sônia Nery, da Secretaria de Saúde, confirma que a Lei Municipal não está sendo exercida e não existe nenhum projeto para instalação. Nery diz que à existência do SAMU (Serviço Atendimento Móvel de Urgência), supre as necessidades. Deve se levar em consideração que o artigo 5° informa que cabe a Autarquia do Serviço Municipal de Saúde a supervisão, avaliação e acompanhamento do serviço de Atendimento Emergencial. Carmem Marcelino, moradora da Zona Norte de Londrina é um exemplo de que a falta de atendimento pode prejudicar os usuários. Há dois meses, Carmem passou mal num ônibus e foi levada ao terminal. Ela pediu ajuda a um fiscal, mas nada foi feito. Após 30 minutos de espera e ser informada que não havia ambulâncias do SAMU a disposição, populares a levaram o PAM (Pronto Atendimento Médico). Cláudio dos Santos, do Conselho de Saúde, afirma que a Lei 8660 de 19/12/2001, obriga que os locais onde haja circulação expressiva, contenha estrutura para atendimento. “Na aprovação da lei, foi doado um desfibrilador ao Terminal. Porém não foi instalado o serviço”.
Fontes
- Sonia Nery (Secretaria de Saúde): 33761942
- Cláudio dos Santos (Conselho de Saúde): 30295095/33217993/99653225
- Carmem Marcelino (usuária): 33285124
- Celso Melchiades (Força Comunitária): 99150756
Obs: A pauta é polêmica e traz uma discussão a respeito da prestação de serviço em Londrina.
Perguntas:
Sonia:
- Porque o serviço não funciona no Terminal?
- O que pode ser feito para regulamentar? Falta verba ou estrutura física?
- E se o SAMU não tiver ambulâncias disponíveis, o que pode ser feito?
Celso:
- O que implica a não aplicação da lei?
- Há uma solução cabível?
Currículo - Marcelo Souto Severino
Solteiro, brasileiro, 28 anos
Rua Elpídio Alves, 251 – José Giordano
CEP 86082-490 – Londrina - PR.
Tel. residencial: (43) 33476424
Celular: (43) 91430402
E-mail: msseverino@bol.com.br
- Cargo Pretendido: Jornalista
- Resumo profissional: Sólida experiência na área jornalística, com atuação em empresas de médio e pequeno porte e destaque no mercado há mais de cinco anos. Capacidade na área de redação, pauta e edição; habilidade e competência no trato com as fontes e desenvolvimento de matérias e reportagens. Seis meses de experiência em São Paulo e especialização (não concluída) em Comunicação Popular e Comunitária.
- Experiência Profissional
J.F. Produtora de Jornais – 03/08 a 05/08 (30243492 ou 99418157 – Sidnei Gomes)
Cargo: Jornalista responsável pela elaboração do Jornal Zona Norte (veículo de comunicação direcionado e pautado com matérias da Zona Norte de Londrina). Além da função de jornalista, cabia o exercício de fotógrafo, editor, paute iro e revisor. O ZN tem periodicidade mensal
Easy System – 10/07 a 02/08 (Localizada em São Paulo) Cargo: Jornalista responsável pela elaboração de campanhas com intuito de promover sites e programas operacionais relacionados à área de Recursos Humanos e Gerenciamento de Empresas. Atualização diária de dois sites da Easy System (e-manager) e busca de material jornalístico e fotografias para alimentar os mesmos. Contato com clientes para que fornecimento de material direcionado.
Folha Norte de Londrina – 03/03 a 11/04 (33573050 – Arthur Boligian)
Cargo: Repórter e Fotógrafo. Na Folha Norte desenvolvi diversas matérias relacionadas a esporte local, além da atualização de tabelas e classificação de futebol amador.
- Formação acadêmica 2002 a 2005 – Comunicação Social (Jornalismo), na Universidade Estadual de Londrina
2007 – Especialização em Comunicação Popular e Comunitária (Não concluída).
- Informações adicionais:
Entre os anos de 2002 a 2003 exerci a função de operador de áudio na Rádio Brasil Sul, em Londrina. No período, tive a oportunidade de fazer reportagens sobre o treinamento do LEC e editar matérias policiais.
Em 2005, durante todo o ano, fiz diversas reportagens para o Boletim Notícia, órgão oficial de imprensa da Universidade Estadual de Londrina. As pautas, sempre vinculadas à universidade, variavam do cientificismo a pesquisas acadêmicas. -Em 2006 e 2007 fiz algumas matérias para a Rádio Cincão FM e na mesma época publiquei pela Portugal Telecom diversos contos e poesias. Tais publicações aprimoraram o processo de elaboração de texto, devido à participação em oficinas literárias.
- Referência: José Marques (Fotógrafo da UEL) - 33381467
Rua Elpídio Alves, 251 – José Giordano
CEP 86082-490 – Londrina - PR.
Tel. residencial: (43) 33476424
Celular: (43) 91430402
E-mail: msseverino@bol.com.br
- Cargo Pretendido: Jornalista
- Resumo profissional: Sólida experiência na área jornalística, com atuação em empresas de médio e pequeno porte e destaque no mercado há mais de cinco anos. Capacidade na área de redação, pauta e edição; habilidade e competência no trato com as fontes e desenvolvimento de matérias e reportagens. Seis meses de experiência em São Paulo e especialização (não concluída) em Comunicação Popular e Comunitária.
- Experiência Profissional
J.F. Produtora de Jornais – 03/08 a 05/08 (30243492 ou 99418157 – Sidnei Gomes)
Cargo: Jornalista responsável pela elaboração do Jornal Zona Norte (veículo de comunicação direcionado e pautado com matérias da Zona Norte de Londrina). Além da função de jornalista, cabia o exercício de fotógrafo, editor, paute iro e revisor. O ZN tem periodicidade mensal
Easy System – 10/07 a 02/08 (Localizada em São Paulo) Cargo: Jornalista responsável pela elaboração de campanhas com intuito de promover sites e programas operacionais relacionados à área de Recursos Humanos e Gerenciamento de Empresas. Atualização diária de dois sites da Easy System (e-manager) e busca de material jornalístico e fotografias para alimentar os mesmos. Contato com clientes para que fornecimento de material direcionado.
Folha Norte de Londrina – 03/03 a 11/04 (33573050 – Arthur Boligian)
Cargo: Repórter e Fotógrafo. Na Folha Norte desenvolvi diversas matérias relacionadas a esporte local, além da atualização de tabelas e classificação de futebol amador.
- Formação acadêmica 2002 a 2005 – Comunicação Social (Jornalismo), na Universidade Estadual de Londrina
2007 – Especialização em Comunicação Popular e Comunitária (Não concluída).
- Informações adicionais:
Entre os anos de 2002 a 2003 exerci a função de operador de áudio na Rádio Brasil Sul, em Londrina. No período, tive a oportunidade de fazer reportagens sobre o treinamento do LEC e editar matérias policiais.
Em 2005, durante todo o ano, fiz diversas reportagens para o Boletim Notícia, órgão oficial de imprensa da Universidade Estadual de Londrina. As pautas, sempre vinculadas à universidade, variavam do cientificismo a pesquisas acadêmicas. -Em 2006 e 2007 fiz algumas matérias para a Rádio Cincão FM e na mesma época publiquei pela Portugal Telecom diversos contos e poesias. Tais publicações aprimoraram o processo de elaboração de texto, devido à participação em oficinas literárias.
- Referência: José Marques (Fotógrafo da UEL) - 33381467
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Eleições 2008 - Campanha do voto limpo e consciente
- Os candidatos têm como saber em quem votei?
A urna eletrônica é um meio seguro de votação. Nem mesmo os juízes ou técnicos da Justiça Eleitoral têm como saber em quem os eleitores votaram. Não acredite se algum candidato ou cabo eleitoral lhe disser que tem como saber em quem você votou. Isso é apenas uma forma de intimidação. O direito ao sigilo do voto é uma importante conquista – garantida pela Constituição – e permite que você exerça sua cidadania votando exclusivamente com base na sua consciência.
- Como é a urna eletrônica?
Ela é como um teclado de telefone com três teclas coloridas:
● BRANCO (cor branca) – para votar em branco;
● CORRIGE (cor laranja) – para corrigir e recomeçar em caso de erro;
● CONFIRMA (cor verde) – para confirmar o voto
As urnas eletrônicas são preparadas com cerca de uma semana de antecedência das eleições. Na ocasião, todos os dados constantes no meio de armazenamento interno são apagadas e carregadas as seguintes informações: uma cópia do sistema operacional, versão para a eleição, os aplicativos das eleições, tabelas de candidatos, municípios, zonas e dados dos eleitores de cada seção.
- É possível que hackers mudem o resultado das eleições?
As urnas eletrônicas estão absolutamente seguras contra hackers, uma vez que não são conectadas em linha telefônica nem em rede de computadores. Durante a transmissão dos Boletins de Urna, os microcomputadores de transmissão são de propriedade exclusiva da Justiça Eleitoral e somente o Juiz tem a senha de acesso. Acessos externos à rede da Justiça Eleitoral são barrados por meio de FireWall. Todas as informações contidas na urna e utilizadas nas eleições estão assinadas para garantir a integridade e inviolabilidade. Outra garantia de que os resultados não podem ser alterados é a contagem dos votos feita pelos próprios partidos a partir da soma dos boletins emitidos por cada urna eletrônica.
- O que é ser um eleitor consciente?
O eleitor consciente, segundo o TSE, é aquele que analisa as propostas e conhece a história dos candidatos e partidos. Participa de organizações sociais ou comunitárias. Costuma ir às reuniões políticas, acompanha debates, apresenta propostas e sabe que, apesar dos problemas, a política é um instrumento de ação da sociedade. Os eleitores conscientes sabem que a política e os políticos, por vezes, não fazem por merecer o seu voto, mas sabem também que ser cidadão implica participar ativamente, repensando atitudes e, se necessário, alternando pessoas e partidos no poder.
- O que significa votar com liberdade e consciência?
Votar é um meio de participar, influir e assumir responsabilidades na vida política do país. Não basta votar por votar. É preciso votar com liberdade e consciência. Deve-se votar sabendo em quem se está votando e seguro de que o candidato é realmente o melhor para o progresso da cidade e o bem estar da população. Para saber sobre isso, deve procurar informar-se. Antes mesmo das eleições, procure rádios, televisões, jornais, revistas, sites da internet e folhetos. Tudo isso traz informações sobre as eleições e os candidatos. Convém ficar atento, ler e ouvir as informações, discutir o assunto com amigos e conhecidos, comparar os discursos dos candidatos, pensar no que eles dizem e no que dizem deles. A imprensa, por exemplo, traz muita informação sobre os políticos.
- Como devo escolher o meu candidato?
Fique atento às propostas apresentadas na campanha e ao comportamento do candidato. Os bons políticos são líderes autênticos e têm capacidade de reunir pessoas em torno de idéias e não de interesses pessoais. Por isso existe a propaganda política. Serve para você conhecer os candidatos e suas idéias.
