O Programa Casa Fácil surgiu há mais de dez anos e fornece plantas e projetos gratuitos a famílias carentes. Segundo o professor da Universidade Estadual de Londrina, Hélio Silveira Ribas, do Departamento de Estruturas/CTU, o projeto foi uma idéia do ex-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), engenheiro Rildo Mendes Lima. Implantado inicialmente em Curitiba e estendido para as principais cidades do Estado, o programa funciona em Londrina, em convênio entre a UEL, CREA e Prefeitura. As famílias, que têm renda máxima de três salários mínimos por pessoa, têm direito ao atendimento.
"O Casa Fácil é um projeto de extensão da UEL, coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX). O interessado precisa fazer inscrição na Secretaria de Obras da Prefeitura para ser encaminhado à UEL, passar por uma triagem no Serviço Social e só então ser atendido pelo Programa Casa Fácil, que funciona de segunda a sexta-feira, em horário comercial", diz Ribas. Depois, o interessado discute com o estagiário de Arquitetura, para desenvolver o projeto da casa, que terá no máximo 70m².
O profesor Hélio Silveira explica que não há um modelo específico e padronizado de planta. Elas são feitas de acordo com a necessidade da pessoa. Existem projetos prontos, que podem ser adaptados, ou são criadas novas plantas. A vantagem é que as casas não são padronizadas, como as da Cohab.
José Aparecido Pascoal, morador da Vila Yara, em Londrina, é casado, tem dois filhos, trabalha como porteiro e procurou o programa. Ele financiou um terreno e diz que o Casa Fácil ajuda a economizar com o projeto e o dinheiro pode ser investido na compra de material de construção, além de ser uma oportunidade de realizar o sonho da casa própria.
Pascoal sugere que a Universidade, além da planta, poderia dar um curso de pedreiro, para ajudar nos custos da mão-de-obra. Além disso, gostaria que sua futura casa fosse de frente (com espaço no fundo do terreno), com dois quartos, dois banheiros, sala, cozinha e àrea de serviço.
Romário Vinícius, estagiário do 3° ano de Arquitetura e Urbanismo, desenvolve plantas no programa e acredita ter aptidão. "No último ano do curso, o aluno se aprimora. No 1° e 2° ano, tive aulas de desenho, agora trabalho com projetos de urbanismo". Segundo o aluno, o projeto é de responsabilidade social e desenvolvido numa universidade pública. "O aluno deve ter consciência da obrigação de desenvolver algo pela comunidade".
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