Esse foi Jesús Malverde. A imagem do Santo tem cabelos, olhos, sobrancelhas e bigodes negros. Veste uma camisa branca e traz um lenço escuro atado ao pescoço. É o santo protetor dos narcotraficantes e seus milagres nunca foram reconhecidos pela Igreja. MalVerde tem três capelas que honram sua memória. Uma em Cali, na Colômbia; outra em Culiacán, no México e a terceira em Los Angeles.
A lenda conta que Jesús Malverde foi um bandido que viveu no final do século XIX na serra de Sinaloa (México) e sua cabeça teria um preço. Um caçador de recompensas atirou em sua perna, mas ele se refugiou nas montanhas. O ferimento gangrenou e quando não havia esperanças de salvar sua vida, pediu a um de seus companheiros que lhe entregasse ao Governo de Porfírio Diaz, cobrasse a recompensa e utilizasse o dinheiro para ajudar os pobres.
No dia 3 de maio se comemora o dia desse santo bandoleiro e a capela de Culiacán se enche de fiéis e devotos do Robin Hood mexicano. É o "patrão" dos pobres e dos deseperados. Acima de tudo, é um santo que muitos rezam em sua memória e encomendam sua sorte. A capela de Malverde, em Culiacán, a primeira das três, é no mesmo sítio em que o bandoleiro foi enforcado, em 1909 e há poucos metros do Palácio do Governo do Estado de Sinaloa. É uma construção caótica e abrigada em apenas 100 metros quadrados e com pequenas salas. Ao redor do busto de Malverde, aparecem muitas fotos e dezenas de placas, sendo que a maioria contém erros de ortografia. "Gracias por ayudarnos asta Arizona", reza uma delas, que está rodeada de bilhetes e notas de cem dólares cravadas na parede a modo de oferenda. Ela foi erguida com doações de fiéis, é aberta 24 horas por dia e recebe três mil pessoas por mês.
Não existem provas reais que ele existiu, como certidão de nascimento, registro de passagens por prisões ou hospitais, notícias em jornais sobre seus roubos ou um atestado de óbito. No cemitério, também não há lápide, mas os fiéis preferem ignorar os fatos.
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