- Qual o preço da venda de um voto?
Vender o voto é o mesmo que vender a consciência. Vender a consciência é vender a si mesmo. O direito de votar não tem preço. Um voto mal dado reflete na sociedade como um todo, e na vida da própria pessoa. São votos assim que levam pessoas corruptas e mal preparadas para cargos públicos. Depois não adianta reclamar da corrupção dos políticos como se o eleitor não fosse responsável por isto também.
- O que fazer com os presentes ou favores dos candidatos?
Recusá-los e denunciar o autor da oferta. O assistencialismo desmobiliza e atrapalha a organização popular. Portanto, o que os políticos dão como um presente “generoso” ou o serviço que oferecem podem ser uma forma de subornar a Consciência do eleitor. Além disso, as obras que os governantes fazem com o dinheiro público são uma obrigação e não um favor a ser retribuído com o voto. O eleitor deve julgar se a administração foi boa ou má, haja muitas ou poucas obras aparentes. E o voto é uma forma de expressar esse julgamento. Hoje, graças a lei, é possível tirar da disputa candidatos que apenas fizeram uma oferta a um só eleitor, mesmo que ela não tenha sido aceita. Isso foi afirmado pelo TSE num julgamento histórico que ficou conhecido com o “caso Caixa D’água”.
- Alguém pode obrigar um eleitor a votar em algum candidato?
Não. Ninguém pode forçar uma pessoa a votar em um candidato. Também é proibido comprar e vender votos. Isso é ilegal e deve ser denunciado à Justiça Eleitoral. O voto é livre e secreto. É, ao mesmo tempo, um direito e um dever. Não pode ser objeto de pressão nem de comércio. Em nenhuma hipótese permita que um candidato retenha o seu título de eleitor. Casos de intimidação de trabalhadores ou de servidores públicos, com ameaças de demissão, devem ser denunciados. O candidato envolvido pode ser afastado da disputa e até submetido a um processo criminal.
- Como denunciar caso isso aconteça?
Se o eleitor receber qualquer tipo de pressão (ameaça, chantagem, coação) ou se alguém lhe oferecer dinheiro, emprego, qualquer tipo de benefício em troca do voto, deve-se reunir provas contra quem tentou fazer isso. Gravações, fotografias, testemunhas, originais e cópias de papéis comprometedores, mensagens de e-mail, fotos, tudo isso pode ajudar a provar que determinado eleitor foi vítima de crime eleitoral. Deve-se procurar o Juiz Eleitoral e apresentar a denúncia. O Juiz tem como tomar providências para punir os responsáveis por qualquer irregularidade nas eleições.
- É seguro denunciar?
Se você tem provas de que alguém praticou um ato de ameaça ou corrupção nas eleições, ou sabe onde essas provas podem ser obtidas, leve-as ao conhecimento da Justiça Eleitoral. Mesmo que o candidato não seja punido por alguma razão, você não correrá nenhum risco de ser acusado de haver formulado uma acusação leviana. Denúncia sem prova alguma não tem valor para a Justiça Eleitoral, mas você não precisa tê-la em mãos se souber onde ela pode ser obtida. O eleitor é o primeiro a promover a justiça nas eleições. Se ele se recusar a vender o voto, se não aceitar pressões, se denunciar irregularidades à Justiça, os candidatos corruptos vão parar de cometer fraudes eleitorais ou podem até deixar a política.
- Como se faz uma denúncia ao juiz eleitoral?
É preciso dispor de provas ou saber indicar a forma como elas podem ser obtidas. Diante disso, escreva a denúncia de qualquer forma (pode ser até à mão) e a entregue no Cartório Eleitoral da sua cidade. Em Ibiporã, ele está situado no Fórum. Você precisará assinar a denúncia. Se isso o fizer se sentir mais seguro, convide outras pessoas a assiná-la junto com você. O eleitor é o primei
- Como identifico um ato de corrupção?
A corrupção se manifesta de vaias formas, por exemplo:
Compra de Votos: Oferta ou doação de qualquer coisa ao eleitor – como dinheiro, presentes, material de construção, emprego, serviços médicos ou de advogados – em troca de seu voto. A simples oferta já é motivo para que o candidato seja cassado.
Uso eleitoral da Máquina Pública: utilização do dinheiro público para pagamento de despesas de campanha, ou de prédios, equipamentos, carros oficiais e outros bens públicos por candidatos.
Boca de urna: tentativa de influenciar o voto do eleitor no dia das eleições, com a distribuição de folhetos do candidato, entrega de brindes, uso de carros de som e realização de comícios.
A urna eletrônica é um meio seguro de votação. Nem mesmo os juízes ou técnicos da Justiça Eleitoral têm como saber em quem os eleitores votaram. Não acredite se algum candidato ou cabo eleitoral lhe disser que tem como saber em quem você votou. Isso é apenas uma forma de intimidação. O direito ao sigilo do voto é uma importante conquista – garantida pela Constituição – e permite que você exerça sua cidadania votando exclusivamente com base na sua consciência.
- Como é a urna eletrônica?
Ela é como um teclado de telefone com três teclas coloridas:
● BRANCO (cor branca) – para votar em branco;
● CORRIGE (cor laranja) – para corrigir e recomeçar em caso de erro;
● CONFIRMA (cor verde) – para confirmar o voto
As urnas eletrônicas são preparadas com cerca de uma semana de antecedência das eleições. Na ocasião, todos os dados constantes no meio de armazenamento interno são apagadas e carregadas as seguintes informações: uma cópia do sistema operacional, versão para a eleição, os aplicativos das eleições, tabelas de candidatos, municípios, zonas e dados dos eleitores de cada seção.
- É possível que hackers mudem o resultado das eleições?
As urnas eletrônicas estão absolutamente seguras contra hackers, uma vez que não são conectadas em linha telefônica nem em rede de computadores. Durante a transmissão dos Boletins de Urna, os microcomputadores de transmissão são de propriedade exclusiva da Justiça Eleitoral e somente o Juiz tem a senha de acesso. Acessos externos à rede da Justiça Eleitoral são barrados por meio de FireWall. Todas as informações contidas na urna e utilizadas nas eleições estão assinadas para garantir a integridade e inviolabilidade. Outra garantia de que os resultados não podem ser alterados é a contagem dos votos feita pelos próprios partidos a partir da soma dos boletins emitidos por cada urna eletrônica.
- O que é ser um eleitor consciente?
O eleitor consciente, segundo o TSE, é aquele que analisa as propostas e conhece a história dos candidatos e partidos. Participa de organizações sociais ou comunitárias. Costuma ir às reuniões políticas, acompanha debates, apresenta propostas e sabe que, apesar dos problemas, a política é um instrumento de ação da sociedade. Os eleitores conscientes sabem que a política e os políticos, por vezes, não fazem por merecer o seu voto, mas sabem também que ser cidadão implica participar ativamente, repensando atitudes e, se necessário, alternando pessoas e partidos no poder.
- O que significa votar com liberdade e consciência?
Votar é um meio de participar, influir e assumir responsabilidades na vida política do país. Não basta votar por votar. É preciso votar com liberdade e consciência. Deve-se votar sabendo em quem se está votando e seguro de que o candidato é realmente o melhor para o progresso da cidade e o bem estar da população. Para saber sobre isso, deve procurar informar-se. Antes mesmo das eleições, procure rádios, televisões, jornais, revistas, sites da internet e folhetos. Tudo isso traz informações sobre as eleições e os candidatos. Convém ficar atento, ler e ouvir as informações, discutir o assunto com amigos e conhecidos, comparar os discursos dos candidatos, pensar no que eles dizem e no que dizem deles. A imprensa, por exemplo, traz muita informação sobre os políticos.
- Como devo escolher o meu candidato?
Fique atento às propostas apresentadas na campanha e ao comportamento do candidato. Os bons políticos são líderes autênticos e têm capacidade de reunir pessoas em torno de idéias e não de interesses pessoais. Por isso existe a propaganda política. Serve para você conhecer os candidatos e suas idéias.
- Qual o preço da venda de um voto?
Vender o voto é o mesmo que vender a consciência. Vender a consciência é vender a si mesmo. O direito de votar não tem preço. Um voto mal dado reflete na sociedade como um todo, e na vida da própria pessoa. São votos assim que levam pessoas corruptas e mal preparadas para cargos públicos. Depois não adianta reclamar da corrupção dos políticos como se o eleitor não fosse responsável por isto também.
- O que fazer com os presentes ou favores dos candidatos?
Recusá-los e denunciar o autor da oferta. O assistencialismo desmobiliza e atrapalha a organização popular. Portanto, o que os políticos dão como um presente “generoso” ou o serviço que oferecem podem ser uma forma de subornar a Consciência do eleitor. Além disso, as obras que os governantes fazem com o dinheiro público são uma obrigação e não um favor a ser retribuído com o voto. O eleitor deve julgar se a administração foi boa ou má, haja muitas ou poucas obras aparentes. E o voto é uma forma de expressar esse julgamento. Hoje, graças a lei, é possível tirar da disputa candidatos que apenas fizeram uma oferta a um só eleitor, mesmo que ela não tenha sido aceita. Isso foi afirmado pelo TSE num julgamento histórico que ficou conhecido com o “caso Caixa D’água”.
- Alguém pode obrigar um eleitor a votar em algum candidato?
Não. Ninguém pode forçar uma pessoa a votar em um candidato. Também é proibido comprar e vender votos. Isso é ilegal e deve ser denunciado à Justiça Eleitoral. O voto é livre e secreto. É, ao mesmo tempo, um direito e um dever. Não pode ser objeto de pressão nem de comércio. Em nenhuma hipótese permita que um candidato retenha o seu título de eleitor. Casos de intimidação de trabalhadores ou de servidores públicos, com ameaças de demissão, devem ser denunciados. O candidato envolvido pode ser afastado da disputa e até submetido a um processo criminal.
- Como denunciar caso isso aconteça?
Se o eleitor receber qualquer tipo de pressão (ameaça, chantagem, coação) ou se alguém lhe oferecer dinheiro, emprego, qualquer tipo de benefício em troca do voto, deve-se reunir provas contra quem tentou fazer isso. Gravações, fotografias, testemunhas, originais e cópias de papéis comprometedores, mensagens de e-mail, fotos, tudo isso pode ajudar a provar que determinado eleitor foi vítima de crime eleitoral. Deve-se procurar o Juiz Eleitoral e apresentar a denúncia. O Juiz tem como tomar providências para punir os responsáveis por qualquer irregularidade nas eleições.
- É seguro denunciar?
Se você tem provas de que alguém praticou um ato de ameaça ou corrupção nas eleições, ou sabe onde essas provas podem ser obtidas, leve-as ao conhecimento da Justiça Eleitoral. Mesmo que o candidato não seja punido por alguma razão, você não correrá nenhum risco de ser acusado de haver formulado uma acusação leviana. Denúncia sem prova alguma não tem valor para a Justiça Eleitoral, mas você não precisa tê-la em mãos se souber onde ela pode ser obtida. O eleitor é o primeiro a promover a justiça nas eleições. Se ele se recusar a vender o voto, se não aceitar pressões, se denunciar irregularidades à Justiça, os candidatos corruptos vão parar de cometer fraudes eleitorais ou podem até deixar a política.
