Os primeiros jornais com função política – os chamados jornais de opinião – apareceram com a Revolução Francesa e nela desempenharam papel relevante. Eram jornais caros para a época e seus leitores evidenciavam, ao comprá-los, boa situação financeira. No Brasil, os primeiros jornais eram de opinião. O Correio Braziliense, o primeiro jornal a circular no Brasil e de Hypólito da Costa, era movido por interesses, mas pregou contra o absolutismo e em favor das liberdades políticas e das instituições civis.
Hoje, acredita-se que o Jornalismo Econômico assume um papel de grande importância na sociedade. No inicio, a editoria era mais simples, quando publicava matérias resumidas e de interesse restrito: cotações de moedas estrangeiras; valores de gêneros alimentícios; informes sobre falências e concordatas; e outras notas esparsas. Atualmente, os jornais divulgam temas econômicos, mais extensos, isto é, não só aquelas informações anteriores, mas também, tudo quanto, de certa forma, possa refletir-se sobre a coletividade, com repercussões de caráter financeiro ou que provoque restrições de hábitos de compra e venda.
O jornalismo de função econômica é um instrumento do desenvolvimento econômico e social. Difundindo diariamente uma enorme massa de informações sobre assuntos variados e de interesse à sociedade, o jornalismo tem contribuído para o desenvolvimento da indústria e do comércio, como para melhorar as relações sociais, de um modo geral.
Com noticiário e interpretação dos fatos econômico-financeiros, o jornalismo oferece ao homem de negócios um panorama diário do mercado que lhe facilita a ação, abre perspectivas para o desenvolvimento de suas empresas e proporciona bases para melhor relacionamento com a clientela. Tão importante é hoje essa função para o empresariado, que nenhum homem de negócios inicia seu dia de trabalho sem antes tomar conhecimento de tudo o que saiu publicado sobre sua atividade específica e sobre o mercado em geral. O clipping é feito antes da chegada dos responsáveis pela empresa e produzido, cada dia mais, por funcionários especializados, capazes de discernir numa massa enorme de informações, aquilo que interessa diretamente à organização em que trabalha.
Erbolato, diz que
”As notícias sobre assuntos financeiros ajudam a obter o conhecimento e a informação das quais se necessita à respeito da maneira como pode funcionar o sistema econômico de uma nação. Em uma sociedade livre, o papel do jornalismo econômico não é diferente de seu papel no governo e na política: informar e estimular a discussão dos cidadãos, ainda quando isso provoque uma diferença salutar de opiniões”.
Portanto, podemos considerar que o jornalismo, especificamente o impresso, é uma das ciências da Informação Coletiva ou da Comunicação Coletiva. Luiz Amaral, em Técnicas de jornal e periódico, diz que, ao assumir a condição de ciência, o jornalismo toma contornos acentuados e bem visíveis, e pode ser definido como “o estudo do processo de difusão coletiva, com características específicas de atualidade, periodicidade e recepção coletiva”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário