quarta-feira, 27 de julho de 2016

O último padeiro de carroça de Jataizinho.


Os mais novos não conhecem ou fazem idéia da profissão. Os mais velhos recordam e tem saudades do trabalho exercido pelo padeiro que entrega pães a domicilio. Trata-se se de Jonildo Fabri, que em 1º de maio completa 75 anos e está na atividade há mais de meio século. Trabalhador do campo e da linha férrea, ele sentia a necessidade de abrir o próprio negócio. Com a idéia na mente ele começou a revender pães e não apenas virou empreendedor, mas também comprou a casa própria. “Levantava às três e meia da manhã para pegar o pão quentinho e já ia a casa dos clientes para entregar o produto. Muitos bóias frias que atuavam na safra do algodão foram meus consumidores. Hoje sou o único padeiro ambulante da cidade e já cheguei a entregar mais de 4200 unidades. Com o surgimento de mercados e padarias a venda caiu para 700 pães. A crise econômica também prejudicou os negócios e outro fator que gerou prejuízos foi vender fiado, uma vez que levei muitos calotes”, lamenta.          
                                                                                 
Mesmo com as adversidades ele ainda circula por Jataizinho numa carroça tracionada pelo cavalo Ventania, além de ter atuado muitos anos com o irmão Belmiro Fabri, que atendia a área rural da Jacutinga e do Engenho de Ferro fazendo o “serviço de entregas” diariamente.                                                         

Quanto ao meio de transporte, a carroça, esta é um capítulo a parte. Ao todo ele já teve quatro, sendo que guarda duas em sua casa. “O Ventania tem dois anos e já tive uma égua que viveu mais de 50 anos. Os cavalos são bem tratados, rodam toda a cidade e são alimentados com milho e quirela. O padeiro ambulante foi uma profissão tradicional, mas que se findou. Caso eu me aposente não haverá um substituto”, pontua. 

3 comentários:

Unknown disse...

Eu me lembro muito bem la na cidade de Bauru SP o padeiro passava todas as tardes as 14:00 hs,eu tinha uns 10 anos de idade e minha mãe ia comprar uma bengala como chamava-mos.Eu quase posso sentir o cheiro gostoso quando o padeiro abria a tampa da carroça,era muito bom!jamais pensei que fosse autônomos esses padeiro,eu pensava que ele era empregado da padaria...interessante! Saudades!

Unknown disse...

Esqueci de dizer o ano,foi 1969/70 +ou-

Unknown disse...

Isso vai fica na história meu tio irmão da minha mãe de despois de 59 anos se encontdaram