- Como se faz uma denúncia ao juiz eleitoral?
É preciso dispor de provas ou saber indicar a forma como elas podem ser obtidas. Diante disso, escreva a denúncia de qualquer forma (pode ser até à mão) e a entregue no Cartório Eleitoral da sua cidade. Em Ibiporã, ele está situado no Fórum. Você precisará assinar a denúncia. Se isso o fizer se sentir mais seguro, convide outras pessoas a assiná-la junto com você. O eleitor é o primei
- Como identifico um ato de corrupção?
A corrupção se manifesta de vaias formas, por exemplo:
Compra de Votos: Oferta ou doação de qualquer coisa ao eleitor – como dinheiro, presentes, material de construção, emprego, serviços médicos ou de advogados – em troca de seu voto. A simples oferta já é motivo para que o candidato seja cassado.
Uso eleitoral da Máquina Pública: utilização do dinheiro público para pagamento de despesas de campanha, ou de prédios, equipamentos, carros oficiais e outros bens públicos por candidatos.
Boca de urna: tentativa de influenciar o voto do eleitor no dia das eleições, com a distribuição de folhetos do candidato, entrega de brindes, uso de carros de som e realização de comícios.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
- O uso de ferramentas de comunicação para fins políticos (democracia digital) traz a tona tensões sociais -
Em 2000, o Estado do Arizona, nos EUA, engajou-se na votação on-line. Era a eleição no partido democrata e houve a participação e patrocínio da Electron.com, uma empresa de internet sem fins lucrativos. O sucesso da votação foi tal, que 86.907 democratas votaram. Em contrapartida, as primárias de 1992 e 1996, tiveram 36.072 e 12.844 eleitores. Destes, 46.028 votos foram on-line;
Questiona-se, devido à exclusão digital, se votos de grupos específicos, como hispânicos e indígenas, foram diluídos no Universo Geral e se a maior participação foi resultado da tecnologia ou da mobilização dos eleitores pela novidade do processo;
O voto on-line facilita o exercício político dos que tem acesso. Mas, quando se analisa o acesso de grupos, é obvio que muitos não tiveram oportunidades de participar do processo. Isso demonstra a falta de representação e desigualdades em termos de oportunidades de participação nos processos políticos. Além da distribuição desigual da internet diluir votos de grupos minoritários;
A solução das dificuldades está no investimento para o acesso a web por iniciativas públicas e privadas, para implantação do serviço nas escolas, bibliotecas e associações comunitárias. Assim, as camadas excluídas terão acesso e aprendizagem a respeito das novas tecnologias.
Questiona-se, devido à exclusão digital, se votos de grupos específicos, como hispânicos e indígenas, foram diluídos no Universo Geral e se a maior participação foi resultado da tecnologia ou da mobilização dos eleitores pela novidade do processo;
O voto on-line facilita o exercício político dos que tem acesso. Mas, quando se analisa o acesso de grupos, é obvio que muitos não tiveram oportunidades de participar do processo. Isso demonstra a falta de representação e desigualdades em termos de oportunidades de participação nos processos políticos. Além da distribuição desigual da internet diluir votos de grupos minoritários;
A solução das dificuldades está no investimento para o acesso a web por iniciativas públicas e privadas, para implantação do serviço nas escolas, bibliotecas e associações comunitárias. Assim, as camadas excluídas terão acesso e aprendizagem a respeito das novas tecnologias.
Indicadores da exclusão: Linhas divisórias que perduram
A renda é a linha divisória que separa os que têm tecnologia e os que não têm. Estudo mostra que até 2005 pelo menos a metade de todos os domicílios com renda inferior a 15 mil dólares permanecerão desconectados.
Desnível educacional define a exclusão social. 64% das pessoas com o ensino superior completo têm acesso à Internet, enquanto apenas 12% das pessoas com segundo grau completo acessam a rede.
Ocupação – Os que trabalham com o conhecimento estão sempre conectados no serviço ou em casa. Apenas 18% dos empregados com salários mais baixos usam Internet no serviço.
Raça e etnia – Em comparação com as residências de afro-americanos e hispânicos, as residências de brancos estão on-line numa proporção 60% maior. Os índios norte-americanos não têm chances de se conectar à rede.
A exclusão digital deve ser analisada como problema regional e local.
OBSTÁCULOS PARA PROVER O ACESSO À INTERNET NAS COMUNIDADES
Custo do serviço – Maioria das pesquisas revela que os custos continuam a ser o principal obstáculo que impede as pessoas de se conectar à internet. Cidadãos acima de 55 anos não desejam estar conectados, embora tenham computador em casa. Falta marketing das empresas de Tecnologia da Informação (TI) e conscientização para mudar essa situação.
A falta de conteúdos de relevância cultural mínima na web é motivo de preocupação.
Segurança – 85% dos norte-americanos apontam como problema muito grave a possibilidade de estranhos perigosos entrarem em contato com seus filhos pela rede; 84% se preocupam com a pornografia; 73% com a facilidade de descobrir-se uma receita para construir uma bomba.
A exclusão digital é um efeito colateral, produto que tende a reforçar as desigualdades já existentes produzidas pela economia política neoliberal.
Desnível educacional define a exclusão social. 64% das pessoas com o ensino superior completo têm acesso à Internet, enquanto apenas 12% das pessoas com segundo grau completo acessam a rede.
Ocupação – Os que trabalham com o conhecimento estão sempre conectados no serviço ou em casa. Apenas 18% dos empregados com salários mais baixos usam Internet no serviço.
Raça e etnia – Em comparação com as residências de afro-americanos e hispânicos, as residências de brancos estão on-line numa proporção 60% maior. Os índios norte-americanos não têm chances de se conectar à rede.
A exclusão digital deve ser analisada como problema regional e local.
OBSTÁCULOS PARA PROVER O ACESSO À INTERNET NAS COMUNIDADES
Custo do serviço – Maioria das pesquisas revela que os custos continuam a ser o principal obstáculo que impede as pessoas de se conectar à internet. Cidadãos acima de 55 anos não desejam estar conectados, embora tenham computador em casa. Falta marketing das empresas de Tecnologia da Informação (TI) e conscientização para mudar essa situação.
A falta de conteúdos de relevância cultural mínima na web é motivo de preocupação.
Segurança – 85% dos norte-americanos apontam como problema muito grave a possibilidade de estranhos perigosos entrarem em contato com seus filhos pela rede; 84% se preocupam com a pornografia; 73% com a facilidade de descobrir-se uma receita para construir uma bomba.
A exclusão digital é um efeito colateral, produto que tende a reforçar as desigualdades já existentes produzidas pela economia política neoliberal.
domingo, 17 de agosto de 2008
Vergonha: População de Ibiporã está revoltada com as obras inacabadas da Praça Pio XII e do Terminal Urbano de Ônibus.
É só chegar o período eleitoral para que as obras comecem a pipocar pela cidade. Não que a construção e reforma de bens públicos e de uso comum são negativas, mas o que implica, é a época na qual são executadas. Em Ibiporã temos dois exemplos de construções que estão totalmente paralisadas e que popularmente são conhecidas por “elefante branco”.
A primeira, que não traz impactos negativos para a cidade, é a construção do Terminal Urbano, que há muitos meses não se vê nenhum funcionário se dedicando à obra. Outro “elefante branco” que está causando transtorno, sujeira e caos, justamente no centro da cidade, é a reforma da Praça Pio XII. Segundo comerciantes da região e freqüentadores do local, há mais de três semanas que não se vê ninguém na execução do projeto.
Ronei Weber, 18 anos, mora no San Rafael e trabalha no centro. Para ele e muitos outros comerciários, a reforma, que deveria ser planejada e executada antes do período eleitoral, está causando prejuízos ao comércio e atrapalhando quem gosta de andar pela Avenida Paraná. “Quando as pessoas vêem ao centro para fazer suas compras, encontram uma paisagem desolada. O cliente se afasta e vai para outro local. Além disso, muitos se reuniam no horário de almoço para conversar. Não temos um local para descansar. Além disso, com o estado atual a segurança da praça piorou muito”, lamenta Ronei com a desvalorização do comércio.
Antônio Cardoso, de 60 anos, trabalha há 21 anos no local como vendedor. Morador do centro, para ele não é o momento de mexer na Pio XII devido o período das eleições, a época de chuvas e da cidade ter outras prioridades mais urgentes ligadas à saúde e educação. “A praça estava boa. Se havia necessidade da obra, porque somente agora, na época da eleição? Isso me deixa desconfiado quanto às intenções”, diz. Revoltado com a situação, que diminuiu em muito o movimento do seu comércio, devido à poeira e o barro, Cardoso afirma que não é único a reclamar. “O correto seria a poda e erradicação de árvores condenadas. Mas muitas, sem necessidade, foram arrancadas. Acabou a sombra e os bancos, que fazem parte da história de Ibiporã, foram retirados e destruídos”, diz. Presente todos os dias no local, Cardoso revelou que há mais de três semanas não se vê ninguém trabalhando na execução das obras.
Mesmo com a obra, o repositor Luciano Costa de Souza, 26 anos, do Santa Paula, acredita que falta algo essencial: a reforma e ampliação dos banheiros. “A praça é um dos cartões postais de Ibiporã. Imagine quando vir alguém de fora para nos visitar e encontrar o banheiro todo sujo. É uma vergonha para todos”, finaliza.
A primeira, que não traz impactos negativos para a cidade, é a construção do Terminal Urbano, que há muitos meses não se vê nenhum funcionário se dedicando à obra. Outro “elefante branco” que está causando transtorno, sujeira e caos, justamente no centro da cidade, é a reforma da Praça Pio XII. Segundo comerciantes da região e freqüentadores do local, há mais de três semanas que não se vê ninguém na execução do projeto.
Ronei Weber, 18 anos, mora no San Rafael e trabalha no centro. Para ele e muitos outros comerciários, a reforma, que deveria ser planejada e executada antes do período eleitoral, está causando prejuízos ao comércio e atrapalhando quem gosta de andar pela Avenida Paraná. “Quando as pessoas vêem ao centro para fazer suas compras, encontram uma paisagem desolada. O cliente se afasta e vai para outro local. Além disso, muitos se reuniam no horário de almoço para conversar. Não temos um local para descansar. Além disso, com o estado atual a segurança da praça piorou muito”, lamenta Ronei com a desvalorização do comércio.
