quinta-feira, 14 de abril de 2011

História da Psicologia do Trabalho

A Psicologia do Trabalho, ligada a seleção de pessoal e na qual conhecemos hoje, em nada tinha haver ou sequer existia há cerca de 100. Quando surgiu, em 1924, pelo engenheiro suíço Roberto Mange e tinha a terminologia Psicologia Industrial, possuía a finalidade de selecionar e orientar os alunos de Mecânica do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. E, os primeiros passos da Psicologia do Trabalho, que conhecemos hoje, consistiam na seleção, orientação e formação de aprendizes. Com a organização racional do serviço deu-se a criação do Centro Ferroviário de Ensino e Seleção Profissional, que passou a orientar a atividade em diversas ferrovias e também como referência e irradiador dos trabalhos da psicologia industrial.

Com o desenvolvimento da psicologia, no campo do trabalho, ela desenvolve funções na orientação profissional, que consiste na descrição e analise de cargos, funções e atividades que o profissional exercerá, além do recrutamento, seleção e treinamento. Neste período, se chegou à conclusão, que a cultura organizacional determinava o comportamento do trabalhador. Com este desenvolvimento, a psicologia começou a buscar pessoas compatíveis com os cargos e funções, ao mesmo tempo que qualificava por meio de treinamento, mantendo o padrão a cultura organizacional.

Após os anos 70 e meados dos anos 90, a psicologia do trabalho adota a terminologia Psicologia Organizacional e muda-se os parâmetros para a seleção e treinamento, antes a cargo da chefia departamento pessoal. Soma-se a isso a competitividade entre as empresas e a adoção de recursos modernos. O psicólogo ganha mais destaque para as empresas tornarem-se mais competitivas no mercado externo.

No Brasil, o que marca o período são os estudos e treinamentos sobre liderança, motivação, grupos e dinâmicas, formação e necessidades dos mesmos, relações humanas e uma série de práticas e teorias que vieram para melhorar o desempenho, as relações de trabalho. Mas, com tudo focado na produtividade.

Com o crescimento da globalização, na década de 90, houve a substituição do homem pela máquina, em alguns campos e com isso, grandes demissões em massa. Era a mudança do emprego formal pelo informal, onde setores de comércio e prestação de serviços tiveram larga expansão. Houve a criação de duas novas categorias: os qualificados e os não qualificados. Os qualificados retornam para o mercado de trabalho nas atividades de prestação de serviço e os não qualificados para algumas funções do comércio.

É neste período que a Psicologia faz uma adaptação de conteúdos e começa a enfatizar temas como o valor do trabalho, mudanças, a identidade ocupacional, trabalho em equipe, qualificação, stress, trabalho em equipe, além da leitura comportamental como indicadora da necessidade de intervenção e mudança.

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