Antônio Cardoso, de 60 anos, trabalha há 21 anos no local como vendedor. Morador do centro, para ele não é o momento de mexer na Pio XII devido o período das eleições, a época de chuvas e da cidade ter outras prioridades mais urgentes ligadas à saúde e educação. “A praça estava boa. Se havia necessidade da obra, porque somente agora, na época da eleição? Isso me deixa desconfiado quanto às intenções”, diz. Revoltado com a situação, que diminuiu em muito o movimento do seu comércio, devido à poeira e o barro, Cardoso afirma que não é único a reclamar. “O correto seria a poda e erradicação de árvores condenadas. Mas muitas, sem necessidade, foram arrancadas. Acabou a sombra e os bancos, que fazem parte da história de Ibiporã, foram retirados e destruídos”, diz. Presente todos os dias no local, Cardoso revelou que há mais de três semanas não se vê ninguém trabalhando na execução das obras.
Mesmo com a obra, o repositor Luciano Costa de Souza, 26 anos, do Santa Paula, acredita que falta algo essencial: a reforma e ampliação dos banheiros. “A praça é um dos cartões postais de Ibiporã. Imagine quando vir alguém de fora para nos visitar e encontrar o banheiro todo sujo. É uma vergonha para todos”, finaliza.
sábado, 16 de agosto de 2008
PMDB Jovem convida a todos que desejam participar, conhecer e debater política
O engajamento dá á juventude maior consciência e criticidade quanto à realidade social que o cerca. As formas de participação política são diversas e podem ser representadas na escola, associação de moradores, movimentos populares, estudantis, no seu condomínio ou em debates e discussões baseadas em fatos. E é a juventude que representa mais de 40% dos votos que tem o dever de se informar para formar opiniões.
Em Ibiporã o PMDB Jovem é uma das entidades que exerce esse papel cívico. O grupo, que compreende em torno de 250 pessoas entre 16 aos 35 anos, nasceu com a intenção de incutir debates políticos, sociais, promover eventos e criar projetos públicos voltados ao jovem, ao esporte, à educação e ao emprego. “O PMDB Jovem tem membros do movimento estudantil, hip hop, skatistas e pessoas da sociedade civil em geral”, diz Thiago Eik Mendes Paloco, 21 anos e acadêmico de Direito. Sem vínculos às esferas do Poder Público, a entidade sobrevive de eventos e mantém um fundo, no qual, por exemplo, pôde comprar ovos de chocolate para doar a crianças de Ibiporã na última Páscoa.
Rafael Santana, 22 anos, é do movimento estudantil e relata que o mesmo tem grande força e representatividade dentro do PMDB Jovem. “Existem cidades que possuem Secretaria de Juventude, como Foz do Iguaçu. O órgão ajuda gestores públicos a criar planos de governo voltados ao segmento”, conclui. Segundo Rafael, muitos jovens são despolitizados e votam em candidatos despreparados e que não tem compromisso sério com a cidade. “São poucos o que se ligam na política”, completa. Acadêmico de Direito, Rafael lembra que infelizmente a culpa não é do jovem, mas de uma mídia que não contribui para a formação do caráter crítico do cidadão. Para que haja mudança, é preciso criar fóruns, debates e trazer à cidade personalidades influentes para estimular a critica através de palestras e oficinas.
Jair Soares de Oliveira, 18 anos, estuda no ensino médio do Teotônio Vilela e lamenta que a cultura política do brasileiro dê prioridade a corrupção e elege políticos que “compram” votos pela contratação de cabos-eleitorais. “Perde-se quatro com isso”, lamenta.
Segundo Thiago, o PMDB Jovem precisa de mais pessoas participando e trazendo proposta e projetos. “A juventude precisa de trabalho, ter uma profissão e fazer aquilo que gosta. Temos um pensamento diferenciado e o envolvimento partidário leva ao esclarecimento político”. No período de seis anos, no qual atua na entidade, aprendeu muito, conheceu diversas pessoas e criou novas concepções que o ajudaram a se tornar um cidadão.
Aos interessados em conhecer o trabalho do PMDB Jovem, ele está de portas abertas a todos. Para participar ou se filiar, o interessado deve procurar o gabinete de qualquer um dos vereadores do PMDB com o título de eleitor, CPF e RG.
Em Ibiporã o PMDB Jovem é uma das entidades que exerce esse papel cívico. O grupo, que compreende em torno de 250 pessoas entre 16 aos 35 anos, nasceu com a intenção de incutir debates políticos, sociais, promover eventos e criar projetos públicos voltados ao jovem, ao esporte, à educação e ao emprego. “O PMDB Jovem tem membros do movimento estudantil, hip hop, skatistas e pessoas da sociedade civil em geral”, diz Thiago Eik Mendes Paloco, 21 anos e acadêmico de Direito. Sem vínculos às esferas do Poder Público, a entidade sobrevive de eventos e mantém um fundo, no qual, por exemplo, pôde comprar ovos de chocolate para doar a crianças de Ibiporã na última Páscoa.
Rafael Santana, 22 anos, é do movimento estudantil e relata que o mesmo tem grande força e representatividade dentro do PMDB Jovem. “Existem cidades que possuem Secretaria de Juventude, como Foz do Iguaçu. O órgão ajuda gestores públicos a criar planos de governo voltados ao segmento”, conclui. Segundo Rafael, muitos jovens são despolitizados e votam em candidatos despreparados e que não tem compromisso sério com a cidade. “São poucos o que se ligam na política”, completa. Acadêmico de Direito, Rafael lembra que infelizmente a culpa não é do jovem, mas de uma mídia que não contribui para a formação do caráter crítico do cidadão. Para que haja mudança, é preciso criar fóruns, debates e trazer à cidade personalidades influentes para estimular a critica através de palestras e oficinas.
Jair Soares de Oliveira, 18 anos, estuda no ensino médio do Teotônio Vilela e lamenta que a cultura política do brasileiro dê prioridade a corrupção e elege políticos que “compram” votos pela contratação de cabos-eleitorais. “Perde-se quatro com isso”, lamenta.
Segundo Thiago, o PMDB Jovem precisa de mais pessoas participando e trazendo proposta e projetos. “A juventude precisa de trabalho, ter uma profissão e fazer aquilo que gosta. Temos um pensamento diferenciado e o envolvimento partidário leva ao esclarecimento político”. No período de seis anos, no qual atua na entidade, aprendeu muito, conheceu diversas pessoas e criou novas concepções que o ajudaram a se tornar um cidadão.
Aos interessados em conhecer o trabalho do PMDB Jovem, ele está de portas abertas a todos. Para participar ou se filiar, o interessado deve procurar o gabinete de qualquer um dos vereadores do PMDB com o título de eleitor, CPF e RG.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Câmara aprova projeto que amplia licença-maternidade para 180 dias
Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou há pouco projeto de lei que amplia, em caráter facultativo, a licença-maternidade de 120 para 180 dias. Para fazer com que o benefício atinja o maior número possível de trabalhadoras, a proposta garante incentivo fiscal ao empregador que conceder mais dois meses de licença para suas trabalhadoras.
A proposta, de autoria da senadora Patricia Sabóia (PDT-CE), agora vai à sanção presidencial, já que foi aprovada também no Senado. O projeto cria o Programa Empresa Cidadã, por meio do qual empresas privadas poderão, voluntariamente, conceder licença maternidade de 180 dias. Em compensação, elas terão o direito de descontar no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica o valor integral dos salários pagos à trabalhadora pelos dois meses a mais que ela ficar cuidando do filho recém-nascido.
De acordo com o projeto, a prorrogação da licença também será garantida, na mesma proporção, à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. A empregada de empresa que aderir ao Programa Empresa Cidadã tem direito a requerer a prorrogação até o final do primeiro mês após o parto.
A deputada Rita Camata (PMDB-ES), uma das parlamentares que mais lutou pela aprovação do projeto, disse que a ampliação da licença-maternidade é de grande significado para as mulheres e para as crianças, que vão poder ficar mais tempo ao lado da mãe. "É uma grande conquista para as mulheres e para os bebês".
Fonte: Agência Brasil
A proposta, de autoria da senadora Patricia Sabóia (PDT-CE), agora vai à sanção presidencial, já que foi aprovada também no Senado. O projeto cria o Programa Empresa Cidadã, por meio do qual empresas privadas poderão, voluntariamente, conceder licença maternidade de 180 dias. Em compensação, elas terão o direito de descontar no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica o valor integral dos salários pagos à trabalhadora pelos dois meses a mais que ela ficar cuidando do filho recém-nascido.
De acordo com o projeto, a prorrogação da licença também será garantida, na mesma proporção, à empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. A empregada de empresa que aderir ao Programa Empresa Cidadã tem direito a requerer a prorrogação até o final do primeiro mês após o parto.
A deputada Rita Camata (PMDB-ES), uma das parlamentares que mais lutou pela aprovação do projeto, disse que a ampliação da licença-maternidade é de grande significado para as mulheres e para as crianças, que vão poder ficar mais tempo ao lado da mãe. "É uma grande conquista para as mulheres e para os bebês".
Fonte: Agência Brasil
Sobre duas rodas: A bicicleta é o meio de transporte mais popular que existe.
Criada em 1818, ela é fonte de renda, diversão e saúde
A primeira bicicleta foi inventada em 1818 na Inglaterra pelo alemão Barão Karl Von Drais, onde duas rodas eram ligadas por uma peça de madeira e o ciclista impulsionava-se apoiando os pés no chão. No Brasil a invenção chegou em 1898 e se tornou uma prática muito popular.
Alessandro Silva Garcia é quem diz. Com uma bicicletaria na Avenida Saul Elkind, Alessandro é mecânico de bicicleta há 10 anos. Hoje com 22 anos, ele se lembra quando aos 12 anos pediu para aprender o ofício a partir de consertos de aros e remendo de pneu. A partir daí pegou prática e experiência numa montadora de Curitiba e montou uma sala na Saul Elkind. Alessandro diz que o ofício é conhecido por mecânico de bicicleta e consiste em consertos em geral e acessórios, desde o remendo até a montagem completa da bike, sendo os mais solicitados a centragem do aro e regulagem dos freios. Alessandro diz que a maioria dos clientes é da Zona Norte e que entre os consertos, que chegam aos 70 por semana, vão desde a cross até a popular Barra Circular e que com a chegada do verão a procura pela bicicleta é maior, inclusive para quem vai trabalhar. Dentro da bicicletaria Alessandro é auxiliado por Vander Eduardo Schitkoski, 19 anos, que aprendeu a profissão há um ano e nove meses, sendo compensadora e humilde. Apesar do pouco tempo, sua dedicação é tanta, que ele disse que o primeiro projeto de bicicleta foi feito pelo francês Mede de Sivrac, em 1790, era o celerífero, que em latim significa transporte rápido.
Outra pessoa que trabalha com bicicletas é Ailton José Francisco, de 34 anos, da Bike União. Com uma oficina no Jardim dos Estados há quatro anos, seu trabalho não consiste somente em consertos, mas se ramificou para a borracharia e motopeças. Com o trabalho em família, trabalhando junto com a esposa Claúdia, 29, e o irmão Gilvan Mendes, 28 anos, que diz que a profissão é o seu ganha pão e que a conhece desde criança. Ailton, que antes era caminhoneiro, começou com uma pequena porta, como quem não queria nada, diz que hoje o trabalho é a principal fonte de renda.
A esposa de Ailton, Cláudia Francisco, ajuda a família fazendo vários serviços, como um remendo ou na regulagem e troca de freio. Ela afirma que que já fabricaram a bicicleta dupla e a motorizada, sendo que a dupla foi para uma pessoa de Rolândia que tinha problemas de saúde e não conseguia andar sozinho. A pessoa foi a loja, escolheu as peças, personalizou a pintura. No mesmo dia que a bicicleta ficou pronta ele foi para Rolândia pedalando junto a um amigo. Com muita saída de bicicletas novas e usadas, outra especialidade de Ailton é a fabricação de bicicletas motorizadas a partir de quadro comum, mas com motor de mobilete ou walk machine.
No Cincão, uma das bicicletarias mais conhecidas é a do Professor, apelido carinhoso ganho por José Roberto Gomes, 50 anos, professor de Educação Física até 1994. Mas antes disso, em 1991, José montou uma bicicletaria no Aquiles Stenguel para ajudar os filhos e complementar a renda. Muito preocupado com a saúde proporcionada a partir da prática do esporte, Professor aprendeu a mecânica de bicicletas a partir da curiosidade. Como seu pai tinha um mercado, era ele quem consertava as cargueiras quando havia algum defeito, tanto que no seu estoque atual é possível encontrar uma velha cargueira. Outro fato que marcou o professor, foi quando em sua juventude, morava em Faxinal e viu uma bicicleta feita com quadro de madeira compensada. Hoje com serviços de montagens, manutenção e reforma, e com a maioria da clietela formada por operários, ele acredita que o exercício da profissão está difícil. Apesar disso não desanima e coloca e engenhosidade em prática. Tanto que a encomenda da bicicleta dupla, que é feita a partir de dois quadros de Barra Circular é comum para ele.
Pensando na qualidade de trabalho, ele afirma que a diferença do preço nas peças é muito grande, entretanto é essa diferença que determina a qualidade. Perguntado sobre a vedete das bicicletas, Professor disse que quem ganha disparado é a Barra Circular, seguida de perto pela freestyle. Entre as fábricas mais conhecias estão a Caloi e a Monark, porém com a tercerizaram da linha de montagem, essas marcas desapareceram do mercado. Entretanto, ele diz que a tecnologia está tao avançada, que as melhores bicicletas são todas feitas de fibra de carbono.
Melhor do que o ônibus, a bicicleta
Benedito Sebastião da Silva, nos seus 56 anos de idade, diz que a vida toda andou de bicicleta. Morador do Jardim Paraty, ele usa a Barra Circular Monobloco Olé 70 para ir a todos os lugares. A bicicleta, segundo Benedito, foi criada em comemoração ao Rei Pelé, que ajudou a Seleção Brasileira na conquista do Tri em 1970, no México, tem aro 28 e o freio é com varão de ferro. A mesma, que segundo ele só viu tres iguais em Londrina, carrega uma cópia da Taça Jules Rimet pintada próximo ao banco e tem mais de 34 anos.
A saúde do aposentado é tanta, que duas vezes por semana vai a Cambé, numa média de 45 minutos: “compensa mais ir de bicicleta porque demora menos e não custa nada, além de no calor eu colocar um chapéu na cabeça e ir encontrar os amigos”.
Cuidado, a atenção é essencial, diz Vágner
Morador do Vivi Xavier, Vágner Miguel dos Santos, 14 anos, possui uma JNA, que a utiliza para serviços domésticos e principalmente para se divertir com os amigos. Sua prática mais comum é ir ao Centro ou ao Igapó nos finais de semana. Apesar da distancia, ele acredita que o cuidado e o respeito ao transito é essencial, além da necessidade de ser feita em Londrina ciclovias e o motorista ter consciencia de que o bicicleteiro deve ter espaço na rua.
De Londrina a São Bernardo do Campo em cima da bike
Quando o letrista Boanerges Pereira da Silva, de 48 anos, começou a andar de bicicleta por diversão, não imaginaria que a prática o levaria tão longe. Morador da rua Cegonha, no Violin, Boanerges começou a andar de bicicleta por turismo, depois com o aumento das distancias a prática se tornou um esporte. A 1ª vez que saiu de bicicleta foi aos 18 anos, quando foi a Bela Vista do Paraíso, para visitar alguns amigos. Os fatos são tantos, que ele se lembra, como se fosse hoje, quando aos 21 anos foi a São Jerônimo da Serra, na casa duma ex-namorada. Ele saiu de Londrina às 4 horas, chegou em São Jerônimo ás 10h30, até que chegou em Londrina às 22h30. Nestas aventuras sobre duas rodas, Boanerges já foi a Telêmaco Borba, Castro e Tomazina, porém a viagem que o mais marcou foi em 1995, quando foi a São Bernardo do Campo, no ABCD Paulista. Difícil e demorada, ele a planejou com antecedência. A viagem durou quatro dias e meio, ficando por lá durante cinco dias.
Com uma placa na traseira, identificando-o que era de Londrina e a preocupação de segurança com farol, pisca e retrovisor, era comum as pessoas o pararem-no na estrada e perguntar se estava pagando promessa, ele todo sorridente dizia que não, mas sim que estava praticando um esporte. Entre Londrina e São Bernardo, o caminho era repleto de paisagens como montanhas, rios e florestas.
Com a viagem interrompida pela chuva, Boanerges ficou tres dias em Sorocaba devido a chuva, entretanto, quando chegou na casa de seus parentes em São Bernardo, eles não o reconheceram. Primeiro ele chegou no portão e bateu palma, seu irmão foi ao seu encontro e não o reconheceu, então Boanerges tirou o óculos e o capacete a aí sim seu irmao lhe deu um abraço e disse: “você é maluco mesmo”.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Apesar de discriminado, grafite tira jovens e adolescentes de situações de risco
O hip-hop, representação artística das periferias que surgiu na década de 70, no bairro do Bronks, em Nova York, é a junção de quatro elementos: break, que é a dança; o MC, Mestre de Cerimônias, que canta; DJ, que é a pessoa responsável por tocar as músicas; e pelo graffiti, que são as pinturas feitas a partir de spray.
Este último elemento, o grafite, segundo Tadeu Alberto Júnior, conhecido na cena hip-hop por Carão, é uma arte milenar, inspirada na pictografia, antigos desenhos feitos nas cavernas desde o principio da humanidade. No entanto, Carão diz que se antigamente eram usados materiais como a pedra, folhagens, madeira e ossos para fazer as imagens, hoje o spray substitui tudo isso, dando qualidade e agilidade aos trabalhos.
Trabalhando como arte-educador no projeto Pe. Leonardo Murialdo, que é mantido pela EPESMEL, Carão diz que não aprendeu o grafite sozinho. Com aptidão para desenhar, começou a desenvolver-se a partir de aulas em oficinas de grafitagem.
Ciente de que um arte-educador deve ser uma pessoa engajada e preocupada com as questões sociais, Carão aborda que o grafiteiro, da mesma forma que o MC, constrói seus trabalhos a partir do que acontece ao seu redor. “Não podemos ficar restritos somente à periferia, mas devemos abordar temas mais profundos, como política e sociedade”, diz.
O engajamento se faz necessário devido o grafite ser uma ramificação da pixação, ser marginalizado e visto como algo errado ou uma depredação. Porém, durante as aulas na EPESMEL, é criado, nos alunos, a consciência de que o grafite é uma arte que exprime a angústia e a luta dos oprimidos contra seus opressores. “Existe a busca pela transformação social do aluno, que muitas vezes pode estar em situação de risco, ou exposto à violência. O grafite é uma oportunidade para os que tem habilidades para desenhar, desenvolver técnicas e no futuro, expressar sua arte de outras formas, como na pintura de quadros e telas”, completa o arte-educador.
Apesar de não haver o retorno financeiro esperado, Carão diz que o reconhecimento do serviço prestado à comunidade, ao resgatar um adolescente do crime, é a maior gratificação que se pode receber.
Reconhecido pelo talento, Carão participou de vários encontros de grafiteiros
Além de dar aulas na EPESMEL, Carão e o amigo Hugo Fabiano Rocha, que também é arte-educador, já participaram de vários encontros de hip-hop e de grafitagem. Em um deles, o Encontro Paranaense de Graffiti, realizado em setembro de 2005, em Mandaguari, a dupla ganhou o primeiro lugar, onde a disputa, ou “batalha”, era fazer um desenho free-style (estilo livre), num tapume de madeiriti de 1,50x2,10. “Enquanto os MC cantavam, a gente fez um desenho em três tapumes”, conta Hugo.
Mas este não foi o único evento que participaram. Carão e Hugo participaram de mostras não competitivas em Londrina, São Bernardo do Campo e Curitiba, sendo que esta, em outubro de 2005, foi a de maior repercussão, pois havia grafiteiros de várias capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. “Neste evento, em Curitiba, éramos os únicos do interior e até tinha uns gringos vindos de Santiago, no Chile e de Los Angeles, dos Estados Unidos”, completa Hugo.
Este último elemento, o grafite, segundo Tadeu Alberto Júnior, conhecido na cena hip-hop por Carão, é uma arte milenar, inspirada na pictografia, antigos desenhos feitos nas cavernas desde o principio da humanidade. No entanto, Carão diz que se antigamente eram usados materiais como a pedra, folhagens, madeira e ossos para fazer as imagens, hoje o spray substitui tudo isso, dando qualidade e agilidade aos trabalhos.
Trabalhando como arte-educador no projeto Pe. Leonardo Murialdo, que é mantido pela EPESMEL, Carão diz que não aprendeu o grafite sozinho. Com aptidão para desenhar, começou a desenvolver-se a partir de aulas em oficinas de grafitagem.
Ciente de que um arte-educador deve ser uma pessoa engajada e preocupada com as questões sociais, Carão aborda que o grafiteiro, da mesma forma que o MC, constrói seus trabalhos a partir do que acontece ao seu redor. “Não podemos ficar restritos somente à periferia, mas devemos abordar temas mais profundos, como política e sociedade”, diz.
O engajamento se faz necessário devido o grafite ser uma ramificação da pixação, ser marginalizado e visto como algo errado ou uma depredação. Porém, durante as aulas na EPESMEL, é criado, nos alunos, a consciência de que o grafite é uma arte que exprime a angústia e a luta dos oprimidos contra seus opressores. “Existe a busca pela transformação social do aluno, que muitas vezes pode estar em situação de risco, ou exposto à violência. O grafite é uma oportunidade para os que tem habilidades para desenhar, desenvolver técnicas e no futuro, expressar sua arte de outras formas, como na pintura de quadros e telas”, completa o arte-educador.
Apesar de não haver o retorno financeiro esperado, Carão diz que o reconhecimento do serviço prestado à comunidade, ao resgatar um adolescente do crime, é a maior gratificação que se pode receber.
Reconhecido pelo talento, Carão participou de vários encontros de grafiteiros
Além de dar aulas na EPESMEL, Carão e o amigo Hugo Fabiano Rocha, que também é arte-educador, já participaram de vários encontros de hip-hop e de grafitagem. Em um deles, o Encontro Paranaense de Graffiti, realizado em setembro de 2005, em Mandaguari, a dupla ganhou o primeiro lugar, onde a disputa, ou “batalha”, era fazer um desenho free-style (estilo livre), num tapume de madeiriti de 1,50x2,10. “Enquanto os MC cantavam, a gente fez um desenho em três tapumes”, conta Hugo.
Mas este não foi o único evento que participaram. Carão e Hugo participaram de mostras não competitivas em Londrina, São Bernardo do Campo e Curitiba, sendo que esta, em outubro de 2005, foi a de maior repercussão, pois havia grafiteiros de várias capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. “Neste evento, em Curitiba, éramos os únicos do interior e até tinha uns gringos vindos de Santiago, no Chile e de Los Angeles, dos Estados Unidos”, completa Hugo.
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Quando o sonho da casa própria é real
Famílias deixam fundo de vale para viver a realidade da casa própria.
A entidade “O Ylê Axé Òpó Omin I”, fundada em 17 de dezembro de 1988, teve grande influência para que diversas famílias que moravam no fundo de vale do Aquiles Stenghel, conquistassem o direito à casa própria. A entidade é fundamentada na cultura africana e tem sua origem espiritual na mesma. “Nossa missão partiu da vontade de fazer um trabalho social. Oferecemos almoço a crianças carentes”, diz Terezinha Pereira da Silva, 48, que mora no Maria Cecília e coordena a entidade que atende em torno de 221 famílias do Vale da Lua, Vale do Sol, Primavera e Jardim dos Campos. “O Ylê Axé Òpó Omin I” leva a cidadania aos mais carentes através de oficinas culturais e o combate a pobreza, oferecendo um ofício e trabalho aos interessados. Há palestras de combate a dengue, Lei Maria da Penha (que defende o direito das mulheres), cidadania e parceiras com a Universidade Estadual de Londrina, com a “Universidade sem fronteiras”.
Quanto à conquista das casas, Terezinha relembra como foi o processo de invasão do fundo de vale. “Muitas pessoas não tinham condições de pagar aluguel. Em 1995, várias famílias invadiram o fundo de vale e deram início ao Vale da Lua. Em 1997 começou o Vale do Sol”, diz. Na ocasião, os moradores corriam riscos com a água contaminada, enchentes e falta de energia elétrica. Foi implantada a ‘torneira comunitária’ e a ‘energia elétrica comunitária’. Apesar disso, alguns moradores obtiveram dificuldades em pagar a energia, pela falta de emprego. “A COPEL não quis instalar energia individual devido à invasão ser um terreno irregular”. Observando que as dificuldades somente aumentavam, a comunidade se organizou e no ano de 2002, após diversas assembléias e reuniões na Prefeitura e na COHAB tiveram como resposta a remoção das famílias. Em 2005 as primeiras casas começaram a ser entregues no Jardim Primavera.
Uma das beneficiadas é a doméstica Idelzuita Valéria de Souza, 45. “Tinha muitas dificuldades para arrumar emprego porque não tinha comprovante de residência”, diz. Sua vida mudou. Se antes morava num fundo de vale, hoje mora numa casa de 57m² com quintal de 200m². “Planto árvores frutíferas e diversas ervas. Assim como eu, quero que outros conquistem suas casas”, afirma Idelzuita, com orgulho.
Carlos Eduardo Afonso, presidente da COHAB, diz que ao todo serão entregues 257 casas até o inicio de novembro. 66 casas já estão ocupadas e são em torno de 70 operários, da região, que executam a obra.
A entidade “O Ylê Axé Òpó Omin I”, fundada em 17 de dezembro de 1988, teve grande influência para que diversas famílias que moravam no fundo de vale do Aquiles Stenghel, conquistassem o direito à casa própria. A entidade é fundamentada na cultura africana e tem sua origem espiritual na mesma. “Nossa missão partiu da vontade de fazer um trabalho social. Oferecemos almoço a crianças carentes”, diz Terezinha Pereira da Silva, 48, que mora no Maria Cecília e coordena a entidade que atende em torno de 221 famílias do Vale da Lua, Vale do Sol, Primavera e Jardim dos Campos. “O Ylê Axé Òpó Omin I” leva a cidadania aos mais carentes através de oficinas culturais e o combate a pobreza, oferecendo um ofício e trabalho aos interessados. Há palestras de combate a dengue, Lei Maria da Penha (que defende o direito das mulheres), cidadania e parceiras com a Universidade Estadual de Londrina, com a “Universidade sem fronteiras”.
Quanto à conquista das casas, Terezinha relembra como foi o processo de invasão do fundo de vale. “Muitas pessoas não tinham condições de pagar aluguel. Em 1995, várias famílias invadiram o fundo de vale e deram início ao Vale da Lua. Em 1997 começou o Vale do Sol”, diz. Na ocasião, os moradores corriam riscos com a água contaminada, enchentes e falta de energia elétrica. Foi implantada a ‘torneira comunitária’ e a ‘energia elétrica comunitária’. Apesar disso, alguns moradores obtiveram dificuldades em pagar a energia, pela falta de emprego. “A COPEL não quis instalar energia individual devido à invasão ser um terreno irregular”. Observando que as dificuldades somente aumentavam, a comunidade se organizou e no ano de 2002, após diversas assembléias e reuniões na Prefeitura e na COHAB tiveram como resposta a remoção das famílias. Em 2005 as primeiras casas começaram a ser entregues no Jardim Primavera.
Uma das beneficiadas é a doméstica Idelzuita Valéria de Souza, 45. “Tinha muitas dificuldades para arrumar emprego porque não tinha comprovante de residência”, diz. Sua vida mudou. Se antes morava num fundo de vale, hoje mora numa casa de 57m² com quintal de 200m². “Planto árvores frutíferas e diversas ervas. Assim como eu, quero que outros conquistem suas casas”, afirma Idelzuita, com orgulho.
Carlos Eduardo Afonso, presidente da COHAB, diz que ao todo serão entregues 257 casas até o inicio de novembro. 66 casas já estão ocupadas e são em torno de 70 operários, da região, que executam a obra.
domingo, 10 de agosto de 2008
Eles ainda são muito novos, mas aprendem na prática as funções de um legislador.
São os vereadores mirins de Ibiporã, que tem muita seriedade e respeito ao município.
Muitos adolescentes que estão na faixa etária dos 14 a 15 anos, exercem atividades saudáveis como a prática de esportes, a dedicação aos estudos ou estabelecem relacionamentos pela internet. Em Ibiporã essa realidade não é diferente. Porém, existe um grupo de estudantes que estão preocupados não apenas com o bom rendimento escolar, mas também com as necessidades do município. Eles são os vereadores mirins, que formam um grupo de vinte pessoas que se reúnem uma vez por mês, na Câmara Municipal, para discutir e procurar das encaminhamento político aos problemas da cidade.
O mandato, que dura um ano e não dá direito à reeleição, conta com estudantes de 10 escolas públicas e particulares da cidade, que estão na 7ª ou 8ª série do Ensino Médio. Quanto à forma de escolha dos eleitos, ela é feita da seguinte maneira: Os alunos com as melhores notas são convidados a fazer uma redação com o tema “O que é ser um vereador”. Após a seleção do grupo mais qualificado, é feita uma eleição, onde os dois alunos mais votado tornam-se os representantes da escola no Legislativo Municipal. As reuniões, presididas a cada sessão por um vereador-mirim diferente, tem o caráter pedagógico, visa à cidadania e traz a situação da Câmara para os jovens. O projeto, que é um dos mais antigos do Paraná, está na sua 11ª Legislatura e surgiu em Junho de 2007, através da Resolução 01/97, de autoria dos vereadores João Toledo Coloniezi e Lourdes Narciso.
Nas reuniões, engana-se quem pensa que tudo não passam de brincadeira. No plenário, a coisa é séria. Em pauta, assuntos polêmicos relacionados ao município, como a falta de iluminação nos bairros, asfalto, melhorias nos hospitais e postos de saúde e principalmente temas ligados à infra-estrutura. Após a discussão, a pauta vira Projeto de Lei encaminhado a Câmara dos Vereadores de Ibiporã para que se tome as devidas providências. A iniciativa, tanto dos vereadores, quanto dos alunos voluntários, ajuda em muito a administração da cidade ao trazer problemas da comunidade, por quem mora lá, além da representatividade, participação e sensibilidade dos vereadores-mirins ser valorizada. Além do encaminhamento dos projetos de lei, tudo o que é discutido nas sessões fica arquivado e os alunos devem pesquisar a origem do nome da escola onde estuda. Na última sessão, foi apresentada a história de Antônio Iglesias, mesmo nome de uma escola.
Admiração dos amigos é o que não falta, diz o vereador-mirim Pedro Henrique dos Santos, aluno da Unidade Pólo, de 14 anos. “Aprendo muito e essa é uma boa experiência para minha vida. Sei como funcionam os ritos de uma sessão e muitos queriam estar no meu lugar”, relata Pedro. Pedro, como os outros adolescentes, de sua idade, está na faixa etária onde o ser humano começa a criar valores, a participar da sociedade e escolher o que pretende ser no futuro. A Câmara-Mirim desenvolve o senso crítico e traria, no futuro, pessoas mais capacitadas para a Gestão Pública, já que muitos que concorrem ao pleito, ao menos sabem o que faz um vereador.
Ao fim da Legislatura, a cada dois anos, os vereadores-mirins são levados a Curitiba para conhecer a estrutura administrativa estadual e as relações existentes entre as instâncias dos poderes Municipais, Estadual e Federal. Na capital são mostradas leis que amparam as reivindicações, para onde devem ser encaminhadas, códigos de postura, leis orgânicas e a Constituição. Isso são ferramentas que ensinam na prática o que pode amparar as necessidades. Assim aconteceu com Jonathan Vinícius Rossato, que estuda no 3º ano da Unidade Pólo e mora no Jardim Pinheiro. Ele aprendeu muito na Câmara, em 2004, e hoje aos 17 anos é professor de informática. “Aprendi em termos de política e exerço minha cidadania quando preciso do Poder Público para buscar meus direitos e melhorias para Ibiporã.” Consciente do papel que exerceu, dá um recado aos futuros vereadores-mirins: “As próximas gestões tem que ser levadas a sério, dando continuidade ao projeto e acatando os projetos de lei de iniciativa popular”, frisa o professor.
Se questionados quanto à política atual, os vereadores-mirins, em unanimidade respondem que todos devem ter senso crítico aguçado e acompanhar noticiários de TV, ler jornais e revistas que tratem do tema. “Os políticos devem cumprir as promessas de campanha, diminuir a desigualdade social e ter uma visão voltada aos mais pobres”, diz Laressa Evelyn Buachak, aluna da 8ª série do Colégio Olavo Bilac. Aos 14 anos, Laressa é a presidente da Câmara e na redação que a selecionou, escreveu que iria fazer valer o direito dos cidadãos e melhorar a sociedade, mesmo sendo uma adolescente. “Tem valores que melhoram a cidade com projetos pequenos, mas que chegam as instâncias do poder. A sociedade deveria observar que não existe apenas políticos corruptos. Há os de boa índole e coerentes”, diz Laressa, que finaliza com a seguinte frase: “Esse projeto dá voz aos pequenos que pensam grande”.
O período das reuniões variam. A próxima está marcada para 13 de agosto, às 17 horas, na Câmara Municipal.
Muitos adolescentes que estão na faixa etária dos 14 a 15 anos, exercem atividades saudáveis como a prática de esportes, a dedicação aos estudos ou estabelecem relacionamentos pela internet. Em Ibiporã essa realidade não é diferente. Porém, existe um grupo de estudantes que estão preocupados não apenas com o bom rendimento escolar, mas também com as necessidades do município. Eles são os vereadores mirins, que formam um grupo de vinte pessoas que se reúnem uma vez por mês, na Câmara Municipal, para discutir e procurar das encaminhamento político aos problemas da cidade.
O mandato, que dura um ano e não dá direito à reeleição, conta com estudantes de 10 escolas públicas e particulares da cidade, que estão na 7ª ou 8ª série do Ensino Médio. Quanto à forma de escolha dos eleitos, ela é feita da seguinte maneira: Os alunos com as melhores notas são convidados a fazer uma redação com o tema “O que é ser um vereador”. Após a seleção do grupo mais qualificado, é feita uma eleição, onde os dois alunos mais votado tornam-se os representantes da escola no Legislativo Municipal. As reuniões, presididas a cada sessão por um vereador-mirim diferente, tem o caráter pedagógico, visa à cidadania e traz a situação da Câmara para os jovens. O projeto, que é um dos mais antigos do Paraná, está na sua 11ª Legislatura e surgiu em Junho de 2007, através da Resolução 01/97, de autoria dos vereadores João Toledo Coloniezi e Lourdes Narciso.
Nas reuniões, engana-se quem pensa que tudo não passam de brincadeira. No plenário, a coisa é séria. Em pauta, assuntos polêmicos relacionados ao município, como a falta de iluminação nos bairros, asfalto, melhorias nos hospitais e postos de saúde e principalmente temas ligados à infra-estrutura. Após a discussão, a pauta vira Projeto de Lei encaminhado a Câmara dos Vereadores de Ibiporã para que se tome as devidas providências. A iniciativa, tanto dos vereadores, quanto dos alunos voluntários, ajuda em muito a administração da cidade ao trazer problemas da comunidade, por quem mora lá, além da representatividade, participação e sensibilidade dos vereadores-mirins ser valorizada. Além do encaminhamento dos projetos de lei, tudo o que é discutido nas sessões fica arquivado e os alunos devem pesquisar a origem do nome da escola onde estuda. Na última sessão, foi apresentada a história de Antônio Iglesias, mesmo nome de uma escola.
Admiração dos amigos é o que não falta, diz o vereador-mirim Pedro Henrique dos Santos, aluno da Unidade Pólo, de 14 anos. “Aprendo muito e essa é uma boa experiência para minha vida. Sei como funcionam os ritos de uma sessão e muitos queriam estar no meu lugar”, relata Pedro. Pedro, como os outros adolescentes, de sua idade, está na faixa etária onde o ser humano começa a criar valores, a participar da sociedade e escolher o que pretende ser no futuro. A Câmara-Mirim desenvolve o senso crítico e traria, no futuro, pessoas mais capacitadas para a Gestão Pública, já que muitos que concorrem ao pleito, ao menos sabem o que faz um vereador.
Ao fim da Legislatura, a cada dois anos, os vereadores-mirins são levados a Curitiba para conhecer a estrutura administrativa estadual e as relações existentes entre as instâncias dos poderes Municipais, Estadual e Federal. Na capital são mostradas leis que amparam as reivindicações, para onde devem ser encaminhadas, códigos de postura, leis orgânicas e a Constituição. Isso são ferramentas que ensinam na prática o que pode amparar as necessidades. Assim aconteceu com Jonathan Vinícius Rossato, que estuda no 3º ano da Unidade Pólo e mora no Jardim Pinheiro. Ele aprendeu muito na Câmara, em 2004, e hoje aos 17 anos é professor de informática. “Aprendi em termos de política e exerço minha cidadania quando preciso do Poder Público para buscar meus direitos e melhorias para Ibiporã.” Consciente do papel que exerceu, dá um recado aos futuros vereadores-mirins: “As próximas gestões tem que ser levadas a sério, dando continuidade ao projeto e acatando os projetos de lei de iniciativa popular”, frisa o professor.
Se questionados quanto à política atual, os vereadores-mirins, em unanimidade respondem que todos devem ter senso crítico aguçado e acompanhar noticiários de TV, ler jornais e revistas que tratem do tema. “Os políticos devem cumprir as promessas de campanha, diminuir a desigualdade social e ter uma visão voltada aos mais pobres”, diz Laressa Evelyn Buachak, aluna da 8ª série do Colégio Olavo Bilac. Aos 14 anos, Laressa é a presidente da Câmara e na redação que a selecionou, escreveu que iria fazer valer o direito dos cidadãos e melhorar a sociedade, mesmo sendo uma adolescente. “Tem valores que melhoram a cidade com projetos pequenos, mas que chegam as instâncias do poder. A sociedade deveria observar que não existe apenas políticos corruptos. Há os de boa índole e coerentes”, diz Laressa, que finaliza com a seguinte frase: “Esse projeto dá voz aos pequenos que pensam grande”.
O período das reuniões variam. A próxima está marcada para 13 de agosto, às 17 horas, na Câmara Municipal.
sábado, 9 de agosto de 2008
Artista plástico uruguaio revela em suas obras o universo do realismo-fantástico
Radicado há mais de 30 anos no Brasil, Ariel Freire conta com muitos quadros no exterior Quando o artista plástico Ariel Freire, 63 anos, morador do Maria Celina (Londrina), saiu de Flórida, uma pequena cidade no sul do Uruguai, para visitar uma pessoa que morava em Londrina, não imaginava que hoje ela seria sua esposa. Ele se recorda, que chegou à cidade em 1986 e não conhecia ninguém. Como já pintava, colocava seus quadros no Calçadão do centro, até que um dia, o artista plástico Agenor Evangelista viu suas obras e o convidou para expor em mostras de Arte Zumbi dos Palmares. Autodidata e com quadros em diversos catálogos, Ariel produziu nestes últimos mais de 30 anos, em torno de 350 quadros, que estão espalhados no Brasil, Suécia, Uruguai, Argentina e Cuba. As obras, que expressam o realismo fantástico, foram feitas a partir do lápis de cor, grafite, tinta olho e pastel de terra sobre telas e cartolina. Com vocação para a pintura, na infância, fazia figuras de casas, barquinhos e copiava outros desenhos. Porém, o estilo surgiu quando Ariel se enveredou por diversas leituras sobre a América Latina, ufologia e por ter morado dois anos em Córdoba e Mendoza, na Argentina. “Nesses locais, existem edificações incas que estão encobertas pela mata, como algumas pirâmides na selva Amazônica”. Identificando-se com as raízes latino americanas, o artista plástico diz que as lendas que retratam a vida pré-colombiana, como o popol-vuh, escritos indígenas dos maias que descrevem a criação do mundo e as três fases da evolução do homem (barro, madeira e carne e osso), lhe inspiram e constituem várias obras de outros artistas latino americanos, como livros e quadros. Contrário ao neoliberalismo e a globalização, pois “não tem conceitos éticos, mas comerciais que massificam a cultura e tiram a sensibilidade do homem, que não mais se comove diante das fatalidade que se tornam banais”. Ariel diz que a busca pela nossa origem é algo intocável e que muito deve ser aprendido, através da leitura e apreciação de quadros e livros. Além das paisagens, o uruguaio faz retratos e divulga suas obras através de exposições, amostras no calçadão, feiras e eventos ao qual é convidado. Com o conceito arte-pintura-cultura, ele projeta, no futuro, fazer uma pequena exposição com a temática da Zona Norte e expô-los, aqui mesmo na região. “A Região Norte ter vida própria e várias coisas positivas, pois aqui fixei minhas raízes”.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Notas sobre as eleições municipais.
Em Ibiporã: Segundo o Cartório Eleitoral, nesse ano não haverá alteração no número de cadeira no Legislativo. Ao todo são nove vagas, de acordo com a quantidade de eleitores cadastrados, que em Ibiporã é exatamente 34.409, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para quem não sabe, o Cartório Eleitoral cuida do Título de Eleitor, Registro de Candidaturas e prepara a eleição. Os funcionários do Cartório passam por treinamentos e disseram que as urnas eletrônicas já chegaram a Ibiporã. Ao todo são 98 locais de votação e a cidade possui 110 urnas, caso ocorra algum imprevisto.
No inicio de agosto começam a ser notificados os mesários que trabalharam no dia da eleição. Os cargos consistem em: Presidente, 1º e 2º mesário, 1º e 2º secretário. O treinamento, que será no Tribunal do Júri do Fórum, é de um dia.
"Dê uma aula de Cidadania nestas eleições. Seja mesário voluntário."
Com esse slogan, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e Assembléia Legislativa convidam todos os paranaenses aptos a se candidatar voluntariamente para trabalhar como mesário no dia da eleição. Um mesário recepciona e orienta os eleitores, coordena trabalhos da mesa receptora de votos e colabora com a realização das eleições. As inscrições podem ser feitas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), pela internet, no site http://www.tre-pr.gov.br/ ou procurar o Cartório Eleitoral em Ibiporã, que fica na Avenida dos Estudantes, 351, com o Título de Eleitor em mãos. Ele funciona de segunda a sexta, das 8hs30min às 11 horas e das 13 às 17 horas. Como estamos no período eleitoral, o cartório funcionará aos sábados e domingos, das 13 às 17 horas.
Os voluntários ganham dois dias de folga por dia de convocação, vale alimentação no dia do pleito e aos estudantes universitários são vinte horas extracurriculares. Em caso de empate no Concurso Público, é critério de desempate, caso haja previsão em edital.
Vamos lá participe e exerça o papel da cidadania. Ser mesário voluntário significa saber que um país cresce com o seu povo e que cada cidadão deve fazer parte no processo democrático. Além disso, ele dá condições para que os eleitores possam exercer a cidadania, garantindo a transparência do processo democrático.
Fiquem em alerta!
Na data da eleição poderá ser feita apenas a "manifestação silenciosa", onde o eleitor poderá ir com a camiseta do seu candidato votar. O agrupamento de pessoas com camisetas de candidatos, a distribuição de santinhos e carros de som estão proibidos. Se houver flagrante, a pessoa será encaminhada a um local fechado e liberada ao fim da votação. Se houver agravante, a pessoa sofrerá processo penal.
No inicio de agosto começam a ser notificados os mesários que trabalharam no dia da eleição. Os cargos consistem em: Presidente, 1º e 2º mesário, 1º e 2º secretário. O treinamento, que será no Tribunal do Júri do Fórum, é de um dia.
"Dê uma aula de Cidadania nestas eleições. Seja mesário voluntário."
Com esse slogan, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e Assembléia Legislativa convidam todos os paranaenses aptos a se candidatar voluntariamente para trabalhar como mesário no dia da eleição. Um mesário recepciona e orienta os eleitores, coordena trabalhos da mesa receptora de votos e colabora com a realização das eleições. As inscrições podem ser feitas no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), pela internet, no site http://www.tre-pr.gov.br/ ou procurar o Cartório Eleitoral em Ibiporã, que fica na Avenida dos Estudantes, 351, com o Título de Eleitor em mãos. Ele funciona de segunda a sexta, das 8hs30min às 11 horas e das 13 às 17 horas. Como estamos no período eleitoral, o cartório funcionará aos sábados e domingos, das 13 às 17 horas.
Os voluntários ganham dois dias de folga por dia de convocação, vale alimentação no dia do pleito e aos estudantes universitários são vinte horas extracurriculares. Em caso de empate no Concurso Público, é critério de desempate, caso haja previsão em edital.
Vamos lá participe e exerça o papel da cidadania. Ser mesário voluntário significa saber que um país cresce com o seu povo e que cada cidadão deve fazer parte no processo democrático. Além disso, ele dá condições para que os eleitores possam exercer a cidadania, garantindo a transparência do processo democrático.
Fiquem em alerta!
Na data da eleição poderá ser feita apenas a "manifestação silenciosa", onde o eleitor poderá ir com a camiseta do seu candidato votar. O agrupamento de pessoas com camisetas de candidatos, a distribuição de santinhos e carros de som estão proibidos. Se houver flagrante, a pessoa será encaminhada a um local fechado e liberada ao fim da votação. Se houver agravante, a pessoa sofrerá processo penal.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Bolsistas do ProUni terão oportunidade de fazer estágio na CEF
O Ministério da Educação assinou convênio com a Caixa Econômica Federal para oferta de estágio em suas unidades administrativas aos bolsistas do ProUni. Podem concorrer às vagas todos os bolsistas que estejam com matrícula ativa, cursando a partir do 3º semestre para os cursos com duração de três anos, e a partir do 5º semestre para os cursos com duração de quatro ou cinco anos.
Os interessados devem se cadastrar nos CIEE (Centro de Integração Escola-Empresa) ou pela internet. Após se cadastrar, o bolsista deve aguardar o chamado para uma entrevista junto à CEF. Em Londrina, o CIEE funciona na rua Belo Horizonte, 677. O telefone é 33228775 ou 33224226.
Os interessados devem se cadastrar nos CIEE (Centro de Integração Escola-Empresa) ou pela internet. Após se cadastrar, o bolsista deve aguardar o chamado para uma entrevista junto à CEF. Em Londrina, o CIEE funciona na rua Belo Horizonte, 677. O telefone é 33228775 ou 33224226.
domingo, 3 de agosto de 2008
Transtorno: Moradores e comerciantes da Saul Elkind reclamam do estado de conservação da via
Os serviços de esgoto, coleta de lixo e pavimentação não atendem a demanda da ZN. A população está descontente e pede solução imediata.
Os buracos no asfalto da Saul Elkind são motivos para reclamações de moradores e comerciantes da ZN. Domingos Alves de Almeida, 76, mora na Saul desde 1977 e afirma que o problema não está presente apenas na avenida, mas em toda a cidade. “Não adianta recapear. Quando chove a enxurrada leva os pedriscos e os buracos voltam, piores ainda”, diz o aposentado. Não é apenas o estado da via que preocupa os moradores. Motoristas e motociclistas são afetados diretamente. “Os buracos são terríveis. Estragam o alinhamento e o balanceamento dos carros”, diz o taxista José Nunes dos Santos, 53, que mora no Sebastião de Melo. Segundo o cabo Heraldo, da 4ª Companhia do Batalhão da Policia Militar, os buracos causam problemas de risco público. “Uma ocorrência, que envolve acidente, pode envolver até seis viaturas”. O cabo afirma que a insatisfação da população é vista quando procuram a Companhia para resolver problemas de sinalização. O resultado direto, desta falta de conservação, se vê presente em algumas residências. Edilson Ramos, 42, mora na Rua Garça Real, no Violin. Em meados de novembro de 2007, Edilson e sua família perderam todos os móveis após uma grande enxurrada que destruiu um muro e a dependência que ficava nos fundos de sua casa. “Foi acionada a Prefeitura, os Bombeiros e a Defesa Civil. Mas nada de concreto foi resolvido. Quem está no Poder Público é muito frio e não analisa as questões do povo com sensibilidade”, diz revoltado o morador que tem uma filha de dois anos e diariamente convive com ratazanas e cobras oriundas de uma fossa em seu quintal. “Tenho medo da dengue”, confessa Edilson. O ZN verificou que a família, na última conta de água, de R$92,14, paga R$38,56 de esgoto. “Pagamos impostos, mas não há nenhuma providencia do poder público”, diz Edilson. Quem trafega na Saul, esquina com a Rua Avinhado, percebe que não há calçamento adequado no local. Segundo o comerciante Paulo Barros, é comum, pedestres escorregarem nessa esquina, torcer o pé e se machucarem. “Estamos mal representados”, diz Paulo, que também critica a coleta de lixo, que ocorre a cada dois dias. Paulo diz que isso prejudica a paisagem, gera odores ruins e o acúmulo de cachorros que rasgam os sacos de lixo. “A cada dia que passa a região da Saul Elkind se fortalece comercialmente. Porém, os recursos de infra-estrutura não são aplicados de forma correta para atender a demanda”, completa. Procurado em seu escritório, o atual secretário de Obras, Aloysio de Freitas, disse que, em relação ao asfalto, o que pode ser feito, como medida paliativa, é o cidadão ligar para o setor de obras e solicitar a pavimentação da via afetada. “Temos três equipes e 45 homens para atender a cidade”. O telefone de contato é 33724194. Quanto ao serviço da SANEPAR, que fora executado de forma irregular, a assessora de imprensa da Companhia, Carina Paccola, afirma que, quando a SANEPAR não cumpre o prazo da reconstrução das calçadas, os moradores devem ligar para o 115. A redação do ZN fez esse contato e ficou mais de cinco esperando para ser atendida. Após isso, foi informado que o usuário deve ter em mãos o número da matricula e o prazo de solução é de 1 a 10 dias úteis. No caso da coleta seletiva, Valdir Roberto, fiscal da CMTU, diz que os moradores e comerciantes da Saul devem se reunir e requerer, junto à companhia, um pedido para coleta diária. “Deve existir um documento que explique a situação. Um representante da comunidade deve ser destacado e protocolar um pedido na CMTU, com diversas assinaturas. O prazo de análise pode chegar até trinta dias úteis”. Conforme o fiscal é gerado um protocolo e o pedido é analisado pelo diretor da área, onde será deferido ou indeferido. “Provas materiais como fotografias de lixo, agilizam o processo”, completa.
Os buracos no asfalto da Saul Elkind são motivos para reclamações de moradores e comerciantes da ZN. Domingos Alves de Almeida, 76, mora na Saul desde 1977 e afirma que o problema não está presente apenas na avenida, mas em toda a cidade. “Não adianta recapear. Quando chove a enxurrada leva os pedriscos e os buracos voltam, piores ainda”, diz o aposentado. Não é apenas o estado da via que preocupa os moradores. Motoristas e motociclistas são afetados diretamente. “Os buracos são terríveis. Estragam o alinhamento e o balanceamento dos carros”, diz o taxista José Nunes dos Santos, 53, que mora no Sebastião de Melo. Segundo o cabo Heraldo, da 4ª Companhia do Batalhão da Policia Militar, os buracos causam problemas de risco público. “Uma ocorrência, que envolve acidente, pode envolver até seis viaturas”. O cabo afirma que a insatisfação da população é vista quando procuram a Companhia para resolver problemas de sinalização. O resultado direto, desta falta de conservação, se vê presente em algumas residências. Edilson Ramos, 42, mora na Rua Garça Real, no Violin. Em meados de novembro de 2007, Edilson e sua família perderam todos os móveis após uma grande enxurrada que destruiu um muro e a dependência que ficava nos fundos de sua casa. “Foi acionada a Prefeitura, os Bombeiros e a Defesa Civil. Mas nada de concreto foi resolvido. Quem está no Poder Público é muito frio e não analisa as questões do povo com sensibilidade”, diz revoltado o morador que tem uma filha de dois anos e diariamente convive com ratazanas e cobras oriundas de uma fossa em seu quintal. “Tenho medo da dengue”, confessa Edilson. O ZN verificou que a família, na última conta de água, de R$92,14, paga R$38,56 de esgoto. “Pagamos impostos, mas não há nenhuma providencia do poder público”, diz Edilson. Quem trafega na Saul, esquina com a Rua Avinhado, percebe que não há calçamento adequado no local. Segundo o comerciante Paulo Barros, é comum, pedestres escorregarem nessa esquina, torcer o pé e se machucarem. “Estamos mal representados”, diz Paulo, que também critica a coleta de lixo, que ocorre a cada dois dias. Paulo diz que isso prejudica a paisagem, gera odores ruins e o acúmulo de cachorros que rasgam os sacos de lixo. “A cada dia que passa a região da Saul Elkind se fortalece comercialmente. Porém, os recursos de infra-estrutura não são aplicados de forma correta para atender a demanda”, completa. Procurado em seu escritório, o atual secretário de Obras, Aloysio de Freitas, disse que, em relação ao asfalto, o que pode ser feito, como medida paliativa, é o cidadão ligar para o setor de obras e solicitar a pavimentação da via afetada. “Temos três equipes e 45 homens para atender a cidade”. O telefone de contato é 33724194. Quanto ao serviço da SANEPAR, que fora executado de forma irregular, a assessora de imprensa da Companhia, Carina Paccola, afirma que, quando a SANEPAR não cumpre o prazo da reconstrução das calçadas, os moradores devem ligar para o 115. A redação do ZN fez esse contato e ficou mais de cinco esperando para ser atendida. Após isso, foi informado que o usuário deve ter em mãos o número da matricula e o prazo de solução é de 1 a 10 dias úteis. No caso da coleta seletiva, Valdir Roberto, fiscal da CMTU, diz que os moradores e comerciantes da Saul devem se reunir e requerer, junto à companhia, um pedido para coleta diária. “Deve existir um documento que explique a situação. Um representante da comunidade deve ser destacado e protocolar um pedido na CMTU, com diversas assinaturas. O prazo de análise pode chegar até trinta dias úteis”. Conforme o fiscal é gerado um protocolo e o pedido é analisado pelo diretor da área, onde será deferido ou indeferido. “Provas materiais como fotografias de lixo, agilizam o processo”, completa.
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